Os Três Amores Da Minha Vida escrita por Azzula


Capítulo 13
Frango, Palhaços e um Beijo? (Narrado Por Onew)


Notas iniciais do capítulo

SORRY SORRY SORRY SORRY ♪ Gente, desculpa por demorar com essa capítulo. Fui atingida pelo mal da falta de imaginação e sofri até ter criatividade pra escrever essa capítulo. Quero me desculpar de coração com vocês (: Essa semana vai ser um pouco embaçada, mas vou fazer de tudo pra postar um por dia. *--*
SURPRESINHA NESSE CAP :*



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Estava sim me sentindo um péssimo amigo. Quer dizer, Ana havia sofrido um acidente horrível e eu nem sequer estava ao seu lado.

Iria fazer uma visita a ela.

Enquanto saia do carro, pude ver alguém saindo da casa, levando o lixo pra fora. Era Kiseop.

_ Ya.. Kiseop! – chamei por ele alegremente.

_ Onew?! – ele parecia surpreso. – O que faz aqui? – ele colocou suas mãos em sua cintura enquanto eu trancava o carro.

_ Eu vim ver a... – antes que terminasse de dizer, ele disse.

_ Ana está quase de saída. – deu as costas, afastando-se de mim.

Ele não parecia ter um bom humor. Na verdade, ele raramente parecia estar de bom humor.

_ Você não vai entrar? – ele perguntou pra mim perto da porta.

Apenas apressei-me para entrar.

O Hanok dos Lee’s era realmente bonito e amplo. Kiseop tinha sorte por poder morar com seus pais.

_ Eu vou chamar por Ana! – ele seguiu caminho até o corredor.

Antes que ele chegasse ao quarto dela, ela abriu a porta, dirigindo-se a saída imediatamente.

_ Ana o... – ele tentou dizer.

_ Agora não dá! Ele me deu uma segunda chance e eu não... – ela paralisou ao me ver. – ONEW! – veio em minha direção com um sorriso gigante.

Surpreendi-me em vê-la com os cabelos curtos. Logo me enfureci. Tinha certeza que ela havia cortado por conta da agressão. Ainda não conseguia acreditar em como tal coisa poderia ter acontecido com ela... Mas de todo modo, ela estava linda com o cabelo curto, combinava com seu rosto fino.

_ E o meu abraço? – abri os braços para aconchegá-la.

Ela veio imediatamente em minha direção, abraçando-me, enquanto Kiseop revirava os olhos.

_ Ya! Por acaso seu namorado sabe que você fica recebendo visitas de homens? – Kiseop perguntou a Ana, rabugento.

_ Cuida da sua vida Kiseop... – Ana disse, ignorando sua chatice e encarando-me. – O que trás você aqui? – ela sorria com os olhos.

_ Eu vim ver você! – olhei em seus olhos, preocupado. – Eu soube do... – hesitei. – Ana eu...

_ Eu já estou bem! – ela interrompeu sorrindo. – Mas estou atrasada! Tenho uma entrevista de emprego agora! – ela dirigia-se apressada à porta.

_ Onde é?

_ Lá no Rammen’s Cia, perto da escola sabe?

_ Eu levo você! – arrastei-a pelo braço, ignorando Kiseop que estava ao lado do sofá com as mãos no bolso.

Entramos no carro e eu liguei o radio. Olhei seu rosto cuidadosamente, tentando saber no que ela pensava, mas pela primeira vez, ela não deixara transparecer.

_ No que está pensando? – perguntei corroendo-me de curiosidade.

_ Em nada. – ela encarou-me.

_ Ah, então é por isso... – segui caminho em direção ao Rammen’s Cia.

_ Por isso o que? – ela colocava o cinto, encarando-me curiosa.

_ É que eu não pude decifrar nada olhando pro seu rosto, e você sempre deixa todos os seus pensamentos transparecerem em sua expressão... – mantinha-me concentrado na direção.

