Sweet Diference escrita por halmina


Capítulo 6
Porquê? (Reita) - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Chateada! É o meu estado. Imaginam que (na altura em que estou a escrever isto) eu já tenho 4 leitoras, 6 caps e só um review? Quem lê, mesmo que não goste, mande-me um comentário. Nem que diga "Está uma merda" ou "Odiei". Uma opinião! É tudo o que eu preciso.
E, como eu fiquei chateada (e com preguiça) só está aqui metade do POV do Reita.
Bem, leiam...



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(Ponto de Vista: Reita)

  Depois de tanto tempo, eu e Aoi, meu melhor amigo, resolvemos finalmente mudar de escola. E não só de escola, de cidade também. Foi difícil para os nossos pais aceitarem que íamos sair de Tokio, para uma cidade do outro lado do país, só por mero capricho.

  Mero capricho. Uma das poucas coisas que a nossa mudança não
significava. Mas o que é que eles podiam para dizer? Tinham sido a principal razão disto tudo. Eles e aquela vida infernal.

  Então, eu e Aoi decidimos mudar-nos para cá. Claro que, no inicio, foi uma tortura para os nossos amigos aceitarem, íamos deixa-los para trás repentinamente. Eles ficaram tristes e opuseram-se fortemente. Mas, no fim, tudo se resolveu e eles vieram connosco.

  Os pais do Kai e do Aoi, eles são irmãos, aceitaram numa boa. Já que um dos filhos ia, porque não o outro ir também? A mãe do Uruha também aceitou facilmente, visto que ele é um largado da vida, e não faz diferença se estiver em casa ou do outro lado do país. Os pais do Ruki é que foram um problema… Não acreditaram que ele tivesse uma boa educação noutro lugar e tal. Foi bem complicado.

 Flashback on

  Tínhamos acabado de dizer aos pais do Ruki que íamos todos mudar-nos, até ele.

  - Filho, tu não vais a lado nenhum. As tuas responsabilidades estão aqui, tudo o que tu tens está aqui. – disse a mãe dele.

  - Mãe. Eu vou, não há discussão.

  - Ruki. – disse o pai dele, com voz perigosa – Nós somos os teus pais, nós é que decidimos se tu podes ou não ir.

  - E eu já decidi. – a mãe do Ruki insistiu – Tu não vais.

  - Desculpe meter-me. – pedi calmamente – Mas há alguma razão para ele não ir?

  - Há. – respondeu a mãe dele, irritada – A escola dele é aqui, é a melhor escola do país.

  - Vamos todos para uma escola muito boa também.

  - Não achas egoísta? Arruinar o futuro do meu filho só por auto-piedade? E a vida dele? A família? Os amigos?

  - Quais amigos, mãe?! – gritou Ruki, à beira das lágrimas – Aqueles amigos que me apresentas por serem ricos, ou os filhos dos teus superiores? Aqueles que são tão meus amigos ao ponto de me tratarem como lixo. Ou como uma puta. E a minha família? Certamente que não falas daqueles que me tentam fazer viver da imagem e do dinheiro dos outros. Vocês que só se importam com o dinheiro que eu vou ter no futuro, sem se importarem com quem eu sou.

  - Não fales assim com a tua mãe. – avisou o pai dele, severo – Esses rapazes têm razão, tu és apenas um pedaço de lixo, uma puta. Vão lá, e levem esse rapaz a que eu chamava de meu filho. Não voltas a entrar nesta casa. – ele disse, levantando a voz.

  Ruki começou a chorar. Mas mesmo a chorar. Copiosamente. Abracei-o de lado, enquanto o pai dele o continuava a insultar.

  - O senhor devia ter vergonha. Tendo um filho maravilhoso como este e ainda por cima trata-o assim. Ele vem connosco, não só porque neste momento somos as únicas pessoas que ele tem, mas também porque ele não merece uma família assim.

  Virei as costas e saí dali. Uruha estava connosco, por isso eu deixei que ele abraçasse o Ruki, em vez de mim e ajudei-os a sair dali. Olhei uma última vez para os pais de Ruki, deixando todo o meu ódio transparecer.

  - Vai Reita! – gritou a mãe dele – E leva a tua puta contigo. – disse segundos antes de eu fechar a porta, e eu não aguentei.

  - Perdoa-me Ruki. – pedi, e voltei para dentro de casa dele.

 Flashback off

  Devem perceber o que aconteceu. Eu agredi-os, eles ameaçaram
processar-me por rapto e agressão física, eu virei as costas e levei Ruki.
Levei-o para minha casa, mesmo que estivesse a um fio para fazer aos meus pais o que fiz aos de Ruki. Não sei se a frase faz sentido, mas é a verdade.

  Eles começaram a discutir comigo, não queriam que o Ruki ficasse lá em casa. Para além de que a mãe do chibi, que é amiga da minha, ligou para lá a avisar. Depois de uma cena muito feia, eu agarrei nas minhas malas, que já estavam feitas pois o dia da partida era dois dias depois, e fui com o chibi, para casa do meu melhor amigo, Aoi.

  Durante o caminho, o meu chibi partiu-me o coração. Ele chorava. Mas não chorava como se lê naquelas histórias todas fofinhas em que ele devia ter as lágrimas a escorrer silenciosamente. Nem com aqueles soluços perfeitos. O choro dele era feio, imperfeito. O rosto dele estava vermelho, as lágrimas escorriam, molhando-lhe o rosto. Várias vezes ele passou a mão pela cara, mas aquela água salgada não o deixava em paz. Ele soluçava muito, alto e descompassadamente, estava ofegante e abraçava-me desajeitadamente, como se eu o conseguisse salvar do sofrimento. Mas eu não conseguia.

