Karin:

O único som que eu ouvia naquele corredor era o som dos nossos passos. Uma vez ouvi um ditado na minha terra que dizia “se você está correndo, continue correndo”. Al e eu corremos por alguns minutos até que topamos com vários guardas que estavam a nossa espera. O que eu faço? Não sei. Para falar a verdade eu nunca sei como sair das situações mais adversas da minha vida.

– Olha eles lá-gritou um dos guardas

Eu me senti em daqueles filmes antigos de terror em que os aldeões vão para cima do monstro com facas, ancinhos, pás, tochas, e etc. Mas nosso caso, eles viam para cima da gente com armas, e bem carregadas por sinal. Eu tinha que pensar algo rápido, algo completamente fora de cogitação para mim. Eu olhei em volta e percebi que havia estatuas por perto. O que eu tinha em mente? Algo.

– Al, você conhece boliche?- perguntei

Sim, caro leitor. Ideias malucas são passadas de geração em geração na nossa família.

– ÃH? Boliche!- Ele me olhou com uma expressão que dizia “Você também possui ideias de Ed.”!

Eu apenas lhe disse:

– Me ajuda aqui! Vamos transmutar essa duas estatuas!

Cada um foi em direção a respectiva estatua, e diga-se de passagem era de péssimo gosto, e transmutamos elas em grandes bolas de metal.

– E agora!- Ele me perguntou olhando com cara de espanto

– Finja que os guardas são os pinos... Temos que derrubar todos. No “3”. 1, 2, 3!

Batemos forte nas bolas e vimos as pessoas voarem como pinos. Devo admitir, jogar boliche humano é muito melhor que com pinos de verdade. Depois de serem atingidos em cheio pelas bolas maciças de metal, Al me pergunta o próximo passo.

– E agora? Dona “Gênia”- ele me perguntou

– Corre! DE NOVO! - gritei

Continuamos a correr, deixando os corpos moribundos para trás. Um pouco mais a frente, nos deparamos com uma sala grande que estava aberta. Desaceleramos-nos quando a vimos e paramos para dar uma olhada. Era bem espaçosa, as paredes eram cobertas por estantes recheadas de livros. Havia uma mesa de escritório com papeis, lápis e tudo mais. Mas o que me chamou mais a atenção foi um microfone e um interruptor de liga e desliga. Logo, aquela sala era usada para as transmissões diárias do programa religioso. Perguntei já sabendo a resposta:

– Essa sala é do Cornello?

– Sim, é de onde ele faz as transmissões do programa. Por quê?- ela me perguntou com muita curiosidade

– Hum... .- Não queria admitir mais sabia o que tinha que fazer. Afinal, já tinha visto o anime e lido o manga-Acho que sei o que fazer. Mas vamos precisar da yui e do Edward...

Foi então que Rose olhando pela porta reparou uma coisa muito interessante...

– Eles foram capturados!

Eu ainda estava observando a sala e bolando o plano até que me dei conta do que ela disse.

– Como?!- Disse incrédula

–Olhe!- ela disse

Eu e Alphonse nos aproximamos da porta, e nos três ficamos vendo as coisas de camarote. Yui estava presa por algemas, assim como Ed. O profeta não estava lá, apenas seus capangas ordenados a dar um jeito em duas crianças. Eu estava de olho arregalado pela quantidade de gente que eles haviam abatido e que agora tinha se vingado. Então apenas ouço um grito de Edward:

– VOCE TINHA TER CUIDADO DELES!

Ele se debatia tentando se soltar.

– E COMO VOCE SUGERE QUE EU FAÇA ISSO! EU NÃO LUTO COMO VOCE!- gritou Yui

– CAVASSSE UM BURACO MAIS FUNDO!- disse Edward

Voltando a onde estávamos eu disse:

– Eles são mais parecidos do que eu imaginava...

– Vocês parecem as nossas versão feminina!- Disse Al

– É mais... O “modelito” armadura não ficaria bem em mim!- Eu disse rindo- Voltando aos nossos pequenos...

Nessa hora eu ouvi A Yui e o Edward gritando juntos e dando uma voadora nos guardas mais próximos:

– QUEM VOCE TA CHAMANDO DE MINI- PROJETIL DE GENTE!!!!!!

Voltando para nos espantados com tanta semelhança:

– É melhor nos irmos salva-los antes que eles se matem- Disse Al colocando a mão sobre a face em sinal de vergonha

– Podem deixar eles sozinhos que, eu tenho certeza que eles irão se soltar! E se não se soltarem, iremos atrás deles!- Eu disse com toda convicção!

Eu comecei a rir. Ele tinha razão. Os dois juntos poderiam dar o inicio a revolução na casa da Branca de Neve. Mas então eu pensei: Pois eu sei que se fossemos salvar ela, com certeza ela iria me matar por não ter ficado um tempinho com o Edward.

– Então fale qual é o seu plano?- Al me perguntou

– Presta a atenção...