Olhos De Sangue escrita por Monique Góes


Capítulo 19
Capítulo 18 - Divergências


Notas iniciais do capítulo

Capítulos passando para semanalmente!
Aviso básico: Fic adiantada: 28° capítulo em produção! O fim de Olhos de Sangue já está aparecendo no horizonte!
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Morte! Depressão! *Death the Kid*
Cahan *se recompõe* mas não se entristeçam! Olhos de Sangue terá continuação, que já tem até nome -----> Meia Alma. O por que desse título? Leia até o final, quando chegar lá descobrirás =D
Agradeço aos reviews recebidos e à recomendação dada pela Maka! Obrigada!



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Eu, Hideo e Denis encaramos aquilo. Raban piscou por um momento, como se tivesse confuso e então deu um sorriso fechado, mas claramente aliviado. Ele então se abaixou – mas ainda continuou mais alto que ela - e disse num tom claramente paternal:

- Ora... Eu não esperava que você estivesse aqui, Raquel. – pousou a mão na cabeça dela. – O que você está fazendo aqui?

Hã?! – Hideo exclamou em minha cabeça, me assustando.

Estou entendendo tanto quanto você. – respondi a ele, ainda desacostumado com o nosso novo meio de comunicação. – Mas se ela o conhece, pode explicar o porquê de ela não ter medo de híbridos.

Logo após disso, Larry apareceu correndo claramente o mais rápido que podia, e freou sua corrida de forma tão brusca que teria caído se Denis não tivesse o segurado.

- Ah, o-obrigado! – exclamou e então se voltou para mim. – Você está bem?! E a Lua e o Lorien?!

- Eu estou bem, graças a esses dois. Quer dizer, estou vivo. – falei, e então respirei fundo antes de falar. – Lorien e Lua acabaram morrendo, não pude fazer nada.

- Ah... – ele disse e então baixou o olhar. – Não parece ter sido... Fácil...

- Não foi, com certeza. – falei, tentando ignorar o fato que Hideo ficava encarando Raquel e Raban abraçados e ficava me passando a imagem mental, mesmo que não estivesse vendo, então quase não conseguia manter a atenção em Larry. Por favor, pode parar? Mal consigo prestar atenção em mim mesmo.

Foi mal. Está com ciúmes?

Não, mas você me distrai.

Terminei de fechar meus ferimentos, já que todos os humanos – sem ser Raquel – haviam deixado o local, portanto, não fez mal a ninguém que veria. Quando dei por mim, a Aura de Raban havia sumido e quando olhei para o lado, ele não estava mais lá. Ela me olhou e sorriu e então me abraçou.

- Eu fiquei com medo que você morresse. – confessou.

- Sabe, eu também. – falei enquanto retribuía o abraço.

Own, que fofo. Hideo riu em minha mente.

Hideo fique quieto, por favor.

Sim senhor.

Rolei os olhos e Raquel me olhou com curiosidade, mas apenas balancei a cabeça, e reparei que Denis estava olhando para qualquer lugar, menos para mim e Raquel, com uma expressão de pedra, como se estivesse se recusando a pensar em algo, estava inclusive tenso. Estranhei aquilo, mas a voz de Hideo veio novamente em minha mente:

Eu sei por que ele está assim, mas depois te explico.

Ahn?

Decidi apenas esperar que Hideo me explicasse depois, mas antes, iríamos sair da cidade. Novamente, a recepcionista ficou amedrontada comigo quando fui pegar as coisas de Raquel, mais ainda por minhas roupas rasgadas e ensanguentas, mas apenas subi e peguei as sacolas. Paguei-a quando voltei, e fomos embora rapidamente de lá, Hideo, Raquel e eu. Denis já havia ido embora e Larry também, o que me surpreendera. Quando entravamos na floresta, perguntei mentalmente para Hideo:

Hideo, por que Denis estava daquele jeito quando Raquel me abraçou?

Provavelmente porque o fez lembrar que é irmão mais velho de Nina.

