Sweet Diference escrita por halmina


Capítulo 3
Sani, Saya, Roupas e Alunos Novos


Notas iniciais do capítulo

Mais um cap. Neste podem descobrir um pouco mais de Sani, que não é tão perfeita assim. Sobre a namorada de Sano e outras coisas.
Bom, eu quero reviews por isso leiam...



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POV Sani on

  Estávamos na hora de almoço, e ainda era segunda. Não sei porquê, mas Sano insistia para eu e as minhas duas amigas nos sentarmos com ele e o grupo.

  O Grupo. Aquele monte de excluídos, que arranjaram integração uns com os outros. Era isso que eles eram, esquisitos, excluídos e nada populares (que significa o mesmo, no fim). Todos olhavam de lado para eles, mas Sano não se importava e parecia feliz com eles.

  Mas percebem, que não é por ele se sentir bem com eles, que eu tenho de fazer o mesmo. Eu, pessoalmente, não gosto daquele grupo. Há o Maya e o Miku, que são as pessoas mais escandalosas que eu já conheci. Depois há o Aiji, que me parece perigoso, é agressivo e eu acho que não sabe rir, o Teruki que é um otaku de primeira categoria, Kanon que é… Bem, é estranho. O Bou é tão esquisito como o Sano, é travesti e tudo mais. A única pessoa decente do grupo é Arya, mas eu acho que já está a ser afetada.

  A única pessoa decente? Mas então e o Sano? Não, ele pode não saber, mas eu acho-o tão esquisito como os outros. No entanto, ele é meu irmão e eu não o vou abandonar por causa da maneira de se vestir. Ainda.

  Eu não gosto de andar com eles, estraga a reputação que eu demorei tanto para conseguir. No fundo, eu faço-o obrigada e por pouco tempo.

  Sei que o Sano me acha perfeita, mas eu não sou. Sou muito superficial e tal. Ao menos admito, né?

POV Sani off

  Bolas! O teste correu-me tão mal, parece que nem sequer tive tempo para olhar para o livro. Espera! Foi exatamente isso. Bem, não foi a falta dele mas o mau aproveitamento, digamos.

  - Wow. – disse Maya, quando saímos da sala – O teste correu-me… Tão bem. – disse ele espantado, e orgulhoso.

  - Que sorte. – dissemos, eu e Miku, ao mesmo tempo, antes de começarmos a rir.

  - Não vos correu bem? – perguntou Maya, confuso.

  - Não. – respondeu o Miku – E se te soubesse tão esperto, tinha copiado. Idiota.

  - Oi, meninos. – disse uma voz irritante atrás de nós.

  - Olá, Saya. – dissemos os três, só que eu tive de me virar para enfrentar a medusa e aqueles dois fugiram. Olhei para aquele protótipo de gente, que se auto-intitulava de minha namorada.

  - Oi amor. – disse, com aquela voz de cana rachada, abraçando-me. Afastei-a de mim, com nojo. Eu sei que é um bocado mau tratar uma pessoa assim, mas eu não a suporto!

  Os cabelos castanhos, agora loiros oxigenados, mas não são loiros como os do Bou, nem os do Maya, parece que ela fez uma experiencia com a cor de cabelo. E daquelas que correm muito mal. Os olhos castanhos com lentes azuis, para tentar chegar à perfeição. Coisa que nunca vai alcançar.

  Os olhos originais dela já têm uma cor desinteressante, agora estes são vazios, tal como a mente dela. Eu não tenho nada contra olhos castanhos, na verdade, até gosto, mas os dela não têm nada de diferente, são simplesmente castanhos. Não são castanhos chocolate, nem castanhos escuros, eu chamar-lhes-ia castanhos reles ou castanhos vazios. Porque quem não pensa não tem verdadeiros sentimentos.

  - Larga-me. – ordenei, com asco. A rapariga não desistia.