_ Porque todo mundo me diz isso? Quer dizer... – ela parecia indignada. – É realmente assim que eu faço? – ela levantou uma sobrancelha, intimidando-me.

_ Sim Dona Ana, é assim que você faz! É impossível não saber o que pensa. Por exemplo... – encarei seu rosto. – Agora você está envergonhada por não conseguir esconder seus pensamentos!

_ AISH... Não foi isso! – ela mentiu.

_ E agora, você está tentando mentir pra mim!

Ela gargalhou baixo, de um modo encantador.

Ana, acho que nunca havia parado pra pensar no que ela significava pra mim. Na verdade, sinto que ela poderia realmente ser uma pessoa para me apaixonar. Claro que aquilo estava fora de cogitação, mas se eu não fosse apaixonado por outra mulher, gostaria de me apaixonar por alguém como ela. Ela é divertida, engraçada, sincera, amiga e desastrada como eu. Seu sorriso é encantador e seus olhos não mentem. Sem contar nos seus atrativos femininos. Quer dizer... eu não sou cego, e posso ver quando uma mulher tem boas... Qualidades físicas, ou sei lá;

_ Então... – estava me corroendo por essa pergunta. – Quer dizer que você está namorando? – encerei seu rosto em busca de respostas. – Com quem, posso saber? Quando ia me dizer? – brinquei.

_ Ah... Estou. Na verdade, foi uma coisa que aconteceu naturalmente, e tão rápido que eu não pensei sobre como as coisas foram tomando esse rumo. Mas eu estou sim namorando. – ela encarou o espelho.

_ E quem é? – levantei uma sobrancelha.

_ Ah... sério que vou ter que dizer? – ela estava envergonhada. Apenas esperei que ela respondesse. – JunHyung. – ela corou.

_ S-sério? – não consegui esconder minha surpresa. – Com o JunHyung do Beast? – queria ter certeza.

_ Sim. – ela estava confusa com minha reação.

Não sei porque, mas aquilo havia me surpreendido de uma forma desagradável. Quer dizer, JunHyung é um cara legal, mas não sei porque, me incomodei imaginando-os juntos.

_ E você gosta dele? – queria saber.

_ Sim. – ela sorriu, provavelmente pensando nele. – Cada vez mais! – admitiu por fim.

_ Ele é uma boa pessoa... Mas trate de não se esquecer dos amigos! – cutuquei seu braço.

_ Ya! Não vou! Sabe que não sou esse tipo!

Chegamos ao restaurante. Era um lugar simples por fora.

_ É aqui? – perguntei.

_ Aham! – ela disse com entusiasmo. – Por fora assim, você não da nada pro lugar, mas por dentro é realmente ótimo! Toca muita Indie Music e tem muitos adolescentes também. Me vejo trabalhando aqui! – ela dizia olhando o letreiro do restaurante, com os olhos brilhando.

_ Ok, quer que eu entre com você?

_ Não precisa... Na verdade, eu fiz a entrevista antes do acidente, e não pude vir, então estou aqui só pra pegar meu uniforme e umas documentações necessárias.

_ Então eu vou esperar você aqui! – disse encostando-me no carro.

_ Ah... – ela hesitou. – Ok. Volto em um minuto.

Analisei Ana enquanto ela andava em direção ao restaurante. Ela realmente tinha belas curvas, mas não gostava de pensar nela daquela forma. Ana era uma ótima amiga, e apenas isso. Um tipo de amizade que me impedia de vê-la como homem, caso contrário, estragaria tudo. Mas era difícil ignorar seus encantos. Senti uma ligeira inveja de JunHyung. Sendo sincero comigo mesmo, estava com uma ponta de ciúmes.

Decidi ligar pra Key enquanto esperava por ela.

_ Ya, Onew! – ele parecia enrolado.

_ Ta tudo bem por ai? – confuso.

_ Aham, ta sim! É só o Taemin me dando trabalho como sempre! – ele respirou fundo do outro lado da linha.

