Bella POV – Presos pelo trabalho.

20 de Outubro, Terça-feira. 1° dia de trabalho.

Acordei tranqüila, feliz. Depois que tinha visto o vídeo deleme senti mais em paz? Não sei descrever o que senti com aquilo.

Durante todo o tempo juntos que passamos presos na escola o meu corpo e mente reagiu de um modo diferente com ele, não podia demonstrar porque mesmo estando próximos naquelas longas horas, que não foram tão longas assim, ainda éramos como gato e rato. Ele também não colaborava, pois tudo que eu conhecia de Edward Cullen tinha desaparecido no auditório, eu tinha ficado sem saber como agir já que o Cullen nunca foi atencioso, esperto, simpático e um bom companheiro, ele sempre foi o contrario disso tudo e aquilo me desarmou completamente.

A nossa tarde marcou tanto em mim que acabei sonhando com Edward, não foi um sonho ruim, mas estranho, acho que aquilo não poderia acontecer nem em sonhos, pois somos totalmente diferentes.

*Sonho*

Eu estava em La Push sentada na praia e sentia como se eu estivesse esperando por uma pessoa só que não sabia quem era. Eu contemplava as ondas, totalmente desatenta ao que acontecia ao meu redor até que uma voz me chama.

- Bella? – eu conhecia aquela voz e fazia muito tempo que não a ouvia.

Virei minha cabeça na direção que vinha a voz e me deparei com o meu melhor amigo.

- Jacob? – estava surpresa de vê-lo ali.

- Bella, querida! – ele veio em minha direção de braços abertos, esperando um abraço.

Eu me levantei e encurtei o espaço me jogando em seus braços.

- Como eu senti sua falta. – falei chorando um pouco.

- Também senti muito a sua falta. – ele falou me afastando um pouco para que pudesse ver seu rosto. – Está chorando? Não chore querida é somente eu, nada de mais! – disse ele enxugando algumas das minhas lágrimas.

- Como nada de mais? Você é o meu melhor amigo e faz muito tempo que não o vejo. – falei com a voz embargada.

- Claro, claro! Mas estou aqui agora então não precisa disso, não acha? Até porque não sei como tratar uma mulher quando ela chora. – ele disse rindo o que me fez rir também.

- Ok! Mas me diga o que trás Jacob Black aqui? – perguntei enquanto me sentava novamente.

- Vim te visitar, saber como anda as coisas com Edward. – ele me respondeu, mas uma coisa não batia.

- Com Edward? – perguntei totalmente confusa.

- Sim, a última vez que nos falamos vocês estavam quase sérios. – ele falava, mas eu não entendia nada.

- Sérios? Como assim? – perguntei.

- Vocês não estavam quase namorando? – ele me perguntou de volta.

Fiquei olhando para ele como se estivesse esperando que ele falasse "Rá, to brincando!", mas isso não veio e na hora que eu ia respondê-lo outra voz me chama.

- Bella! – não poderia esquecer aquela voz e quando viro minha cabeça em sua direção vejo Edward caminhando até mim com um sorriso no rosto o que me fez ofegar.

- Estou vendo que você não mudou nada com relação a ele. – Jacob cochichou para mim, me fazendo rir.

Quando Edward chegou até perto de nós, ele me estendeu sua mão na qual eu hesitei um pouco em pegar, mas no fim acabei aceitando, ele me ajudou a levantar e não soltou mais minha mão.

- Jacob, como vai? – Edward falou amigavelmente.

- Vou muito bem e vejo que você também. – respondeu Jacob levantando-se.

- Pois é! – disse Edward rindo enquanto me olhava. Eu estava totalmente confusa, mas quando Edward passou seu braço pela minha cintura me senti confortável. – Bella, podemos ir indo? Ainda temos que terminar de ensaiar. – ele me pediu.

Não sabia o que estava acontecendo, mas quando vi já tinha respondido.

- Sim, claro. – eu lhe sorri.

- Então até mais Jacob. – Edward disse.

- Até cara. – Jacob respondeu.

- Edward pode ir na frente quero só falar uma coisinha com Jacob. – pedi e ele aceitou. – Jacob me explique o que está acontecendo. – supliquei para ele assim que Edward se afastou.

- Eu vi que não estava entendendo nada, mas Bells, a gente não entende o coração só acreditamos nele, então escute: ele é o cara certo para você! – disse Jacob com seu típico sorriso, mas seus olhos estavam sérios.

- Mas Jacob... – ele me interrompeu.

- Mas nada Bella. – ele riu. – Não fique pensando muito só sinta querida.

Eu sorri para ele.

- Está bem! – disse a ele.

- Ok, agora vá, ele está lhe esperando. – Jacob disse para depois seguir o seu caminho.

- Jacob. – chamei o fazendo se virar. – Eu te amo.

- Também te amo Bells. – ele riu e seguiu seu caminho.

Eu voltei a caminhar em direção onde Edward estava.

- Pronta? – ele me perguntou sorrindo.

- Sim! – respondi sorrindo a ele.

*Fim do Sonho*

Assim acordei quando meu despertador tocou.

Mais um dia de escola, mas hoje não seria um dia qualquer. Hoje eu iria me encontrar com Edward Cullen.

Mas calma, Isabella, é só um encontro de "trabalho" e não irá ter mais do que isso. – eu dizia a mim mesma o tempo todo, porém não estava funcionando nada porque eu ainda estava nervosa.

Acabei o meu café e segui para o meu carro, que não era nem uma BMW, mas, com certeza, é muito melhor. As ruas estavam tranqüilas e eu até ouvia os passarinhos cantarem.

Cheguei à escola e não tinha muita gente no estacionamento, o que agradeci porque só assim eu poderia escolher uma vaga boa. Desci do meu carro e fui caminhando até onde estava uma baixinha ouvindo música.

- Alice. – chamei, mas ela nem se mexeu. – Alice! – puxei os fones do ouvido dela.

- Ai, Bella, você podia só ter me chamado. – disse ela massageando suas orelhas.

Eu ri.

- Eu te chamei, mas você nem ouviu. – expliquei. – Mas o que você estava escutando?

- Ah, eu estava escutando uma música velha que desenterrei dos meus arquivos ontem. – ele me deu um fone. – Até que é legal.

Peguei um fone enquanto o outro estava com ela.

A música começava com um piano tocando e eu reconheci imediatamente a música que ela ouvia.

Comecei a rir. Muito.

- O que foi? – Alice me perguntou rindo também.

- Era essa música? – perguntei ainda rindo.

- Sim, legal não é? Baixei essa música depois que assisti a aquele filme... Como era mesmo o nome? – ela me perguntou.

- Eu não lembro, mas era engraçado. – ela riu.

- Então, estou sabendo que você e o meu irmão ficaram presos aqui no colégio... Sozinhos. – ela me olhou com malicia.

- Haha... Não aconteceu nada. – entreguei o fone para ela.

- Sei. – falou desconfiada. – Mas também estou sabendo que vocês vão "trabalhar" juntos.

- É isso é verdade. Mas foi só porque ele disse que era uma música para Esme e você sabe que eu considero a sua mãe como minha própria mãe. – me virei para entrar na escola.

- É eu sei. Mas como isso vai dar certo? – ela me fez a pergunta que eu ainda não tinha resposta.

