Presos Pela Música escrita por Ary Lima


Capítulo 1
Presos pela escola.


Notas iniciais do capítulo

Oi, apresento a vocês a minha mais nova fanfic: Presos pela música.
Quer saber mais da fic e ler uma preview dos outros capítulos? Então vai até o blog da fanfic. Foi feito especialmente para vocês, meus leitores.
http://presospelamusica.blogspot.com/



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Bella POV – Presos pela escola.

Não agüentava mais aquela escola. Todos só pensavam em festas, fofocas, e em Edward Cullen. São um bando de tolos, seguidores de um menino sem conteúdo e que só pensava em si mesmo. Só tinha uma coisa que eu e todos os alunos de Forks High School tínhamos em comum: a contagem regressiva para as férias.

Mas ainda bem que só faltava um mês para acabarem as aulas e daqui a trinta dias eu estaria o mais longe possível daquelas pessoas de Forks e perto de alcançar o meu sonho que é cantar na Broadway. Só precisava aturar mais alguns dias e essa tortura acabaria.

Desde pequena que tenho um sonho de ir para Nova York e me tornar uma atriz ou cantora famosa. Até passei em Julliard e é para lá que vou fazer o meu sonho se tornar verdade.

Todos pensam que sou metida a “Star” e sempre me ignoram, só que não sou como todos pensam – admito que às vezes tendo a me “achar” um pouco, só que não é para deixar eles pensarem que sou fraca, entende? – só tem uma pessoa que não me ignora como os outros e seu nome é Alice Cullen.

Pois é, eu sou amiga de Alice Cullen a irmã gêmea de Edward Cullen. Se você visse nunca iria acreditar, mas ela é totalmente o contrário do seu irmão. Alice é muito especial para mim, foi ela que sempre me apoiou em tudo, mesmo eu tentando fugir das tentativas dela me fazer de Barbie, um de seus passatempos preferidos.

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Agora eu estava em mais uma aula de Matemática. Uma coisa que nunca entendi era que se eu queria ser uma cantora por que eu deveria estudar aquilo? Nunca entendi!

Só faltavam alguns minutos para acabar a aula e Alice, que estava ao meu lado, e eu estávamos loucas para sair daquela sala infernal. Assim que o sinal bateu, nós duas quase saímos correndo, eu querendo ir para o auditório e ela querendo ir ao shopping.

- Tem certeza de que não quer vim comigo? – perguntou ela mais uma vez.

- Não Alice, obrigada. Você sabe que não sou muito fã de compras. – respondi.

- Você não sabe o que está perdendo então. – disse ela pegando algo na bolsa.

- O que eu sei é que estou me livrando de uma tarde cansativa isso sim. – brinquei com ela.

- Engraçadinha você, hein? – Alice falou me dando língua. Eu ri.

- Bom vou indo! – disse a ela.

- Está bem! Mas porque você vai para o auditório e não para a sala de música? – ela me perguntou.

- Parece que a sala de música está em reforma aí colocaram todos os instrumentos lá no auditório. – respondi.

- Uhmm... Tomara que façam algo de bom por aqui.

- Tomara! Já vou senão fica tarde e eu preciso compor essa música ainda essa semana.

- Boa sorte!

- Obrigada, tchau!

- Tchau! – disse ela saindo em direção ao estacionamento.

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Quando as aulas do dia terminam o colégio fica quase que deserto, ainda mais agora no final do ano, todos queriam se livrar daqui.

Fui andando pelos corredores que estava muito silencioso, dava até medo. Cheguei à porta do auditório e entrei, estava um pouco escuro então fui logo ligar as luzes do palco. Assim que as luzes do palco ligaram, eu vi a minha paixão: um piano, lindo, todo preto e brilhante.

Desde nova que tenho essa paixão por esse instrumento, para mim ele é perfeito.

Fui até ele e me sentei no banco a sua frente passando as minhas mãos levemente por cima das teclas. Abaixei-me rapidamente para pegar as minhas partituras onde tinha a minha inacabada música para a minha primeira apresentação em público, que era no show de talentos do colégio onde Alice me fez participar nesse ano.

A letra dessa música se parecia muito com que eu passava aqui nesse colégio e talvez com essa música todos os estudantes não me vissem como uma fracassada como eles pensavam que eu era.

Eu não me importava com o que eles falavam de mim só queria mostrar de como eles estavam enganados.

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Eu estava muito animada para poder me concentrar em compor a minha música e isso estava me deixando muito irritada, pois fazia mais ou menos uma hora que eu tentava escrever algo e nada saia da minha cabeça.

Estava com muita raiva de mim mesma.

Não sei por que eu estava assim, não tinha acontecido nada hoje para que me deixasse desse jeito, mas parecia que ia acontecer algo ainda hoje ou eu estou ficando meio louca.

Já estava meio desesperada e comecei a andar pelo palco. Que raiva!

Eu precisava fazer alguma coisa e foi em uma das minhas voltas pelo palco que eu tive uma idéia.

Uma coisa que minha mãe sempre disse foi que cantar sempre tira qualquer nervosismo ou angustia que você está sentindo, então era isso que iria fazer: Cantar. Para ver se minha falta de inspiração passava.

Peguei o meu ipod e conectei a sistema de som do auditório, colocando em uma das minhas composições que eu tinha feito só a parte instrumental. A letra tava terminada dentro da minha bolsa só que nunca mais tive tempo para terminar de gravar.

Peguei a letra e fui em direção ao microfone que estava no centro do palco e coloquei a música para tocar.

Os primeiro acordes começou e o coro cantou.

Adorava essa música.

Tinha chegado a minha deixa e cantei.

Música: Glee - Bust Your Windowns (/watch?v=fRVLMggNzN8 )

I bust the windows out your car

And though it didn't mend my broken heart

I'll probably always have these ugly scars

but right now I don't care about that part.

