A Lenda da Chama Sagrada escrita por Ningen Judger


Capítulo 9
Capítulo Nove: Tremores




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Quando abri os olhos novamente, eu tinha controle sobre meu corpo, logo não estava possuída, mas Lire me olhava estarrecida.

–O que foi, Lire?

–A-Arme? É-É você?

–Sou... por que a pergunta?

–Você está...hm... diferente.

Vi meu reflexo no laguinho que havia perto da casa. Eu estava com meu cabelo bem comprido, minha franja se fazia com duas mechas pretas, e eu estava usando uma roupa de sacerdotisa negra, apesar de eu ser uma arquimaga. E além disso, a roupa também não era de uma sacerdotisa comum, era da sacerdotisa Línarie, uma sacerdotisa de Baldur... mas porque estava negra?

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Eu caminhava por aqueles túneis subterrâneos procurando alguma saída, eu tinha certeza de que May estava apenas brincando comigo, pois se ela era mesmo tudo nessa dimensão, poderia me matar agora mesmo sufocada pela areia. Até que acho uma grande porta de madeira, ela tinha um encaixe estranho, parecia alguma joia preciosa ou algo do tipo que deveria se encaixar ali. Era detalhadamente banhada em ouro, com algumas joias e um papel preso. Era uma espécie de mapa:


Grupo 1: Humana, Mestiço


Status: Desafio 1

Grupo 2: Humana, Elfa

Status: Desafio 1

Grupo 3: Elfo, Humano, Mestra de Desafios Natureza

Status: Desafio 2

Grupo 4: Imortal, Humana

Status: Desafio 1

Grupo 5: Demônio, Mestre de Desafios Fogo

Status: Desafio 2

Grupo 6: Deusa, Haros e Mestra de Desafios Escuridão

Status: Desafio 2


De repente, uma parte do mapa começou a brilhar e uma mudança ocorreu, quando olhei de novo, o Status do Grupo 2 mudou para “Desafio 2”.

–Somos... nós?

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Eu estava em casa, esperando meu pai voltar de mais uma caçada de almas. Quando ele finalmente voltou, eu mal pude falar com ele, já que estava “ocupado” fazendo qualquer coisa que ele inventava apenas para não ficar um minuto sequer conversando comigo, já que ele me achava um imprestável. No dia seguinte, já havia outras almas para serem colhidas. Esperei dias para ele voltar. Meses. Fui falar com Hades, já que foi ele quem mandou meu pai ir pegar as almas que escaparam do Submundo. Ele conversava com outros caçadores de Recompensas renomados do Submundo, como meu pai.

–HAHAHA, ainda não contaram á ele?- Falou um Caçador de Recompensas.

–Tadinho, ficam escondendo isso dele... porque ainda não disseram para ele que o pai o abandonou? Para ficar com aquela mortal?- Falou uma Rastreadora.

–Porque o pai dele disse que era para esconder isso dele o máximo possível.

Lágrimas invadiram meus olhos, eu queria voltar a dormir, acordar e dizer que foi tudo um sonho...

Anos depois, tive de ir recolher as almas de um mortal que batia no cônjuge e de outro mortal que foi morto atropelado. Aproveitei que já estava em Ernas, e fui atrás do poder das Chamas Azuis. Seguindo o rastro, achei uma pequena casa no interior daquilo que os mortais chamam de “floresta”. Olhei pela janela e lá estava meu pai, discutindo com uma mortal e um menininho mestiço.

–Ele é o seu filho sim, deveria saber que isso aconteceria se você se casasse com um Haros!

–O que? Essa aberração é o meu filho? – Disse apontando para o menino.

–Tá tudo bem, mamãe. Fica calma... – O menino se abraçou a perna da mortal, mas ela agiu com repulsa.

–Sai de perto de mim, aberração! Fuja daqui e nunca mais volte! – Feito isso o menino sai correndo chorando.

Meu pai até tentou ir atrás, mas o menino, mesmo tão novo, era rápido e já tinha sumido de vista.

–Eu não acredito que você fez isso, pai.

Meu pai se virou para me encarar.

–F-Filho? O-O que você tá fazendo a-aqui?

–Não me chame de filho, seu bastardo! Você me odiou todos esses anos e me trocou por uma mortal! E AINDA TEVE UM FILHO COM ELA! AQUELA ABERRAÇÃO!

–Não chame o seu irmão assim!

–ELE NÃO É MEU IRMÃO! E VOCÊ NÃO É O MEU PAI! – Peguei minha Kodachi, já que eu me tornei um Rastreador, e matei aquela mortal e meu pai.

–Lupus... Lupus... Acorde...

–AAHH!

Eu me assustei com minhas lembranças, e acabei pulando em cima de Lin, que tentava me acordar para seguirmos em frente. Com nossos rostos perigosamente próximos, ela corou muito, mas Layla logo interrompeu-nos pigarreando.

– Se os senhores me permitem, gostaria de dizer que a porta do segundo desafio já está aqui.

–A-Ah, o-oi Layla...

– Pelo que vejo, interrompi algo... – Disse dando um sorriso malicioso.

–N-Nada não, Layla.

–Tá, vamos logo. – E entramos.

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Eu havia sido surpreendida por um leão, que pulou encima de mim, mas quando ele iria arrancar minha cabeça fora, Lass o decapitou. Me levantei, mas do nada vou para a frente de Lass, que me olha surpreendido, e logo entendo o porque. Zidler havia me raptado.

–Ora, mestiço, parece que estou com sua namorada, vai ter que vir busca-la...

–O QUE? ELE(A) NÃO É MEU(INHA) NAMORADO(A)! – Gritamos em uníssono.

–O que tenho de fazer, Zidler? – Disse Lass bufando e rodando os olhos.

–Huahuahua... – Zidler olhou para uma gaiola enferrujada que tinha uma coleira dependurada encima. – Você e sua namoradinha terão que fazer uma apresentação juntos.

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Do nada, uma porta desceu do céu, uma porta meio rosada com um bilhete.


 

Parabéns, viajantes.

Conseguiram passar o primeiro desafio.

O desafio desta dimensão era aceitar seu passado como ele é.

Mas a partir daqui, iremos dividi-las.


–O-Oque significa dividi-las?

–Não faço ideia, Lire. O único jeito de descobrir é entrar.

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O tal garoto atacava com voracidade, nossa sorte é que a garota se desintegrou, deixando nossa luta mais fácil. Finalmente Arien o encurralou em um canto, junto de Ryan. Depois que o decapitei, ele se transformou em pó. Depois que começamos a andar novamente, por uns dois metros, uns corvos começaram a nos atacar, por uns vinte metros. Depois, eles pararam, no começo, achei que eles tinham uma área delimitada para ataque. De repente, o chão começou a tremer.


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