Hã?! – exclamei. Denis e Nina eram irmãos?! Eu nunca soubera disso e também nunca vira ambos juntos. – Ele te contou?

Não, foi Nina que me contou. – respondeu. – Nunca achou estranho ele e Nina serem tão parecidos?

Na verdade, eu nunca me liguei que eles são parecidos. – confessei. – Mas... Hã, Alec sabe disso?

Não, só eu e agora você, mas o que me deixa irritado é que Denis ou ignora a existência dela ou quando por algum motivo ela vai falar com ele, não me pergunte por que, a rejeitar de um jeito que acaba levando-a as lágrimas.

Como assim? Denis é uma das pessoas que eu conheço que mais se preocupa com os outros. – comentei. – Rejeitar a própria irmã não me parece ser o feitio dele...

Olha, eu também não acreditaria se não tivesse visto isso com os meus próprios olhos. – suspirou meio incomodado com a conversa muda e então se lembrou de quando vira a cena, que acabou preenchendo minha mente. Denis estava gritando com Nina por algum motivo, que estava claramente se segurando para não chorar a frente dele. Reparei só então que eles eram parecidos, o mesmo nariz, o formato dos olhos, e o formato do rosto. – Ele não fala com ela há seis anos, pelo que eu fiz ela contar.

Você a fez contar? Você é insensível?!

Eu não sou, mas acabei vendo tudo, sem que os dois percebessem, e depois fui atrás de Nina quando ela saiu correndo. Ela sem querer fez com que o outro irmão deles cometesse suicídio, e Denis faz isso com ela por causa disso.

Eles tinham outro irmão?!

Outro irmão ou era um tio quase da idade do Denis, não me lembro, mas tenho quase certeza que era irmão. Disse hesitante. – Quando eles estavam no prédio da Ordem esperando para fazer a cirurgia, logo depois que o Denis entrou, ele disse que não queria se tornar um híbrido, então ela só disse algo como “Só conseguiremos sair daqui mortos ou como híbridos”, e então ele se jogou da janela. Você lembra da altura, não é?

Lembro sim. – um arrepio passou-se por minha espinha ao pensar em se jogar do último andar do prédio de experiências da Ordem. Era uma mistura de coragem e loucura, então o garoto fora bastante corajoso por isso. – Deixe adivinhar, Nina contou isto para Denis, até suas palavras, e ele colocou a culpa nela.

Bom, foi isso. E quando ela tenta falar com ele, ele a rejeita. Suspirou. – Se me lembro bem, quando o Alec começou a se aproximar dela, ela vivia sozinha, não falava com ninguém, não é?

Era isso mesmo, se me lembro bem, aí ele estranhou e foi falar com ela, mas acho bom pararmos de nos preocuparmos com a vida dos outros, porque a nossa já está suficientemente complicada para ficarmos metendo o nariz na vida dos outros.

Ah... Isso eu tenho que concordar.

Paramos numa clareira e pus as coisas no chão, então pensei no que vira antes, quanto Raquel e Raban. Então ela era a Raquel da carta, e provavelmente era aquele bebê desenhado na carta. Raban era bom desenhista.

Ele disse que passava um algum tempo na casa de Ebenézer, que com certeza era o pai dela, então deve ser meio difícil se ter o medo usual por híbridos quando um aparece de vez em quando em sua casa.

A máscara de indiferença de Raban fora quebrada quando a vira, assim como eu havia me apegado a ela, ele era apegado a ela. Mas... Por que eu me sentia incomodado?

Yudai, acorde para a verdade.

Hã?

Você está tendo ciúmes por uma menina de dez anos.

Hideo, você está vendo coisas que...

Você ficou incomodado com Raban, é ciúmes.

Hideo, provavelmente ele é a única pessoa viva que ela conhece desde pequena, então é normal que eles sejam...

Isso está me deixando preocupado, fala sério! Se ela já fosse maior, até eu diria, mas ela é uma criança!