_ O que esta fazendo ai? – não agüentei de curiosidade.

_ Absolutamente nada! Eu e Taemin estávamos montando aquele quebra-cabeça de 5 mil peças, mas ele deu conta de perder um monte de peças em baixo do sofá e agora não consigo montar... E você?

_ Estou esperando Ana. – sorri, mesmo ele não podendo ver.

_ Que Ana?

_ A Ana, da escola... Se lembra?

_ AAAH! AISH... ONEW! – ele repreendeu-me por algum motivo.

_ Que foi!?

_ A Ana, namorada do JunHyung!? – ele perguntou sabendo a resposta.

_ Sim, ela mesmo. – não entendi seu chilique. – Como sabe que eles são namorados?

_ Meu querido, o que eu não sei sobre o que acontece naquela escola?!

_ Tem razão, mas sério, como soube? – não entendia.

_ Saiu no blog da escola. Na verdade, alguém filmou e postou... – ele explicou.

_ Ele fez em público?

_ Sim! Subiu em cima da mesa e tudo meu filho... – Key adorava esse tipo de coisa.

_ Hm... legal.

_ Ai aconteceu uma coisa estranha no fim do vídeo... – ele parecia pensativo.

_ Que coisa?

_ Na hora que os dois iam se beijar, super bonitinho, aquele menino que mora com ela, o Kiseop do UKISS, jogou a bandeja de comida no chão... E antes de ir embora, beijou uma menina lá que ninguém sabe de onde apareceu a criatura... e pelo que parecia, nem ela imaginou que seria beijada por ele, porque só faltou desmaiar depois... – continuou. – A gente precisa sair dessa escola... vai que essa loucura é contagiosa?! – ele riu.

_ O Kiseop simplesmente beijou a menina, sem mais nem menos? – estava confuso.

_ É menino que parte você não entendeu? –Key era irritantemente impaciente as vezes. – Na hora do beijo ele fez mó bafão jogando as coisas no chão, ai saiu irritadinho e beijou a menina... Quando você chegar aqui eu te mostro!

_ Não, eu vou ver daqui. – estava curioso pra ver. – Vou desligar, vejo o vídeo e depois eu te ligo de volta... ou não.

Desliguei.

Acessando o blog da escola, fui direto no vídeo, assistindo atencioso.

Foi legal o que o JunHyung fez. Algum dia gostaria de fazer algo do tipo pra Park Min. É o tipo de coisa romântica que eu sei que ela adoraria.

Chegando na parte do Kiseop, não pude entender muito bem. Foi uma atitude muito repentina, muito impulsiva. Aquilo me deixou com mil e um pontos de interrogação na cabeça.

Ainda pensava sobre isso quando vi Ana saindo do restaurante.

_ Demorei? – ela sorria indo em minha direção.

_ Não, nem um pouco! O que é isso? – me referi a um pacote em suas mãos.

_ É meu uniforme novo! – ela tirou-o do pacote, colocando-o em frente ao seu corpo. – Bonitinho né? – sorriu.

_ Sei lá... – tive uma idéia. – Tem fome? Quer ir comer? O que você acha de frango?

_ Por mim tudo bem! – ela riu.

Fomos até o restaurante mais perto em busca de frango. Meu estomago ansiava por ele, e minha boca enchia-se de água só de pensar naquele gosto maravilhoso...

_ Ana, preciso te perguntar uma coisa... – estava cauteloso. Perguntei enquanto entravamos.

_ O que? – ela desviou a atenção do garçom pra prestar atenção em mim.

_ Como é a sua relação com o Kiseop? – perguntei finalmente.

_ Ãh... Assim do nada? – ela pareceu confusa com a pergunta repentina.

_ É... quero saber...

_ Bem, é estranha... As vezes ele é completamente irritante, egoísta, estúpido... Mas à vezes – ela parecia pensativa enquanto nos sentávamos. – Em que ele é uma pessoa totalmente diferente... Se mostra preocupado, prestativo e carinhoso... – sua expressão era confusa. – Por quê?

