Portal Das Bestas escrita por AngelSPN


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Neste mundo perdido onde Sam e Dean encontram-se surpresas estão por ser desvendadas. A magia é o caminho para a realidade.



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Sam continuava ouvindo os gritos estridentes de alguma criatura bizarra, e não viu um galho atravessado em seu caminho fazendo-o cair pesadamente na úmida grama. Seus pés escorregaram ao tentar levantar-se, recobrou-se da queda e continuou sua trajetória desesperada. O moreno estava a pouca distância de onde vislumbrou seu irmão sentado ao solo encarando um ser horrível. Sam ficou paralisado por alguns instantes, mas quando a criatura começou a aproximar-se do loiro com seus dedos em fora de garras, o jovem Sam saiu de sua imobilidade momentânea e chegou perto o suficiente para que a lança que empunhava encontra-se o peito da criatura de aspecto humano, porém de pele muito branca que se tornava um tom azulado e enrugado. Seus longos cabelos negros esvoaçantes emanavam um odor fétido e nauseante. Seus olhos não se desprendiam de Dean mesmo depois da lança ter atravessado sua carcaça. E com um ultimo grito lamuriante desapareceu da floresta, deixando dois homens assustados e perdidos em seus pensamentos.


Dean levantou-se, estava um pouco atordoado com aquela sensação de impotência, viu o irmão aproximar-se para ajudá-lo.


– Dean você está bem? – Sam segurava a mão do irmão que estava levantando-se.


– Tô legal, Sammy. – o loiro estava nitidamente assustado.


– Mas o que aconteceu aqui Dean, como essa "coisa" foi aparecer, o que era aquilo?- Sam buscava respostas nos olhos do irmão.


– Eu estava procurando algo para nosso desjejum quando vislumbrei uma senhora com trajes esfarrapados, sentada perto daquele córrego, parecia estar chorando e fui até ela. E então aconteceu um tipo de metamorfose, seus olhos me hipnotizaram, queria correr, mas não consegui e três ensurdecedores gritos me deixaram tonto e caí. Até que você apareceu a tempo.


– Droga! - o moreno estava com uma expressão preocupada em seu rosto.


– O que há Sammy? - Dean puxou o irmão que havia virado de costas.


– Dean, você está em perigo. - o moreno disse voltando seu olhar para o loiro.


– Não brinca! Já olhou ao nosso redor? Tudo isso aqui é um perigo, irmão! - Dean sorria ironicamente.


– Eu sei, mas essa "coisa" era uma banshee.


– Uma o quê? Banshee? Fala sério! Relembre-me o que realmente significa.


– Elas vem de uma linhagem de fadas, porém seria o lado negro delas, reza a lenda que quando alguém vê uma banshee seus dias de vida estão contados pelos números de gritos que ela emite. Pode vir em forma de uma bela jovem, uma anciã esfarrapada entre outros disfarces. – olhava para o céu que formava pesadas nuvens.


– Quer dizer que em três dias vou morrer? É isso vou morrer? - Dean passou os dedos entre seus cabelos.


– Fica calmo, vamos achar uma saída deste lugar e talvez a maldição não se concretize. - Sam foi interrompido por Dean.


– Talvez? Isso é muito vago, não acha? - Dean estava a ponto de trucidar aquela aparição da morte.


– Mantenha a calma. Vamos...traçar um plano. Começando pelo o que nos levou até aqui. – o moreno sentou-se em uma pedra.


– Ok, estávamos pesquisando sobre desaparecimentos de alguns jovens recentemente nesta maldita floresta, na outra floresta, ah que droga! Até que fomos as próximas vítimas e...- Dean parou abruptamente.


– O que foi Dean? Qual o problema? - Sam sabia que o irmão havia se lembrado de algo muito importante.


– Sei lá...tenho a sensação que estamos sendo manipulados, é como se algo ou alguém estivesse dominando nossa mente, acho que estamos sendo forçados a termos essas visões, que isso tudo não é real, é ilusório! - Dean colocou a mão no bolso de sua calça jeans e tirou o seu celular.


– O que está dizendo Dean? Não tá fazendo sentindo, e o que vai fazer com esse celular? Vai tentar ligar para o Bobby? - Sam apontava para o celular nas mãos de seu irmão.


