Era Uma Vez... escrita por Alice Kirkland


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo da one shot que não é one shot!! o/
Espero que gostem!! ^^/



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Fiquei super corada àquela hora. Ele começou a beijar meu pescoço, um pouco abaixo da atadura e prendia meus pulsos contra o banco. Eu tentei me soltar, mas ele continuava com as carícias. Só parou quando ouviu um ruído do lado de fora. Pareciam cochichos. Ele levantou-se e foi até a porta e a abriu, revelando três meninos bisbilhotando.

- O que estão fazendo aqui? Não iam treinar? Aphrodi o encarava sério.

- Na verdade eu queria beber água! Só que aí eu vi vocês deitados... Por isso os chamei! O menino baixinho falava.

- Daika, Sosuke e Yoshihiko voltem agora pro campo! Aphrodi estava bravo.

- Ei, vai falar desse jeito com a gente só porque atrapalhamos você e a moça? Daika falava, indignado.

- E outra, no clube não é lugar pra ficarem se pegando! Sosuke falou com os braços cruzados.

- N-não estávamos fazendo nada! Aphrodi estava corado e fuzilando os meninos.

- Não, imagine se estivesse mesmo... Por que não vão pra casa? O dia acabou mesmo, e estamos indo embora... Sosuke falou pegando suas coisas.

- Nii-san estou com sede ainda! Yoshihiko falou com a cara emburrada.

- Vamos, no caminho eu compro água pra você... Ele pegou na mão de seu irmão e saíram da sala.

- Ei treinador, passou um cara perguntando pelo senhor e pela moça! Daika falou. Na hora eu gelei.

- E... Como ele era? Perguntei receosa.

- Ele tinha cabelo rosa e parecia que tava querendo matar um... Por isso falei que não tinha visto vocês... Daika falou. Garoto esperto, gostei dele!

- Fez muito bem Daika... Aquele cara está atrás da Mizu-chan... Aphrodi tinha uma cara pensativa.

- Ei Daika, pode me fazer um favor? Perguntei encarando o menino.

- Claro! Pode falar! O menino parecia animado.

- Sempre que esse cara aparecer por aqui me avise... Vou tentar tomar providências... Não quero colocar vocês em risco... Falei de cabeça baixa.

- Ei, não se preocupe com a gente... Sabemos nos cuidar... E pode deixar, vou avisar sempre! Daika falou retirando-se da sala.

- Por que pediu para ele te avisar? Aphrodi sentou-se ao meu lado.

- Porque vou tentar resolver isso... Não quero que vocês corram riscos desnecessários... Falei ainda com a cabeça baixa.

- Ei... Sabe que pode contar comigo agora não é? Aliás... Você sempre pode contar comigo... Desde que éramos amigos... Até hoje... Ele falava erguendo minha cabeça e encarando fundo em meus olhos.

- Eu sei... E sou muito grata por isso... Levei minha mão até seu rosto e o acariciei.

- Você tem mãos tão macias... Agora ele fechou os olhos, só sentia meu toque.

- Você também tem... Falei.

- Vamos pra minha casa? Calma, não vou fazer nada com você... Só quero jantar com você... Ele falava de olhos fechados ainda.

- Eu aceito... Estou mesmo com fome! Falei me levantando e indo em direção à porta.

- Então vamos! Aphrodi levantou-se e abriu a porta.

O caminho inteiro fomos conversando coisas sem sentido. Mas... Eu sentia que estávamos sendo seguidos. Ignorei isso. Acho que é coisa da minha cabeça. Ultimamente tenho sentido que estava sempre sendo seguida. Chegamos a casa dele. Quando entrei, me sentei no sofá e ele foi pra cozinha. Um tempo depois estávamos sentados na mesa de jantar comendo.

- Você cozinha bem! Falei. Ele realmente cozinha bem... Melhor do que eu até...

- Muito obrigado! Ele falava com o peito estufado. Vixi... Se achou o rei da cozinha agora...

- Cozinha melhor do que eu... Eu não consigo fritar um ovo sem me queimar... Falei corada.

- Ora, se quiser posso te ensinar! Ele falava com um sorriso no rosto.

- Isso é estranho... O homem ensinando a mulher cozinhar... Eu realmente não tenho dons para ser uma boa esposa... Falei de cabeça baixa.

- Isso a gente dá um jeito depois que casarmos, eu te ajudarei até você conseguir fazer tudo sozinha. Ele me encarava com o sorriso no rosto ainda.

- T-ta bom... Eu achava estranho falar de casamento... Nós mal começamos a namorar...

