Lapidado escrita por Luiza Holdford 2


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Dedico a AliceWhitlock pela recomendação linda! Não passei a função revisão do Word não, que pena, mas dá preguiça! kkkkk'



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Ele não podia acreditar que havia feito isso, mesmo ainda em dúvida sobre o que seria o “isso”. Beijar Elena ou fugir do beijo? Talvez os dois. De qualquer forma, ele não acreditava que havia feito.

Ainda sentia os quentes lábios dela nos seus, o seu amor fluindo por ele, reaquecendo o seu frio coração. Era uma boa sensação, como estar vivo de novo. Pensando bem, não era daquilo se arrependia, foi surpreendentemente bom e ele precisava desesperadamente daquilo há muito tempo. O arrependimento era por ter ido embora, ao invés de confessar totalmente os seus sentimentos a Elena, e quem sabe, voltar a ser feliz ao lado dela.

Não, ele não poderia. Já não era mais digno de nada aquilo. Mesmo tentando parar de beber sangue humano mais uma vez, ainda era muito difícil, e as recaídas eram constantes. Ter Lexi ali seria muito bom também, mas o seu querido irmão havia feito o favor de matá-la.

“Por que tudo tem que ser tão complicado?” Stefan refletia, enquanto enchia mais um copo do o preciso whisky de seu irmão. Álcool, uma boa forma de desviar a frustração e esquecer um pouco as coisas, Damon tinha razão.

Mas nem o álcool funcionava, só uma coisa poderia fazê-lo sentir-se no poder, mesmo que só por uns instantes. E era também a única coisa que ela não estava disposto a ter no momento.

Ou estava? Seria tão bom poder se sentir no comando mais uma vez, e ele já até podia sentir o liquido quente e doce escorrendo pela sua garganta e o prazer que isso traria... E a decepção que seria depois, e o arrependimento. Não, não era uma boa ideia, nunca foi.

Cansado de tudo aquilo, daqueles pensamentos que o atormentavam, Stefan subiu as escadas rumo ao quarto. Quem sabe uma boa noite de sono não o ajudaria com tudo isso?

(...)

Dormir? Stefan não soube o que era aquilo, pelo menos não naquela noite. E mesmo quando conseguia dormir, pesadelos sobre Elena morrendo, o seu sangue saindo como uma cachoeira de seu pescoço, e nem uma gota sendo desperdiçada. Era demais para ele, não conseguiria mais ficar com ela, sempre corria esse risco. E tão não conseguia lidar do quando era indigno dela agora.

O barulho da campainha tirou Stefan de seus devaneios, e se perguntando quem seria, ele desceu as escadas até o hall.

 - Elena? – Ele falou, evidentemente surpreso

 - Desculpe por vir assim. – Ela começou – Mas eu precisava mesmo te ver. Posso entrar?

 - Claro – Ele deu espaço para ela, fechando a porta logo em seguida – O que houve?

 - Não quero parecer repetitiva, mas estou cansada, e dessa vez é sério – Ela falou – Eu cansei dessa embolação, de você estar sempre se escondendo nessa sua estranha concha escura. Me diga, e seja sincero, o que realmente sente por mim? – Direta e clara.

‘Boa pergunta? O que realmente sinto por você?”Stefan pensava “Eu te amo, claro. Mas posso te amar?”

 - Sinceramente, eu te amo mais do que tudo. Mas não sei se devia.

 - Por quê? – Ela ergueu uma sobrancelha para ele, confusa

 - Veja bem, se um dia já ficamos juntos, foi porque eu era bom. Era. Hoje eu sou um assassino – Ele desviou o olhar para um quadro além dela – Hoje eu poderia de magoar de milhares de formas diferentes, ou simplesmente garantir que não sinta mais nada.

 - Me... Matar? – Ela agora estava assustada

 - Você captou o espírito da coisa – Ele deu um sorriso triste

 - Stefan – Ela deu um passo a frente, ficando cara a cara com ele, forçando-o a encará-la – Me deixe ajudá-lo, por favor. Nunca é tarde demais para tentar de novo. Mas, eu te imploro, não desista de melhorar. E principalmente, não desista de mim!

