A Lenda da Chama Sagrada escrita por Ningen Judger


Capítulo 10
Capítulo Dez: Alternar de vez em quando não é bom




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A princípio, eu não entendi o motivo do chão tremer. Tinha uma fina linha escura ao horizonte rosado e sem vida. Ela se engrossava aos poucos e quanto mais se aproximava de nós, mais se dividia em pequenos pontinhos.

–Ah, droga, que tipo de exército é esse!? Devem ser uns 17,500 soldados, no mínimo! – Ela suspirou derrotada. – Ah, mesmo com minha ajuda, acho que não vamos conseguir.

–Uma das várias coisas que se aprende quando se faz parte da Grand Chase é “O impossível sempre foi possível, você é que não sabia”. – Ryan disse e logo depois partiu para cima de alguns Goblins. Bateu em uns, decapitou outros, e abriu a barriga de mais alguns. Mas mesmo assim, o exército parecia não diminuir. – Mas o quê...? – Ele mal parou para respirar e um Goblin deu uma bela de uma voadora nele.

–Rya- Arien foi atingida por uma pedra. – Itte~... – Ela se levantava devagar. – Provocaste a minha ira. NIN-GUÉM, ouviu bem? NIN-GUÉM me taca uma pedra na cara e sai vivo... OUVIU SEU GOBLIN DE MERDA!? Eu chamo humildemente pelos Deuses da Colheita, cumpram meus desejos e não deixem nada sem ser realizado!¹

Apareceram duas raposas. Uma vermelha e a outra azul.

–Deusa da Colheita Mike.

–Deus da Colheita Uke.

–Matem esses infelizes, não deixem sobrar nenhum de pé.

–Senhora, estás bem? Há muito não ordenas uma morte. – Uke

–Uke está certo. Desejas mesmo o derramamento do sangue dessas criaturas?

–Uke e Mike, eles já estão mortos. Basta olhá-los e ver.

–Se a senhora deseja, não há o porquê de não realizarmos. – Uke e Mike

–Ó vento, serdes benéfico para a vida. Trema, balance, ó vento suave. – Ela repetiu essas palavras três vezes, e a cada vez, fazia com dois dedos o símbolo da cruz á frente. – Ritual da Alma Trêmula!² - Praticamente a metade do exército morreu, quer dizer, de novo.

–Kyoooo... Vem cá, porque você não usou esse tipo de luta com a gente? – Ryan

–Vocês não tiveram a ousadia de tacar uma pedra na cara. E espero, para o bem se suas integridades físicas, que não tenham futuramente.

–O-Ok. Ronan e Ryan.

–Yoshi! Moetekitasu³! VÃO! – As raposas fizeram um belo de um estrago no exército. Quase que elas sozinhas conseguem derrotar todos, mas no finalzinho, Aria usou energia demais e desmaiou. Então Ryan e Ronan mataram sozinhos o resto. Apareceu uma porta marrom.

Se chegaram até aqui, caros viajantes, é porque vocês têm muito potencial.

Porém, devo avisar-lhes de que ninguém jamais daqui passou.

Boa Sorte, vocês irão precisar.

Nós entramos.

=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=

Assim que entramos na porta cor-de-rosa... Nem tem como definir o lugar. Parecia o céu, com nuvens cor-de-rosa fofinhas e macias e uma escadaria de ouro.

–Hey, Arme, dá uma olhada! Hm, Arme? – Procurei minha companheira, mas ela não estava lá! Será que ela tinha chegado mais cedo que eu, e estava em algum lugar? De repente, um vortex roxo aparece na forma de fenda, e de lá sai... tádã! Ninguém menos que Ar... Hã?

–Ai... Hm? Ah, yo Lire-chan!

–RYAAANNN!!??

–Peraí, cadê a Aria e o Ronan?

–Quem é Aria?

–É uma garota que eu e Ronan derrotamos mais cedo. Ela decidiu viajar conosco.

–Ah... eu também me separei da Arme.

–Vem cá, que lugar é esse? Parece o Paraíso...

–Lindo, né?

–Eu não sei você, mas esses lugares todos por onde estamos todos passando me dão calafrios. Eu tô louco para sairmos daqui.

E subimos as escadas. Chegamos num grande portão de prata, do qual atrás havia variadas casas, com algumas pessoas conversando, passeando e rindo. O mais estranho? Todos eles usavam diademas4 estranhos... estranhos demais para o meu gosto!

–Os Santos chegaram!

–Eles chegaram!

–Eles estão aqui!

Hm? Como assim Santos?

–Os Santos! ABRAM OS PORTÕES IMEDIATAMENTE! – Um homem gritou, e na mesma hora, os portões se abriram, deixando eu e Ryan passarmos. Daí, todos nos reverenciaram.

–O que é isso...? – sussurrei para Ryan.

–Não pergunta para mim, não. Não faço a mínima ideia. – Sussurrou de volta.

–Por aqui, Santos! – E ele nos guiou pela cidade - quer dizer, pelo vilarejo, não era assim tão grande – até chegar num prédio, onde encontramos duas pessoas, e... WTF!? Somos nós!

–Ei, amor, o que acha de... – o “outro” Ryan olhou para esse. E ficaram se encarando. Quando do nada, os dois saltam para trás, gritando assustados, com movimentos incrivelmente iguais.

–O que foi, Ryan!? – Eu e a outra Lire fizemos essa pergunta, e nossa reação de susto foi a mesma.

–M-Mas o que? Já estão nos substituindo? Droga, não obedecemos a tempo? – Ryan Alternativo

–Como assim, substituindo?

–Então vocês não são nossos NanoBot’s? – Lire Alternativa

–Vamos leva-los para um lugar seguro, assim poderemos explica-los.

E eles nos levaram á uma casinha da rua. Assim que entramos, reparamos que o lugar era bem diferente por dentro: por fora, parecia aquelas casinhas antigas de madeira, mas por dentro era todo de pedra, parecia até uma verdadeira prisão medieval. Entramos por um alçapão, que dava uma salinha que deveria ser o porão, mas na verdade, parecia a casa toda naquele pequeno espaço. Um cantinho para a cama de casal, logo do lado um fogão bem velho, e um tapete completavam todo o espaço do lugar. Os Alternativos sentaram na cama.

–Bem, aqui parece o céu, não é mesmo? – Ryan Alternativo

–Sim. – Eu e Ryan

–Mas não é. Somos forçados a obedecer com esses diademas. Nós descobrimos um método de retirá-los e coloca-los quando quiser. Mas não pudemos reproduzir essa informação, já que os outros estão sendo controlados, e se formos pegos, iriam nos “substituir”. – A Lire Alternativa fez aspas com as mãos.

–“Substituir”? – Ryan

–Nos levam em segredo para fora da cidade, e nos matam lá. Assim, enviam humanoides que chamamos de NanoBot’s para nos substituir em tudo: emprego, relacionamentos amorosos, qualquer coisa que vocês possam imaginar. Na verdade, nós somos procurados perigosos. “Perigosos” é modo de dizer, já que não fizemos nada de errado, e estão procurando-nos para nos matar e nos substituir. – Ryan Alternativo

Nesse exato momento, ouvem-se batidas violentas na porta.



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