Os Cinco Marotos escrita por Cassandra_Liars


Capítulo 43
Capítulo 11 - A Privacidade dos Livros


Notas iniciais do capítulo

A primeira coisa que eu quero fazer é me desculpar pela atraso. Depois, quero me desculpar pelo capítulo ter muitos erros de português. Terminei-o muito tarde e não levei à beta, então tá corrigido meio que nas coxas.
E eu quero agradecer a Emily pela recomendação super fofa! Adorei, viu, linda?
Bom, aí está o capítulo (o antipenúltimo do quarto ano).



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_Ah, não. – Disse Remus, tentando se desvencilhar de Pam. – Definitivamente não.

_Por favor! – Implorou a garota, que estava colada em seus calcanhares, o seguindo incansavelmente.

_Não, Pammy. Eu não vou fazer isso. É muito perigo. Eu não vou fazer!

Pela primeira vez, Remus tinha percebido que os planos dos amigos sobre a missão T.A.I tinham alguma chance de darem certo. E ele não queria deixar que eles se arriscassem à toa.

_Por favor, Remmy! Eu estou implorando!

_Não!

Desde que ele voltara da Casa dos Gritos, Pam só tinha feito insistir com ele o tempo todo. E aparentemente ela não aceita um “não” como resposta ou então desconhecia o significado da palavra.

_Não! Definitivamente, não!

_Por favor, Remmy, por favor! Por favor, por favor, por favor, por favor!

Quantas vezes ela seria capaz de dizer “por favor”? Ele se perguntou. Porque parecia que tinha esgotado seu estoque de “por favores” há muito tempo.

Ele suspirou, cansado. Não acreditava que estava mesmo passando por isso.

_Por favoooooor! – Ela disse prolongando a palavra.

Remus parou e se virou para ela. Estava tentando fugir da outra em vão e agora queria que ela parasse com isso.

_Pammy, como é mesmo aquele ditado? – Ele perguntou. – Quando um não quer…

_O outro insiste! – Ela respondeu prontamente.

_Não, Pammy. É “Quando um não quer dois não brigam”.

_Sei disso. – Ela disse contrafeita. – Não sou burra. Mas meu ditado se encaixa melhor. Mas, agora você vai falar com a McGonagall? Por mim? – Ela fez uma cara de tadinha de mim.

Remus suspirou e por um momento pareceu que ia ceder, mas disse:

_Não. – Virou-se de costas para ela e saiu andando.

Pam piscou os olhos algumas vezes antes de correr atrás dele.

_Isso não é justo, Remmy! – Ela gritou. – Achei que fosse concordar!

_Não é a minha resposta final. Não me importa quantas vezes você é capaz de pedir “por favor”.

_Remmy…

_Não, Pammy, não. – Ele disse, uma ultima vez, seus olhos âmbar nos de Pam.

E, desta vez, quando Remus foi embora, Pam o deixou ir sem o seguir. Isso porque uma ideia marota tinha brotado em sua mente e ela finalmente tinha achado uma razão para tirar a velha capa da invisibilidade de dentro do baú de James.

~~*~~*~~*~~*~~

_Como eu não tinha pensado nisso antes? – Agora os olhos de James brilhavam de entusiasmo enquanto Pam contava sua ideia. – É genial!

_Obrigada. – Ela sorria. – Mas temos que colocar logo o plano em ação. Temos que voltar para o dormitório antes do Remus voltar do encontro com o clube de xadrez bruxo.

_Sim, é claro. – Disse Sirius, estava empoleirado na cama de James junto com os outros três. – E logo o Longbottom também… Ei! Alguém viu o Longbottom? – perguntou Sirius.

Pam franziu a testa. O amigo estava certo. Onde estava o outro?

Aparentemente todos os outros tiveram a mesma ideia e agora se entreolhavam, curiosos. Por fim, James disse:

_O que acontece na vida dele não é problema nosso é? Nosso problema no momento é a missão T.A.I e o “probleminha peludo”.

Pam concordou com o amigo e eles logo foram pegar a capa de James, entrando embaixo dela.

Para todos os quatro caberem foi uma luta. Se já no primeiro ano era difícil esconder os quatro, no quarto ano era quase impossível.

_Não dá. – Disse Sirius por fim. – Não vamos caber todos. Um vai ter que ficar.

Não que eles tivessem combinado ou que fizesse por maldade, mas, considerando o estado físico do outro, era óbvio quem ficaria para trás. Pam, James e Sirius encaram Peter ao mesmo tempo, ele só iria atrapalhar tudo com sua enorme barriga.