I bust the windows out your car

After I saw you looking right at her

I didn't wanna but I took my turn

I'm glad I did it cuz you had to learn

I must admit it helped a little bit

To think of how you feel when you saw it

I didn't know that I had that much strength

But I'm glad you see what happens when

You see you cant just play with peoples feelings

Tell them you love them and don't mean it

you'll probably say that it was juvenile

But I think that I deserve to smile

I bust the windows out ya car

You know I did it cuz I left my mark

with my initials with a crowbar

And then I drove up into the door

I bust the windows out ya car

you should feel lucky that was all I did

After 5 whole years of this bullshit

Gave you all of me and you played with it

I must admit it helped a little bit

To think of how you feel when you saw it

I didn't think that I had that much strength

But I'm glad too see what happens when

You see you cant just play with peoples feelings

Tell them you love them and don't mean it

You probably say that it was juvenile

But I think that I deserve to smile

Bustin out yo car

But it don't come back to my broken heart

You could never feel I how I felt that day

Until it happens baby you don't know pain

Ooh Yeah I did it (yeah I did it)

You should know it (you should kno it)

I ain't sorry (I ain't sorry)

You deserved it (you deserved it)

After what you did to me (after what you did)

You deserve it (you deserve it)

I ain't sorry no no (I ain't sorry)

You caused me pain

Even though what you did to me was much worse

I had to do something to make you hurt

Oh but why am I still crying?

Why am I the one who's still crying?

Oh oh you really hurt me baby

You really you really hurt me baby

Hey hey hey hey hey

Now watch me Yule

Now watch me Yule

Oooh I bust the windows out your car.

A música tinha acabado e eu estava me sentindo mais calma que antes, acho que minha mãe estava certa.

Quando eu fui me sentar ao piano novamente ouvi que alguém estava batendo palmas e me assustei porque pensava que só eu estava aqui. Fiquei olhando para os lados tentando encontrar o dono daquelas palmas foi quando eu vi uma pessoa saindo do escuro e caminhando em minha direção.

Agora posso dizer que estou assustada por que a pessoa era exatamente Edward Cullen. Isso era para se assustar não? Pensava que ele nem sabia o nome desse lugar muito menos a sua existência.

- O que está fazendo aqui? – nunca escondemos o nosso ódio que sentíamos um pelo outro por isso que fui logo perguntando.

- Estava passando quando ouvi alguém cantando e resolvi entrar para ver quem era, tinha ficado curioso. – respondeu simplesmente.

- E depois que me viu porque não embora? – não gosto de ficar no mesmo lugar que ele, a sua presença me fazia sentir coisas estranhas.

- Gostei do que ouvi e resolvi ficar. – disse.

- Hum... Agora que já ouviu pode ir embora, pois agora a sua presença não é exatamente bem-vinda. – falei rispidamente.

- Eu tentei, mas parece que alguém nos deixou trancados aqui no colégio. – disse simplesmente.

- O QUEEEE? – gritei.

- Isso mesmo que ouviu. Estamos trancados no colégio!

Desci do palco em alta velocidade mesmo para mim e fui em direção a saída do auditório. Andei pelos corredores desertos sendo acompanhada por um Edward rindo dos meus resmungos. Quando cheguei à porta de saída do colégio tentei abrir, mas nada estava acontecendo.

Fiz de tudo bati, gritei para ver se alguém me escutava, esmurrei a porta, enfim tudo, e nada resolveu.

Por fim desisti e me virei para o meu inimigo.

- O que vamos fazer? – perguntei desesperada.

- Eu não vou fazer nada. – respondeu. Eu odeio esse menino.

- Como não? Vamos morrer aqui! – disse levantando os braços desesperada.

- Não vamos não. Daqui a... Cinco horas e meia o segurança da noite chega e vamos poder sair daqui. – disse andando de volta para o auditório.

- Isso é sério? – perguntei seguindo ele.

- Sim. – balançou a cabeça confirmando.

Voltei ao auditório mais calma, mas não tanto porque tem exatamente uma pessoa muito chata me seguindo.

- Porque você está me seguindo? – disse já com muita raiva de ficar vendo ele me seguir.

- Não estou te seguindo. – respondeu irônico.

- Não? Sério, então pra onde está indo? – esse menino só pode ser tapado.

- Estou indo para o auditório. – disse como se fosse algo que fizesse todos os dias.

- Não você não está. – explodi. – Por que não vai para quadra ou qualquer coisa parecida? – pedi ríspida. – Só fique longe de mim.

- Não quero ir para lá e alem do mais estamos em um país livre e posso ir para onde eu quiser. – me respondeu sorrindo.

Aí que raiva!

Como eu queria bater nele, mas se fizesse isso ele com certeza iria arranjar um jeito para me ferrar na diretoria. E a última coisa que queria na minha ficha é uma suspensão por bater em um aluno mesmo que esse aluno seja ele.

Vocês devem está pensando do porque eu ter tanta raiva dele, não? Bom, todo esse grandioso sentimento surgiu no primeiro ano que eu vim morar aqui em Forks.

- Flashback on -

Era o meu primeiro dia em Forks High School, mas como os meus pais só tinham decidido se mudarem na metade do ano então eu seria como o brinquedinho novo ou a garota nova da cidade grande.

Argh! Odeio ser o centro das atenções quando não era a minha intenção, pois sempre que isso acontece parece que o chão me chama e eu acabo caindo na frente de muitas testemunhas.

Bom, eu teria que enfrentar esse dia e engolir a minha timidez só por hoje pelo menos.

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Já tinha se passado as primeiras aulas e nada de muito grave com meu corpo aconteceu o que é uma graça, mas não posso me animar muito porque a sorte não anda comigo sempre.

Agora era o horário do almoço e eu estava faminta por ter saído de casa sem café da manhã. Estava na fila com Alice Cullen, quem eu tinha conhecido assim que chequei, pois ela era tipo a líder do Grêmio Estudantil ou algo assim, não prestei atenção.

Alice era uma pessoa legal e poderia até virarmos amigas, ela até queria me apresentar o seu irmão gêmeo ato que neguei até a morte.

Peguei um pedaço de pizza, uma coca-cola e pedaço de pudim para mim. Paguei e segui com Alice para uma mesa onde estavam uns amigos dela sentados.

Só que na metade do caminho parece que minha sorte tinha mudado, pois quando estava passando por uma mesa lotada, que eu acho que era dos "populares", eu acabei tropeçando em alguma coisa fazendo com que minha bandeja voasse indo parar no colo de um dos garotos da mesa.