_ Não é nada... – tentei guardar meus pensamentos para mim.

_ Nada disso... pode me falar! Eu sei que esta pensando em alguma coisa... – ela intimidou-me com o olhar.

_ Não é nada! É só especulação... Não quero colocar caraminholas na sua cabeça, logo agora que esta feliz com seu namorado. – arrependi-me por ter especulado.

_ Onew... diz agora! – ela apontava os talheres em minha direção, ameaçando-me de maneira engraçada.

_ Aish... como você é em criança... – continuei. – Eu tenho uma leve desconfiança... Aish, não sei se devo dizer...

_ Apenas diga... – ela aproximou-se.

_ Eu acho que Kiseop é apaixonado por você! – disse rápido, de uma maneira que ela não entendeu.

_ O que? Onew! Fala direito! – ela sorriu.

_ Aish... Esqueça isso, por favor. – implorei. – Já até me arrependi de dizer!

_ Ok, se não quer dizer, não diga. – ela fez bico.

_ Ai que bonitinha... – me referia ao seu biquinho. – Come um franguinho! – empurrei um pedaço em sua direção. Quando ela foi comê-lo, eu o mordi.

_ Sem graça! – ela riu.

_ Delicioso! – estava satisfeito com o sabor. – Eu amo frango frito!

_ Não diga... – ela encarou-me irônica, mordendo um pedaço. – Não vai mesmo me dizer no que pensava? – insistiu.

_ Desista!

Comemos o frango. Estava com saudade de Ana, de modo que conversamos sobre mil e um assuntos diferentes e riamos por qualquer coisa. Era bom estar com uma amiga.

_ Da ultima vez, eu contei a você sobre Park Min, então agora é a sua vez de contar sobre o seu namorado! – queria que ela confiasse à mim esses assuntos.

_ O que quer saber? – ela brincava com o copo.

_ Como você se sente com ele? – curioso.

_ A, não sei... Sunbae, é estranho falar disso com você! – ela encarou-me envergonhada.

_ Não precisa se envergonhar. Eu sou seu amigo, vou ajudar você em tudo que precisar... – tranqüilizei-a.

_ Sabe Onew, eu nunca havia sentido isso antes... Quer dizer, ele é meu primeiro namorado... – admitiu acanhada. – Roubou meu primeiro beijo e com ele, eu sinto coisas que eu nunca imaginei que fossem possíveis de sentir... – ela estava com os pensamentos na lua.

_ Você realmente o ama? – quis ter certeza.

_ Não sei se isso é amor... Como eu disse, tudo aconteceu de maneira muito rápida, de modo que não tive tempo de processar meus sentimentos. Mas eu amo tê-lo por perto. Sinto me segura com ele, e sempre foi assim, como se nada pudesse me atingir. – ela encarou finalmente em meus olhos, confusa.

_ Entendi... – pensava em outra coisa.

Terminamos de comer e eu fiquei passeando pelas ruas da cidade como carro, enquanto conversávamos sobre muitas coisas.

_ Sabe, daqui duas semanas, teremos o baile da escola... Você por acaso vai? – levantei uma sobrancelha.

_ Sério? Eu não sabia disso... – olhou pra frente. – Acho que eu vou, OMO! Preciso ver um vestido né? – ela encarou-me surpresa.

_ Não sei... Na verdade, eu nem sei se vou...

_ Porque? – indignou-se.

_ Brincadeira... vou sim! – ajeitei meu cabelo para trás.

Parei com o carro em uma pequena praça onde alguns palhaços faziam pequenas apresentações.

_ Quando criança, morria de medo de palhaços - ela confessou-me um tanto receosa.

_ Não se preocupe, eles não vão pegar você! – brinquei. – Eu protejo você! – cutuquei seu ombro enquanto caminhávamos em direção a um banquinho.

