POV. Colette

Acordei sobresaltada com o choro de meu irmãozinho Frank. Oito da manhã, por um instante fiquei com medo de estar atrasada para a faculdade,mas então a ficha caiu: Sábado! Bom, é melhor, certo? Me levantei, esfregando os olhos,cambaleando em direção ao banheiro. Sabe um ninho de ratos? Pois é, ele deve estar mais bonito que o meu cabelo no momento. Minha irmã mais velha Francine falava que meu cabelo de manhã parecia um corvo depenado... ate hoje eu não sei se ela fala isso pela cor ou pelo estado mesmo... inveja! Lavei meu rosto e coloquei minha roupa (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=44690998&.locale=pt-br) Cheguei a cozinha e tomei café da manhã, quando terminei de tomar o ultimo gole do meu Toddy,a campainha tocou:

– Collete,atende para mim! - minha mãe gritou

Quem será que é? pensei ironica é claro que era ela! Abri a porta e meu pensamento se confirmou.

– Booom dia pessoa inteligente! - disse Niki entrando sem convite na minha casa. Bem, considerando que ela morava no apartamento ao lado do meu,e a sua familia digamos...não é das melhores tenho sorte da "lora" não dormir aqui todo dia. - Bom dia Sra. Frances! - gritou ela para minha mãe, que estava em outro comodo cuidando de Frank.

– Bom dia Niki,chegou tarde hoje! - rimos

– Oi lora...- disse finalmente fechando a porta.

Ela afastou as coisa da mesa da cozinha e jogou, alias aremesou dois cadernos universitarios nela.

– Deixe adivinhar, quer cola, Nicolas? - perguntei ironica,usando uma brincadeira muito antiga nossa, a uns dois anos nós fizemos uma lista de nomes masculinos passados para o feminino e feminino passado para o masculino e os nossos nomes foram os primeiro da lista!

Niki fez cara de cachorrinho que caiu do caminhão de mudança e com aqueles olhos azuis brilhantes, eu não resisti. Ela estava vestindo um modelito tipico Niki, blusa de manga comprida, short, pulseiras e uma gargantilha de rosquinha. Entre todas as minhas melhores amigas ela é a mais... digamos "cheinha", ela não liga,nem nós! Mais normalmente meninos ligam ,e ela fica chateada... Ela chegou a se cortar na 4 serie, por culpa deles. Eu e Pauline a encontramos chorando no banheiro feminino no final da aula e nós meio que a adotamos.

Centenas de exercicios teoricos depois. Minha companheira avoada comentou.

– Quem diria que a faculdade de música seria tão complicada.

Assenti. Nós tinhamos ganhado é bolsa parcial na Faculdade de Artes de Nova York, mas o sonho de vir morar em Londres foi mais forte. Então entramos na Faculdade de Artes De Londres, todas nós: eu, Niki, Pauline, Francesca, e Grew. Mas,esse sementre é sobre teoria da Musica e História da musica, Grew diz que o pior pesadelo dela se realizou porque essas aulas parecem de historia e matematica juntas.

Olhei pro relogio já eram 10 horas.

– Não estamos atrasadas?- Niki se expriguiçou antes de me olhar com cara de quem não entendeu - digo...não tinhamos ensaio da banda hoje?

Ela riu alto.

– Ensaio? - perguntou - Banda? Tem certeza Colly?

–Ok então, - tentei falar com minha melhor cara de dignidade - nós não tinhamos combinado de se encontrar no parque com as nossas outras amigas para cantar?

– Acho que sim - respondeu finalmente ela, então pegou o celular e passou uma mesagem de texto para elas .- Sim - respondeu Niki depois de ler a resposta de Pauline.- Todas já estão lá no boliche do Martin,e a Melly está lá de penetra!

O boliche do Martin é nosso jeito carinhoso de chamar o Boliche'center,e o dono, Martin, ele é meio que nosso padrinho ou pelo menos ele nós deu força para tentar formar uma banda, porque nós sempre iamos lá e ficavamos cantando. Então ele montou um palco para nós e sempre cantamos lá no sábado, depois do almoço até fechar. Nosso pagamento normalmente é com comida, por isso Niki AMA cantar lá.E Melly é nossa "empresária", ou melhor ela é filha de Martin, sempre deu apoio para nós também.

