True Blood - Crônicas De Brooksvield escrita por Maluh


Capítulo 5
Capítulo 5 - Baile de Inverno


Notas iniciais do capítulo

Feliz 2013 a todos, e vamos ler né, hehe'.
OBS: Desculpa pela longa demora.



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Capítulo 5 – Baile de Inverno


- Se vocês olharem com atenção ao quadro de avisos vão ver que há diferentes tipos de atividades extracurriculares para o baile anual de inverno, do comitê de organização à corte do rei e da rainha. Todos os formandos são obrigados a se inscreverem em alguma dessas atividades. Os príncipes e princesas já foram indicados e a votação já está disponível no site da escola.

Eu estava na quadra da escola, junto com todos os outros formandos ouvindo a diretora falando besteiras sobre o Baile de Inverno desse ano, que ocorrería dalí há duas semanas. Eu, novamente, me inscreveria para o comitê de organização, ou até mesmo no bufê, ainda iria decidir.

Finalmente nos liberaram daquela falação e pudemos ir para as nossas devidas aulas. Malenca tagarelava sem falar na votação para rei e rainha, mas eu pouco me importei em escutar, apenas fui para a aula de História e me sentei no fundo para poder ignorar a aula e pensar na noite de hoje.

Antes de toda a besteira na quadra da escola eu havia recebido um envelope por correio naquela manha, era um recado do Eric dizendo que logo quando escurecesse ele iria me visitar, e eu estava nervosa pelo que aconteceria, afinal minha mãe estava viajando, tudo poderia acontecer.





Acabando o horário de aula apenas me despedi da Malenca e corri para casa tentar me destrair. Ainda eram três horas da tarde, e o tédio estava tomando conta de mim. Olhei no celular e não havia ninguém que eu quizesse ver, a não ser o Eric. Ouvi batidas na porta, e mesmo sabendo que não podia ser o ele eu corri ansiosa.

- Oi Hunter – eu disse.

- Desculpa aparecer sem avisar, mas eu fiquei sem celular e só passei para lhe devolver isso – ele falou e me mostrou um anel. – Eu estava limpando o carro ontem e deduzi que isso era seu.

- Na verdade é – eu falei. – Eu nem havia notado que perdi, mas é meu sim, obrigada.

- Bom, apena cumpri o meu dever – ele falou e riu.

- E como você sabe que é meu? Não podia ser de alguma outra garota que entrou no seu carro? – perguntei.

- Você foi a única mulher que entrou no meu carro nessas últimas semanas – ele falou. – E mesmo se alguma outra tivesse entrado, eu saberia que é seu. Nenhuma outra mulher usaria um anel simples como esse.

- Vou considerar isso um elogio – eu falei rindo.

- E faz certo – ele falou.

- Entra, estou sendo muito mal educada por não lhe convidar.

- Não precisa, eu já tenho que ir, vou ter que procurar um emprego novo.

- Como assim? O Eric te demitiu?

- É o mínimo que ele fez, não é. Eu beijei você, e você é dele, se eu fosse um vampiro isso teria me levado à morte, mas como sou um lobisomem o Eric não seria burro ao ponto de me matar, minha alcateia odeia ele.

- Ele não deveria ter feito isso, e eu não sou dele, seja lá o que isso significa – afirmei brava. – Não procure emprego nenhum, eu falarei com ele e você terá o seu emprego de volta.

- Não é necessário, Norah.

- Sim, é. Eu estou me sentindo mal por isso – eu disse. – Logo depois de falar com ele eu te ligo e aviso no que deu.

- Obrigado Norah, obrigado mesmo.

- É o minimo que eu posso fazer, você mesmo já me ajudou muito.

- Se você não estivesse se envolvendo com o Eric…

Ele não terminou a fala e apenas se afastou, entrou no carro e saiu em desparada, provavelmente para casa. Fechei a porta e observei o anel que eu havia ganhado do meu pai aos sete anos, e que eu quase perdi.

Fui para a sala assistir TV e esperar o tempo passar, mas acabei pegando no sono.

Acordei com batidas frequentes na porta, e logo depois ouvi a campanhia tocar. Era o Eric. Eu havia dormido esperando pelo Eric e não havia nem ao menos me arrumado para encontrar ele, mas agora eu não podia mais fazer nada, ele já estava esperando por mim na porta.

Corri ajeitando o meu cabelo e gritando que eu já estava indo atender. Quando abri a porta tomei um susto.

- PAI – eu gritei e me joguei nos brações dele. – O que o senhor está fazendo aqui? Não deveria estar indo para a Europa encontrar com a sua noiva? Pensei que só chegaria semana que vem.

- Mudança de planos – ele falou e me abraçou novamente. – Senti tanto a sua falta filha, a África não é nada sem você.

- Quando eu me formar em medicina, eu e você iremos rodar o mundo juntos – eu disse e o puxei para dentro de casa. – Mas o que aconteceu com a Olivia? Vai visitá-la depois?

- Na verdade eu ia conversar com você sobre isso, e já que você tocou no assunto…

- Você correu para Las Vegas e se casou de novo? Papai, isso não pode acontecer de novo, a minha mãe é um bom exemplo de que isso não dá certo, tente ser mais responsável.

- Não, não, tenha calma. Aconteceu completamente o oposto, eu e a Olivia terminamos.

- Mas por quê? – perguntei confusa. – Vocês pareciam tão apaixonados.