- Oh Meu Deus! Me desculpe, acho que tinha alguma coisa... – a pessoa me interrompeu.

- Você não olha por onde anda não? – gritou comigo enquanto tirava a comida da sua roupa.

- Me desculpe eu devo ter tropeçado em alguma coisa. – tentei me desculpar mais uma vez, mas pelo olhar dele parei.

- Pare de falar besteira. – disse ríspido. – Você que é a novata esquisitinha não é? – perguntou com raiva.

- Sim sou... Como é que é? – esquisitinha? Só posso ter ouvido errado!

- Sim a esquisitinha, não é? – perguntou de novo.

Ok! Agora eu ouvi bem, mas esquisitinha?

- Esquisitinha é a mãe. Quem é você para poder ficar chamando os outros assim? – explodi. Não podia deixar ele me ofender assim na frente de todos.

Em falar em platéia, parecia que estavam assistindo sua novela preferida porque o refeitório estava totalmente em silencio.

- Quem eu sou? Sou Edward Cullen e todos sabem disso menos você não é esquisitinha? – me chamou desse nome idiota de novo. – Alias você devia se desculpar por ter feito isso e não gritar comigo.

- Mas eu já tentei! – eu gritei. – Só que você tem um ego tão grande que nem parar pra ouvir você parou só ficou me chamando desse nome ridículo. E como você quer que eu saiba o nome de todos desse colégio se é o meu primeiro dia aqui? – extravasei, mas ele só fazia falar mal de mim e nem aceitava as minhas desculpas.

- Mas que gritaria é essa? – tinha chegado o diretor.

- Diretor essa menina jogou comida em mim. – disse o coitadinho do Cullen.

- Srta. Swan é o seu primeiro dia e você já faz isso com o nosso melhor aluno? – perguntou o diretor para mim.

Mas o que? Esse idiota iria pagar muito caro!

- Claro que não, Senhor. Eu caí e sem querer a minha comida caiu nele. – tentei explicar.

- Senhor diretor, por favor, vai acreditar nessa esquisitinha? – perguntou o idiota.

- Não me chama assim. – gritei para ele.

- Parem, quero os dois na minha sala agora. – disse o diretor saindo do refeitório.

Peguei as minhas coisas com muita raiva e o segui.

- Boa sorte, Bella! – disse Alice.

- Brigada. – agradeci a ela.

.

Na sala do diretor eu e o Cullen estávamos calados esperando alguma reação do diretor a nossa frente.

- Bom quero que me expliquem o que estava acontecendo no refeitório. – pediu o diretor.

Assim que ele disse isso eu e o idiota começamos a falar ao mesmo tempo, cada um tentando contar a sua própria versão.

- CHEGA! – gritou o diretor. – Querem saber? Vou dar detenção para os dois não importando de quem foi culpa.

- O que? – eu e o Cullen dissemos juntos.

- Srta. Swan por ter jogado comida e Sr. Cullen por ter chamado a colega de um apelido que ela não gostou. – disse o diretor tranquilamente.

- Mas o senhor não pode fazer isso comigo, eu caí, foi sem querer. – tentei explicar.

- Não importa. Depois da aula: Detenção. – disse irredutível.

- Flashback off -

E foi assim que eu ganhei minha primeira detenção e nasceu o meu ódio por Edward Cullen. Depois desse dia ele sempre me chamava de esquisitinha, mas eu sempre o ignorava e quando não suportava mais brigava com ele.

Mas de uns tempos para cá ele nunca mais me chamou disso, o que eu agradeço.

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Cheguei ao auditório com a minha sombra e fui direto para o piano enquanto ele foi se sentar em uma das cadeiras.

- Sério, porque você não vai para outro lugar? – pedi mais uma vez.

- Não quero, gosto de te ver com raiva. – disse simplesmente.

- Que seja!

Tinha que terminar a minha música para a apresentação, mas depois dessa confusão sabia que não ia conseguir fazer nada. Então fiquei passando os dedos levemente pelas teclas do piano.

Até que me lembrei de uma das músicas que minha mãe costumava tocar pra se acalmar quando tinha alguma briga com meu pai.

Música: Debussy - Clair de Lune (/watch?v=LlvUepMa31o )

Comecei a tocar levemente depois de estar tão concentrada na música que acabei esquecendo que meu inimigo estava ali.

Essa música sempre foi uma das minhas preferidas não pelo fato de me acalmar também, mas que ela é linda tanto de se ouvir quanto de se tocar.

Sempre me faz esquecer o mundo quando a toco, parecia um antídoto para os meus problemas.

Toquei-a na minha fita de vídeo para inscrição para Julliard junto com outra música de autoria minha e acho que foi essa música de Debussy que me fez ganhar a vaga.

Minha mãe sempre me disse que eu toda vez que toco coloco muito sentimento na música o que faz você sempre se "encontrar" na música. O que é bom, quando se quer tocar a pessoa através da música.

A música já estava terminando e eu voltei para a realidade. Toquei as últimas notas e fiquei olhando por um tempo para o piano até que uma voz me chamou.

- Clair de Lune sempre foi perfeita. – disse Edward.

- Conhece Debussy? – perguntei confusa.

Edward Cullen conhecia música clássica? O mundo vai acabar só pode.

- Só as minhas favoritas. E essa é a melhor. – disse me olhando.

- Também acho. – falei sorrindo.

- O que foi? – me perguntou.

- Nada, só achei estranho nós termos algo em comum. – disse dando de ombros.

- Nós temos mais do que isso. – ele falou baixo, mas acabei ouvindo então resolvi esquecer.

- Quanto tempo ainda falta para sairmos daqui? – perguntei enquanto remexia na minha bolsa e tirava todas as minhas partituras.

- Uhmm... Exatamente quatro horas e quarentas minutos. – respondeu olhando em seu relógio.

- E você tem certeza de que vem alguém aqui a noite? – perguntei receosa.

- Tenho sim, o guarda da noite sempre tenta roubar alguma coisa da geladeira da escola. – disse rindo.

- Como você sabe disso? – fiquei curiosa agora.