- Não sei Alice, vou tentar ser amigável. Bem que ontem quando ficamos presos ele não estava tão chato quanto aos outros dias e até me ajudou em um probleminha. – corei quando me lembrei da situação embaraçosa de ontem.

- Ele me contou tudo ontem, você sabe que não temos segredos e também porque eu fiz uma pequena chantagem. – ela riu. – Estou doida pra ouvir a música de vocês. E Bella não precisa se preocupar com ele, de algum jeito ele mudou, não está mais tão playboyzinho como antes e até está mais gentil.

- Percebi, ele até que não estava tão chato e posso dizer que parecia um bom amigo para se ter. – declarei a ela o que estava passando pela minha cabeça. – Foi estranho, pois ele não me tratou mal como antes.

- Estou dizendo, Deus atendeu as preces dos meus pais. Ninguém mais estava agüentando ficar no mesmo cômodo com ele, nem mesmo o Emmett quando veio passar o feriado aqui. Ele estava totalmente insuportável. – Alice disse fazendo um careta.

Eu ri.

- Mas o que houve para ele mudar assim? – perguntei a ela.

- Não sei, mas vou descobrir senão não me chamo Alice Cullen. – ela bateu o pé.

- Mas é claro que vai conseguir ainda mais se fizer aquela cara de cachorrinho abandonado. – eu gargalhei.

- Uhm... Estou vendo que está de bom humor. – Alice percebeu.

Quando ela disse isso eu acabei me lembrando do sonho e corei fortemente.

- Que nada, sempre estou assim. – rebati.

Não queria falar sobre o sonho, era vergonhoso e ainda mais que Alice ia começar e dizer que eu estava gostando do seu irmão.

- Nada disso. Você normalmente é pela manhã uma pessoa chata que só fala palavras monossílabas. – Alice disse.

- Que seja! – falei rindo.

Chegamos até aos nossos armários. Abri o meu e deixei alguns livros.

- Qual sua primeira aula? – Alice me perguntou.

- Teatro. – respondi animada.

Essa era a aula que eu mais gostava.

- Me disseram que talvez o professor irá passar um trabalho em grupo. – ela me disse. – E eu sei que o Edward está nessa aula com você... Ele devia chamar vocês dois já que estão amiguinhos. – Alice brincou.

- Muito engraçada você, hein? – fiz uma careta. – Não se esqueça que ainda odeio seu irmão só estou fazendo um favor a ele por que é para Esme ficar feliz!

- Acho que isso é só uma desculpa. – ela disse enquanto pegava algo em seu armário.

- É Alice, sou completamente apaixonada pelo seu irmão e isso é uma desculpa para poder ficar perto dele. – falei com sarcasmo.

Porem mesmo na hora que falei isso Edward passa pelo o corredor e eu acho que ele escutou o que eu disse por que parou e voltou até onde nós estávamos.

- Eu sabia que você não resistia aos meus encantos Swan. – ele disse enquanto sorria torto.

- Idiota! – sibilei para ele.

- Também te amo. – ele brincou e ainda soltou um beijo.

Edward estava parado ao lado de Alice que só fazia rir de nós dois.

- Eu sabia! Vocês foram para ficar juntos. – Alice se juntou a seu irmão para me tirar do sério.

Eu revirei meus olhos.

- Enquanto vocês conversam aí eu vou indo para minha aula. – falei ignorando o que Alice tinha acabado de falar.

Fechei o meu armário e me preparava para sair.

- Espera Bella. – Edward segurou o meu braço. – Hoje ainda está de pé? – ele me perguntou falando sério.

- Sim, eu cumpro o que prometo. – falei a ele e saí juntamente de Alice que tinha um sorriso no rosto. – Não quero saber desse sorriso. – falei me virando pra ela.

- É que vocês ficam bonitos juntos. – Alice disse e simplesmente entrou em sua sala me deixando sozinha no corredor.

Balancei a cabeça e continuei a andar até a sala de teatro.

Cheguei à sala e não tinha muitas pessoas dentro dela. A sala tinha muitos cartazes de várias peças e um quadro negro, as carteiras ficavam em formato de uma roda para poder visualizar melhor cada aluno. Sentei-me em umas das carteiras que ficava exatamente de frente para o professor e esperei até que a sala enchesse.

Assim que o sino tocou o professor entra na sala acompanhado de muitos alunos que entraram correndo, eu só estava sentindo falta de uma pessoa: o Cullen. Mas foi só eu pensar nisso que ele aparece na porta e se senta no único lugar vazio, que era ao meu lado.

Eu o ignorei como sempre fazia.

Então o professor começou a dar aula. Primeiro ele comentou sobre alguns musicais e que cantar para um público – mesmo pequeno – ajudava a tirar a timidez. Depois ele nos deu uma partitura para cada aluno e disse que algumas vezes o teatro usava música de músicos conhecidos e juntava duas ou mais músicas é uma única canção. E eu estava sempre prestando atenção, pois meu maior sonho é participar de um musical.

- Para cada um eu dei uma letra de música não foi? – ele nos perguntou e nós respondemos que sim. – Então vocês têm uma aula para poder aprender a cantar essa música. – ele disse e muitas pessoas gemeram de insatisfação o fazendo rir. – Eu sei que muitas pessoas não gostam de cantar em público, mas isso ajudar a tirar a timidez e vale nota variando de um até cinco pontos dependendo da apresentação. Eu escolhi músicas atuais que imagino que você tenham já escutado, mas se não vocês podem me pedir que eu posso trocar a música para vocês. – ele explicou, olhou para todos da sala e riu indo se sentar em sua mesa. – Vocês só têm uma aula. – o professor lembrou.

Olhei a partitura e sorri aliviada, pois já tinha escutado a minha música e tinha ela em meu mp4. Ela era divertida e country. Eu gostava!

O professor nos liberou para ir para o auditório para poder ensaiar. Enquanto eu ficava quieta na minha só escutando a música e cantando baixinho para pegar o tom certo tinha muitas meninas em cima do palco fazendo umas coreografias para suas danças.

Não era muito de dançar enquanto cantava só se tivesse que fazer – e isso não era bem um problema já que fiz balé e jazz até o meu 14 anos.

.

O tempo que tivemos para ensaiar já tinha acabado e agora estávamos vendo o professor escolher uma pessoa para se apresentar primeiro.

Depois que fui para o auditório não tinha visto mais o Edward e isso era até bom porque assim ele não ficava enchendo o meu saco.

- Uhmm... Tânia Denali você é a primeira. – o professor Diego falou.

- Professor, eu não! – ela implorou.

- Não, você é a primeira. – ele disse irredutível.

Então ela suspirou derrotada e subiu no palco. Alguém ocupou o lugar que estava ao meu lado, mas eu não prestei atenção só queria ver a namoradinha do Cullen pagar mico na frente da classe toda.

- Aproveitando? – alguém sussurrou em meu ouvido me fazendo pular de susto.

- Que susto, garoto. – só podia ser o Cullen. Ele só fez rir. – E sim, estou muito. – sorri diabólica.

- Eu já te disse que você é muito assustada. – ele riu. – Agora é minha namorada... Então silêncio. – ele exigiu.

Eu rir.

- Só você mesmo, mas não se preocupe vou adorar ver a apresentação da sua namoradinha. – sussurrei para ele com maldade em minha voz.

Edward só levantou as sobrancelhas.

