Chilling In The Summertime escrita por itskatejonas


Capítulo 9
Just friends


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem *u*



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Era quinta feira. Tinha acordado cedo, e teria um dia cheio. De manhã, aula. De tarde, iria na casa da Zoe pra poder ensaiar com ela, o violino. E de noite, Abby iria posar aqui em casa, então provavelmente iríamos jogar alguma coisa na quadra, o que era um milagre, considerando que eu tinha usado a quadra de esportes uma vez só, desde que tínhamos nos mudado. O dia estava cinzento, e tinha cara de poucos amigos. De madrugada um mormaço tinha tomado conta de Los Angeles, e eu tinha acordado toda suada. Ainda estava tentando digerir a idéia de ter conhecido os Jonas, e principalmente o Nick. Fui pra aula, e fiquei ainda pensando no que eu falaria pra Abby e pro Alex. Entrei na escola, e fui pra perto deles. Abracei Alex por trás.

- Olha quem resolveu aparecer – riu ele – olá.

– Oi – ri eu – como foi o boliche?

– Ótimo – sorriu Sue – pena que voce não foi.

– Que pena – ri – mas vamos marcar de novo? Dessa vez eu vou.

– Ok – riu Alex – que tal semana que vem?

– Marcado – ri eu – a gente se fala na aula, vou na Abby.

Mandei beijos de longe, e fui nas meninas. Abby e Emily estavam conversando sobre alguma coisa de jogo, e eu resolvi perguntar:

– Hey dudes – ri – quem ganhou o que? Vocês parecem empolgadas.

– Por que eu não ia tar empolgada? Bayern venceu – riu Emily.

– Sério? E o meu pai não me contou, que chato – resmunguei.

– Por que voce não foi no boliche? – riu Abby – foi muito divertido, o irmão do Alex tava lá também.

– Eu fui jantar na minha vizinha – ri – mas eu também me diverti.

– Sendo assim – riu Abby – então estamos empatadas.

– Concerteza – ri – E eu ganhei um wii.

– E nós vamos jogar hoje – riu Abby.

Concordei com a cabeça.

– Só preciso buscar no meu vizinho – ri – mas eu vou na Zoe, então tá ok.

– Ela tá no caminho? – perguntou Abby.

– Sim, eu passo pela casa deles, se quizer. Dá pra optar – expliquei.

– Não precisa ir lá buscar – falou Abby.

– Sim, precisa – ri – eu preciso jogar aquela coisa dos deuses...

– Cara, olha o céu – falou Emily apontando – vai ter uma tempestade linda.

– Será? – perguntou Abby.

– Sim – riu Emily – eu acordei hoje pra surfar e vi que ia ter tempestade. O mar tava bem agitado.

– Onde voce mora? – perguntei rindo.

– Sabe o cais? – riu Emily – Uma loja de artigos de surf?

– Sim – ri eu.

– Lá. Podemos marcar um dia pra ir surfar – riu ela – um dia de chuva. Sem marola, com ondas de verdade.

– Não – riu Abby – eu tenho medo.

– Vai comigo, então – falou Emily – pode ser esse fim de semana – riu ela.

– Ok – riu Abby – amanhã eu poso na tua casa, e sábado, ás 06 da manhã, a Kathryn vai lá.

– Perfeito – riu Emily – vem, vamos subir. Dá pra ver a minha casa daqui. Ela é muito perto da praia.

Subimos até o terceiro andar da escola, onde dava pra ver o mar. Realmente, a paisagem era linda. Precisei tirar umas fotos pelo Iphone, já que eu estava sem câmera.

– Tá vendo aquela loja azul? – riu Emily apontando.

– Mora tão perto da escola? – ri eu.

– Eu venho a pé – riu ela – é ali mesmo.

– Nossa, eu fui no restaurante do lado, comer lagosta – ri.

– Eu sempre vou ali, e busco pra levar pra casa. Cozinham muito bem ali – riu ela.

– Então, vamos surfar – ri eu – sábado, que horas?

– Ás 06 da manhã mesmo – riu ela – vai tar frio, se prepare.