- Uma vez fizemos uma pegadinha com ele e acabamos descobrindo isso. – respondeu.

- Coitado. – falei.

- Sabe o que é estranho? – me perguntou.

- Não.

- Nós estamos aqui a quase uma hora e não brigamos nenhuma vez, tirando aquela hora que você deu a louca. – disse rindo da minha cara.

- Também você queria o que? Eu tinha acabado de descobrir que estava presa no colégio. – expliquei. – E também acho estranho não termos brigado, mas vamos deixar do jeito que está pelo menos enquanto tivermos presos? – pedi, estava cansada de brigar.

- Está bem, mas só por essas horas. É legal te ver com raiva, esquisitinha. – disse rindo.

- Já vai começar? – perguntei erguendo uma das minhas sobrancelhas.

- Parei, parei. – levantou as mãos em sinal de paz.

- Que bom! – olhei para ele. – Agora, vou precisar que não me atrapalhe muito, pois tenho que terminar uma música, certo?

- Certo! Vou ver o que posso fazer. – respondeu enquanto se estirava nas cadeiras.

- Brigada. Você vai dormir? – perguntei, sou muito curiosa.

- É essa intenção. É só você não fazer muito barulho, esquisitinha. – falou deitando-se. E lá vem ele me chamando disso de novo, olhei para ele o reprovando. – Foi mal, é mais forte que eu não consigo segurar. – disse rindo.

- Tanto faz você nunca cresce mesmo. – dei um tapinha no ar sem dar importância.

- Você sempre quis ser uma cantora? – ele me perguntou de repente.

- Não e sim. – respondi.

- Como assim?

- Quando eu era criança sempre queria ser médica, mas também adorava cantar e tocar o piano que eu tinha, aí fui crescendo e vi que ser médica não era para mim porque toda vez que eu vejo sangue ou desmaio ou fico muito enjoada. – ri das minhas últimas experiências com sangue. – Então desisti da medicina e decidi dar mais valor a minha segunda paixão: a música.

- Uhmm... Interessante. Mas você sempre fica mal ao ver sangue? – perguntou rindo.

- Sim, da última vez estava eu e Alice, no quarto dela, com ela fazendo as minhas unhas e sem querer ela me machucou com o alicate de unha e quando eu vi o sangue não deu outra, desmaiei. – contei para ele ainda mexendo na minha bolsa.

- Ah! Então era por isso que Alice tava gritando tanto naquele dia, você tinha desmaiado. – ele disse pensativo.

- Sim, mas você estava lá? – perguntei, para mim Alice disse que estávamos sozinhas.

- Estava sim só que fiquei no meu quarto dormindo. – respondeu.

- Hum.

Peguei a partitura da música que fiz para a fita e pensei em tocar já que tinha ela no meu ipod e sabia que daqui não ia sair nenhuma inspiração para terminar a minha música só que estava com um pouco de vergonha da minha platéia.

Mas quer saber? Eu vou tocar, não tem nada para fazer mesmo.

Coloquei a faixa da música para tocar no meu ipod que estava ligado as caixas de som do auditório e fui para o centro do palco.

- Vai me fazer um show particular? – perguntou Edward com uma sobrancelha levantada.

- Não, Edward, só que não tem nada para fazer e eu prefiro passar o meu tempo fazendo algo alem de ficar sentada. – disse para ele. – Agora, não ria.

- Por que eu iria?

- Não sei, de você posso esperar de tudo. – respondi dando de ombros.

Coloquei a música para tocar.

Música: Glee - Taking Chances (/watch?v=9OFxlN-Knro )

Don't know much about your life

Don't know much about your world but

Don't want to be alone tonight

On this planet they call earth.

You don't know about my past

And I don't have a future figured out

And maybe this is going too fast

And maybe it's not meant to last

(CHORUS)

But what do you say to taking chances?

What do you say to jumping off the edge?

Never knowing if there's solid ground below

Or a hand to hold, or hell to pay

What do you say?

What do you say?

I just want to start again

Maybe you can show me how to try

Maybe you could take me in

Somewhere underneath your skin

(CHORUS)

What do you say to taking chances?

What do you say to jumping off the edge?

Never knowing if there's solid ground below

Or a hand to hold, or hell to pay

What do you say?

What do you say?

And I had my heart beaten down

But I always come back for more, yeah

There's nothing but love to pull you up

When you're lying down on the floor, yeah

So talk to me, talk to me

Like lovers do

Yeah walk with me, walk with me

Like lovers do

Like lovers do

(CHORUS)

What do you say to taking chances?

What do you say to jumping off the edge?

And never knowing if there's solid ground below

Or a hand to hold, or hell to pay

What do you say?

What do you say?

Don't know much about your life,

And I don't know much about your world

Terminei de cantar e abri meus olhos, não agüentei muito tempo olhar para aquelas duas esmeraldas que me encarava.

Era desconfortável ainda mais com essa música. E ele também não ajudava, pois ficava me encarando com uma expressão que eu não conseguia decifrar, então resolvi fechar os olhos e deixar a música me levar.

- Você canta muito bem sabia? – disse Edward se levantando.

- Uhmm... Brigada! – falei dando um sorriso sem graça.

Ele subiu até o palco e foi em direção ao piano e sentando-se.

- Essa música é sua? – perguntou enquanto passava as mãos levemente pelas teclas.

- Sim, fiz quando eu passei as minhas férias em Los Angeles. – respondi.

- Uhmm... E como veio a inspiração?

- Eu conheci um garoto lá e o resto é história. – disse simplesmente. Não ia contar como tinha sido o meu primeiro amor de verão, não mesmo.

- A música é bem intensa. – disse.

- Eu acho que sim, pelo menos para mim.

- Eu gostei! – ele falou me fazendo rir. – O que foi?

- É a primeira vez que vejo Edward Cullen me elogiando. – respondi.

O Cullen riu e baixou a cabeça.

- Sempre tem a primeira vez, alem do que não posso deixar passar que você canta muito bem. – falou olhando-me e eu senti minhas bochechas ficarem quentes.

- Ok. Agora chega, fico sem graça quando fica me falando isso. – disse sorrindo.

- Você não gosta de ser elogiada? – perguntou.