Hideo, eu não estou com ciúmes! – a insistência dele estava começando a me deixar irritado.

Cuidado, isso pode ser o começo de tendências pedófilas.

Hideo, ela tem dez anos e eu quinze, você realmente acha que eu vou me apaixonar por ela agora?!

Você tem muito contato com ela, pode acontecer sem que você perceba. Disse num tom divertido, sua intenção era realmente me irritar. Trazia um sorriso em seu rosto enquanto andávamos – E quem disse em se apaixonar? Tsc, Yudai, você praticamente se entregou agora.

Foi você que começou a falar de tendências pedófilas, cala a boca! – praticamente gritei mentalmente e trinquei os dentes. – Hideo, não estou com clima para suas brincadeiras. Eu fui torturado, metade do meu time morreu, fracassei na missão, Despertei e agora não posso sequer ter paz porque você achou um jeito de me importunar integralmente! Eu não posso sequer me preocupar com uma menina de dez anos mais!

Quase como se escutasse meu mau humor, um trovão ribombou no céu, e estava tão absolvido na conversa que nem percebera já estava escuro. Raquel pegou em minha mão, pois não conseguia enxergar na escuridão. Suas mãos estavam geladas e tremiam bastante, e só então vi que a cada vez que respirava, a fumaça gelada aparecia. Provavelmente não percebera a queda da temperatura, pois para meu corpo permanecia a mesma. Rodeei seus ombros com o braço e trouxe-a mais para perto de mim, para mantê-la ao menos mais aquecida. Não iria dar meu casaco a ela porque ele não estava no melhor estado do mundo.

Yudai, por todos os deuses que existem, você nega tudo o que você diz com seus atos.

Hideo!

Começou a chover.

Ficamos parados por quase meio minuto enquanto um dilúvio começava a desabar sobre nós, até que realizássemos que precisávamos encontrar um local seco, uma caverna, uma casa abandonada, qualquer coisa. Mesmo que o tempo em que permanecemos parados tenha sido pouco, foi o suficiente para que ficássemos encharcados, molhados até os ossos pela chuva forte. Bufei e carreguei Raquel para que corrêssemos, mas ao menos dessa vez, Hideo não disse nada. Foi quando avistamos algo como uma catedral abandonada.

Pisquei, ela não era nenhum pouco feita nos padrões Darneliyanos, mas acima de suas portas estava uma estátua de Hakpisa, o deus supremo da religião Darneliyana. Era a estátua de um homem musculoso – provavelmente alto – que usava uma túnica abotoada com sobre o ombro esquerdo e em sua cintura, um cinto com uma bainha de espada, que estava empunhada em sua mão direita. Em sua cabeça havia uma coroa pontiaguda e os cabelos foram talhados como sendo curtos e ondulados, mas sobre as laterais do telhado da igreja haviam gárgulas, nas paredes, vitrais, e ela era possuía até uma torre com sino. Parecia uma igreja cristã.

Entramos nela e nos deparamos com um chão de madeira rachado e quebrado, que mostrava a terra que já crescia grama, e vários bancos de madeira que estava apodrecendo, ao redor deles haviam colunas, formando dois corredores envolta deles. Logo a frente havia um altar com a estátua de Hakpisa, só que feita de uma pedra branca e o cinto, a bainha da espada, o punho dela e o botão que abotoava sua túnica eram feitos de ouro e prata, extremamente detalhados, e a espada era realmente feita com ferro. Atrás da estátua tinha-se um vitral das deusas com as costas coladas que vimos no 9° portal.

- Estranho fazerem um local de culto a um deus Darneliyano nos padrões da Terra. – Hideo comentou a minha frente, de costas para mim.

- Sim... – concordei enquanto colocava Raquel no chão. Nós três estávamos encharcados, e as sacolas também. – Ótimo, acho que nossa comida molhou e as roupas também.

- Ao menos lavou seu sangue. – Raquel falou e concordei, e de novo Hideo veio com pensamentos engraçadinhos para meu lado. Aquilo me irritou de verdade.