– Muito frio? – ri eu.

– Sim – riu Emily – mas logo esquenta.

- Vamos tentar – ri eu – e Abby, voce vai posar lá em casa hoje?

- Sim – riu ela – que horas eu vou?

– Não sei – ri – que horas voce pode ir?

– Tarde. Acho que pelas 20h – falou ela pensando – pode ser?

- Sim – ri eu –tá ok. Vou avisar a Sarina, pra ela poder se organizar.

Ela acentiu com a cabeça.

Fomos pra aula, e pro almoço. Estava comendo, quando meu iphone vibrou. Era uma mensagem da Lola

“Sabe aquele vídeo nosso na aula de ballet? Eu olhei hoje, e precisei rir. Nós duas de saia de tule, com aquelas polainas... Ainda consegue fazer isso? Vamos voltar pro ballet, Mrs. Drummont? Sinto falta disso. Era engraçado. Te amo, Lola.”

Ri e puxei pela memória. Era engraçado sim. Lola dançava muito bem, e eu não dançava nada, mas tinha flexibilidade. Até que um dia Mary nos colocou na aula de ballet. Em pouco tempo, aprendi a dançar aquela coisa estranha, e a gostar de ter dor nos pés. Precisava admitir, adorava fazer os recitais, adorava praticar, sentir os pés pegando fogo e adorava tocar no piano, todas as musicas do ballet. Nós riamos muito.

Respondi

“Eu nem sabia que eu sentia saudade disso, Lo. Eu vou ver se eu posso, e vou comprar as coisas. Hoje. Quando voce vier, traz tudo do ballet. Te amo também, Sissy.”

Terminei de comer, e tinha aula de musica depois do almoço. Ezra parecia cansado, e estressado.

Sorri e sentei no meu lugar. Estava muito calor, muito mesmo. A aula estava divertida, estávamos fazendo umas partituras, para o teatro que iria ser feito. Saímos da aula, e o pessoal começou se mover rapidamente e o céu começava a ficar escuro, muito escuro. Passei por Abby, e Emily e só consegui perguntar:

– 20 h? – perguntei fazendo sinal de positivo.

– Sim – riu ela.

– Em, eu não tenho prancha – ri

– Eu tenho uma – riu ela – meu pai tem uma loja, lembra?

– Eu quero comprar uma, eu acho – ri – vou ver.

Ela fez sinal de positivo, e eu fui pro estacionamento.

Estava chegando no carro, quando começou a chuva. Era uma chuva muito forte, mas era gostosa de ouvir. Entrei no carro, e Sarina parecia agitada.

– O que foi? – ri eu.

– Nada – riu ela – a chuva me deixa elétrica.

– Hn – ri eu – tem como você me levar na UCLA?

– Pra quê? – riu ela.

– Preciso pedir umas coisinhas – ri.

– Ahn – riu ela – UCLA, ai vamos nós – falou ela saindo do estacionamento.

Liguei pro meu pai, pra ele saber que eu iria, assim seria mais fácil de encontrá – lo.

Chegando lá, fui pra sala dos professores. Achei – o lendo um livro.

– Hey there – riu ele – o que voce quer?

– Duas coisas – ri – mas são rápidas, por que eu preciso ir na Zoe.

– Ok- riu ele – uma por vez.

– Primeiro, quero voltar pro ballet – ri mordendo os lábios, aparentemente nervosa.

– Bom, e onde voce pretende fazer essas aulas? – riu ele.

– Não tenho idéia – ri – talvez em algum conservatório.

– E se fosse aqui? – riu ele – seria prático, e eu ganharia desconto. É só por fazer ou tem algo em jogo?

– Não tem nada, só me deu saudade – ri – mas e eu vou ter que desistir de alguma coisa?

– Não – falou ele pensando – eu só pago, fora a escola, a aula de violino pra voce, então dá certo. O clube, as atividades são de graça.

– Então, voce me inscreve? – perguntei.

– Vou ver com a tua mãe – falou ele – ver o que ela acha.