Então a apresentação da Tânia começou. Quando os primeiros acordes da música começou a tocar eu reconheci imediatamente. Era "I kissed a girl" de Katy Perry, a música era legal na voz de Katy Perry, mas cantada por Tânia? Meu Deus era horrível.

Ela tinha uma voz esganiçada, só fazia gritar em algumas partes e eu acho que estou completamente surda.

Ainda bem que o professor se deu conta do que estava acontecendo e parou a música.

- Obrigada Tânia. – ele disse se segurando para não rir como metade da sala.

Eu não agüentei muito tempo e cai na gargalhada. Essa menina devia ficar somente com a boca fechada.

- Não ria dela. – Edward pediu, mas também estava rindo.

- Não dá! – gargalhei mais.

- A próxima será Jéssica Stanley. – o professor disse.

Jéssica subiu no palco e a música dela começou a tocar.

Música: Miley Cyrus – 7 Things (/watch?v=D_-Q2xu7yTI)

I probably shouldn't say this

But at times I get so scared

When I think about the previous

Relationship we've shared

It was awesome but we lost it

It's not possible for me not to care

Now we're standing in the rain

But nothing's ever gonna change

Until you hear, my dear

The 7 things I hate about you

The 7 things I hate about you

You're vain, your games, you're insecure

You love me, you like her

You make me laugh, you make me cry

I don't know which side to buy

Your friends they're jerks

And when you act like them, just know it hurts

I wanna be with the one I know

And the 7th thing I hate the most that you do

You make me love you

It's awkward and it's silent

As I wait for you to say

What I need to hear now

Your sincere apology

And when you mean it, I'll believe it

If you text it, I'll delete it

Let's be clear

I'm not coming back

You're taking 7 steps here

The 7 things I hate about you

You're vain, your games, you're insecure

You love me, you like her

You make me laugh, you make me cry

I don't know which side to buy

Your friends they're jerks

And when you act like them, just know it hurts

I wanna be with the one I know

And the 7th thing I hate the most that you do

You make me love you

Compared to all the great things

That would take too long to write

I probably should mention

The 7 that I like

The 7 things I like about you

Your hair, your eyes, you old Levi's

And when we kiss, I'm hypnotized

You make me laugh, you make me cry

But I guess that's both I'll have to buy

Your hand in mine

When we're intertwined everything's alright

I wanna be with the one I know

And the 7th thing I like the most that you do

You make me love you

Eu estava assustada!

Jéssica começou cantando a música e até que estava legal, mas ela do nada começou a meio que enlouquecer em cima do palco. Apontava para o Mike e algumas vezes para mim e eu acabei ficando sem entender. Sabia que ela gostava do Mike e que o próprio tinha uma queda por mim e Jéssica com certeza estava se deixando levar pela música.

Assim que ela terminou de cantar todos ficaram em silencio para depois aplaudi-la de pé. Muitas pessoas riam.

- Obrigada pelo seu desempenho Jéssica. – o professor falou. – Agora...

Assim foi toda a aula. Muitas apresentações de todos os tipos.

Alguns cantando mal e outros muito bem, na verdade. Edward sempre ao meu lado falando das apresentações e rindo comigo.

Mike se apresentou e muita gente riu, já que ele estava vermelho feito tomate ainda mais com algumas pessoas gritando o nome de Jéssica.

Ele cantou uma música de Linkin Park. Cantou bem até.

- Você sabia que Mike Newton tem uma queda por você? – Edward me perguntou depois de está muito calado.

- Mais ou menos. – respondi. – Ele já tinha me chamado para sair algumas vezes.

Nós não tínhamos brigado nenhum segundo durante as apresentações – o que era um milagre – pelo contrário estávamos nos divertindo, até a apresentação de Mike, depois disso Edward ficou calado.

- E você aceitou? – ele estava visivelmente curioso, mas também tinha algo por trás daquilo.

- Porque quer saber? – eu estava desconfiada.

- Nada, só curiosidade. – balançou os ombros com indiferença.

- Sei, mas não, eu nunca saí com ele. – respondi.

- Que bom. – ele falou baixinho, mas eu escutei.

- Por quê? – perguntei enquanto me virava para ele.

- Por que o que? – ele falou desentendido.

- Por que é bom eu não ter saído com ele? – reformulei minha pergunta.

- Por que ele não serve para você. – ele me disse seguro.

- E quem é que serve? – estava confusa e um pouco impaciente.

- Não sei, mas não ele.

- E por que fala isso? Você nem é meu amigo. – disparei.

- É verdade não sou. Desculpe-me. – ele pareceu triste.

Travei. Edward Cullen me pedindo desculpas? Isso é raro.

- Você me pedindo desculpas? – perguntei incrédula.

- Sim, mas não se acostume. – ele falou friamente.

Eu me senti mal por ele está assim por minha causa.

- Olhe, eu sei que fui grossa com você, mas é que isso é novo para mim, às vezes ainda te vejo como meu inimigo. – falei baixo.

Edward sorriu.

- Você me pedindo desculpas? – ele me imitou.

- Chato. Não se acostume! – eu falei e ele sorriu.

- Edward Cullen? – o professor chamou.

- Veja e aprenda. – ele sussurrou para mim e eu revirei os olhos.

Edward subiu no palco e se dirigiu até o microfone.

A música começou a tocar.

Música: Glee - Can't fight this feeling(/watch?v=-QgUDoBH3qw )

I can't fight this feeling any longer

And yet I'm still afraid to let it flow

What started out as friendship has grown stronger

I only wish I had the strength to let it show

And ever as I wander I'm keeping you in sight

You're a candle in the window on a cold dark winter's night

And I'm getting closer than I ever thought I might

And I can't fight this feeling anymore

I've forgotten what I've started fighting for

It's time to bring this ship into the shore

And throw away the oars

Baby I can't fight this feeling anymore

My life has been such a whirlwind since I saw you

I've been runnin' round in circles in my mind

And it always seems that I'm following you girl

'Cause you take me to the places that alone I'd never find

And ever as I wander I'm keeping you in sight

You're a candle in the window on a cold dark winter's night

And I'm getting closer than I ever thought I might

And I can't fight this feeling anymore

I've forgotten what I've started fighting for

It's time to bring this ship into the shore

And throw away the oars forever

'Cause I can't fight this feeling anymore

I've forgotten what I've started fighting for

And if I have to crawl upon the floor

Come crashing through your door

Baby I can't fight this feeling anymore

A voz dele era linda e a música também.

Todas as meninas suspiravam enquanto ele cantava e tenho que dizer que eu também era uma delas, não dava para negar: Edward era lindo.

Mas o que me fez suspirar mais é que ele não tirava olhos da minha direção, eu até tinha me virado para ver se tinha alguém atrás de mim, mas não tinha ninguém.

Quando ele me viu fazendo isso deu um pequeno sorriso o que me fez corar.

Eu olhava para ele deslumbrada. Ontem quando ele cantou para mim também tinha ficado assim, mas agora ele olhando diretamente em meus olhos me senti como se devesse confiar nele e aceitá-lo em minha vida.

A música dizia que ele não conseguia mais esconder um sentimento pela pessoa amada e ele cantava com tanta convicção que parecia que ele estava vivendo aquilo, mas o que passava pela minha cabeça era: Não era para Edward está cantando aquilo para Tânia, que era sua namorada?