_Eu posso ficar. – Ele disse, por fim, com um sorrisinho triste. – Se o Remus aparecer eu o distraio até vocês voltarem, que tal?

_Por mim tudo bem. – Pam assentiu. – Seria ótimo. – Então, voltou-se para os outros dois. – Vamos logo com isso. Não tenho a noite inteira.

Os três se enfiaram embaixo da capa de invisibilidade e, em meio aos tropeços e andando devagar para a capa não sair do lugar, eles percorreram o caminho até a biblioteca quase sem fazer barulho nenhum. Isso é, até que toparam com Pirraça que quase os matou do coração e fez Pam gritar e Sirius cair em cima de James ao passar como um furacão pelos garotos e assim denunciando o seu perfeito disfarce.

_Ah! – Disse Pirraça, dando algumas piruetas no ar. – São vocês! O que estão aprontando desta vez? Vai ser emocionante! Quero ficar vendo. – Ele apoiou a cabeça com as duas mãos, enquanto flutuava.

Pam ajudou James e Sirius a se levantarem e olhou para Pirraça um pouco irritada. Ele quase estragara tudo! Mas eles tinham um pacto, então se controlou. Sabia que eles eram os primeiros em séculos a conseguir fazê-lo.

_Nós estamos indo para a biblioteca, Pirraça. – Disse James.

_A biblioteca? – O poltergeist deu mais algumas voltas, animado. – O que vocês vão fazer? Trocar todos os livros de lugar? Isso deixaria Madame Prince louca!

_É uma boa ideia, obrigado Pirraça, mas não vamos fazer isso essa noite. – Continuou James. – Nessa noite nós só vamos entrar na Seção Reservada e roubar um livro.

Pirraça pareceu deprimido.

_Tudo isso só para roubar um livro da Seção Reservada? Que graça tem? Que tipo de encrenqueiros vocês são?

_Não estamos fazendo isso por diversão, Pirraça. – Disse Sirius. – É para ajudar um amigo.

_Um amigo, é? – Ele deu mais algumas voltas, aparentemente incapaz de ficar parado. – Ah! Eu vi você com todas aquelas garotas… Você é bem safado, não? – E, surpreendentemente, não piscou para Sirius e sim para Pam.

Ambos ficaram desconcertados.

Sirius por não esperar que alguém tivesse visto seus encontros, que variam entre loucos e selvagens, a, fofos e românticos.

Pam porque tinha se lembrado daquele pequeno detalhe que ela tinha tentando apagar da mente nos últimos tempos.

_É sério, Pirraça. – Disse James, sem perceber que as palavras do poltergeist tinham afetado os amigos. – Mas não temos tempo para esse tipo de coisa agora. Depois, ok?

_Hum… Tudo bem. – Ele sorriu. – E se eu fosse vocês me esconderia de novo. O Filch vem vindo aí.

_Filch… O quê? – Disse James, dando um tapa na própria testa. – Desde quando você sabe disso?

O poltergeist cantarolou e deu risadinhas, mas preferiu não dizer nada antes de simplesmente sumir.

James, Pam e Sirius se esconderam de novo, sumindo como Pirraça.

Não demorou dois segundos para eles verem Filch passando em frente a eles, um lampião em mãos e resmungando palavras incompreensíveis que ele sempre resmungava. Os três garotos não se mexeram e mesmo depois que ele já tinha passado há muito tempo, foi que eles se atreveram a correr pelo lado oposto.

Os três tinham uma leve noção dos corredores de Hogwarts e sabia que apesar do caminho ser maior, por aquele lado eles chegariam a biblioteca também e não correriam o risco de topar com Filch no caminho. Uma vez que eles haviam chegado até a biblioteca, eles tiveram que entrar na Seção Reservada, o que também não foi difícil. O difícil mesmo era achar um livro que talvez pudesse os ajudar. E talvez eles ficassem a noite inteira procurando o livro certo e não achassem nada.

~~*~~*~~~*~~*~~*~~

Frank chegou ao quarto não muito tempo após eles terem saído. Disse que estava com uma tremenda dor de cabeça, tinha colocado um pijama, fechado as cortinas da sua cama e agora Peter podia ouvir os roncos baixos do colega. Nem sinal de Remus por enquanto. E isso era bom. Mas, Peter não podia deixar de se sentir magoado já que ele acabara ficando de fora da aventura. Os outros tinham o excluído.

Será que se fosse com Remus eles teriam feito a mesma coisa?

Achava que não.

Ele sentiu uma lágrima correndo-lhe pelo nariz enquanto pensava nisso e a recolheu antes que caísse e desencadeassem outras e logo ele não poderia mais controlar.