Hideo, vai arranjar uma árvore pra derrubar, sei lá, mas PARA DE ENCHER MEU SACO!

Qual é, só estou falando o que vejo!

Não sei se você lembra, mas de tanto você falar o que vê, com sua boca grande, você já entregou uma vida antes! – Berrei em pensamento sem pensar antes de falar. Estava tão irritado que nem me importei quando falei aquilo.

Seu corpo se retesou, e senti a raiva e irritação profunda começar a surgir nele, mas me mantive firme. Raquel percebeu a mudança repentina e olhou assustada quando Hideo se virou lentamente, os olhos vermelhos brilhando na escuridão pela visão noturna, a íris felina. Havia uma raiva que eu nunca o vira demonstrar antes naquele olhar, mas me mantive firme.

- Repita. – rosnou lentamente, quase que mastigando as palavras, e senti Raquel recuar lentamente.

- Você, com essa sua boca grande, já entregou a cabeça de uma pessoa na bandeja. – Repeti no mesmo tom que ele e acrescentei mais ainda no que havia dito primeiramente. Minhas mãos coçavam, eu precisava bater em algo.

E senti o soco de Hideo atingir meu rosto.

Fui arremessado para trás, até quase bater nas portas da catedral, mas agora eu estava sentindo algo que, pelo menos com Hideo, nunca tinha sentido. Me levantei, a raiva, irritação, tudo estava começando a crescer dentro de mim, enquanto meu rosto doía pelo soco de esquerda dele, e então falei mentalmente. – É briga que você quer? É briga que você vai ter.

Senti minhas mãos tremendo e pensei ter visto faíscas saindo delas, mas ignorei. Em três saltos cheguei onde Hideo estava e me joguei no chão para lhe dar uma rasteira, mas ele saltou, pousando ao lado de uma coluna, levantei antes que ele se recuperasse e dei um soco em seu queixo fazendo seu corpo voar. Quando estava prestes a cair, pôs as mãos no chão e saltou para trás e girou, me empurrando para a parede e desferiu mais um soco. Me abaixei na hora e seu braço se afundou na pedra até o cotovelo devido a força que desferira no golpe. Quando ele começou a retirá-lo, empurrei Hideo com força e segurei na gola de sua camisa, me levando junto. Pisei com força em sua coluna no momento em que suas costas tocaram o chão e escutei um estalo audível, então empurrei-o mais ainda com o pé e saltei. Pretendia pousar no chão a frente dele, mas Hideo se recuperou muito mais rápido do que eu pensava, e me pegou pelo pé.

Ele me girou, bati com a cabeça em um dos bancos e então Hideo me atirou no grande vitral esquerdo da catedral. As barras de metal se romperam com o impacto e todo o vidro quebrado caiu em cima de mim, sendo que vários cacos me cortaram dolorosamente. Me ajeitei, praticamente sentando ali, então saltei, me empurrando na parede e tomando impulso dali, agarrei Hideo pela gola e joguei-o no chão. Tomara tanto impulso que continuamos avançando, mesmo que só estivesse segurando-o contra o chão de madeira. Pedaços quebravam-se sob Hideo e voavam para todos os lados e grande parte se acumulava sob suas costas. Ele grunhiu, tentando sair dali, já sangrava bastante devido a pedaços de madeira que o arranhavam, então o senti colocar um pé sob meu peito e me chutou para o outro lado da catedral e bati com força na parede.

Hideo tinha mais força física do que eu pensava, pois fui arremessado e bati com tanta força na parede de pedra que rachaduras apareceram no momento em que bati nela e estalos foram escutados. Lutei para respirar, e meu peito doía, acho que Hideo havia quebrado uma costela minha, mas ignorei a dor, pois no mesmo dia havia sentido coisa pior. Levantei quando dei por mim, Hideo já estava atrás de mim e acertou minha nuca com um chute. Pus minhas mãos no chão e ergui uma perna, chutando seu queixo. Vi o sangue começar a escorrer de sua boca, mas ele pegou minha perna e a torceu. Gritei de dor e dei-lhe uma rasteira com outra no exato momento em que mais um trovão ribombava no céu e um relâmpago iluminou a penumbra.