Eu não sabia o porquê dele está esnobando completamente a Tânia, mas quando percebi isso fiquei feliz. Meu Deus, eu estou endoidando.

Todos aplaudiram Edward e ele voltou para seu lugar, ao meu lado.

- Então gostou? – ele me perguntou assim que sentou.

- É foi bom. – falei balançando os ombros.

- Só bom? – ele perguntou incrédulo – Eu arrasei lá em cima.

Eu ri.

- Foi ótimo, eu gostei. – disse rindo dele.

Edward riu.

- Eu sabia, sou demais! – se vangloriou.

- Que seja.

- A gora a última, Isabella Swan. – o professor disse sorrindo para mim.

Sorri de volta e me levantei, parei um pouco e falei para o Cullen.

- Olhe e aprenda. – eu disse e soltei uma piscadela o fazendo rir.

Hoje tinha me preocupado mais com o que vestir colocando uma calça jeans skinny, uma bota e uma blusa que Alice me deu e andei confiante até o palco, por isso enquanto passava alguns meninos me olhavam. Queria mostrar quem era a melhor para o Cullen.

Subi o palco e fui até o professor.

- Professor, posso usar a minha versão da música? – perguntei baixinho para ele.

- Claro, mas por quê? – ele me perguntou enquanto eu passava para ele o meu mp4.

- Por que a versão que o senhor tem é lenta e eu a prefiro mais rápida. – expliquei.

- Certo. – ele sorriu. – Qual faixa?

- Faixa 12. – respondi.

Fui até o piano e deixei o mau casaco ali depois caminhei até o centro do palco e peguei o microfone. Quando eu estava me apresentando eu mudava de imagem, passava de menina envergonha para mulher decidida, foi o que Jacob me disse.

Olhei para o professor e acenei com a cabeça então ele soltou a música.

Música: Carrie Underwood - Cowboy Casanova (/watch?v=oSgRyYfr5M4&feature=related)

You better take it from me

That boy is like a disease

You're running

You're tired

You're trying to hide

And you're wondering why you can't get free

He's like a curse

He's like a drug

You get addicted to his love

You wanna get out

But he's holding you down

'Cause you can't live without one more touch

He's a good-time cowboy casanova

Leaning up against the record machine

He looks like a cool drink of water

But he's candy-coated misery

He's the devil in disguise

A snake with blue eyes

And he only comes out at night

Gives you feelings that you don't want to fight

You better run for your life

I see that look on your face

You ain't hearin' what I say

So I'll say it again

'Cause I've been where you've been

And I know how it ends

You can't get away

Don't even look in his eyes

He'll tell you nothin' but lies

And you wanna believe

But you won't be deceived

If you listen to me

And take my advice

He's a good-time cowboy casanova

Leaning up against the record machine

He looks like a cool drink of water

But he's candy-coated misery

He's the devil in disguise

A snake with blue eyes

And he only comes out at night

Gives you feelings that you don't want to fight

You better run for your life

Run run away

Don't let him mess with your mind

He'll tell you anything you want to hear

He'll break your heart

It's just a matter of time

But just remember

He's a good-time cowboy casanova

Leaning up against the record machine

He looks like a cool drink of water

But he's candy-coated misery

He's the devil in disguise

A snake with blue eyes

And he only comes out at night

Gives you feelings that you don't want to fight

You better run for your life

Oh you better run for your life

Oh you better run for your life

Eu andava pelo o palco fazia alguns passos que tinha visto no videoclipe da música. Eu gostava dessa música porque ela era agitada e dançante me deixava bem sedutora? Bom, eu não sei.

No segundo refrão eu andei até o começo do palco e olhei diretamente nos olhos de Edward e sorri como se estivesse cantando para ele, mas depois fiz quase a mesma coisa com o Mike, só não sorri para ele, para Edward pensar que não estava cantando para ele.

Andei de volta até o centro do palco e o olhei de novo só para ver ele com os dentes trincados. Aquilo me deixou alegre, tinha que fazê-lo ver que eu não era mais uma que caía aos seus pés.

Mike estava com os olhos vidrados em mim e a boca aberta, aquilo me deu uma vontade grande de rir. Já Tânia, a namoradinha do Edward, estava com o rosto emburrado e não parava de olhar para trás vendo um Edward quase do mesmo jeito que o Mike.

No videoclipe da música não tinha uma dança muito vulgar então eu fiz sem pudor.

Quando terminei todos ficaram me olhando por um tempo, surpresos, já que eu nunca fui de fazer isso, para depois me aplaudirem... de pé.

Claro que foram somente os homens que se levantaram porque tinha umas meninas com cara de que comeu e não gostou, principalmente a Tânia.

- Parabéns Isabella! – o professor chegou até mim.

- Brigada! – sorri, entreguei o microfone, peguei o meu casaco e o meu mp4 e desci do palco.

Caminhei até o meu lugar e me sentei sem dizer nada, só olhando para frente. Senti o olhar de Edward em mim e me virei para ele.

- O que foi? – perguntei com um olhar de superior.

- O que foi aquilo? – me perguntou e percebi que ele estava rígido feito uma pedra.

- Aquilo foi uma apresentação, a melhor, diga-se de passagem. – falei com calma.

- A melhor? – ele sorriu com uma sobrancelha levantada.

E tenho que dizer que ele ficou totalmente sexy daquele jeito.

- Com toda certeza! – afirmei.

- Convencida! – ele exclamou.

- Não, meu bem, só sei que sou boa! – respondi.

- Convencida! – ele repetiu.

- Está parecendo um disco arranhado assim. – já estava perdendo a paciência.

- Convencida! – ele falou mais uma vez.

- Quer parar? – pedi respirando fundo. – Porque não vai ficar com a namoradinha, ela estava se mordendo de ciúmes. – falei baixinho só para ele.

Enquanto isso o professor estava terminando de dar a aula.

- Eu não, tenho que ficar aqui, você é perigosa! – ele sussurrou pra mim.

Eu ri.

- E porque quer ficar aqui? Quer ficar para me vigiar? – perguntei sorrindo maliciosa.

Eu sabia ser sedutora também.

- Tenho mais o que fazer, esquisitinha. – ele falou indiferente.

Eu gargalhei.

- Falando assim parece que está com ciúmes. – levantei uma das sobrancelhas.

- Hahaha... Acho melhor você se colocar no lugar, pois eu nunca que iria ficar com ciúmes de você. – ele falou olhando para frente.

Sempre soube nunca iria rolar algo a mais entre nós dois, mas ouvi-lo falar daquele jeito, como se eu tivesse alguma doença, me magoou um pouco, me senti ofendida.

Ele voltou a olhar para mim e eu sorri pra ele, mesmo que não tivesse sido o meu sorriso mais sincero. Virei o meu rosto em direção ao professor e prestei atenção de novo.

- Então, vou mandar vocês fazerem um trabalho em grupo para casa. – o professor disse sorrindo. – Se preparem, pois vocês terão que juntar duas músicas em uma e fazer uma apresentação para todas as salas do último ano. – ele falou empolgado e algumas pessoas vaiaram. – Não se preocupem, pois vocês irão assistir os das outras salas também. Agora vou escolher dois capitães. Quero que suba aqui Edward Cullen e Isabella Swan, os alunos que fizeram as melhores apresentações de hoje. – ele disse.

Olhei para o lado e Edward estava com uma cara de descrente.