– Até o faria, se ele tivesse bateria. - Dean alcançou o celular para o irmão analisar.


– Você o perdeu depois que Bobby ligou? - Sam olhava para o aparelho que também estava com o visor embaçado.


– Aí é que está a questão Sammy. Quando o desmontei para secar eu tirei a bateria, depois recoloquei-a e como não havia funcionado tirei-a novamente e deixei sobre uma pedra e desde então não lembro de tê-la recolocado. Tanto que neste momento você está vendo que não há bateria nele, ou seja, Bobby jamais falou conosco! Ou tem algo mais do que esses seres mitológicos e esse portal bestial.


– E o que seria?- Sam entregou o celular para o irmão.


– Magia, e da pesada. Talvez o Trickster não esteja por trás disso tudo, acho que estamos sendo vítimas de bruxaria.


– Porque acha isso? - Sam estava muito confuso com a linha de raciocínio de Dean.


– Eu não sei, simplesmente isso veio até mim de forma natural. Tem algo errado Sammy. E só pode ser isso.


Sam não sabia o que pensar, apenas que fosse o que fosse estavam em perigo. Dean havia se deparado com uma banshee e em três dias seu irmão estaria morto conforme ouvira a lenda. E se Dean realmente tivesse razão, eles não tinham Bobby do outro lado para ajudá-los, estavam novamente sozinhos sem informação alguma.


No entanto, Dean estava errado ao achar que não havia tido contato com o velho caçador. Bobby ainda continuava saindo da floresta depois de ter falado com os Winchester, e o velho caçador deparou-se com uma cena totalmente inusitada. Uma jovem garota estava sentada debaixo de uma enorme árvore antiga escrevendo em um livro com uma capa um tanto conhecida por ele. Bobby aproximou-se de modo a não assustá-la, parecia uma garota muito frágil e demasiadamente branca.


– Olá minha jovem? – disse o caçador com o tom mais amável possível.


A jovem levantou seus grandes olhos amendoados para o caçador e ergueu-se assustada segurando seu livro contra seu peito.


– Hein, calma. Não vou machucá-la, eu apenas estava caminhando nesta floresta e como estou perdido gostaria de saber se você sabe o caminho de volta para a cidade.


– Não estou com medo, apenas assustei-me. A saída é por este vale, siga sempre em frente e irá visualizar a cidade facilmente. – a voz da aparente moça frágil era rouca e um tanto forte.


– Ok, obrigado. E você está escrevendo? – o caçador apontou para o livro que continuava apertado contra o peito da jovem.


– Sim, preciso escrever uma história. – disse com tristeza em seu olhar.


– E porque está triste em escrevê-la? Adoraria que você lesse um trecho para mim. – Bobby tentou um sorriso.


– Não posso. É pessoal, coisas de mulher.


Bobby ficou constrangido, ajeitou seu boné e disse um "adeus" para a estranha garota de cabelos negros. E continuou sua caminhada na direção da cidade. Chegando próxima a saída da floresta, o caçador escondeu-se, iria seguir a menina. Bobby sabia que alguma coisa não se encaixava, seus instintos gritavam para ficar em alerta. Aquele livro ele sabia muito bem do que se tratava talvez a moça fosse devota de magia negra. Isso poderia explicar alguns acontecimentos sem sentido. Ele ficaria de tocaia e pegaria seu "diário".


Meia hora depois, Bobby vê a moça descendo em direção à cidade. E seguiu-a de uma distância razoável, o suficiente para não chamar a atenção da garota. Após algumas quadras ela entrou em uma casa muito bonita. O caçador não sabia como iria ter acesso ao livro, tinha que agir rapidamente, já que seus garotos estavam presos em um mundo paralelo ao da realidade e poderia apostar que a garota estava envolvida em toda essa confusão. Bobby sabia que a vida dos garotos poderia estar em suas mãos e faria o impossível para conseguir trazê-los de volta a realidade.













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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo, nosso amado Bobby esclarecerá essa loucura em que os Winchester acabaram se metendo. Espero que gostem e apreciem. Beijos e agradecimentos pelos amados reviews!