- Não muito, ainda mais vindo de você o que não é normal.

- Esquisitinha. – falou rindo e eu dei um tapa em sua nuca. – Hey, assim vou contar para o diretor. – brincou.

- Conte que o falo do que você me chamou. – disse batendo o pé no chão feito uma criança de cinco anos.

Ele riu.

- Estamos parecendo duas crianças. – disse e eu concordei.

- Quanto tempo ainda falta? – perguntei mais uma vez.

Ele olhou o relógio e franziu os lábios.

- Quatro horas. – assim que ele disse isso eu gemi. – O que foi?

- Ainda falta muito tempo. – gemi de raiva outra vez.

- Por que não fazemos algo para passar o tempo? – propôs.

- Tipo o que? – perguntei enquanto me deitava no palco.

- Não sei, o que você gosta de fazer? – me perguntou.

- Gosto de tocar piano, cantar e ler. – disse. – E você?

- Gosto de tocar piano também, mas ler não é minha praia. – fiquei confusa, ele sabia tocar piano?

- Você sabe tocar piano? – perguntei.

- Sim, toco desde os dez anos. – respondeu.

- Uhmm... Nunca te ouvi tocar. Vamos toca alguma coisa aí quero ouvir.

- Não sei! – disse.

- Não, não! Agora fiquei curiosa, vamos toque! – incentivei.

Então ele começou uma música que acho que conheço, ela era antiga.

Música: Glee - I'll Stand By You (/watch?v=--lw9yST1g0 )

Oh, why you look so sad?

Tears are in your eyes

Come on and come to me now

Don't be ashamed to cry

Let me see you through

'cause I've seen the dark side too

When the night falls on you

You don't know what to do

Nothing you confess

Could make me love you less

I'll stand by you

I'll stand by you

Won't let nobody hurt you

I'll stand by you

So if you're mad, get mad

Don't hold it all inside

Come on and talk to me now

Hey, what you got to hide?

I get angry too

Well I'm a lot like you

When you're standing at the crossroads

And don't know which path to choose

Let me come along

'cause even if you're wrong

I'll stand by you

I'll stand by you

Won't let nobody hurt you

I'll stand by you

Take me in, into your darkest hour

And I'll never desert you

I'll stand by you

And when...

When the night falls on you, baby

You're feeling all alone

You won't be on your own

I'll stand by you

I'll stand by you

Won't let nobody hurt you

I'll stand by you

Take me in, into your darkest hour

And I'll never desert you

I'll stand by you

I'll stand by you

Won't let nobody hurt you

I'll stand by you

And I'll never desert you

I'll stand by you

I'll stand by you

Won't let nobody hurt you

I'll stand by you

Quando ele terminou de tocar eu fiquei pasma, espantada, besta, enfim surpresa pela a voz que esse menino tinha e não posso negar ele tocava muito bem.

- Nossa! Não sabia que você cantava tão bem e tocar, é claro. – falei surpresa ainda.

Ele riu me olhando.

- Obrigado... Eu acho! – franziu sua testa.

- Não é sério! – me levantei do chão e caminhei até ele. – Você deveria investir mais na música.

- É, todos me dizem isso, mas a minha paixão é a medicina mesmo. – falou se sentando mais para o lado pra me dar um pouco de espaço.

Não queria me sentar tão perto dele, mas parecia que o seu corpo chamava pelo o meu.

- Medicina? Não sabia que você gostava disso. – falei me sentando.

- Você não sabe muitas coisas minhas.

- É verdade!

Nós ficamos em silencio por um tempo com cada um olhando para um lado, eu estava constrangida, não sabia por ele.

Era estranho ficar tão perto dele, não sei explicar, mas era como se um corrente elétrica passasse pelo meu corpo me fazendo arrepiar, uma coisa que nunca aconteceu comigo, nem mesmo quando eu conheci o Jacob.

Jacob foi o meu primeiro e único amor de verão que eu tive. Não durou muito já que no final das férias eu tive que voltar para São Francisco e não tinha como permanecer juntos quando se mora tão longe. No começo foi meio ruim, mas depois me conformei com essa situação, agora somos amigos e sempre que dá nos falamos via internet, depois disso descobri que ele é um grande amigo e sempre que estou com algum problema Jacob me ajuda.

- Aqui está muito chato, você não tem uma idéia do que fazer? – Edward me despertou da minha pequena viagem

- É verdade. – disse voltando a olhá-lo. – Não sei o que fazer e você?

Ele pareceu pensar um pouco até que algo brilhou em seus olhos.

- Nós podíamos fazer algo bastante prazeroso para o dois e acho que nem perceberíamos o tempo passar. – disse ele se virando completamente para mim, colocando uma perna de cada lado do banco.

- E o que seria isso? – perguntei me afastando um pouco.

Ele não disse nada só se aproximou mais ficando quase colado comigo.

- Acredito que você possa gostar mais do eu. – sussurrou me pegando pela cintura.

- O que você está fazendo? – perguntei logo, acho que não agüentaria mais ficar tão perto dele assim, isso estava mexendo com o meu psicológico.

- Eu só quero te dizer o que deveríamos fazer.

- Mas porque você tem que está tão perto assim?

- Ora Bella, só relaxe.

Eu respirei fundo, virei meu rosto para o piano e fechei os olhos esperado ele me dizer.

Edward se aproximou mais ainda encostando seu peitoral no meu braço e chegou até meu ouvido.

- Por favor, quer me dizer isso logo e sair de perto de mim? – pedi mais uma vez e ele só fez rir, me deixando arrepiada, tenho que confessar.

- Bella? – perguntou sussurrando.

- Sim! – tinha aberto os meus olhos, mas não tive coragem de olhá-lo, deveria está roxa já.

- Você pode me ajudar?

- Não. – disse antes de pensar.

- Por quê? – ele nunca parava de sussurrar.

- Porque não.

- E se eu pedisse com carinho? – ele me apertou mais.

- Pra que você iria querer a minha ajuda? – perguntei me virando pra ele de supetão deixando os nossos rostos muito pertos.

- Eu preciso compor uma música. – disse olhando-me nos olhos.

- Pra quê? – minha mãe sempre disse que eu sou muito curiosa.