- O que foi? – perguntei enquanto me levantava.

- Não quero ser o capitão do teatro. – ele fez uma careta.

- Como não? Vamos, vai ser legal. – falei.

- Não, isso vai manchar minha imagem. – ele sussurrou.

- Não pode ser tão ruim. – disse.

- Pode ser sim, os meus amigos sabem que eu faço teatro, mas iriam tirar sarro de mim se eu aparecesse em um palco e cantasse. – ele explicou.

Seguimos em direção ao palco.

- Você diz que foi um trabalho. – falei simplesmente.

- Pode ser, mas mesmo assim. – ele emburrou o rosto.

Chegamos ao pé da escada de palco.

- A qual é? Você está com medo do que vão falar de você? – debochei. – Eu já sabia que você não era tão corajoso assim. – ri.

- Sou muito corajoso se você quer saber só que isso vai manchar minha imagem. – ele se defendeu.

- Não parece. – ri dele. – Eu desafio você fazer isso e ganhar do meu grupo. – olhei bem para cara dele.

- Desafio aceito. – ele ergueu a sua mão.

- Certo, mas quem perder faz o que? – perguntei.

- Terá que cantar e dançar para todos a macarena. – ele propôs.

- Ótimo. Que o melhor vença! – apertei sua mão.

- Ótimo! – ele disse.

Virei-me para ir até o professor sem esperá-lo. Parei perto do professor e Edward parou ao meu lado.

- Bom, aqui estão os dois capitães. Vai ser garotos contra garotas e melhor apresentação vai aparecer em vídeo na MTV. – o professo falou. Empolguei-me na hora. – Vocês têm que misturar as músicas e além de cantar terão que dançar também. Tem que ser um desempenho ótimo e estou confiando em você líderes. – ele olhou para nós dois.

Eu sorri e olhei para Edward que estava fazendo aquela cara de arrogante.

Revirei os olhos.

.

A aula de teatro já tinha acabado e eu estava em mais uma aula chata de matemática. Alice fazia essa comigo, mas a professora era tão tediosa que isso passava para gente como osmose e tudo ficava tedioso, até mesmo conversar.

Depois do desafio que lancei para Edward ele ficou calado e disse que não falaria com o inimigo o que me fez rir muito. As outras aulas tinham sido do mesmo jeito: chatas! A maioria delas eu tinha sozinha e não conhecia muita gente por isso nem conversava.

No intervalo Alice me interrogou sobre tudo e eu tive que responder, falei sobre a aposta que fiz com o irmão dela e como tinha sido engraçado ver a Tânia cantando muito mal.

Flashback on.

- Eu não acredito. – ela ainda ria. – Você deveria ter gravado para que eu pudesse ver.

- Que isso Alice, não seja tão má! – falei batendo levemente em seu braço.

- O que? Não gosto mesmo dela! – Alice fez uma careta.

- Que seja, mas eu não faria isso com ela. – sorri. – Então, você vai me ajudar? – perguntei enquanto mordia minha maçã.

- Mas é claro, que pergunta! – ela sorriu diabólica. – Eu quero ver o meu irmão pagar o maior mico da vida dele. – ela gargalhou feito bruxa.

- Você é estranha. – ri dela.

Então o sino tocou. Só tinha mais uma aula e estava livre.

- Nos vemos na saída? – perguntei juntando minhas coisas.

- Claro, nos vemos mais tarde. – ela acenou e foi andando para sua sala.

Caminhei até a minha aula que era de espanhol.

Flashback off.

.

O sino tocou e eu me levantei apressadamente, a aula tinha sido normal como qualquer outra só que agora que estava um pouco nervosa.

É só mais um trabalho junto! – eu repetia a mesma frase desde o começo da aula quando lembrei que ainda ia me encontrar com Edward.

Eu sabia que devia não ficar nervosa com isso, mas era quase impossível!

Saí da sala e caminhei até o portão do colégio. Avistei Alice de longe já que ela não parava de pular sobre seus saltos.

Eu ri só ela mesma para conseguir fazer isso, se fosse eu já tinha tacado minha bunda no chão.

- Então, você vai se encontrar com meu irmão? – ela perguntou maliciosa.

- Vou, mas nem me venha com essa cara, não está rolando nada entre nós dois. – eu disse.

- Ainda, Bells! – ela sorriu.

- Nada disso. – falei. – Vamos comigo até o auditório? – perguntei.

- Claro, sei que o meu irmão ainda vai se atrasar. – ela falou olhando suas unhas.

Caminhamos de volta para dentro do colégio e seguimos rumo ao auditório. Alice ainda ria de vez em quando imaginando Tânia cantando.

Passamos por um corredor e quase levamos um susto quando escutamos alguns gritos.

- VOCÊ DEVERIA ESTAR COMIGO! – uma voz feminina gritava.

- POR QUÊ? – um homem gritou também.

- Acho que sei quem é. – Alice sussurrou para mim. – Vamos para mais perto.

- Não, Alice, vamos seguir o nosso caminho. – pedi a ela.

- Não, você não reconheceu? – ela me perguntou.

- Reconhecer quem? – perguntei confusa.

- É o Edward quem está brigando. – ela falou como se estivesse explicando algo para uma criança de cinco anos.

- É ele? – falei surpresa.

- Sim, ele deve está brigando com a Tânia. – ela deduziu.

- Mesmo assim, não é assunto nosso, vamos? – pedi mais uma vez.

- Não, não! Quero saber o motivo da briga. – ela falou e começou a caminhar para mais perto.

Ela puxou minha mão e eu me vi obrigada a acompanhar. Andamos devagar para não chamar a atenção dos dois e paramos atrás de um carrinho de limpeza que estava ali.

- Olhe Tânia, isso não é motivo para você fazer esse escândalo. – Edward falou entre os dentes.

- Como não? Você passou a aula toda com ela. – Tânia o acusou com o dedo em seu rosto.

Vi Edward ficar um pouco vermelho de raiva.

- Eu já disse que não tem nada entre NÓS! – ele gritou a última palavra fazendo-a se afastar um pouco.

- Eu não quero saber. – ela respirou fundo. – Não quero ver você perto dela nunca mais, o seu lugar é ao meu lado. – ela disse autoritária.

- Como? – ele perguntou confuso.

- Você me ouviu bem. – ela respondeu.

- Eu só posso está louco. Nunca que eu vou deixar de falar com as pessoas por sua causa Tânia. – ele respondeu rispidamente.

- Se não deixar de falar com aquela esquisitinha nosso namoro está acabado. – ela disse bem séria.

Até então não sabia de quem eles estavam falando, mas quando a loira burra falou "esquisitinha" a ficha caiu.

Eu era o motivo da briga.

Eu olhei para Alice e ela estava se matando de rir já tinha até a mão em sua barriga.

- Para, eles vão escutar. – cochichei para ela.

- Mas é muito engraçado. Eles estão brigando por sua causa. – ela cochichou de volta.

- Eu sei. Estou tão surpresa quanto você. – arregalei meus olhos. – Mas vamos sair daqui antes que eles nos vejam.

- Certo, já estou satisfeita. – Alice balançou a cabeça.

Mas antes que pudéssemos ir embora ouvimos Edward falar.

- Não vou deixar de falar com ela por sua causa e, aliás, esse namoro nunca foi sério. – ele respondeu mais sério do que nunca.

