POV Daniel

            Era ele. A criatura mais desprezível do mundo. Demetrius.

            - O que você quer aqui. – eu disse um pouco nervoso.

            - Nada de mais. Eu estive te vigiando esses dias. E percebi uma coisa.

            - Que coisa. – eu disse, já imaginando o que ele ia dizer.

            - Você está apaixonando, não é. Por uma tal de... de... Julie. É esse o nome dela.

            - Não sei do que você está falando. Eu... – meu nervosismo me trai. O Demetrius, claro, percebeu.

            - Eu sabia.

            Eu vejo tudo escuro. Quando dou pro mim, estou em um quarto escuro. O Demetrius me olhava.

            - Eu te trouxe aqui para lhe dar um recado. Não quero saber de você apaixonado por essa garota. Se eu ficar sabendo de algum envolvimento entre você e essa Julie, não só você como ela vão sofrer as consequencias.

            - Você que ouse encostar um dedo que seja na Julie. Eu acabo com a sua raça. – Grito.

            - Muita coragem sua falar alto comigo, senhor Daniel. Acha que tenho medo de você. Você é que devia ter medo de mim. Ouça bem. Não me desafie. Ou você e sua Julie pagaram muito caro por isso, por sua insolência.

            - Eu a amo sim. Eu assumo. Por isso, eu vou fazer o que for preciso para protegê-la. Proteger de você, seu desgraçado.

            - Haha, veremos até onde vai a sua coragem.

            Volto onde estava. Corro para a edícula e encontro meus dois amigos lá.

            - Que cara é essa? O que aconteceu? – Félix disse.

            - Eu acabo de ver o Demetrius.

            - E o que ele queria?

            - Me ameaçar.

            - Por quê?

            - Por causa da Ju... – paro de falar.

            - Da Julie. – Félix disse e riu. – Eu sabia que você era apaixonado por ela. Você nunca escondeu isso de ninguém. Pelo menos não de mim.

            - Eu não estou apaixonado por ela e... – paro e ele me encara. – e... ééé... tá tão na cara assim?

            - Está escrito bem grande na sua testa. JULIE.

            - Você devia dizer a ela o que você sente. – Martim disse.

            - Eu nunca diria nada. Ela nunca vai me amar.