Lapidado escrita por Luiza Holdford 2


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Era uma one? Bem, era! kkk' Bem, espero que gostem!
Estranhamente, essa também foi escrita quanto eu ouvia uma música, mas ela é menos importante ainda, se comparada com a do capítulo anterior. É uma do Coldplay, só digo isso.
Ah, e dedico a RosalieHale pelas lindas capas, eu simplesmente amei todas elas! E corrijo uma coisa na dedicatória do outro: Bella, continue com a E Se Alice Não Se Transformasse, Saltitante é passado! kkkk'



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Quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão?

Eduardo e Mônica – Legião Urbana


Mais tarde naquela noite, se ouviu um ruído de uma chave na fechadura, e a porta se abriu.

– Elena, está aí? – Elena ouviu a voz do Alaric, que entrava na casa com mais duas pessoas, como o som de passos acusava

Ela já havia se recuperado da crise de choro, mas seus olhos ainda estavam inchados. E mesmo que não escorresse mais lágrimas de seus olhos, o seu coração ainda sangrava pela rejeição.

– O que houve, Elena?! – Ela ouviu a voz preocupada de seu irmão

– Nada... – Ela fungou, secando os últimos resquícios de lágrimas dos seus olhos e se levantando

– É mais do que óbvio que algo aconteceu. – Então ela ouviu aquela voz aveludada. Sempre tão sarcástica, mas agora com umas pinceladas de preocupação. Ele era uma eterna lembrança de algo que agora preferia esquecer, mas ainda sim era um alívio o ver. – Nos diga.

– Não é nada – Ela tentou parecer convincente – Nada com que precisem se preocupar.

– Elena, nós já não temos mais ninguém – Jeremy falou, sua voz carregada de tristeza – Temos que confiar e apoiar uns aos outros.

– Ok – Ela se sentou de novo no sofá, olhando para os três homens parados em sua sala – Ele esteve aqui, e a conversa não foi muito bom.

Todos sabiam a quem ela se referia com aquele “ele”.

– Eu não acredito que ela veio aqui! – Damon explodiu – Ele não tinha esse direito!

– Se acalme, Damon. – Ela falou, ameaçando se levantar para segurá-lo – Eu que o chamei!

– E porque você fez isso? – Alaric perguntou

– Eu... Precisava conversar com ele...

– E você já viu no que deu! – Damon continuou gritando – Você não deveria ter feito isso também, Elena... – Ele falou, agora mais calmo

– Agora já foi, desculpem-me

– Me diga, o que ele falou? Eu vou lá dar uma boa surra nele por isso!

– Não foi o que ele falou, foi o que ele fez... – Elena abaixou o olhar para o carpete

– Ele te machucou? – Agora Alaric também se alarmou, e se juntou a Damon – Vamos lá, Damon. Ele tem que aprender umas boas coisas...

– Não, não! – Elena se levantou rapidamente, correndo para a porta e os impedindo de abrir

– Elena, saia da frente! Eu sei que você ainda gosta dele, mas ele não tem o direito de encostar um dedo em você para te fazer mal! Ele merece isso!

– Ele não me machucou, entendam! – Ela gritou, para logo depois a sua voz se tornar um sussurro, num tom tão baixo que só Damon e sua audição vampírica ouviram – Ele me beijou...

Isso frustrou Damon de uma maneira que ele não entendeu. Seu irmão estava finalmente criando sentimentos de volta, isso não era bom? Então, num clique, tudo veio. Suas chances com Elena acabavam ali. Mesmo assim, ele arrumou forças para dizer:

– E isso não é bom?

– Como? – Alaric ficou confuso, por não ter ouvido o que Elena falou

– Stefan – Damon falou o tal nome proibido, explicando a Alaric o que era – Ele a beijou.

– Ora, Elena! E isso não é uma boa notícia? – Ele concordou com o vampiro

– Ele me beijou – Ela suspirou, voltando para a sala – E depois foi embora. Sem falar uma palavra direito.

– Resumindo – Jeremy concluiu – Ele ainda merece uma surra.

– Por favor, não vão. – Elena pediu – Deixe-o quieto.

– Mas me responda uma coisa – Alaric pediu – Por que ele fez isso mesmo?

– Não sei, talvez tenha ficado envolvido pela conversa.

– E sobre o que conversavam? – Jeremy perguntou

– Sentimentos – Elena sorriu amarelo. Ela sabia que era meio culpada por isso – Eu pedi para ele vir aqui, precisava falar sobre com ele. Já não aguentava mais tudo isso. Mas eu me arrependo, muito! – Ela falou, mesmo não se arrependendo tanto assim

– Então a culpa é sua? – Damon falou rudemente. Mesmo querendo ajudar Elena, ele não bem gostava da reaproximação dela com o seu irmão

– Damon – Alaric o olhou reprovadoramente, como olharia para um aluno que colasse em uma de suas provas – É para ajudar, não para fazê-la se sentir pior.

– Ok, ok! – Ele se rendeu – Ajudando!