Ele levantou a cabeça, olhando no fundo dos olhos dela, que carregavam sinceridade e amor. Como ele poderia ficar longe dela? Como poderia sobreviver?

 - Eu nunca desistiria de você, Elena – Ele sussurrou – Nunca, entenda. Se desistisse, seria para não prejudicá-la, somente.

 - Se afastar de mim me prejudica – Ela colocou a mão no rosto dele, encarando profundamente aqueles lindos olhos verdes carregados de amor, preocupação e dor.

 - Mas me desculpe, eu não sei se consigo tudo de novo agora. Sinto-me quebrado em milhares de pedaçinhos, ainda preciso me reconstruir, e é tão difícil.

 - Eu vou te ajudar, prometo. Só não desista. Eu sei que você é bom, eu sei que consegue.

 - Não consigo, Elena, não consigo! – Ele sofria com aquilo – Eu já fui fundo demais, agora não há mais saída

 - Claro que há – Ela sorriu tanto consolá-lo – Para cima. Você só pode agora ir para cima.

 - Escalar é difícil.

 - E se te jogarem uma corda? – Elena pausou por um instante – Você não me ama? Faça por mim, então. O seu amor é suficiente para isso.

 - Chantagem? – Ele se permitiu sorrir levemente – Não acha que é jogo sujo?

 - Se joga com o que se tem... – Ela sorriu de volta – Mas me diga, aceita tentar? Você é forte, você consegue.

 - Hmm... – Ele suspirou – Tudo bem...

Uma felicidade enorme invadiu Elena, agora tudo ficaria bem de novo. Era tanta que ela não pode evitar um longo e feliz abraço em Stefan, que parece surpreso por um momento, mas logo retribuiu.

 - Obrigada, obrigada por isso! – Ela suspirou, ainda abraçada a ele, respirando o seu perfume

 - Acho que eu que deveria agradecer, não?

 - Eu tenho certeza que você consegue, Stefan – Ela se separou dele, encarando aquelas duas orbes verdes, ágoras repletas de esperanças – Nunca é tarde mais para tentar de novo, para voltar.

Ela passava tanta esperança para ele, o fazia se sentir bem novamente. Não sabia como conseguiu ficar longe por tanto tempo, recusar tantas vezes. Ele ainda não era digno dela, mas mesmo assim era aceito, e com tanto amor. Na tinha como fugir daquilo, e ele decidiu fazer o que já tinha feito uma vez, mas dessa vez, certo.

Seu olhar decaiu para os lábios rosados dela, e antes mesmo que ela pudesse reparar no que ele fazia, eles foram coberto pelos dele.

Foi uma surpresa para ela, mas ótimo também. Seus lábios se moviam juntos, um par perfeito, que nunca deveria ser desunido. Aquele beijo carregava meses de saudades, arrependimentos e amor retido. Era sôfrego, desesperado, porém doce.

Cedo demais, pelo menos para eles, o beijo terminou.

 - Eu... – Stefan começou, mas Elena o calou com os próprios lábios

 - Não diga nada, palavras destruiriam isso – Ela suspirou – Principalmente palavras de arrependimento

 - Não essas – Ele beijou demoradamente o topo da cabeça dela – Eu te amo.

E era isso, estavam completos. Separados, funcionavam, mas eram vazios. Precisavam um do outros para ser completos. Sem se preocupar com merecer ou não, os dois se amavam, e agora, era o que importava para eles. O depois ficaria para depois.


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Notas finais do capítulo

Esse é, provavelmente, o último. Claro que eu posso ter uma ideia de repente e escrever mais. Claro que eu posso pedir sugestões para vocês, e se vier uma boa, escrever mais. Mas, por enquanto, podemos encarar como o último.
Admito, eu viciei em escrever Lapidado. E eu tenho certeza que existem pessoas que apoiam que eu escreva mais. Quer me incentivar? Existe uma caixinha que permite a escrita ai em baixo, e em baixo dele, o botão de enviar. Que tal escrever nela o que achou do capítulo, sugestões e me mandar, hein? Eu gosto da ideia!