Era uma sexta à noite, no dia seguinte, eu iria me casar. Mesmo eu indo me casar com um homem, minhas amigas queriam que eu voltasse a minha época da faculdade e que minha despedida de solteira fosse em uma boate com mulheres strippers. Não neguei; amava meu noivo, e mesmo se acontecesse algo (o que sempre acontece em despedidas de solteira) eu iria me casar, e nada iria me impedir disso. Mas era isso o que eu pensava.
Tubinho vermelho extremamente curto e uma maquiagem pesada, meus cabelos nos ombros extremamente ondulados.
– Se eu não fosse sua melhor amiga, eu te pegava. - Disse minha melhor amiga Taylor, me olhando de cima para baixo. - Tem certeza que você tem trinta? - Falou rindo
Cheguei à boate com milhares de amigas comemorando, me cumprimentando. A luza baixa, música alta, e as típicas passarelas, com as meninas que não tem futuro, seminuas, dançando em postes, ou no colo de alguma amiga minha.
– SELENA! - Gritou Miley. - Você está ma-ra-vi-lho-sa gata! - Me abraçou fortemente. Já estava com plumas em seu pescoço, o hálito forte com o cheiro de álcool, e em uma de suas mãos um drinque.
– Vem Selly! - Agora era outra amiga, Ashley, me puxando pelo braço até perto da pista. - A noiva! - Gritou por causa do som alto para uma das stripers de bombeira.
A bombeira gritou para outra no fundo, que logo veio.
A outra estava de policial, o short extremamente curto, e o top que puxava os seios, aumentando o volume, e com um decote que os deixava muito desejáveis. As pernas grossas e a barriga definida. Os cabelos pretos desciam pelos ombros, a pele branca marfim, e quando abriu a boca em um sorriso, eu poderia até dizer que aquele era o sorriso mais lindo que já tinha visto.
Logo voltei em minha cabeça que iria me casar.
– Olá, noiva. -Disse a policial, que estava sentada no placo, balançando suas pernas grossas.
– Oi. - Falei dando um sorriso. Aonde minhas amigas me meterem?
– Vamos pegar uma coisa para você. - Falou enquanto descia do palco, pegando minha mão e indo em direção ao balcão. No caminho, minha mão roçava uma vez ou outra em sua pele nua, o que me fazia arrepiar. Havia algo nela que excitava uma parte em mim que eu não conseguia explicar.
– Tome. - Disse, me entregando um copo. - Relaxe - tirou o pouco do cabelo que tinha no meu rosto e prendeu-o atrás da minha orelha -, não tem nada alucinógeno ai. - riu.
Bebi metade do copo em apenas um gole, o que fez a outra sorrir.
– Qual é o nome da noiva, posso saber? - Agora sua mão direita passeava entre meu pescoço e ombro nu, o que fez Taylor passar por mim rindo histericamente.
– Selena... - Respirei fundo quando ela se aproximou de mim, com a respiração em meu pescoço. - E-e o seu?
– Demi. - Falou em meu pescoço, roçando seu nariz nele.
– SELLY! POSTE! - ouvi gritarem.
Demi riu, ainda no meu pescoço, e me pegou pela cintura, voltando ao palco. Primeiro ela subiu com a maior facilidade, e depois estendeu sua mão para mim, que por acaso, não consegui subir com tanta facilidade assim. O palco deveria ter um metro e meio, nem tão baixo, nem tão alto, mas o bastante para complicar minha subida.
Quando me dei por perceber, Demi, a bombeira e uma cowgirl estavam num poste dançando. Demi logo abandonou, deixando as outras duas com os corpos colados, fazendo movimentos para frente e para trás, mexendo uma com o seio da outra, tirando gritos das minhas amigas.
– Me concede uma dança? - Demi falou, estendendo a mão novamente para mim.
– Que dança? - Ri.
– Só entre no ritmo. - Sussurrou em meu ouvido.
Suas mãos estavam no meu quadril, balançando-o de um lado para o outro, e quando fechei o olho, senti nossos corpos colarem. Podia sentir cada centímetro da pele branca contra a minha. Nesse momento esqueci os gritos e a música. Era só eu e Demi. E eu simplesmente não tinha ideia do que ela fazia comigo, mas era ótimo. Logo mordeu meu lóbulo direito, e sussurrou algo, mas estava distraída demais com o toque dela. Ela deve ter dito algo como "Vamos para algo mais silencioso", pois ela gritou depois do sorriso "peguei a noiva" e me puxou para de trás das cortinas do palco.