  E por muito que esta descrição vos tenha feito tentar imaginar, eu duvido que consigam. O truque dos leitores é imaginar a história, mas há coisas que não podem ser imaginadas. Têm de ser vividas. O choro, o verdadeiro, nunca é bonito. Basta saberem isso.

  Eu não o conseguia ajudar. Não o conseguia consolar. A única coisa que eu podia fazer era abraçá-lo e esperar que Kai o fizesse por mim.

  Mas, voltando à história. Nós mudámos de cidade, de escola e de casa. 

  Admito que me assustei quando cheguei à escola, ela era enorme.
Principalmente tendo em conta que aquela cidade tinha quase um terço do tamanho da nossa anterior. O que não é pequeno. A escola era maior que a nossa em Tokio. O Ruki teve uma reação semelhante, ou pior, à minha. Mas também, ele era menor, por isso tudo lhe parecia ter dimensões maiores.

  Chegámos à escola depois do almoço, faltava pouco mais de meia hora para dar o toque de entrada. Como é óbvio, todos nos olharam de lado. Afinal, não é todos os dias que entra na escola um grande grupo de esquisitos. Sim, porque nós não tentámos sequer dar boa impressão. Vestimo-nos como iríamos para qualquer lado. De preto, e com muita maquiagem.

  Uma coisa que nos desiludiu, ou pelo menos a mim, não parecia haver um grupo de descolados ali, onde nos pudéssemos integrar. Mas nós já estávamos habituados e, pelo menos, as pessoas desta escola não nos conheciam. Elas encaixavam-se na descrição “ricos”. O que significa que se nos metermos com eles podemos arranjar problemas. Mas quem é que não gosta de um pouco de perigo

  Fomos para a diretoria, sob os olhares ameaçadores e enojados dos nossos novos colegas. Chegámos lá e, incrivelmente *ironia*, os professores olhavam-nos exatamente da mesma forma. Que choque…Fomos encaminhados para a sala da diretora, que nos explicou as regras da escola, o que podíamos ou não podíamos fazer…

  Tratou-nos como se fossemos delinquentes. O que deveria mesmo achar de nós, tendo em conta o seu olhar de nojo e superioridade. Depois de ocupar mais de vinte minutos do nosso tempo, disse-nos as nossas turmas, deu-nos os horários e tal.

  Foi uma pena eu e Ruki ficarmos numa turma diferente dos outros três, ou talvez o destino me esteja a dar uma ajuda. A diretora disse-nos que os nossos professores estavam lá fora, e mandou-nos sair da sala. Claro que nós saímos logo. Quem quereria ficar mais tempo a olhar para aquela senhora com cara de empada? [WTF?]

  O professor que ficaria encarregado de nos levar à sala até parecia simpático, ou pelo menos, até nos ver. Olhou-nos repugnado, para variar. Mas será que todos nesta escola sabem fazer expressões de nojo?!  Está a ficar um bocado perturbador, se querem que eu vos diga.

  Ele levou-nos até à porta da sala e deixou-nos lá. Entrou dentro da sala, pelo que deduzo que seja mesmo nosso professor. Ficámos muito tempo à espera, fora da sala, os nossos amigos também estavam lá, na porta da sala ao lado. Mas eles entraram antes de nós.

Agora que estou mesmo a fazer isto, e não só a pensar, arrependo-me. Se tivermos de passar tudo de novo, nada disto terá valido a pena. Olhei para o chibi, ele não parecia preocupado, um sorriso rasgava, quase literalmente, a cara dele.

  - Sorri mais, Ruki. – pedi-lhe,sarcástico. Ele percebeu o que eu queria dizer pois adquiriu uma expressão séria logo de seguida. Mas ele não ia aguentar muito tempo. Era muito elétrico e alegre para o conseguir. Ouvimos o professor dizer alguma coisa e logo ele chamou:

  - Podem entrar.

  Ruki foi abrir a porta, e todo o seu nervosismo transpareceu. Ele abriu a porta, lentamente, mas eu não o censuro, também queria adiar o confronto. Mas isso já não era possível.

  - Abre logo, baixinho. – eu disse-lhe, baixo.

  - Eu não quero, Reita. Tenho medo.

  - Também eu, Ruki. – disse-lhe, compreensivo. Ele tinha sido a pessoa que perdera mais coisas, no final. Abri a porta rapidamente, e entrei na sala.

  A maior parte dos alunos olhou-me com nojo, mas as garotas suspiraram e fizeram sons de aprovações.

  A sério? É por isto que eu não gosto de raparigas. Por muito que achem um rapaz estranho, se ele for giro, famoso e/ou rico, já dão todas em cima dele.

  Pessoas estranhas.

 [Lembrando que eu sou umA autorA, mas é mesmo o que eu penso, pelo menos é assim na zona que eu vivo, elas atiram-se para cima de todos os giros ou ricos. Eu só não o faço porque eu sou, realmente, excluída. T.T]

  Eu detesto esse tipo de coisas, a sério.

. . .

 [Acabo o cap. por aqui hoje porque… Estou com preguiça de passar mais.]


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Notas finais do capítulo

Ahahah!! Eu fui do mal e só pus metade do POV. Mas vocês também foram do mal e deixaram poucos reviews.
Eu tenho dúvidas. Será que devo continuar? Eu vou meter mais drama, misturar os pares? Fica mal pôr as alcunhas deles como nomes, ou ponho mesmo os nomes deles?
Quero reviews, senão... Nada de cap.
BjsS



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