- Como não? Foi você que tirou minha virgindade. – ela quase gritou.

- Sua virgindade? – ele riu, não, ele gargalhou. – Você não era virgem porque eu vi um vídeo seu... Com Tyler. – Edward se aproximou dela. – Então não me venha com essa virgemzinha. – ele debochou.

A cara de Tânia era de puro horror já a minha e da Alice era de pura surpresa.

- Como você descobriu? Quem te mostrou? – ela perguntava desesperada.

- Me mandaram um e-mail ontem à noite. – ele falou com ira nos olhos.

- Era por isso que ele estava quase derrubando as coisas lá em casa. – Alice falou para si mesma.

Deixei para lá e continuei a escutar a conversa.

- Um e-mail? – ela perguntou confusa.

- Sim. E uma coisa muito legal. – ele disse com sarcasmo.

- Quem... Quem te mandou? – ela gaguejou enquanto dava um passo para trás.

- Não interessa. – ele se aproximou dela. – Não interessa quem mandou e que eu vi que você é uma vagabunda que fica dando pra todo mundo. – o rosto de Edward estava tão vermelho e ele falou com tanta raiva que até eu me encolhi um pouco.

Alice estava com um sorriso grande no rosto e só faltava pular.

- Edward isso é mentira. – ela tentou tocar no rosto dele.

- Pára com isso. – ele tirou a mão dela de perto. – Quer saber? Não vou falar mais nada, porque você não merece. – ele se virou, andou um pouco e se voltou para Tânia novamente. – E não se preocupe, está tudo acabado! – e saiu.

Eu estava chocada!

Não sabia que algum dia eu iria presenciar uma cena como essa. Alice não conseguia ficar muito parada e estava pulando mesmo agachada.

Não conseguia falar muito e vendo isso agora muito menos. Alice começou a me puxar para sair de perto de Tânia que ainda estava chorando.

- Aí meu Deus! Você viu aquilo? – Alice me perguntou.

- Se eu vi? Ainda estou tentando assimilar tudo. – respondi.

- Bem que eu estava achando estranho. Edward nunca foi de ficar muito calado e pensativo e ontem ele foi ao extremo, nem respondia minhas perguntas. – Alice falava.

- Estou preocupada com seu irmão. – falei para ela.

- Por quê? – ela me perguntou confusa.

- Porque deve ser barra pegar a namorada o traindo e ainda ver o vídeo do dito cujo. – eu respondi.

- Do dito cujo? – Alice falou enquanto levantava uma sobrancelha. – Mas também estou preocupada com ele, nunca o vi com tanta raiva assim. – completou.

- Imagino, eu que nunca fui próxima dele e nunca nos demos o vi assim. – respondi.

Estávamos chegando ao auditório e escutávamos uma música baixinha, tocada no piano. Aproximamo-nos mais e a música ficava cada vez mais alta. Era linda! Não tinha letra ou não deveria ter, mas mesmo assim não deixava de ser linda.

Chegamos à porta do auditório e vimos que estava lá era o nada mais nada menos que Edward Cullen. Ele parecia tão tranqüilo e ao mesmo tempo concentrado em tocar a música. Lindo, quer dizer, linda a música, mas ele também estava não posso mentir.

Alice parou e se virou para mim.

- Está entregue! – ela falou. – Vai dormir em minha casa hoje? – perguntou-me.

- Não sei Alice, tenho que falar com Charlie. – respondi.

- Não se preocupe com isso. – ela deu um tapinha no ar. – Bom, já vou indo. Ah! Mais uma coisa: Não conte nada o que ouvimos. Esqueça de tudo e deixe que eu fale com ele, tudo bem? – Alice me pediu, ou melhor, exigiu.

- Tudo bem Alice. Não falaria nada de qualquer maneira. – me defendi.

Ela sorriu.

- Certo, então até mais. – ela me deu um abraço. – E não se esqueça: Minha casa, hoje! Peça para o Edward te levar. – ela falou maliciosa e jogou uma piscadela.

Quando eu ia retrucar ela já estava longe e eu não queria gritar. Revirei meus olhos.

Voltei-me de novo para Edward e ele ainda estava concentrado, mas tinha parado de tocar, só estava olhando para o nada. Caminhei até ele tentando não chamar muita atenção e tinha conseguido subir até o palco sem Edward perceber. Ele estava tão preso em seus pensamentos que nem me ouviu chegar por trás dele.

Parei a um passo dele e me abaixei até chegar perto de seu ouvido.

- Um dólar por seus pensamentos. – sussurrei fazendo-o se sobre-sair.

Eu ri baixinho.

- Uhmm... Você não vai querer saber. – ele me disse depois do pequeno susto.

- Por quê? – perguntei enquanto sentava ao seu lado no baquinho do piano.

- Não é nada demais. – ele respondeu e eu vi que tinha muita seriedade em seus olhos.

- O que foi que aconteceu? – perguntei me fazendo de desentendida. Tinha feito uma promessa para Alice.

- Nada, não aconteceu nada. – ele me respondeu com fúria. – Vamos mudar de assunto. – ele exigiu.

- Certo, estou vendo que você não quer tocar no assunto. – respondi enquanto levantava as mãos em sinal de rendição. – Então quer começar a tentar fazer a música?

- Acho que sim... Não sei. Não estou com muita paciência. – ele me olhou pedindo desculpas silenciosamente.

- Oh! Tudo bem. – balancei meus ombros. – Quer ouvir alguma das minhas músicas para ter alguma idéia? – perguntei.

- Sim, acho que assim vou saber como podemos começar. – ele respondeu. Assenti.

Levantei-me e fui pegar minha bolsa que tinha deixado no meio do palco. Abri-a e peguei meu caderninho com algumas músicas que ainda não tinha feito a melodia completa.

Voltei para o seu lado.

- Você me cede o piano por um momento, Senhor? – brinquei para ver se ele melhorava.

Ele sorriu, mas o sorriso não ia até seus olhos.

- Claro. – respondeu e se levantou.

- Ah não, Edward! – exclamei já farta.

- O que foi? – ele perguntou confuso.

- Assim não dá. Você não combina com essa cara. – disse.

- Que cara?

- Essa de chateado, sério, pensativo... Eu não sei. Mas você não é desse jeito. – respondi me explicando.

- Me desculpe, mas hoje não foi um dos melhores dias para mim. – ele riu minimamente.

- Tudo bem! Vou deixar passar. – os meus olhos estavam com fendas.

- Quem sabe se você cantar para mim eu não melhore? – ele insinuou.

- Vamos ver, mas se você ficar assim por mais tempo eu vou embora. – apontei o dedo para ele. – É drama demais para minha pequena vida. – coloquei minha mão em minha cabeça e fiz uma cara de sofredora.

Ele riu mais verdadeiramente agora.

- Você hein, esquisitinha. – ele brincou comigo.

- Agora sim. – sorri para ele.

- Vai cantar pra mim ou não?

- Claro Monsenhor.

Então me virei para o piano e comecei a tocar.

Música: A Fine Frenzy – Almost Lover.(/watch?v=MFtaSNiGWuc&feature=related )

Your fingertips across my skin,

The palm trees swaying in the wind,

Images

You sang me Spanish lullabies,

The sweetest sadness in your eyes

Clever trick.