- Isso não importa agora. – afagou o meu rosto e eu senti minhas bochechas ficarem quente.

- E porque eu? Você pode muito bem pagar para algum compositor famoso para ele fazer. – disse afastando levemente sua mão, aquilo estava me deixando confusa.

- Eu não quero nenhum compositor, eu quero você. Eu sei o quanto você é boa no que faz e tenho certeza de que só você vai saber como fazê-la. – disse pegando o meu rosto entre suas mãos.

- Me desculpe. – tirei suas mãos de mim e me levantei. – Mas não posso aceitar fazê-la com você.

- Mas por quê? – ele também tinha se levantado.

- Edward olha para nós, essa música nunca iria funcionar. Não nos damos bem nem normalmente muito menos se tentarmos compor essa música juntos, entende? – expliquei.

- Entendo, mesmo se for para a Esme? – ele disse sorrindo.

Oh, aquilo era golpe baixo.

Esme, a mãe de Edward, sempre foi muito especial para mim e sempre a considerei como uma segunda mãe. Ela sempre me ajudou.

- Agora isso foi golpe baixo! – disse cruzando os meus braços. – Acho que você sabe que eu faria qualquer coisa para agradá-la.

- Sim, eu sei! – disse ele rindo. – E é por isso que eu estou te pedindo.

- Mas porque você não faz só?

- Porque eu não consigo, já tentei, mas nada sai. – disse ele entediado. – Agora, vai me ajudar ou não? Acho que podemos terminá-la em uma semana ou menos, vai depender. Por favor?

Parei um pouco para pensar e ter que aturá-lo por mais tempo não estava me agradando, mas por outro lado ver a cara da Esme quando ele tocar para ela será gratificante.

- Certo! – disse depois de um tempo.

- Certo o quê?

- Eu aceito te ajudar. – aceitei por fim.

- Serio? – me perguntou surpreso e eu só confirmei com a cabeça. – Obrigado Bella, não sei o que faria sem você. – ele me abraçou forte, muito forte.

- Edward... Ar. – falei sem fôlego.

- Desculpe. – ele riu me soltando.

- Certo, mas se você ficar me enchendo o saco ou me irritar muito eu paro de ajudá-lo viu?

- Claro! Vou virar o seu melhor amigo nesse tempo.

- Não exagera, vamos dizer: colegas de trabalho.

- Como quiser. – ele sorriu.

- Que tal começar amanhã? – perguntei.

- E porque não hoje?

- Porque não tenho a mínima idéia de como começar. Já tinha vindo aqui para compor outra música e não consegui. – expliquei a ele.

- Ok, amanhã depois da aula?

- Sim.

Então ficamos em silencio.

- Bom como ainda faltam três horas para o guarda invadir o colégio, o que devemos fazer? – perguntou brincalhão.

- Não sei. – disse me virando para ele quando me bateu uma dúvida. – Edward, se era só para compor uma música para Esme porque você fez toda aquela encenação? – perguntei.

Ele corou um pouco e riu.

- Por que eu pensava que você não iria aceitar a minha proposta, então eu teria que partir para o meu poder de sedução para te fazer aceitar. – ele sorriu enquanto eu gargalhava.

- E você pensou que com seus truquezinhos ia me fazer aceitar? – eu ainda gargalhava o que dificultou minha fala.

- Sim, mas parece que eles não funcionam com todas. – disse ele mais para se mesmo.

- Pois é! Edward Cullen, nem todas estão a sua disposição. – disse devagar.

- Verdade.

- Então vamos fazer o que agora? – perguntei de novo.

- Vamos tocar algo pra ver se passar o tempo?

- Pode ser, mas o que?

- Não sei. Você tem alguma coisa aí? – perguntou enquanto andava em direção ao piano novamente.

- Vamos ver. – Andei em direção onde estavam minhas partituras e peguei qualquer uma e vi que eu a tinha quase pronta no meu ipod.

Fui até onde estava ele e coloquei a faixa da música para tocar.

- Você sabe cantar Keep Holding On da Avril Lavigne? – perguntei enquanto andava de volta para o piano.

- Sim. Você tem aí? – respondeu.

- Sim, eu estava tentando aprender a tocar essa música no violão um dia desses.

- Coloca para tocar aí. – pediu.

E fiz o que ele pediu.

A música tinha começado quando eu cheguei ao centro do palco com Edward ao meu lado.

Música: Glee - Keep Holding On. (/watch?v=S1_LnzUFjQc&feature=related )

You're not alone

Together we stand

I'll be by your side

You know I'll take your hand

When it gets cold

And it feels like the end

There's no place to go

You know I won't give in

No, I won't give in

Keep holding on

Cause you know we'll make it through,

We'll make it through

Just stay strong

Cause you know I'm here for you,

I'm here for you

There's nothing you can say

Nothing you can do

There's no other way when it comes to the true

So keep holding on

Cause you know we'll make it through,

We'll make it through

So far away

I wish you were here

Before it's too late

This could all disappear

Before the doors close

And it comes to an end

With you by my side

I will fight and defend

I'll fight and defend

(Yeah, yeah)

Keep holding on

Cause you know we'll make it through,

We'll make it through

Just stay strong

Cause you know I'm here for you,

I'm here for you

There's nothing you can say

Nothing you can do

There's no other way when it comes to the true

So keep holding on

Cause you know we'll make it through,

We'll make it through

Hear me when I say,

When I say I believe

Nothing's gonna change

Nothing's gonna change,

Destiny

Whatever is meant to be

We'll work out perfectly

(Yeah, yeah, yeah, yeh-ah)

(La ra ra ra ra)

Keep holding on

Cause you know we'll make it through,

We'll make it through

Just stay strong

Cause you know I'm here for you,

I'm here for you

There's nothing you can say (nothing you can say)

Nothing you can do (nothing you can do)

There's no other way when it comes to the true

So keep holding on

Cause you know we'll make it through,

We'll make it through

(ah ah ah)

(Keep holding on)

(ah ah ah)

(Keep holding on)

There's nothing you can say (nothing you can say)

Nothing you can do (nothing you can do)

There's no other way when it comes to the true

So keep holding on (keep holding on)

Cause you know we'll make it through,

We'll make it through

Enquanto cantávamos ficávamos nos olhando o que era meio fora do comum. Eu acabei ficando incomodada com a intensidade do olhar dele e virei meu rosto para o outro lado.