– Ele falou algo ruim para você? Que... Feriu seus sentimentos? – Jeremy se sentou ao lado da irmã no sofá, afagando levemente as suas costas

– Não foi o que disse. Ele me beijou, levantou-se de repente, e pedindo desculpas, foi embora.

– Espere, ele pediu desculpa por ter te beijado? Por ter que parar? – Jeremy quase que sorriu

– Sim... Eu acho.

– Mas isso é uma ótima notícia, Elena! – Ele chacoalhou um pouco o ombro da irmã, tentando animá-la – Quer dizer, um pouco – Ele concertou – Isso pode mostrar, e é só uma teoria, que ele gostou de ter beijar.

– Como? – Elena, Alaric e Damon falaram ao mesmo tempo, nenhum dos três conseguindo acompanhar o raciocínio de Jeremy

– Claro! Vocês por acaso já viram alguém que não se importava pedindo desculpas? Ele se importa com você, Elena!

– Bem, ele tem razão. – Damon concluiu – Mas ainda foi rude da parte dele, e ele ainda merece uma surra.

– Vamos nos concentra na parte boa, ok? – Alaric falou – Se sente melhor, Elena?

Melhor? Ela não sabia. Ainda doía, mas a renovada esperança ajudava os ferimentos as se curarem. Quem sabe, sem cicatrizes por agora. Talvez Stefan tivesse razão. Esse amor era uma droga, e ela sempre precisava de mais esperanças para mantê-lo. Mas ela não queria soltar aquela agora. Iria continuar com ela mais um pouquinho, fazia bem ao seu coração enquanto a esperança ainda estava viva. Ela não queria o tratamento, ela queria a cura. A sua cura. Stefan.

Mesmo que ele não lutasse, ela iria lutar por ele. Mesmo que não tentasse, ela tentaria por ele. Ela curaria todas as suas feridas, o concertaria de novo, e tudo ficaria bem novamente. As lágrimas não teriam mais razões para escorrerem pelo seu rosto, ela não teria que perder mais alguém que não conseguiria mais substituir.

– Acho que sim... – Ela se levantou – Agora eu só quero comer algo e ir dormir

– Vamos – Jeremy a puxou para a cozinha – Eu te faço um sanduíche.

(...)

– Obrigada – Elena sorriu, terminando de comer – A todos vocês. Não sei o que faria se não estivessem aqui.

– Por nada, Elena – Alaric sorriu docemente para ela – Somos uma família, lembra?

– Claro – Ela alargou o sorriso. Era tão bom poder contar com essas pessoas.

– Vamos, Elena – Damon a puxou do banco alto que estava sentada – Eu te levo para cama.

Elena trocou de roupa no banheiro, colocando o seu pijama. Depois, deitou-se na cama, ao lado de Damon que continua ali.

– Não vai embora, por favor. – Ela pediu com a voz fraca

– Nunca – Ele suspirou – Tem certeza que está bem?

– Estou o melhor que poderia estar. Ainda dói, mas nem tanto.

– Porque você não desiste dele? Te faz tanto mal. Você poderia encontrar alguém que te ama. – “Eu, por exemplo. Eu te faria tão mais feliz, Elena” Damon pensou com tristeza

– Mas ele é quem eu amo, Damon – Ela suspirou – O que podemos fazer? Não escolhemos quem amamos.

– Sim... – Ele olhou para o teto – Infelizmente.

– E ele não é assim, você sabe. Bem lá no fundo, o velho Stefan ainda existe. E eu estou disposta a encontrá-lo de novo.

– Você sabe que pode contar comigo, não? – Ele acariciou de leve o contorno do rosto dela

– Sim, e eu te agradeço muito por isso. Eu realmente não sei que faria se você não estivesse comigo.

Ele sorriu para ela. Isso era bom também. Não era o que ele queria, mas talvez fosse o que precisasse.

– Estou tão cansada – Elena suspirou – Que nem consigo dormir.

– Tente – Damon puxou os cobertores para cobri-la melhor – Eu estarei aqui com você...

– Tudo bem... – Ela bocejou, fechando os olhos, e inesperadamente, se aconchegando em Damon.

Ele sorriu com aquilo, passando a mão pelos cabelos dela, numa caricia, tentando lhe passar tranquilidade. Ele a amava tanto, que estava disposto a abrir mão desse amor pela felicidade dela. Ele a ajudaria com o Stefan, se isso a fizesse feliz, e caso não fizesse, ainda estaria ali por ela.

E o resto da noite passou assim, calma. Elena, em meio a sonhos, de alguma forma sabia que Stefan ainda a amava, e que, um dia, voltaria para ela. E ela tentaria consertá-lo, e eles estariam, enfim, em casa de novo. Tudo ficaria certo e bem.


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Notas finais do capítulo

Sim, eu viajo muito. É a Coca Cola na corrente sanguinea... kkkk'
Mas de qualquer forma, me digam o que acharam, e tentem não se irritar muito pelo momento fofinho da Elena e do Damon, tipo, não é Delena mesmo, ok?
E, mais tarde, eu vou colocar uma das capas LINDAS que eu tenho, e eu queria saber a opinião de vocês sobre o quão linda ela é. Opinem também, me façam feliz! :)