Ele bufou quando caiu no chão e acabou prendendo meu pescoço com seu joelho, me impedindo de respirar, e em resposta, chutei seu estômago com a minha perna boa. Hideo começou a lutar para respirar comecei a me levantar, quando ele me deu um golpe que não vi o que era, mas só sei que me arremessou praticamente para o local de onde a briga começara. Estava me levantando quando ele apareceu, e ele havia pego sua espada, a raiva estava deixando-o cego, pois eu havia pego num ponto fraco quando falara aquelas coisas.

O problema era que eu estava tão irritado com ele e talvez o ânimo exaltado pela briga me fez pegar minha espada e levantei com um pouco de dificuldade, a minha perna direita doía, não conseguia me apoiar com ela. Quando estávamos quase para nos atacarmos, Raquel correu e se colocou entre nós dois, com os braços estendidos, me separando de Hideo.

- Parem com isso! – gritou, ela tremia, e eu conseguia ver que, pela primeira vez, ela demonstrava sentir medo de mim e Hideo.

Paramos somente por que ela estava na altura do ataque em que iríamos desferir. Hideo me encarava, seus olhos ainda brilhantes na escuridão, e eu sustentei seu olhar, mas acabei pensando no que Raquel vira: Dois híbridos, com os olhos brilhando na escuridão, brigando a ponto de destruírem parte da igreja. Deveria ser uma visão aterrorizante.

- Vocês são irmãos, gêmeos ainda! – gritou. – Vocês não deveriam brigar dessa maneira! Pensei que vocês iam se matar!

Guardei a espada, e Hideo fez o mesmo, mas não falei nada, pelo contrário. Construí um muro. Um muro de titânio em minha mente, para que Hideo não pudesse ver o que estava pensando. Não sei como fiz aquilo, mas continuei a sentir a mente de Hideo a espreita da minha, mas não conseguia ver nada do que pensava, assim como eu tinha certeza que ele não via nada do que eu pensava.

Eu queria que me deixasse sozinho, não queria alguém que conseguisse saber cada mísero pensamento meu, tinha coisas íntimas, que queria manter comigo.

Eu não queria esse tipo de proximidade. Com ninguém.





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Notas finais do capítulo

Mais uma vez agradeço aos reviews.
Bom, acho que de vez em quando colocarei curiosidades sobre a criação da fic no fim do capítulo (Ideia de Sora, autora de A Quinta Essência, créditos a ela.)
~ Curiosidades 1: Yudai ~
Bom, basicamente, o Yu foi inspirado num sonho que tive aos meus 11 anos =3. Sim, sonho, sonhei com um rapaz, achei legal e decidi escrever. Ele foi o primeiro personagem original meu (antes eu fazia Fanfics de CDZ) e toda a história imaginei para este personagem. Embora não signifique que ele estará ativo em toda ela. (Hã?)
Nesta fic, o nome do Yudai é escrito errado propositalmente, o certo é "Yuudai", mas... Não sei, decidi por como Yudai, acho que também porque a pronúncia é diferente com dois "us" (Pronunciaria-se algo como "Yuu-dai"). Como dito antes, significa guerreiro.
Na primeira versão, cujo arquivo se perdeu, Yudai tinha 14 anos e vivia num mundo medieval imaginário sem nome. Quando humano era moreno aloirado de olhos azul esverdeados, como híbrido tinha cabelos brancos e olhos prateados (sua aparência será reutilizada. Era fera demais para ser desperdiçada), e era baixinho. Sempre usava armadura e sequer se considerava humano, e não agia como tal, e chutou (literalmente) Raquel em seu primeiro encontro com força real e a chamava de "coisa irritante" ou, quando estava de bom humor, "ei você".
Bom, considerando o Yu atual, ele mudou bastante!