- Sim, até eu descobrir que ela também estava apaixonada por um espanhol filho de uma puta.

- Olha o linguajar papai – falei rindo. – Vai ficar aqui quanto tempo?

- Estava pensando em morar aqui na cidade por um tempo, só até decidir o que fazer. Recebi uma oferta de emprego na clínica cardíaca da cidade.

- Interessante, eu adoraria que o senhor morasse aqui.

Continuamos conversando e mais tarde, já de noite, pude ver na janela o Eric me observando bravo, obviamente meu pai estava acabando com todos os nossos planos, e o pior era que meu pai ia dormir lá na casa comigo, estragando os planos ainda mais. Já de madrugada, quando meu pai estava dormindo, fui acordada pelo Eric que apenas me beijou e me puxou para perto dele.

- Que susto – eu falei quando o beijo havia parado. – Não havia uma forma mais delicada de me acordar?

- Delicadesa não é comigo, prefiro acordar as mulheres com um beijo. Não há forma melhor.

- Certo, sei – falei e me sentei. – Desculpe pelo meu pai, eu não tinha a menor ideia de que ele apareceria.

Eric permaneceu calado, então decidi falar sobre o Hunter.

- Por que você demitiu o Hunter?

- Não está claro? Ele passou dos limites com você.

- Acho que eu devo decidir se ele passou ou não dos limites. E involver o trabalho dele comigo não tem nada a ver.

- Ele a beijou. Como esperava que eu reagisse?

- Não sei, discutindo com ele, dando alguma advertência, ou até mesmo agradeçendo por ele ter me salvado, mas não o demitindo.

- Fiz o que acho certo.

- Acho que você deveria recontratá-lo. Ele me salvou e salvou você dos policiais naquela noite, ele foi muito brilhante na história do encontro.

- Ele só inventou essa história porque ele a quer, não vê isso?

- Sim, talvez ele me quisesse também, mas diferente de você ele é muito mais maduro e sensível com relação a isso.

Eric me encarou sem falar nada, e logo depois se levantou e saiu do quarto.

Fui dormir chorando de raiva naquela noite.





Chegando à escola dei de cara com a Malenca e o Lucio me esperando. Desci do carro e fui até eles.

- Bom dia pessoal – eu falei.

- Precisamos te contar algo, não sabemos como isso foi acontecer, mas acho que você deveria saber pela gente – falou a Malenca.

- O que aconteceu? – perguntei e entrei no prédio da escola. – Por favor, não me diga que você está grávida.

- Não, ela não está – falou o Lucio. – Não está certo?

- Claro que não – falou Malenca e revirou os olhos. – Norah, quero que saiba que…

Malenca foi interrompida pelo autofalante da escola, onde a chata voz da diretora falava.

- Irei anunciar a corte desse ano para o baile de inverno. Os príncipes e princesas anunciados estarão concorrendo a rei ou rainha, respectivamente, e estarão recebendo suas coroas iniciais pelos funcionários da escola. Agora os príncipes desse ano. Victor Vaugh, Salt Fishburn e Lucio Dalli.

Dei os devidos aplausos ao Lucio e ri quando ele colocou a ridícula coroa e começou a acenar como uma princesa.

- Agora as princesas desse ano…

- Então Malenca, já se candidatou para alguma atividade? Estou pensando em comitê de bufê. E você? – falei.

- Norah Fitzgerald – falou a diretora.

- O QUE? – perguntei e vi o Sr. Dough vindo em minha direção para colocar a coroa na minha cabeça.

- Parabéns senhorita Fitzgerald, com certeza tem o meu voto para rainha – falou ele e se retirou.

Que diabo estava acontecendo? EU era uma das princesas da corte? Nunca, eu não havia me candidatado, como eu estava concorrendo se eu já estava pronta para colocar o meu nome na lista dos cozinheiros?

- Sei que está chateada – falou Malenca. – Eu tentei te avisar mais cedo, mas você não me ouviu.

- Foi você – eu disse. – Como pôde fazer isso Malenca? Você sabe que eu acho ridículas essas eleições fajutas e odeio qualquer relação com o baile da escola.

- Claro que não fui eu. Apenas vi o seu nome na lista de candidatas e tentei te contar ontem, mas você não me atendeu.

- Claro que foi você. Quem mais seria? – perguntei. – Se quer mesmo se envolver nesse tipo de coisa, ou tem medo de que a rainha vai agarrar o Lucio quando ele for eleito, você deveria ter colocado o seu nome na lista, e não o meu.

- Mas não fui eu – reclamou ela.

- E eu não acredito – tirei a estúpida coroa da minha cabeça, joguei no armário e saí bufando para a aula.






_____ X _____

Sei que demorei, mas aqui está. Não sei quando irei postar o próximo capítulo, MAS como estou de férias, prometo não demorar muito.

Bom, haverá a adição de um personagem novo (e não é o pai da Norah), o nome dele foi citado nesse episódio. E aí, quem será?? O que ele fará? O que ele é?? Tantas perguntas né, mas se acalmem, quando ele realmente aparecer terá um capítulo todinho sobre ele.


OBS: Quer saber o que acontece no próximo capítulo? Apenas uma ideia do que pode acontecer? Avisa aqui nos comentários que mandarei uma MP super especial para quem estiver se matando de curiosidade.

Beijoooos!


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