  - Não. Isto é perfeitamente normal, é o que os namorados fazem.

  - Pois, esse é o problema, nós não somos namorados.

  - Somos sim, seu tonto.

  - Não, não são. – disse alguém, atrás de mim. Não reconheci a voz, e nem queria. Agradecia a qualquer pessoa que me salvasse daquela esganiçada.

  - E porque não somos, Kanon? – perguntou ela, falsa. Então era ele que me tentava ajudar. Porquê?

  - Porque nós namoramos, sua desmiolada. – respondeu ele. Olhei-o confuso, e assustado, ele assentiu impercetivelmente.

  - Pois Saya. – eu acrescentei, cínico – Já te tentei dizer, mas tu nunca me ouves.

  - Eu não acredito nisso. – ela disse, firme – Provem-no.

  - Tudo bem. – disse Kanon. Depois fez algo que me surpreendeu, mas vocês já sabem o que foi.

  Ele beijou-me. Óbvio. Mas não foi apenas um selinho. Quando eu me apercebi, já a língua dele tinha invadido o espaço da minha e, por muito que eu tentasse parar, a minha língua dançava juntamente com a dele. Uma dança erótica e apelativa. Mas que foi parada pelo choro incessante da minha, finalmente, ex-namorada.

  - Porquê Sano? – perguntou ela, eu apenas me ri. Kanon passou o braço à volta da minha cintura. Ela olhou para ele com raiva.

  - Eu vou espalhar isto. Tu vais arrepender-te de me ter deixado! – gritou, e saiu a correr. Eu e Kanon começamo-nos a rir que nem dois retardados, só até eu reparar que ele ainda tinha o braço na minha cintura. Tirei-o de lá e vi o resto do pessoal aproximar-se de nós, também a rir.

  - Finalmente, amorzinho. – disse Arya, a tentar imitar a voz de Saya.

  - Uhhh, Kanon. Sempre te revelaste. – gozou Maya.

  - Eu sempre admiti que era homossexual. Não sou como tu Maya, que demoraste quase meio ano a aceitar. – respondeu a tirar um com a cara do loirinho. Não tão inho assim.

  - Humf. – resmungou ele.

  - Kanon, podes chegar aqui. – eu pedi, mas arrastei-o, pela mão, antes que ele me pudesse responder.

  - Cuidado com o que vão fazer. Ainda estamos na escola. – gritou Arya, quando nos viu longe o suficiente. Entrei num corredor vazio, numa zona pouco frequentada da escola.

  - O que foi aquilo, Non? – perguntei.

  - Não sabes o que foi? Que ingénuo, Saninho. – disse ele, em tom de deboche.

  - Eu vou reformular a pergunta. Porque fizeste aquilo?

  - Não querias acabar com ela? Bem, eu apenas te ajudei. Devias estar feliz e não furioso. – constatou ele. Realmente a minha cara não devia ser das melhores.

  - Ok. – eu disse, acalmando-me – Mas não o repitas. – sentenciei, virando as costas. Sei que Kanon me seguia, sentia-o mesmo atrás de mim.

  - E então? O tão difícil teste? – perguntou ele, para desanuviar o clima.

  - Uma merda. Parece que não estudei nada.

  - E estudaste? – perguntou descrente.

  - Não. – admiti, envergonhado.

  - Era de quê?

  - Inglês. – respondi secamente, eu odeio inglês. Ele começou a rir estridentemente, atraindo o olhar das pessoas que passavam nos corredores.

  - Eu posso ajudar-te. Vem a minha casa depois das aulas, amanhã. – ele disse, eu assenti e fui para a minha aula seguinte. Educação física.

  Sabem, é uma disciplina que eu odeio. Eu não só pareço uma rapariga, eu sou frágil, e não gosto nada de desportos. Aliás, eu tenho raparigas mais masculinas que eu na turma. Para além de que me obrigavam a vestir aquele equipamento horrível, e era a única altura em que eu tinha de usar roupas masculinas. Mas tinha de apanhar o cabelo à mesma, para não ir para os olhos.