O resto do jantar passou-se calmo. Nenhum de nós dois falou uma palavra. Só apreciávamos a comida que ele fez. Eu comia e me sentia muito mal por não saber cozinhar direito. Acho isso muito estranho. Geralmente é a mulher que cozinha bem, não é? Só que minha realidade era outra. Aphrodi, vendo minha cara de desânimo, levantou-se da cadeira onde ele estava e puxou-me para a sala.

- Ei, que tal assistirmos um filme? Aphrodi me puxava em direção a sala.

- Que filme? Perguntei.

- Qual você quer assistir? Ele me perguntou.

- Não sei... Qual você tem aí? Perguntei.

- Hm... Tenho... Esse... Esse... E esse! Ele me entregou três DVD’s.

- Só esses? Perguntei confusa.

- Bom, que eu acho que você vai gostar... Só... Ele virou para mim com uma mão na nuca e com uma gota na cabeça.

- Bom então... Estava difícil escolher. Os DVD’s que tinham em minhas mãos eram: Enrolados, Um amor para recordar e A última música. Resolvi que queria assistir Enrolados. Amo os filmes da Disney. Só me pergunto porque ele tem esse DVD. Achei que só meninas gostassem...

- Enrolados? Ta bom... Sente-se no sofá que eu vou buscar pipoca pra gente! Ele falou colocando o DVD, logo em seguida foi até a cozinha.

- Por que você tem esse DVD? Perguntei curiosa.

- Ah, eu compro DVD’s só para ver se é interessante a história... Mas depois fica tudo empilhado aí... Ele fala da cozinha.

- Você gosta bastante de filmes... Vai começar! Falei com o rosto virado pra cozinha.

- Já chego aí! Ele falou. Eu escutava barulho de pipoca estourando.

Quando ele chegou à sala, sentou-se perto de mim e me abraçou pela cintura. O filme era bem legal e fofo! Amei assistir ele! No final senti uma lagrimazinha escorrer de meus olhos. Aphrodi viu e logo a limpou.

- Sabia que você ia chorar... Aphrodi falava limpando a lágrima com o indicador.

- Ah, não resisto... Se fosse com você, eu estaria me derramando em lágrimas também! Falei o encarando.

- Não se preocupe, não vou te deixar viúva ainda... Ele agora se aproximava de mim.

- N-não é essa a questão! Falei corada, tentando me afastar.

Minha tentativa foi em vão. Logo ele estava por cima de mim de novo. Ele então selou nossos lábios. Foi um beijo longo. Paramos por falta de ar, mas ele continuava a me beijar no pescoço. Senti que ele deu uma mordida fraca. Eu estava lutando para não soltar nenhum ruído. Mas acabei gemendo com tais carícias.

- Só eu posso te marcar... Se aquele cara chegar perto de você de novo, vou surtar e ele vai ter o que merece... Ele falava entre um beijo e outro.

- A-Aphrodi, chega... Está ficando tarde, tenho que ir pra casa... Amanhã tenho que acordar cedo e avisar Kido e os outros que não irei mais ao quinto setor... Eu falava tentando me separar.

- Ah não, fica mais um pouco... Ele falou, me prendendo no sofá.

- M-mas... Fui interrompida por um beijo dele.

Se eu continuar aqui, tenho a impressão de que vai acontecer algo amais entre nós. Não quero isso ainda. Então, quando ele cessou o beijo, falei que iria embora e que amanhã voltava. Ele assentiu com a cabeça, meio a contra gosto. Eu ri da cara que ele fez antes de ir. Ele me acompanhou até a porta e me deu mais um beijo.

- Não quer que eu vá junto com você? Ele me abraçou pela cintura.

- Não precisa, vou conseguir me virar sozinha... Sorri para ele.

- Está tarde, é perigoso... Ele me encarava sério.

- Eu sei mas... Não quero te incomodar... Falei me soltando de seus braços.

- Qualquer coisa me liga... Ele falou, me dando um selinho.

- Pode deixar que eu ligo! Sorri pra ele e comecei a andar.

Estava uma noite tranquila. Segui caminho tranquilamente. Mas aquela sensação de estar sendo seguida não saiu da minha cabeça ainda. Será que estou ficando louca? Acho que não, estou ouvindo passos atrás de mim. Isso não é boa coisa... Comecei a andar mais rápido sem olhar pra trás. A pessoa também começou a andar mais rápido. Droga, o que eu faço? Comecei a correr. Não deu muito certo isso. A pessoa era mais rápida que eu. Logo ela me alcançou. Quando pensei em gritar, a pessoa tampou minha boca.