Well, I'd never want to see you unhappy

I thought you'd want the same for me

Goodbye my almost lover

Goodbye my hopeless dream

I'm trying not to think about you

Can’t you just let me be?

So long my luckless romance

My back is turned on you

Should have known you'd bring me heartache

Almost lovers always do

We walked along a crowded street,

You took my hand and danced with me,

Images

And when you left you kissed my lips,

You told you'd never, ever forget these images

Well, I'd never want to see you unhappy

I thought you'd want the same for me

Goodbye my almost lover

Goodbye my hopeless dream

I'm trying not to think about you

Can’t you just let me be?

So long my luckless romance

My back is turned on you

Should have known you'd bring me heartache

Almost lovers always do

I cannot go to the ocean

Cannot drive the streets at night

Cannot wake up in the morning

Without you on my mind

So you're gone and I'm haunted

I'll bet you are just fine

Did I make it that easy to walk

Right in and out of my life?

Goodbye my almost lover

Goodbye my hopeless dream

I'm trying not to think about you

Can’t you just let me be?

So long my luckless romance

My back is turned on you

Should have known you'd bring me heartache

almost lovers always do

Cantei olhando somente para o piano no começo só que Edward mantinha um olhar tão penetrante em mim que ardia minha pele. Não agüentei por muito tempo e o olhei nos olhos. Vi tristeza em seus olhos e aquilo me machucou de um jeito que não sei explicar, mas não era uma tristeza do tipo "acabei de terminar meu namoro" e sim por ter sido traído.

Ele prestava tanta atenção à letra da música que parecia que estava tentando decorá-la, guardá-la.

Eu já estava terminando de tocar quando tirei meus olhos dos dele e me voltei para o piano, não conseguia olhá-lo outra vez, a minha timidez foi maior.

Ficamos, um tempo, calados.

- É linda. – ele quebrou o silencio.

- Uhmm, obrigada! – sorri meio sem jeito.

- Não tem o que agradecer. – ele me sorriu e se sentou ao meu lado. – Você sabe que ótima compositora e uma excelente cantora também. – ele me empurrou levemente com seu ombro.

Eu ri baixinho.

- Mesmo assim. – falei olhando-o.

Ele sorriu lindamente.

- Achei linda a música, mas não acha muito sofrimento para Carlisle e Esme? – me perguntou hesitante.

- Também acho, eles são tão lindos juntos. – suspirei. – Mas é só para ter uma idéia. Então?

- Decidi que quero algo assim, bem calmo, romântico, bem meus pais. – ele riu.

- Bem seus pais. – eu ri.

Edward olhou no relógio e assobiou.

- Acho melhor nós irmos embora senão vamos acabar presos aqui outra vez. – ele me falou e quase dei um pulo.

- Há quanto tempo estamos aqui? – perguntei já juntando minhas coisas.

- Faz mais ou menos uma hora. – ele me disse.

- Será que os portões estão abertos? – perguntei apreensiva.

- Acho que sim, eles não costumam fechar rápido assim. – ele falou despreocupado.

Assenti.

Andamos rapidamente até a saída e ainda bem que estava aberta, não estava preparada para ficar mais uma vez trancafiada com Edward aqui nessa escola. Saímos e quando vi que Edward estava a caminho do seu carro falei:

- Edward? – o chamei.

- Sim? – ele se virou para mim.

- Uhmm, eu vou dormir na sua casa, porque Alice mandou – eu revirei meus olhos –, e se você quiser começar a pensar na música lá... – deixei a frase morrer.

- Claro, é uma ótima idéia. – ele sorriu. – Porque você não vem comigo logo? – perguntou-me.

- Não quero deixar o meu carro aqui. – fiz uma careta.

- Então faz assim, eu vou com você até a sua casa, você deixa seu carro lá e nós vamos para minha. – ele sugeriu.

- Pode ser! – sorri.

- Então ta. – ele abriu um sorriso grande e lindo como se tivesse ganhado um presente.

Caminhei até meu carro e parti para minha casa sendo acompanhada por Edward no seu carro atrás de mim. Cheguei a minha casa, coloquei o meu carro na garagem e subi para o meu quarto.

Arrumei uma bolsa com roupas e peguei o meu pen drive, onde tinha todas as minhas músicas preferidas e letras das minhas composições.

Desci as escadas quase correndo, para não levar um tombo, fui até a cozinha e deixei um bilhete para Charlie na geladeira. Saí de casa e fui de encontro ao carro de Edward.

- Desculpa a demora. – falei assim que entrei.

- Não tem problema. – ele sorriu pra mim – Pronta?

- Sim, tudo pronto. – sorri para ele.

Então partimos para a casa dos Cullen.

Enquanto percorríamos a distancia entre a minha casa até dele ficamos conversando sobre algumas apresentações da aula de teatro e rimos quando ele comentou o quanto a Tânia tinha sido ruim. Fiquei meio apreensiva quando ele tocou no assunto Tânia por que não sabia se ele iria ficar triste ou com raiva, mas ele me surpreendeu, outra vez, só tirando sarro da cara dela, o que me deixou aliviada.

Chegamos à casa dos Cullen e ele colocou o carro na garagem. Ele foi mais rápido que eu e abriu a porta para mim.

- Cavalheirismo? – levantei uma das minhas sobrancelhas.

- Sempre fui assim. – ele deu de ombros.

- Não comigo. – falei baixinho, mas ele ouviu.

- Claro que não, você é esquisitinha demais. – ele riu e eu bati em seu braço. – Ai! Isso dói.

- Que bom! – eu disse saindo de perto dele e fazendo cara feia.

Ele riu alto.

- Não fica assim. – ele fez uma voz como se tivesse falando com um bebê. – Se não eu coloco você de castigo no escuro.

- Hahaha... Você é tão engraçado. – revirei meus olhos.

- Sei que sou. – ele se gabou. – Agora vamos subir.

- Idiota. – resmunguei.

Ele riu.

Subimos para a sala de estar e Alice já estava ali esperando por nós dois.

- Até que fim. – ela reclamou. – Já não agüentava esperar mais.

Eu revirei meus olhos.

- Menos Alice. – Edward falou. – Nem demoramos assim.

- Não vou falar nada para você Edward. – Alice disse séria. – Agora Bella suba já para o meu quarto que eu quero experimentar uma coisa em você. – ela falou feito uma mãe.

Fiquei com medo dessa baixinha.

- Menos Alice. – repeti as palavras de Edward.

Ela revirou os olhos e começou a subir as escadas.

- Que anã chata. – resmunguei.

Edward que ainda estava na sala riu.

Era melhor não deixar a baixinha esperando então subi logo para o quarto dela. Assim que cheguei ao seu quarto vi o meu maior pesadelo.

Tinha uma montanha de roupas em cima da cama dela e uma mala enorme só para maquiagem.

Tremi com medo de Alice.

- Ai não Alice. – resmunguei.

- Ai sim Bella. – ela rebateu. – Você precisa de uma reforma urgente no seu guarda-roupa e eu fiz algumas roupas especialmente para você, então não reclama.

- Alice. – choraminguei.

- Vamos, nada de manha. – ela foi até a porta e fechou.

.

Quando entrei no quarto dela ia dar quatro horas da tarde e ela só veio terminar quando ia dar sete horas da noite.

Estava mais cansada do que quando minha mãe tinha idéia de fazer academia e me levava junto!

- Alice, não já chega? – fiz a mesma pergunta durante os últimos vinte minutos.