Ana pareceu preocupada ao se sentar, com uma expressão indescritível.

_ O que tem? – não suportava a curiosidade.

_ Não sei bem, foi um sentimento ruim que veio repentinamente. – ela encarou o chão.

Encostei-me no banco, abrindo meus braços no encosto. Ela surpreendeu-me encostando-se em meu ombro, com a cabeça baixa.

_ Se por acaso JunHyung nos visse aqui, ficaria furioso certo? – alertei-a.

_ Não sei. Ele deveria confiar em mim e entender que agora, eu o vejo como um amigo e nada mais. – ela disse baixo.

_ Como assim agora? Então quer dizer que antes... – nossos olhos se arregalaram e ela desencostou-se de mim rapidamente, encarando o chão, envergonhada.

OMO! Então era verdade? Quer dizer, ela realmente gostava de mim naquela época, e eu fui tão idiota a ponto de não perceber... Ana havia sofrido na escola apenas por ter gostado de mim? Senti-me um idiota!

Abracei-a sem saber o que dizer, surpreendendo-a.

_ Obrigado por ter tido olhos pra mim algum dia. – foi tudo o que pude dizer, enquanto ela permaneceu ali, sentada e paralisada.

Ela finalmente retribuiu meu abraço, pousando uma de suas mãos perto de meu ouvido, completamente desajeitada.

_ Porque nunca me disse? – estava processando a noticia ainda.

_ Como eu iria dizer isso? Não é o tipo de coisa que se diz facilmente como um “bom dia” – ela fez aspas com as mãos.

_ Mas eu...

_ Você o que? Por acaso deixaria de gostar de Park Min só porque eu tinha olhos apenas pra você? – ela disse debochada.

Aquilo me doeu de certa forma. Amar cegamente uma mulher, não estava me deixando enxergar a pessoa incrível que estava ao meu lado e que me amava. Senti-me um burro por ter feito Ana sofrer.

Analisei seu rosto calado e envergonhado enquanto ela apreciava de longe o malabarismo dos palhaços. Ela era realmente linda, o que fazia com que eu me odiasse mais ainda. Como eu não havia percebido meu Deus?

Ela sorriu alegremente a cada truque realizado pelos palhaços, e eu estava me sentindo estranho. Na verdade, eu sabia que tipo de sentimento era aquele.

Tirei gentilmente sua franja da frente de seus olhos, para que eu pudesse vê-los sorrindo junto com sua boca, e ela encarou-me surpresa. Reparei que estávamos perto demais, de modo que senti-me um pouco nervoso por tê-la tão perto de mim, mas fui contra todas as vozes em minha cabeça que diziam que aquilo era errado, e me aproximei mais.

Eu encarava discretamente seus lábios delicados enquanto ela permanecia sem entender, um pouco paralisada por minhas atitudes repentinas.

Sem conseguir me conter, pousei uma de minhas mãos em seu rosto pequeno, e aproximei-me cada vez mais enquanto ela ameaçava recuar e dizer alguma coisa. Antes que perdesse essa oportunidade, tomado por um impulso, finalmente encostei meus lábios nos dela, gentilmente, causando uma explosão de felicidade no meu coração.

Ela permaneceu de olhos abertos, na verdade arregalados, enquanto eu a puxava pelo pescoço, querendo explorar mais sua boca.

Ana surpreendeu-me afastando-me de seu corpo. Estávamos próximos de mais e ela estava envergonhada.

O gelo momentâneo foi quebrado quando um palhaço aproximou-se trazendo consigo uma rosa em mãos. Ele entregou-a a Ana, que sorriu ainda mais envergonhada, enquanto eu tentava controlar meus batimentos cardíacos.

O palhaço se foi mudo, deixando o clima estranho retornar.

_ Aish... me desculpe. – disse aterrando minha cabeça em minhas mãos. Na verdade, eu não sentia tanto por ter feito aquilo.