Tudo bem que idolatrava os amigos. Oh, Merlin, os outros eram incríveis! Eram inteligentes, divertidos, bons nos esportes e com as garotas. Além de lhe oferecem uma proteção contra os outros alunos da sonserina, que não mexiam com ele por temer acabar em maus lençóis com os seus amigos mais populares e legais.

Mas, é claro. Isso tudo vinha como bônus. Na verdade estava perfeitamente feliz sendo amigo dos outros só por eles serem quem eram e não por causa das vantagens que conseguiria com isso. Além disso, se sentia honrado de participar de um grupo tão legal. Era quase como se algum dia pudesse participar de verdade daquele grupo. Mas sabia que nunca poderia. Não era legal o suficiente.

E agora tinha a mãe também, que tinha ido para o St. Mungus logo depois de um de seus experimentos ter dado errado. A mãe gostava de fazer testes e criar novas poções. E isso o deixava triste. Saber que talvez quando voltasse para casa, seria para encontrar a mãe uma última vez, deitada fria em um caixão.

Outra lágrima correu por seu nariz.

Nunca contaria isso para os amigos. Seria o mesmo que demonstrar fraqueza e não podia ser fraco. Não no grupo deles. A perfeição era presada a cima de tudo. Em qualquer que fosse a área em que você se desse melhor, tinha que ser o melhor de todos. Era só olhar para Remus com os estudos, Sirius com as garotas, James com o Quadribol e Pam com as pegadinhas. Eles eram perfeitos. E Peter, o que era? Apenas um idiota que corria atrás de seus ídolos o tempo todo.

Ele sorriu.

Eram poucos os que podiam seguir seus ídolos o dia inteiro, não? Admirando-os sem nunca alcançar seu nível. Apenas ficar olhando de baixo enquanto seu ídolo cresce cada vez mais.

Às vezes dava vontade de simplesmente largar tudo e ir embora. Nunca seria tão bom quanto Remus, Pam, James ou Sirius.

Outra lágrima.

Nesse momento Peter começou a rir. E não que fosse louco e estivesse rindo do nada. Mas sim porque Leite, seu rato branco, andava por dentro de suas vestes, fazendo cócegas.

Peter finalmente conseguiu o apanhar e o acariciou.

_Às vezes, - Ele disse. – Eu gostaria de ser como você. Pequeno o bastante para caber em vários buracos e esquecer o resto do mundo, sabe? Esquecer que eu nunca vou ser tão inteligente quanto eles, tão habilidoso quanto eles.

Peter suspirou.

Ele colocou o rato em cima da mesa de cabeceira. Aquele rato era o seu bichinho, seu xodó. O garoto adorava o rato. Estava sempre junto dele.

Depois de algum tempo, Peter viu quando Remus apareceu na porta do dormitório, fazendo a mesma ranger.

_Remus! – Ele exclamou.

_Peter? – O lobisomem olhou em volta. – Onde estão os outros?

_Argh… Os outros? – Certo Peter, hora de botar o cérebro para funcionar. Se você o tem, ele deve servir para alguma coisa. – Bom eles…

O único problema era que não conseguia pensar em nada, principalmente porque estava sob pressão.

Só o que ele esperava era que os outros chegassem logo, antes que ele começasse a falar besteiras e estragasse todo o plano.

*~~*~~*~~*~~*

_A-há! – Disse James finalmente. – Achei o livro!

Pam e Sirius abandonaram as suas buscas e correram para o lado do amigo. Será que ele tinha mesmo achado o livro que eles tanto estavam procurando?

_Tem certeza? – Perguntou Pam, enquanto via James tirar o livro empoeirado do meio dos outros.

James soprou a casa e apontou a varinha com o feitiço Lumus diretamente para o título e Pam leu em voz alta:

_A Arte de Tornar-se um Animago. – Ela sorriu e então olhou para James, que fez a mesma coisa e seus olhos se encontraram.

_Acho que sim. É esse mesmo. – Ele também sorria.

Sirius ao lado deles teve vontade de fazer uma dançinha da vitória, mas controlou-se, apenas dando alguns tapinhas de leve nas costas do amigo.

_Parabéns! Finalmente! Conseguimos!

Pam deu uma risadinha baixa.

_Sim, conseguimos. – Ela olhou James. – O que você está esperando menino? Abra logo esse livro!

James ainda fez certo suspense antes de abrir a primeira página e começar a ler a introdução.

E, pela primeira vez na vida, Pam e Sirius prestavam atenção total


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