Well Be A Dream escrita por MissLerman


Capítulo 2
Capítulo 2 Felizmente, eu estou vivo


Notas iniciais do capítulo

Geeeente, fiquei muuuuito feliz com as reviews, obrigada *-*
E aqui vai mais um capítulo, espero que gostem (:



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Eu não sabia ao certo se o que havia acontecido fora um sonho ou se realmente acontecera. Mas infelizmente não era um sonho.

Quando voltei, quer dizer, quando "acordei", senti que estava na areia, ainda na área de arrebentação, pois sentia as ondas indo e vindo sobre meus pés.

– Será que ele morreu? - alguém disse.

Mas era uma voz de homem, moço para ser mais exato, 16 talvez 17 anos. Será que eu estava ficando louco? Poderia jurar que quem havia me salvado era uma moça.

– Não seja bobo Charles, não está vendo que ele está respirando?

Aquela voz... Era a dona daquela voz que havia me salvado, eu podia sentir. Uma voz doce, feminina, incrívelmente linda, provavelmente igual à dona. A voz perfeita para uma sereia.

– Será que ele pode ajudar? - perguntou a voz masculina.

Será que ele, seja lá quem fosse, era uma sereia também? Aquela ideia de que poderia existir sereias machos não me agradou.

– Vamos ter que esperar ele acordar para podermos descobrir. - a voz feminina disse.

Eu queria abrir os olhos, mas minhas pálpebras pareciam pesar toneladas. Queria ver o rosto da minha salvadora. Não estava mais ligando para o fato de ela ser uma sereia. Eu queria vê-la. Eu precisava vê-la. Queria ver a cor de seus olhos, seus cabelos. Fiz um esforço para abrir os olhos, mas eles pareciam estar colados.

– Mel, acho que ele está acordando!

Após o moço dizer isso, ouvi um SPLASH. Acho que foram eles, estavam voltando para casa, eles me abandonaram naquele lugar.

Então parei para pensar, qual seria a chance de eu me encontrar com uma sereia de novo? Eu poderia ter acordado e vingado a morte de meu pai ali mesmo.

Mas eu não podia, não aquela sereia. Ela havia salvo minha vida por algum motivo, que eu ainda não sabia. O que o moço quis dizer com eu poder ajudar? Eu precisava me encontrar com eles, precisava descobrir o porquê de tudo aquilo. Mas como? Até algumas horas atrás eu nem sonhava que essas tais criaturas poderiam existir. Mas, de fato, existiam. Se não fosse por aqueles dois eu teria morrido.

Achei melhor ficar deitado sob aquele delicioso solzinho que parecia ter acabado de nascer. Não tive coragem de abrir meus olhos. Continuei lá, deitado que nem um lagarto tomando sol.Adormeci após isso.


*******


Poucas horas depois, senti alguém se aproximando.- Percy, está me ouvindo? - reconheci a voz, era vossa alteza, príncipe Luke.

Abri os olhos e o vi. Estava ao meu lado. Minha cabeça girava. Parecia que eu havia bebido litros e litros de rum noite passada. E aquele sol não estava ajudando.

Movi meus braços e me apoiei em meus cotovelos para tentar levantar. Infelizmente não consegui, eu parecia pesar cerca de 3 vezes mais do que eu realmente pesava.

Luke e sr. D me ajudaram a levantar. Então senti que me deram um soco em meu braço. Olhei para ver quem era, tinha que ser.

– Perseu Jackson, da próxima vez que você resolver fazer alguma coisa estúpida, vê se me avisa antes para eu poder te dar uma surra!

Era Nico. Um rapaz que, assim como eu, trabalhava no castelo. Ele e sua irmã Bianca haviam perdido os pais muito cedo. Então o pai de Luke, Hermes, resolveu deixar que eles morassem no castelo. Um ano depois ele morreu. A mãe de Luke, May, fugiu do palácio assim que Thalia nasceu, ninguém sabe ao certo porque. Desde então, Luke, Jason e Thalia vivem com sr D.

– Senti sua falta também Nico!

Ele riu e me lançou um olhar assustador com aqueles olhos negros.

– Eu filho, como conseguiu nadar tudo aquilo? - sr D. disse alisando o queixo - Nós o vimos caindo, mas não o vimos subir, pensamos, bem...