_ Onew... – ela hesitou. – Por favor, não entenda mal mais... – ela encarava o chão.

_ Não se preocupe! Eu não sei o que deu em mim... Sei que não gosta mais de mim, e que agora tem um namorado... AISH... Não sei mesmo onde estava com a cabeça, por favor, me perdoe! – fui um tanto falso.

_ Esta tudo bem! – ela encarou-me compreensiva.

Levantei-me puxando-a pelo braço. Ela estava um pouco tensa, mas eu não faria nada de mal a ela. Nada que a desrespeitasse ou que desrespeitasse a JunHyung.

_ Esta tudo bem, só vou levá-la de volta. – expliquei soltando sua mão.

Ela acompanhou-me em direção ao carro calada, e a sensação de tocar seus lábios repetia-se dentro de mim.

Como eu havia sido descarado... Ri sozinho.

_ Agora não vai mais conversar comigo? – perguntei debochado.

_ Só estou pensativa. – ela disse baixo.

_ Não se preocupe. Não farei isso novamente, de modo que pode continuar confiando em mim como seu melhor amigo. Isso foi a penas um descontrole. – respondi as perguntas escritas em sua face.

Ela encarou-me incrédula, mas era realmente possível enxergar o que ela pensava apenas por olhar em seu rosto.

Permaneceu calada o caminho todo, as vezes cantava a música no radio. Finalmente me senti culpado. Se ela nunca mais voltasse a confiar em mim como amigo, me odiaria. Eu deveria ter controlado meus sentimentos, mas estava feliz por ter feito aquilo. Eu não estava apaixonado por ela, mas ela era tão encantadora que beija-la naquele momento, foi algo irresistível. Ainda mais sabendo que ela gostava de mim a algum tempo atrás.

Senti como se ela fosse a única mulher capaz de me curar do amor que sentia por Park Min, e que tanto me fazia sofrer as vezes.

Ana, ao contrário de Min, havia me visto como um homem, e aquilo me tentou de certo modo.

Mas agora, ela era de JunHyung, e estava certo de que Kiseop também a amava, mas não diria isso a ela. Guardaria comigo esse segredo. Não confundiria ainda mais seus sentimentos, deixaria que ela percebesse na hora certa.

_ Por favor, converse comigo! – estava aflito por seu silêncio.

Ela apenas riu, torturando-me.

_ Eu não perdi você não é? – ela perguntou confundindo-me.

_ Como assim? – suas palavras não haviam sido claras.

_ Você ainda é meu amigo certo? Posso confiar em você quando quiser um refugio diferente, ou apenas rir o dia inteiro, não é? – ela encarou-me com ternura.

_ Pode! Prometo que não farei mais nada de estranho. – prometi incerto de que poderia cumprir.

Ela apenas sorriu.

Era um lindo fim de tarde e eu parei com o carro em uma colina perto de sua casa, para que pudéssemos nos despedir do sol. Ela estava encantada, e seu rosto sendo iluminado pelo sol alaranjado fazia com que fosse ainda mais bonita. Senti certo aceleramento em meu coração novamente, mas me controlei.

Deixei-a em casa já anoitecendo e ela despediu-se de mim com um abraço caloroso, como se já tivesse esquecido o ocorrido de mais cedo, ou talvez ela realmente tivesse apagado aquilo dentro de si.

Mas eu não esqueceria jamais. Com certeza dormiria pensando naquilo, pedindo para que algum dia, ela voltasse a ter olhos pra mim para que eu finalmente pudesse ser feliz com alguém.

Apenas observei sua figura afastando-se de mim e entrando na casa.

“Chiao Ana, por favor, me perdoe por qualquer coisa que eu venha a fazer.”



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Notas finais do capítulo

E ai, vão me matar? KKKKK algumas coisas precisam esquentar. Minha cabeça ta fervendo com mil ideias (: Talvez não aguente e poste o próximo cap hoje mesmo... talvez...