Andei até o começo do palco só que acabei parando quando senti sua mão pegou a minha deixando uma corrente elétrica passar pelo meu corpo.

Ele me fez dar algumas voltas e depois me parava, como numa valsa.

Tinha horas que ele parava para ficar me olhando e depois me rodava pelo palco. Eu estava até gostando de cantar com ele.

Já no final da música ele me girou só para depois me parar perto de seu corpo.

Durante a música me senti verdadeiramente feliz, não sei como explicar, mas parecia certo eu ficar assim tão perto dele.

Deixei todos esses pensamentos e me afastei um pouco dele abaixando a minha cabeça.

- Fizemos um bom trabalho. – disse a ele.

- Com certeza! – disse ele. – Acho que vamos conseguir fazer uma boa música se não brigarmos. – ele terminou olhando para o outro lado enquanto falava.

Eu estava meio sem graça pelo o que houve aqui e só fiz sorrir um sorriso amarelo.

.

Depois que cantei com Edward não tive muita coragem para olhá-lo nos olhos e me pareceu que ele também, pois não se manifestou depois da música.

Fiquei só tocando algumas músicas clássicas para ver se passava o tempo.

Aquilo estava chato!

- Então... – comecei para acabar com aquele silencio chato – como você imagina ficar a música para sua mãe?

- Anh? – ele pareceu sair de um pensamento. – Ah! Não sei, algo que fale sobre o amor dos meus pai. – ele coçou a cabeça, confuso.

- Sobre o relacionamento dos dois é legal. – disse me voltando a ele. – Vou pensar em algo que podemos trabalhar, certo? – sorri gentilmente.

- Certo, eu confio em você. – ele me pegou de surpresa... Mais uma vez.

Sorri envergonhada. Não sabia o porquê dele está sendo tão amigável comigo, mas não tinha o que reclamar também, essa outra face de Edward estava me encantando cada vez mais.

- Quanto tempo ainda falta? – perguntei mais uma vez. Estava cansada de ficar ali e com fome.

- Uhmm... – ele olhou no relógio. – Duas horas e meia. – ele me respondeu voltando a se deitar no palco.

- Eu estou com fome, será que tem alguma coisa para se comer aqui? – me levantei do piano e fui em direção a saído do palco.

- Acho que sim, porque não vemos na cantina? – nem tinha percebido quando ele tinha chegado ao meu lado.

- Que susto garoto! – bati em seu braço.

- O que foi? – ele se fez de confuso, mas deu para ver que estava era doido para rir da minha cara.

- Você aparece assim do nada ao meu lado, quer me matar? – andei à saída do auditório.

- Que isso, você que não presta atenção. – riu enquanto eu dava língua a ele.

.

Chegamos a cozinha do colégio depois de muita batalha, pois tinha alguns corredores que estavam escuros e vamos dizer que eu e o escuro não nos dávamos muito bem.

- Eu não acredito que Isabella Swan, a grande artista, tem medo do escuro. – Edward gargalhava depois que eu quase subi em seu colo quando chegamos a um dos corredores escuros.

- Não é nada disso. – tentei arranjar uma desculpa. – É que sou muito desajeitada e sempre caio nos lugares, ainda mais quando se está escuro. – fechei a cara para ele.

Ele riu ainda mais.

- Está bem, vou fingir que acredito. – ele não parava de rir.

- Porque pensa que estou mentindo? – perguntei emburrada ainda.

- Nunca te disseram que era uma péssima mentirosa? – tinha se acalmado mais quando perguntou.

- Sim, sua irmã vive me falando isso. – respondi. – Mas não é motivo para você ficar se acabando de rir como agora. – disse feito uma menina birrenta de cinco anos.

- Ouns... – ele apertou a minha bochecha. – Então ta minha pequena criança, não vou mais rir dos seus medos, mesmo quando se é algo tão bobo.

Eu dei língua a ele e andei mais rápido saindo de perto dele.

- Chato. – falei alto. Ele só riu.

Chegamos à cozinha e ela também estava escura fazendo-me parar na porta e esperar por Edward.

- O que foi? – ele me perguntou.

- Nada... é só que... – não completei, mas ele deve ter entendido porque deu um sorrisinho.

- Está tudo bem, Bella. – ele se virou para mim. – Vamos pegar algo para comer.

- Você nunca assistiu a aqueles filmes em que o assassino mata a pessoa dentro da cozinha escura? Eu não vou entrar aí. – dei um passo para trás.

- Deixa de besteira, aquilo são só filmes. Não tem ninguém aqui tirando nós.

- Não, não, vá você.

- Certo então, fique aqui onde é mais fácil do assassino aparecer. – ele foi entrando pela porta.

Não gostava muito de ficar sozinha em lugares escuros, como agora, então não pensei duas vezes em segui-lo.

- Não Edward me espera. – falei entrando na cozinha.

Ele não estava muito longe então corri até o lado dele.

- Perdeu o medo? – perguntou-me divertido.

- Não sei, só não quero ficar sozinha. – falei olhando para todos os lados checando.

- Não precisa ter medo. Bella, eu vou está aqui com você. – ele pegou em minha mão e eu virei imediatamente a minha cabeça para a sua direção. – Segure a minha mão e você não irá ficar sozinha.

Eu estava surpresa pelas palavras dele e só consegui assentir.

.

Nós tínhamos procurado por comida em toda parte e não encontramos quase nada, só algumas frutas. Estava cansada e com medo.

- Não tem nada aqui, vamos embora. – pedi mais uma vez.

- Não, agora quem está com fome sou eu. – ele disse me arrastando para perto de um freezer.

- Vamos, por favor. – implorei.

- Espera, nem olhamos aqui. – ele soltou a minha mão para abrir a porta do freezer. – Achamos o ouro.

- Sério?

- Sim.

- Ainda bem, estou faminta, o que tem aqui? – perguntei.