  Depois da aula, e de muitas nódoas negras causadas pelos meus queridos *ironia* colegas, tive de ir para o balneário, às cavalitas de Maya.

  - Bolas Sano, estás a ficar mais pesado. – queixava-se falsamente, eu sabia que pesava muito pouco, menos do que devia.

  Chegámos ao balneário e eu reparei, só um reparo mesmo, que tinham trocado a minha roupa. Não era a que eu usava de manhã, era um conjunto de mini-saia rosa e um top colado branco.

  - Acho que eles se enganaram na pessoa a quem deviam mudar a roupa. – disse eu.

  - Se calhar acham que não te atreves a vestir isso. Grande engano. – Maya comentou, a rir.

  - Eu visto, só para lhes ensinar uma lição. Só espero que me devolvam a roupa. – desabafei, eu adoro aquele vestido. Depois lembrei-me de uma coisa, como usar mini-saia e boxers? – Kanon, vê se eu tenho umas leggins lilases na mala.

  Saí do balneário com a roupa que eles me tinham deixado, e todos me olhavam chocados.

  - Oh, miúda. – chamou alguém, que obviamente andava à pouco tempo nesta escola – Esse balneário é masculino.

  - Eu sei. – respondi, ele olhou para mim com cara de “Então?”, eu sorri-lhe – Vai uma aposta como tenho partes mais masculinas que tu? – Maya e Kanon partiram-se a rir e o rapaz, ao perceber que eu era um travesti, afastou-se enojado. Enquanto eu ia para a sala de aula ainda ouvi alguém gritar:

  - Para usares roupas assim devias ter peito! – eu olhei para quem disse isso, era um rapaz que já se tinha metido em brigas comigo, reconheceu-me e ficou tão vermelho como… Algo muito vermelho, tá?

  Depois tivemos mais uma aula. Nem sei do que era. Passei a aula a dormir, esse era o mal de acordar cedo. Eu avisei a Sani, não avisei?

  Quando o sinal tocou eu acordei de um salto. Foi constrangedor. Fui a arrastar-me até ao refeitório, ou cantina. A minha mãe não me deixava comer no bar, e tinha convencido as mães dos meus amigos a fazerem o mesmo. Era chato. A comida era horrível, e nem sempre comestível.

  Ficámos na fila quase meia hora. A Sani e duas amigas dela estavam connosco, mas não se misturavam, não sei porquê. Algo me dizia que elas não se sentiam à vontade. Quando escolhemos a comida, não que houvesse grande escolha, fomos sentar-nos numa mesa para 10. Nós éramos dez, por isso… Durante o almoço falámos de trivialidades, quer dizer, os rapazes falaram, porque a Arya não estava lá e Sani e as amigas não falavam connosco.

  - Então diz-me lá, Sano, porque é que estás a usar essa roupa? – perguntou Teruki, muito interessado *ironia*.

  - Sei lá. – respondi sinceramente e todos me olharam estranho – Trocaram a minha roupa no balneário. E vocês não me estam a ver a andar com aquela roupa de ginástica horrível e masculina, pois não? – todos se começaram a rir com o meu tom de nojo.

  - Hey. – chamou à atenção, Aiji – Sabiam que vão entrar hoje 5 pessoas novas na escola. E do vosso ano. – disse ele, referindo-se aos mais novos.

  Será que os alunos novos eram… Diferentes?


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Notas finais do capítulo

Sani cabra...
Gostaram? Não? Comentem.
Descobriram mais sobre a Sani *olhos faiscam de raiva* e sobre Saya. Estas as duas ainda vão aprontar. E Kanon também.
Bem, no próximo cap aparecem (finalmente) os rapazes da the GazettE e depois, se alguém quiser, SuG.
Comentem.
BjsS



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