Dul: Vai dizer que agora deu pra sondar?(revirou os olhos, procurando regularizar sua respiração, que parecia ter saído fora do controle)

Ucker: Pensei que quisesse conversar comigo?Não era  por isso que estava me procurando?(indagou em um tom suave)

Dul: Mas eu não lhe dei o direito de ouvir minhas conversas atrás da porta(debateu, agradecendo mentalmente por ter em mãos uma arma que facilmente faria Christopher esquecer daquela “declaração”acima: a implicância)

Ucker: E com quem vc estava conversando, hein?! Que eu saiba vc tá sozinha(sorriu vitorioso olhando a extensão do quarto)

Dul: Christopher será que é possível vc sair do meu quarto?(indagou observando sua mão trêmula)

Ucker; Já sei(ignorando completamente o pedido da “irmã”) Minha mãe(sorriu vitorioso) Ela sempre faz isso quando quer descobrir alguma coisa de alguém, sabia?(cruzou os braços em frente a mesma) E sempre dá certo. Quando tinha sete anos, levei suspensão de dois dias por fraturar a perna de uma garoto da minha sala, e com muito custo convenci a diretora a não contar pra minha mãe, e como ele descobriu, e meu deixou dois meses de castigo?!(arqueou uma das sobrancelhas) Com essa “terapia da verdade”(Sorriu felicitado)

Dul: Christopher eu já disse pra sair do meu quarto.(engoliu a seco, desconfiando perfeitamente onde Christopher queria chegar)

Ucker: Só depois de vc repetir aquelas palavras que vc acabou por confessar a mim.(se aproximou da mesma, a fazendo se acolchoar na fria parede)

Dul: Vc deve estar com algum problema de audição ou algo parecido, pois eu não disse absolutamente nada.(procurou olhar fixamente para o carpete, que agora era seu único refugio)

Ucker: É tão difícil admitir, isso?(indagou se esquivando a altura da mesma)

Dul: Eu não tenho de admitir nada(persistiu)

Ucker: ( puxou levemente o rosto da ruiva para que pudesse fita-lo) Eu não acredito em seus argumentos(confessou)

Os olhos. Óh sim! Os olhos castanhos de Christopher  indo de encontro aos de Dulce era algo realmente mágico, e como consequência, já se podia notar os transtornos que causavam.

Dul: (mordeu seus lábios inferiores, se controlando para não lhe beijar) Acredite em que vc quiser(inspirou o máximo de ar que pode e o expirou lentamente fechando gradualmente os olhos) Christopher sera que tem como vc se distanciar de m..(foi interrompida)

Ucker: Dulce,(se calou por alguns segundos controlando sua paciência) Eu ouvi o que vc disse, e para de me tratar como se eu fosse um verdadeiro otario. E eu sei o que faço e falo, e pode não parecer , mas eu tenho sentimentos.

Aquelas palavras soavam em um tom diferente nos tímpanos de Dulce, em tom sincero que embora captados, foram ignorados pela ruiva.

Dul: Sentimentos dos quais vc os bipolarizam a todo o momento. Agora vc me quer, e na próxima oportunidade que tiver de me zombar não perde tempo algum.

Ucker: Foi assim que eu aprendi a gostar de vc.

Dul: E vc gosta de mim?(indagou interessada)

Ucker: Respondo sua pergunta, quando vc responder a minha(decretou em meio a um sussurro) O que vc disse é verdade?

Dulce o olhou fixamente, não queria admitir, não queria aceitar tal fato, mas era mais forte do que a mesma, o sentimento era novo, o que instigava a ruiva a se aventurar aquele caminho incerto.

Dul: É(fechou os olhos) Mas eu preferia que não fosse(admitiu)

Ucker: E por que não?(buscava não deixar que o sorriso aflorasse seus lábios por saber o real sentimento de Dulce perante ao mesmo)

Dul: Nossas personalidades só sabem bater de frente, nossos mundos apenas nos ofuscam um perante ao outro. Não quero sofrer por alguém que desconheço.(fechou os olhos umedecendo o com a língua seus lábios)Satisfeito?!(o olhou constrangida) Já sabe o que eu realmente sinto por vc, agora será que dá pra sair do meu quarto?

Ucker: Não(abriu o imenso sorriso perfeito aos lábios) Acho que posso me acostumar a lhe tratar um pouco menos mal(gesticulou com a mão) Mas só um pouco(sorriu divertido apoiando seu mão a parede)

Nada tinha a perder com um beijo, nada tinha relutar contra isso, foi então que o “retardado convencido” selou Dulce em beijo, calmo, lento e com talvez, sentimentos esclarecimentos ,um perante ao outro, era estrondosamente grande a dificuldade que a ruiva tinha para expor o amor a alguém, já que a única pessoa que fora merecedora daquele sentimento, lhe abandonou, e isso lhe receava, a rejeição..

Ucker: Acho que também posso me acostumar com esse novo sentimento, que aflora dentro de mim, néh?!(Sorriu lhe dando um selinho)

Dul: Como? (franziu o cenho confusa com tal comentário)

Ucker: o Amor , oras. Ou vc acha que é capaz de amar sozinha?(Sorriu divertido)

Dul: Isso quer dizer que?(pode jurar sentir seu coração bater na garganta)

Ucker: Qual seria a frase perfeita pra vc me dizer neste momento?(indagou sem graça)

Christopher embora tomasse a primeira atitude quando o assunto era “relacionamento amoroso” , seria improvável que admitisse qualquer sentimento, sem antes ouvi-lo proliferar ao seu retorno . E sim, queria ouvir loucamente de Dulce a famosa frase” Eu te amo”.

A ruiva olhou pro carpete, cogitando a possibilidade de sair de supetão do quarto e guardar mais uma vez aquele sentimento para si, desviou o olhar do carpete e abaixou totalmente a cabeça, e voltando a mirar Christopher em questão de segundos.

Dul: Se rir de mim, considere-se um homem morte ok?!(sorriu de canto) Eu te amo, satisfeito?

Ucker: Eu também de amo, minha “adotada”(sorriu lhe tomando em beijo, novamente calmo)