- Vejamos, tem comida congelada, mas dá para colocar no microondas daqui, tem sorvete, bolo, pudim e mais um monte de coisa. - ele foi logo atacando o bolo de chocolate.

Eu peguei um pacotinho de um sanduíche congelado e um pedaço de pudim e saí daquela geladeira.

Comemos em silêncio por alguns minutos, mas depois conversamos sobre várias coisas e descobri mais qualidades para botar na nova face de Edward Cullen.

Terminamos de comer, mas ainda ficamos ali conversando até que um barulho se fez na cozinha me deixando apavorada.

Corri para o lado dele.

- Vamos embora. – gemi baixinho puxando-o dali.

- Não, pode ser o guarda. – ele me disse baixinho.

- Será? Então vamos logo, tenho que chegar em casa ainda. – pedi.

- Vamos. – ele concordou.

Pegou em minha mão de novo, e eu até estava gostando daquele contato. Seguimos para onde o barulho vinha.

Mas a última coisa que eu esperava ver, aconteceu. Não era o guarda fuçando a comida da escola, mas sim, o Diretor se agarrando com a professora Carmem, a Juninho Play da escola. Eu não agüentei por muito tempo e comecei a rir.

Edward que não era bobo nem nada já estava gravando tudo com o seu celular a cena mais bizarra que eu já vi.

Acho que fizemos algum barulho, pois os dois pararam imediatamente de se beijarem.

- Quem está aí? – o Diretor perguntou.

Nenhum de nós respondeu. Eu por ainda está me segurando para não rir alto e Edward por está filmando.

O Diretor foi até perto da porta e ligou todas as luzes da cozinha me fazendo fechar os olhos pela claridade.

- Sr. Cullen? O Que faz aqui? – o Diretor perguntou irado. – Srta. Swan?

Edward guardou o celular rapidamente dentro do bolso para que não gerasse mais confusão, mas não respondeu nada.

- Sr. Diretor, nós acabamos ficando presos aqui dentro do colégio então estávamos esperando alguém para nos tirar daqui. – expliquei rapidamente.

- Isso, foi isso que aconteceu Sr. Diretor. – Edward concordou.

- Hum, então vamos, vou tirá-los daqui. E professora Carmem depois terminaremos o nosso trabalho. – disse o Diretor meio constrangido.

Saímos da cozinha e eu e Edward fomos em direção ao auditório para pegar nossas coisas.

O Diretor abriu as portas do colégio para nós então saímos para o estacionamento.

- Enfim liberdade. – falou Edward me fazendo rir.

- Aleluia. – disse.

Segui até onde estava a minha caminhonete.

- Bella? – ele me chamou.

- Sim? – me virei para ele.

- Estamos combinados?

- Lógico. – sorri. – Depois da aula, amanhã começaremos.

- Ótimo. – ele sorriu torto. – Tchau Bella.

- Tchau Edward.

Subi na minha caminhonete e segui para casa devagar, hoje não estava com presa para nada.

Estranho. Será que eu estava me tornando amiga de Edward Cullen? Só esperando para ver.

Cheguei em casa e Charlie ainda não tinha chegado, ainda bem por que eu não ia querer explicar para ele por chegar só agora.

Entrei no meu quarto e liguei o meu computador, tinha que ver os e-mails da minha mãe, mas algo me fez parar lá.

Um e-mail de Edward Cullen. Como ele conseguiu meu e-mail? E eu só conseguia pensar em uma pessoa: Alice.

Abri o e-mail dele e me deparei com um link de um vídeo. Cliquei fazendo ir para outra pagina do Youtube. O vídeo começou a rolar.

No vídeo eu vim um quarto branco com azul, tinha um pôster dos Rolling Stones na parede e um violão em cima da cama.

Então uma pessoa entrou em foco e eu vi que era Edward no vídeo.

Só tinha uma palavra que podia me descrever agora: Abobalhada.

- Essa música é uma das minhas preferidas e resolvi tocar para vocês aí. – ele disse enquanto pegava no violão.

Logo após dizer isso Edward começou a tocar a música.

Música: The Red Jumpsuit Apparatus - Angels Cry (/watch?v=3NjwU3xWE-c&feature=related )

Well it's hard to explain but I'll try if you let me

Well its hard to sustain

I'll cry if you let me

This doesn't change the way I feel about you or your place in my life

(please don't cry)

Can't you see I'm dying here?

A shot of broken heart that is chased with fear

Angels cry when stars collide

I can't eat and I can't breathe

I wouldn't want it any other way

Intentions that were pure have turned obscure

Seconds into hours

Minutes into years

Don't ask me why

(please don't cry)

I cant tell you lies

Angels cry when stars collide

I can't eat and I can't breathe

I wouldn't want it any other way.

My heart burns through

My chest to the floor

Tearing me silently although abruptly

Words cant hide as I'm taking you home

And I tried to see

Tried to understand your words as I'm taking you home

Angels cry when stars collide

I can't eat and I can't breathe

I wouldn't want it any other way

A música tinha acabado, mas eu ainda continuava olhando para o monitor do meu computador sem saber o que fazer.

Eu estava em choque! Mas não em choque de um jeito ruim, e sim, um choque tipo: "Ai Meu Deus!".

Porque ele tinha me mandado aquele vídeo? Porque do nada ele ficou tão gentil comigo? Porque ele me protegeu do escuro naquela hora?

Vários “por quês” estavam entrando em minha mente e eu não sabia a resposta para nenhum. Frustrante!

Saí da página do Youtube e voltei para o e-mail dele e embaixo do link só tinha uma frase.

"Porque não quero te decepcionar!". – Então todos os porquês em minha cabeça foram respondidos.


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Notas finais do capítulo

Oii,
Primeiro capítulo de PPM.Yaaayy!!
Já tinha postado essa fic aqui no Nyah, mas por alguns motivos eu não pude continuar postando então acabei excluindo a fic. Só que agora estou de volta e para ficar.
Quem já conhece a fanfic manda um review? Queria saber se os meus leitores continuam por aqui. hahaha..
Aos leitores novos: Espero que gostem da minha fanfic. Espero também pelos comentários. Assim irá me fazer postar mais rápido! Just saying. ;)
Beijos,
Ary Lima.



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