- Ei, você demorou pra sair da casa daquele cara... O homem sussurrou em meu ouvido.

- ... Eu tentava me soltar de seus braços, mas isso foi em vão.

- Acha que vai conseguir escapar de mim agora? Olhei para o homem e logo o reconheci.

- “Seiguji... Droga, to ferrada!” Pensei enquanto tentava me soltar.

- Vamos, temos que acabar o que começamos... O homem colocou um pano em meu nariz e, logo depois, apaguei.

Um tempo depois acordei em um lugar escuro, iluminado somente pela luz do luar. Parecia um quarto. Espera... Eu estou algemada em uma cama? O que está acontecendo? Vi uma figura masculina adentrando o quarto. Fiquei desesperada. O que ele ia fazer comigo? Eu não tenho sorte mesmo... Devia ter falado pro Aphrodi me acompanhar até em casa... Agora estou presa em uma cama com um homem que provavelmente vai tentar fazer alguma coisa comigo... O homem caminhou até a cama onde eu estava e me encarou fundo nos olhos.

- Já acordou Mizu-chan? Ele ainda tem a cara de pau de me chamar de Mizu-chan.

- O que vai fazer comigo? Perguntei ainda sob o efeito da coisa que ele usou em mim.

- Ora, vamos terminar o que começamos no escritório... Ele agora estava em cima de mim.

- N-não quero terminar nada com você... E saia de cima de mim! Comecei a entrar em desespero.

- Quem colocou essas ataduras aqui? Ele falou, tirando as mesmas.

- N-não tire isso! Você já fez estragos demais em mim! Afaste-se! Meu coração batia descompassado de desespero.

- Não fiz estragos nenhum... Só marquei o que é meu... Ele começou a beiar aquelas feridas que se formaram em meu pescoço.

- Para, isso dói! Falei com a voz trêmula.

- Está doendo ainda? Então quer dizer que eu marquei bem marcado... E continuava a distribuir beijos em meu pescoço.

- Para com isso... Eu não sou sua! Pro seu governo, estou namorando o Terumi! Falei na esperança de fazê-lo parar.

- E daí? Agora ele tinha colocado uma das mãos em minha coxa.

- Tire suas mãos de mim! Eu agora estava tremendo de medo. Parece que ele estava gostando disso.

- Ora... Não gosta disso? Ele começou a passar a mão livre em minha barriga.

- Me solta, é sério! Vou começar a gritar! Falei.

- Pode gritar a vontade, só está eu e você aqui, mandei todos os empregados irem passear... Ele começou a mordiscar o outro lado de meu pescoço.

- SOCORRO! TEM ALGUÉM AÍ? AJUDEM-ME! Comecei a gritar e a tentar me soltar.

- Já falei que não adianta! O homem continuava com as carícias.

- Será mesmo? Foi bom eu ter te seguido, Mizu-chan... Estava com um al pressentimento... Ouvi a voz de Aphrodi vir da porta do quarto.

- Aphrodi! Que bom! Falei aliviada.

- Você de novo? Não cansa de atrapalhar os outros não? Seiguji parecia bravo.

- Não canso não, ainda mais quando estão fazendo coisas erradas com minha futura esposa! Aphrodi caminhou até a cama e deu um soco no estômago de Seiguji e logo depois bateu na nuca dele com um pedaço de pau, fazendo-o desmaiar.

- ... Eu estava assustada demais para falar algo.

Ele foi em direção ao seitei e pegou a chave das algemas e me soltou. Pegou-me no colo e me levou de volta pra casa dele. Quando chegamos lá, ele subiu as escadas e me levou para seu quarto. Não estava gostando disso também... Eu estava me sentindo um objeto sendo usado. Ele me deitou em sua cama e logo estava em cima de mim.

- O-o que vai fazer? Falei receosa.

- Você vai dormir aqui hoje, querendo ou não... Ele me encarava com o rosto estranho.

- T-ta bom, mas sai de cima de mim... Falei baixo.

- Não vou sair... Ele deitou seu corpo no meu e repousou a cabeça em meu peito.

- A-Aphrodi! Eu fico sem graça assim! Falei. Minhas bochechas estavam mais quentes que o normal.

- Não faz mal, só está eu e você mesmo... Falando isso, ele afundou mais a cabeça em meu peito e me abraçou pela cintura.

Não pude fazer nada. Estava presa nos braços dele. Como vi que ele não ia me soltar, resolvi ficar quieta lá mesmo. Antes ele aqui comigo do que aquele Seiguji. Adormeci logo em seguida. Amanhã será um longo dia.


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Notas finais do capítulo

E aí, mereço reviews? *-*