- Bella pára de ser chata. – ela me respondeu enfezada.

- Não sei por que me deixei convencer por você. – resmunguei.

- Você deixou porque sabe que eusou a melhor para te arrumar. – ela se gabou.

- Não sei se é verdade. – brinquei com ela e ela puxou meu cabelo. – Ai, está bem, você é a melhor.

- Bem melhor agora. – ela arrumou mais um pouco mais o meu cabelo e então disse: – Pronta! Agora veja como eu sou a melhor.

Levantei-me da cadeira cor-de-rosa dela e caminhei até o espelho de corpo todo que tinha na porta do seu closet.

Eu estava... Linda! Não tinha como mentir.

Alice tinha alisado mais os meus cabelo da raiz e nas pontas tinha realçado mais os meus cachos, meus olhos estavam marcados de preto deixando ele mais brilhantes, minha boca tinha somente um gloss rosa clarinho. A minha roupa não era nada extravagante como ela queria, já que eu não tinha deixado, era só uma calça skinn preta, uma blusinha com alguns brilhos e a Torre Eiffel, uma ankle boot e uma colarzinho simples.

Tinha adorado, nada extravagante, mas muito bonito.

- Estou bonita Alice, como conseguiu? – perguntei boba.

- Você é linda, Bella, só que não se olha no espelho. – ele sorriu angelicalmente. – E outra, sou muito boa mesmo.

Eu ri alto.

- Tão modesta. – vir-me-ei para o espelho novamente. – Agora, para quê toda essa arrumação? – perguntei desconfiada.

- É que eu queria que você gravasse um vídeo da minha música predileta. – ela deu de ombros.

- E para fazer isso precisava disso tudo? – apontei para mim.

- Lógico! Eu vou postar no Youtube. – ela disse com se fosse obvio.

- Como assim? – arregalei meus olhos. – Você sabe que não gosto muito de ficar colocando esses vídeos na internet, acho meio idiota. – resmunguei.

- Eu sei Bells, mas faça esse favorzinho por mim, please! – então ela fez a carinha de cachorro pidão que caiu do caminhão da mundança.

Não tinha como resistir!

Olhei para baixo não querendo ver aqueles olhos marejados, mas não consegui agüentar muito por ela deu um passo para mais perto e eu juro que vi cair uma lágrima.

- Isso não é justo, Alice. – disse quase cedendo.

- É sim, eu vou te ajudar com a parada da aposta e você faz esse vídeo para mim. – ela disse com a carinha ainda.

- Está bem! – cedi respirando fundo, então eu a vi desfazer sua carinha e abrir um sorriso enorme.

- Ai, brigada Bells. – ela não parava de pular. – Você é a melhor.

- Eu sei, eu sei! – revirei meus olhos para aquela baixinha. – Então a música que você vai querer é aquela do filme não é?

- Sim, lógico! – ela pulou mais algumas vezes. – Agora vamos lá para a sala de música. – ela saiu me puxando.

Saímos do seu quarto e quando estávamos descendo as escadas trombamos com Edward. Ele mantinha seus olhos nos pés, mas quando percebeu-nos duas descendo seus olhos foram subindo.

O interessante foi que quando ele foi subindo seus olhos pelo corpo pude perceber que tinha engolido em seco e que ele demorou um pouco mais em minhas pernas e para só depois subir até meus olhos.

Alice tinha percebido isso, pois estava com um sorriso malicioso em seus lábios.

- Então Ed, o que acha da Bella? – ela perguntou olhando-o.

- Uhmm, normal. – ele tentou aparentar indiferença, mas eu via algo em seus olhos.

- Normal? – Alice ficou com raiva. – Ela não pode está só normal. – então ela me fez dar uma voltinha. – Então o que acha? – repetiu divertida.

Quando voltei a olhá-lo ele ainda mantinha sua fachada, mas seus olhos pareciam está pegando fogo.

- Gostosa... Quer dizer... – ele respirou fundo. – Ela está muito bonita Alice. – Edward terminou de falar e já estava subindo.

- Menos mal. Agora vamos Bella. – ela saiu me puxando novamente.

Então quando passei ao lado de Edward eu juro ter ouvido "Assim não sei como vou agüentar!", mas quando eu fui olhá-lo ele já estava entrando em seu quarto.

Fui até a sala de música junto com Alice me explicando como queria o vídeo.

Ela era muito exigente!

Quando chegamos à sala vi um piano lindo, brilhoso e branco. O da escola também era lindo, mas aquele era mais, tenho que dizer.

Eu não parava de olhar para o piano então Alice teve que chamar atenção várias vezes. Ela me explicou tudo em detalhes e pediu para eu não esquecer nada.

Eu juro solenemente nunca mais deixar Alice fazer isso comigo! Não tinha ninguém que agüentasse.

Então ela decidiu começar. Sentei-me ao piano e alisei a sua tampa como um carinho.

- É agora. – ela olhou pela câmera mais uma vez. – Não se esqueça do que eu te disse Bella.

- Eu sei, Alice, não vou esquecer. – revirei meus olhos. Abri a tampa e preparei para tocar.

- Certo. – então ela disse alto – Ação!

Música:Vanessa Carlton - A Thousand Miles (www.youtube.com/watch?v=Sg0CeRog-yQ )

Making my way downtown

Walking fast

Faces passed

And I´m home bound

Staring blankly ahead

Just making my way

Making my way

Through the crowd

And I need you

And I miss you

And now I wonder...

If I could fall

Into the sky

Do you think time

Would pass me by

´Cause you know I´d walk

A thousand miles

If I could

Just see you...

Tonight

It´s always times like these

When I think of you

And I wonder

If you ever

Think of me

´Cause everything´s so wrong

And I don´t belong

Living in your

Precious memories

´Cause I need you

And I miss you

And now I wonder...

If I could fall

Into the sky

Do you think time

Would pass me by

´Cause you know I´d walk

A thousand miles

If I could

Just see you...

Tonight

And I, I

Don´t want to let you know

I, I

Drown in your memory

I, I

Don´t want to let this go

I, I

Don´t...

Making my way downtown

Walking fast

Faces passed

And I´m home bound

Staring blankly ahead

Just making my way

Making my way

Through the crowd

And I still need you

And I still miss you

And now I wonder...

If I could fall

Into the sky

Would pass us by

´Cause you know I´d walk

A thousand miles

If I could

Just see you...

If I could fall

Into the sky

Do you think time

Would pass me by

´Cause you know I´d walk

A thousand miles

If I could

Just see you...

If I could

Just hold you

Tonight

Do you think time

A música era bonita, mas tinha umas partes que eu acabava lembrando do filme e ficava com muita vontade de rir então eu olhava para o rosto sério de Alice que me recompunha.

Mas era engraçado!

Fiz tudo que ela tinha me dito para fazer e tenho uma vaga lembrança do vídeo clip da música e tudo que eu fazia durante o nosso vídeo era parecido com ele só que com um toque de Alice.

Foi engraçado e de vez em quando eu não conseguia reprimir um sorriso, ainda bem que a baixinha não reclamou.

Quando eu já estava perto de terminar ela foi aproximando a câmera para mim e então eu toquei a última nota do piano deixando ecoar pela sala até desaparecer para depois levantar minha cabeça e dar um singelo sorriso.

Então Alice grita:

- CORTA!