A Lenda da Chama Sagrada escrita por Ningen Judger


Capítulo 12
Capítulo Doze: Amor Doentio




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–Ai, meus ouvidos... – eu disse, os tampando. Aquela voz, por si só, já era estridente. Imagina gritando do jeito que estava...!

–Quem é essa garota!? – Aria também, assim como Ronan, havia tampado os ouvidos.

–Olá~~! Meu nome é Maya~~! – Quem tinha gritado era outra criancinha. Dessa vez, era uma garota loira de olhos verdes, com os cabelos presos em maria-chiquinha. – Querem ser meus amiiiiiiigos~~?

–Uma garotinha... Olá! – Ronan disse, sorrindo amigavelmente. Quando o assunto era ser educado, ele era Mestre Supremo.

–Olá, nii-san~! – Ela fez uma carinha tão fofa, que dava até dó.

–Bem, você disse que se chamava Maya, certo?

–“Shiiiiiiiiiiiiiim”~~! – Ela disse, querendo dizer ”sim”.

–Maya-chan, poderia nos dizer onde fica a saída deste lugar? – Ronan se agachou, para ficar na mesma altura que Maya.

–“Nhããããão”~... – Ela disse triste, querendo dizer “não”.

–Porque, Maya-chan?

–Bal-nii-san disse que eu deveria impedir todo mundo de sair daqui... – ela disse. Parecia que ela não gostava nem um pouquinho dessa ideia.

–Não fique triste, Maya-chan. Tudo bem. – ele colocou a mão sobre a pequena cabecinha dela, e ela começou a chorar em silêncio. – Não chora. Vem cá. – Ronan pegou Maya e a colocou sobre os ombros. A menina, no mesmo instante, estava feliz e radiante de novo.

–Ebaaaa~~! – Ronan correu pelo jardim com a menina sobre os ombros.

Aria estava admirada com o tanto de flores diferentes que o lugar possuía. De fato, eram muito lindas, coloridas e exalavam um perfume muito bom.

A barriga de Ronan roncou. Não é á toa, estamos sem comida faz um tempo.

–Nii-san e as nee-chans estão com fome~~?

–N-nee... -chan...? - Aria

–Algum problema, Aria?

–Nada não. – Ela sorriu.

–Nee, nii-san e as nee-chans podem ir lá em casa~~! Tem espaço para todo mundo~~! – Maya

–Podemos mesmo, Maya-chan? – Ronan

–Claaaaaaaaaaaaaaaaaro~~! – A garota fez um “jóia”.

–Se você diz... Vamos lá! – Ronan

A garota nos guiou até uma grande construção, que identifiquei como sendo um templo. Nos instalamos, comemos, tomamos banho, aquele dia havia sido bem difícil, mas aquele lugar era realmente bom.

Enquanto eu me deitava, eu me perguntava o porquê de termos vindo parar num lugar tão bom, se até agora a Grand Chase e o tal “Bal” eram inimigos.

=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=

–A-apresentação!? O-o que ele quer dizer com isso!? Lass! – Eu gritei.

–Huahuahua! – Ele começou a me despir ali na frente mesmo! Que pervertido!

–ME SOLTA! SEU PERVERTIDO! – Me debati tanto que ele acabou me soltando. Corri para junto de Lass. – Ei, Lass! O que ele quer dizer com apresentação!?

–“Apresentação” para ele é nos machucar. E não poderemos fazer nada.

O Lass... Suportou isso tudo quando tinha cinco anos! Se uma criança de cinco anos pode, eu também posso! Suspirei.

–Vamos lá!

–Elesis, eu não teria dito isso...

–Porquê? – No instante que perguntei, uma mão segurou meus braços enquanto outra rasgava rapidamente minhas roupas. – P-PERVERTIDOOO! ME SOLTA!

–Ué? Você não estava animada para começar a apresentação a menos de um segundo atrás? Huahuahua! – Zidler

–Você esqueceu de que ele tiraria suas roupas. – Lass *gota*

–ME SOLTAAAA!

[...]

–Eu não devia ter dito isso alto...

–Só agora que percebeu, Senhora Sabida? – Lass disse, irônico. Nós havíamos sido enfiados (sim, enfiados, literalmente) dentro daquela roupinha vermelha e cinza rasgada. Uma coleira estava em nosso pescoço, e nos davam chicotadas no lado de fora da jaula. Lass foi acertado em cheio na cabeça e cambaleou, acabando por cair sentado.

–Lass...! Tudo bem? – Perguntei.

Claro que está tudo bem, olha só para mim. De volta ao lugar onde a palavra “sorriso” perdeu o sentido para mim, sendo chicoteado com você nessa jaula minúscula. Não poderia estar melhor! – Ironia novamente.

–Sorrir perdeu o sentido...? Lass, me conta isso direito. – Pedi, séria.