Ali era realmente mais silencioso, entramos em uma das portas e pude ver o quarto: a cama com um lençol de seda vermelho, poltronas, um poste, e vários acessórios. Alguns eu não tinha a mínima ideia para que serviam.
Demi me empurrou na cama, me colocando deitada, suas pernas em volta do meu quadril. Sua boca localizava-se em meu pescoço, dando beijos profundos, procurando cada centímetro de minha pele, deixando sua marca. Em um desses beijos, desci minhas mãos que estavam em seu pescoço e apertei sua bunda, soltando um pequeno gemido da outra.
– Me beije. - sussurrei. Eu queria aquilo. Meu noivo poderia esperar.
Não demorou muito para que sua boca deslocasse do meu pescoço para a minha boca. Quando seus lábios tocaram os meus, em um beijo doce, uma onda de sentimentos vieram a tona. Separei-me do rosto da garota para vê-la: um rosto perfeitamente desenhado. Foi então que ela levantou meu pescoço para nossos lábios se encontrarem novamente, agora em um beijo mais profundo, envolvia língua. Um beijo que as duas mostravam que queriam mais. Sua mão desceu em minha bunda, apertando-a, e fazendo com que eu soltasse um pequeno gemido. Coloquei minhas mãos em sua barriga nua, arranhando-a, e quando subi em seu top, facilmente tirei-o, revelando seus seios fartos. Devo ter ficado com algum olhar bobo, porque logo buscou a barra do meu vestido, tirando-o com uma tanta facilidade que me passou pela cabeça quantas vezes ela já havia feito aquilo. Eu estava sem sutiã, o que fez com que Demi colocasse imediatamente sua boca em meu seio esquerdo. Suas mãos em volta da minha cintura, enquanto ela se deliciava com meu seio, beijando-o, mordendo meu mamilo. Quando foi para o outro seio, colocou sua mão esquerda no seio de tal lado, o que me fez soltar um gemido um pouco mais alto que antes. Eu queria tocá-la também, mas estava adorando tanto, que não fiz nada com minhas mãos além de passear pelo seu tórax. Quando ela abaixou sua boca para minha barriga, eu falei:
– Por favor, Demi.
Mas ela apenas sorriu e olhou para cima, em meus olhos. Naquele momento, eu não pensei duas vezes em tirar minha calcinha e jogá-la em qualquer lugar do quarto.
– Você estragou a melhor parte! - Falou Demi, rindo de mim, sentada em meu colo.
– Vai logo, policial.
Ela riu de mim, e me beijou, mordendo meu lábio inferior. Aquele sentimento era ótimo, nossas peles tocando imediatamente, nossas línguas em perfeita sintonia. Seus beijos desceram para meu colo, fazendo com que minhas mãos voassem para suas costas, arranhando-as. Eu queria mais, muito mais. Ela abriu minhas pernas um pouco, e se posicionou no meio delas, beijando minha intimidade, me fazendo tremer em alguns dos beijos. Mas toda a espera valeu à pena. Quando sua língua encontrou meu clitóris, senti prazer imediatamente. Ela brincava com a língua, beijando e chupando meu sexo, me fazendo gritar pelo seu nome repetidamente.

Ainda com a boca em minha intimidade, Demi acrescentou um dedo nela, fazendo movimentos repetitivos, meu corpo curvando-se, minhas mãos ora agarrando o lençol de seda, ora arranhando as costas da outra. E quando pedi por mais, Demi me deu mais. Acrescentou mais um dedo, e mais velocidade. Rapidamente, cheguei em um orgasmo, o que fez Demi tirar sua boca do meu sexo, mas continuou com os dedos fazendo seu trabalho. Com sua língua, fez o percurso da barriga, meio dos seios até minha boca, e pude sentir meu gosto. Aquilo era maravilhoso. Ainda nos beijando, consegui retirar sua calcinha, fazendo-a diminuir o ritmo dos dedos, até cessarem totalmente. Fiz com que trocássemos de posições, fazendo com que eu ficasse por cima. Mas não demorei a fazer as coisas como ela fez. Coloquei logo dois dedos em seu sexo, enquanto me aproveitava dos seus seios. Demi gritou pelo meu nome tanto quanto eu gritei pelo o dela, e posso jurar que ela teve um orgasmo como tal. E quando nós duas paramos nosso trabalho, encostei minha cabeça em seu peito, a de cabelos pretos logo começou a brincar com o meu cabelo. Foi então que eu disse:

– Fuja comigo.