Então me dei conta, estava em casa.

Achei melhor que Luke, Nico e sr D. não ficassem sabendo sobre minha salvadora.

– Eu não me lembro. Só lembro de cair no mar e ... - toquei minha nuca, estava ardendo.

E minhas roupas, bem, estavam acabadas. Eu estava descalço e com minha camisa branca toda rasgada. Mas o importante é qiue minha luneta, o pequeno pedaço de meu pai estava comigo, quase me aforgar e depois quase ser comido por sereias valera à pena.

– Vamos para o palácio Percy, deve estar cansado.

Disse Luke fazendo um sinal para eu seguí-lo. Obedeci.

– Que susto você nos deu Percy, Luke disse que entrou em desespero quando te perdeu de vista. Quem manda bancar o herói?

A confiança de Nico em mim era absurda.

Apenas lhe deu um soco no braço e continuamos a caminhar pela praia.

Eu estava indo, mas sabia que tinha que voltar à praia, precisava encontrar a sereia que me salvou e seu amigo. Eu precisava de respostas.

Estávamos nos distanciando da praia, então vi meu bom e velho cavalo Blackjack, um alasão preto que eu tinha desde os 10 anos.

Montei nele e caminhamos na direção da pequena vila do reino.

Ao passarmos pela rua primcipal, vários olhos curiosos nos cercaram. Óbvio, o príncipe estava ali e eu estava um trapo. Lógico que as pessoas ficariam curiosas.

Avistamos o palácio. Fiquei feliz, porque estava louco para tomar um banho e tirar toda essa areia do corpo.

E eu sabia exatamente o que fazer depois de tomar banho, voltar à praia e tentar procurar a sereia. Ia ser difícil, mas eu tinha que tentar. Resolvi esperar até de noite.

Chegamos no palácio.


*****

Após entregar meu cavalo para Quíron (o cara que cuida do estábulo), fui para meu quartinho.

Logo após meu pai falecer, minha mãe entrou em depressão e morreu 6 meses depois. Eu só tinha um irmão mais velho, Tyson, mas ele já era casado e tinha um filho, e eu não queria ser um tormento pelo resto da vida dele. Quando fiz 15 anos vim trabalhar no palácio, e então eles me deram esse quarto. Não era grande coisa, mas para mim estava de bom tamanho. E eu ainda ganhei o bônus de ser vizinho do Nico. Bianca não dormia com a gente, ela era a dama de companhia de Thalia, então recebia mais mordomias do que nós dois recebíamos em um ano.

Depois de tomar meu banho, pensei em descançar um pouco para poder retormar minhas atividades, que eram limpar o estábulo e limpar o resto do palácio. Nico era o encarregado de cuidar do jardim, ele realmente amava o que fazia, mexer com flores. Afinal, Thalia, apesar de ser meio rebelde as vezes, amava flores, e Nico sempre teve um queda por ela, eu podia perceber.

Tentei dormir, mas cada vez que eu fechava meus olhos era como se estivesse faltando algo. E eu sabia o que era.

Aquela voz.... ela ecoava em minha cabeça, não conseguia pensar em mais nada.

Será que todas as hiistórias que eu ouvi, sobre sereias e como elas eram cruéis, não passavam de histórias inventadas? Talvez.

Algo dentro de mim me dizia que eu fui salvo por algum motivo. Como se eles estivessem contando comigo para fazer alguma coisa.

Na noite anterior, um pouco antes do acidente, ouvi sr D. dizendo ao príncipe Luke alguma coisa sobre sereias. Será que era sobre isso? Talvez elas estivessem com medo de nós humanos tentarmos fazer alguma coisa para machucá-las. 

Mas como eu, tão magrelo e sem sal, poderia ajudar aquelas criaturas? Se me atrevesse a desafiar sr D. numa luta de espadas, ele com certeza me faria em pedaços. Devo minha habilidade com a espada à ele, tudo que eu sei, sr D. me ensinou.

Levantei num pulo e peguei meu casaco. Eu tinha que voltar para o lugar onde a sereia havia me deixado. Precisava de respostas e não ia descansar até tê-las!



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Notas finais do capítulo

Aí está, 2º capítulo postado ;3