–No dia trinta de fevereiro.

–Lass! Me conta!

–Fora de cogitação.

–Lass...

–Já disse que não.

–Se você não me contar, você está expulso da Grand Chase! – Gritei, chegando ao meu limite.

=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=

–Uma... S-sereia...? - Grandark

–Sereia? O que é isso? – Sebastian

–Você não sabe o que é?

–Onde eu vivi até agora, não tinha sereias, e ninguém nunca me disse nada sobre elas, como espera que eu saiba!?

–Sereias são criaturas metade humanas e metade peixe que vivem na água.

–Entendi. Droga, sou totalmente inútil nesse lugar...

–Grandark, como faço para você voltar a ser espada? – Zero

–Deixa a parte do vira-desvira comigo. – De novo, um brilho envolveu Grandark, que foi parar nas costas de Zero, como uma espada.

–É, vocês entenderam errado... – a Mestra do Desafio Água disse.

–Como assim? – Sebastian

–Não é para me derrotarem, e sim me resgatarem.

–Resga...Tarem?

–Sim. Vocês estão falando com um holograma meu. Meu corpo está na posse das Lagostas Esmeralda que vivem no Mar de Quartzo Amaldiçoado.

É mesmo de Quartzo Amaldiçoado, só de engolir um pouco de água dessas ondas violentas, estou meio sonolenta. Tome cuidado, Zero. – Grandark

Ok.­

–Estou na parte mais funda do lago, onde phscpshcpshc. – O holograma começou a chiar e perder a figura. – Tenham cuidado com as armas deles, porque pshcpshcpshcps. Mas eu posso ajudar vocês, a fraqueza das armas deles é o aq hcpshcpshcpshcphsphcp. – e o holograma se dissipou totalmente.

–Ah, ótimo, ficamos sem saber a parte mais importante! – Sebastian

Que interessa? Esmagaremos eles!– Grandark

=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=

Parte inspirada na missão Ilha Selvagem do jogo e na One-shot maravilhosa de Storn, “Paranoid Doll”. Créditos à devida autora.

Link nas notas finais.

O dia amanheceu.

–Ohayou~~~~!! – Como sempre, Maya já estava animada.

–Ohayou! – Ronan disse, sendo gentil de novo, e dando um carinho na cabeça da pequena.

–Nee, Príncipe~~!

–P-príncipe?

–Sim! Nii-san é meu príncipe encantado de cabelo azul~!

*Vários segundos de choque depois, com um grilo cantando ao fundo*

–Ano nee, acho que príncipe soa um pouco exagerado... – Falei.

–Não é, não. Olha, príncipes são gentis, bonitos, corajosos e ficam ao lado da gente até na hora de dormir, contando histórias de suas valentes batalhas! – Ela simulava uma luta de espadas com o cabo da vassoura que estava perto dali.

–Você realmente fez isso? – Perguntei, com uma gota.

–Ela não queria dormir, Arme...

–Mudando de assunto, como será que vamos sair daqui? – Assim que perguntei, parecia que uma aura negra se formou em volta de Maya.

–Ir embora? Meu príncipe vai embora? Yurusenai*...

–C-calma, Maya-chan, não vou embora, eu só—Quê? – Raízes desplantaram-se do chão e agarraram Ronan, fixando-o deitado no chão.

–Meu príncipe encantado jamais sairá daqui... Jamais... – Maya disse, cantarolando tenebrosamente, enquanto retirava do bolso do vestido de jardineira um bisturi.

–Maya-chan! – Arme

Maya iria enfiar o bisturi na perna direita de Ronan, quando uma macieira sai do chão e impede-a, jogando-a para trás. Olho para trás e vejo Aria com as mãos na terra.

–Vai, tira o bisturi dela!

Corri e peguei a peça em minhas mãos. Realmente dava para sentir a magia naquele bisturi. Um único arranhão com aquilo seria suficiente para matar alguém cinquenta vezes maior que Ronan.

–Ninguém vai sair daqui. – Maya disse. Ela fez o mesmo gesto de Aria e desplantou raízes muito resistentes, que nos amarraram sentadas no chão.

–Assistam as espetáculo, onee-chans. – e o bisturi foi cravado na clavícula esquerda dele. Ela girou e inutilizou o braço dele.

Ela fazia aquilo com uma naturalidade que chegava a dar medo.

Quando Ronan estava gravemente ferido – isso é, se fosse um bisturi normal, agora, se é com aquele, qualquer arranhãozinho é grave –, com os quatro membros inutilizados e com o abdômen aberto, um vórtex roxo e uma porta apareceram.


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Notas finais do capítulo

HA

DEIXEI VOCÊS NO MISTÉRIO!

Link:

http://fanfiction.com.br/historia/179309/Paranoid_Doll/

Yurusenai significa "Imperdoável" ou "Jamais perdoarei".



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