–Vamos? - perguntei.

– Podemos fazer um lanche antes? - perguntou-me a eterna esfomeada.

–Não! - exclamei, puxando-a pela manga da camisa e arrastando-a comigo até a porta.- Tchau mãe! Já estamos indo pro boliche! - gritei para minha mãe. Quando ouvi sua resposta, fechei a porta. Mal colocamos o pé para fora do apartamento e uma bola de pelos pulou no meu pé.

–Boby! - exclamou Niki, se livrando se mim, e segurando o seu vira-lata preto e branco, com as duas mãos - Como saiu do apartamento?

– Ele é mágico! - conclui ,fazendo carinho em nosso "mascote".

– Posso levar ele pro boliche! Por Favooor? - pediu Niki,quase pulando de alegria.

– Acho que as meninas não vão reclamar,- respondi,e Niki começou a fazer sua dançinha da alegria,acabei um pouco com a alegria dela quando terminei a frase - é claro que sempre existe a possibilidade de Martin jogar ele para fora...

Começei a descer as escadas antes dela, não queria que ela me visse o pequeno sorriso que queria escapar do canto de minha boca.

O boliche não era muito longe de nosso predio.Todas nós moramos no mesmo bairro,e para chegar no boliche nós sempre pegamos a rua da casa de Pauline,e como imaginei ela estava lá sentada na varanda nós esperando.

Com seus cabelos pretos, presos por um rabo de cavalo,seus olhos verdes com rimel e seu tão odiado óculos de grau. Ela precisava deles apenas para ler, nós tinhamos sugerido que ela parasse de ler...Impossivel! Ela estava com seu coturno,com um moletom cinza bordado e um short jeans rasgado. Boby,foi o primeiro a comprimenta-la, pegou numa velocidade e começou a latir, Line levantou os olhos do livro e nós viu, tirou os fones correndo, pausou a musica,e estendeu os braços no momento em que Boby pulou em seu colo.

Eu e Niki demoramos mais um minuto para chegar,e nesse meio tempo Pauline, a ninja, já tinha colocado na bolsa o seu livro, seu fone e seu ipod. Segurava o violão de Niki com uma das mãos e na outra o, nada leve, teclado de Grew, como a casa dela fica mas proxima do boliche nós deixavamos os estrumentos lá. Peguei o violão e a bolsa tiracolo com as partituras de Grew, e Niki segurou Boby no colo, porque agora que estamos literamente no centro era meio perigoso ele ficar solto. Aliviada do peso do violão e da bolsa, Pauline começou a tagarelar, e Niki também ,além, é claro, do ocasional latido de Boby...

Já disse que amo minhas amigas? Sério isso não pode mudar nunca!

Chegando ao boliche, Francesca e Grew já tinham pegado nossa mesa de costume perto do palco e longe do ponto de visão da porta. As duas estavão fazendo alguma idiotice como sempre...

Niki foi ao balcão falar com Martin, sobre Boby provavelmente, mas antes de sentarmos eu e Pauline fomos dar uma olhada no movimento do boliche. Nada fora do normal pelo que eu tinha observado, mas Line me cutucou e apontou para a ultima pista, onde cinco meninos tinham acabado de entrar e eles estavam de gorros e casacos grandes e grossos, como se não quisessem serem reconhecidos. Bom, os casacos eles tiraram assim que chegaram a pista e pudemos olhar com mas clareza,os cinco tinham aparentemente a mesma idade que nós ,18 e 19 anos,eram relativamente altos.Um loirinho não aguentou e tirou o gorro, um de olhos castanhos ralhou com ele, e ele rapidamente colocou o gorro de volta.

Mas nossa observasam foi interrompida por Melly nos chamando para voltar a mesa e conversar, eu e Pauline nos entreolhamos e só de ver seu olhar se entendi o que ela quiz dizer: Gente estranha! Dei de ombros, já que eu não podia negar.

Mas os cinco meninos logo foram varridos de minha memória principalmente depois que eu vi que Grew e Francesca, já estavam na 4 latinha de enérgitico! Bébadas ,outra vez,o show não vai sair! Mesmo eu não sendo a mas velha, sou a mais responsavel, então, lá vou eu dar um de babá,de novo!