– Ok, agora pedido numero dois – ri.

– O que agora, quer um pônei também? – perguntou ele rindo.

– Uma prancha, seu sem alma – ri.

– De surf? – perguntou ele – mas que diabos voce vai fazer com isso?

– A Emily, a melhor amiga da Abby, surfa, e me convidou pra ir surfar sábado, ás 06h da manhã - ri.

– Ela não tem prancha pra emprestar? – perguntou ele.

– Tem – falei eu – mas se eu gostar quero ter a minha, ai já compro.

– Faz sentido, podemos dividir os custos dela – riu ele – metade pra cada um.

Não, ele não tá falando sério. Eu comprar uma prancha de homem? Ok, respira.

– Qual é, mão de vaca – falei indignada – eu não tenho um centavo, por que tive que comprar os livros de Inglês.

– Ahn – falou ele cético – sei.

– Pai, é sério, e além do mais, se voce quizer surfar comigo? – ri.

– Ok – falou ele – mas só se voce aprender a surfar, huh?

– E eu ganho a prancha? – perguntei mordendo o lábio inferior.

– Sim – falou ele – mas eu preciso ver. Leva a câmera e filma.

– Pode ir lá de meio dia, me buscar – ri.

- Ou só ver voce surfar – riu ele – feito?

– Feito – ri eu.

Dei tchau pra ele, e pedi pra Sarina me levar na Zoe.

Chegando lá, Zoe atendeu a porta, me esperando.

– Eu fiz cachorro quente – riu ela – voce gosta, certo?

– Sim – ri eu – voce tem idéia se a gente demora?

– Não vamos demorar não, é só ir treinando, em 1h a gente termina, eu acho – riu ela.

– Ok – falei dando de ombros – chuva forte.

Ela concordou e fomos comer o cachorro quente.

Depois do cachorro quente, começamos a treinar algumas coisas no violino.

– Eu acho que poderíamos ter uma banda – riu ela.

– Tipo... Embrulha e joga fora – ri copiosamente.

– Qual é Kate – riu ela – eu toco violino e piano, voce também, e toca bateria...

- Não – ri eu – eu vou entrar no ballet, já to na natação, o golf – falei balançando as mãos negativamente – talvez com mais gente.

– Vamos procurar pessoas, pronto – riu ela – ok, vamos treinar isso, que eu vou morrer de sono com essa chuva.

Concordei com a cabeça, e ficamos treinando Only when I sleep até cansarmos. Parecia piada, mas só tinha passado meia hora.

– Eu vou morrer de dor nos dedos – riu Zoe.

– Eu desisto disso – ri largando o violino – vou pro piano.

– Vamos compor, então – riu Zoe pegando o caderno dela.

– Que tal um blues? – ri eu fazendo um riffle no violão – começa.

- Não, eu vou ser péssima nisso – riu ela – começa voce.

- Eu desisto – ri eu largando o violão – vou tocar um clássico.

– E eu aproveito e durmo – riu ela

– Ow yes – ri eu.

Comecei a tocar Sonata pra piano n.16 em dó maior, de Mozart, e quando estava na metade da musica, Sarina me ligou.

– Kate, eu estou indo te buscar, leva a Zoe lá pra casa. Não deixa ela sozinha ai - falou ela com um barulho terrível de fundo.

– Onde você tá? – perguntei tentando entender o que ela havia falado.

–Eu estou indo buscar voce – falou ela – vai descer uma tempestade tropical. É melhor voce ficar em casa...

– Ok, eu já estou pronta – falei – pega algo pra gente comer.

– Ok querida, eu vou desligar – falou ela- beijo.

Virei pra Zoe:

– Vamos lá pra casa – falei juntando a partitura de cima do piano – vai ter uma tempestade tropical, e vai ser perigosa.

– Mas e o meu pai? – perguntou ela olhando pro lado de fora da janela, a chuva estava aumentando gradativamente.

– Liga depois – falei apressando ela – vamos logo, o céu ta ficando preto.

– Vou pegar meu casaco – falou ela – já volto.

– Ok – falei eu cruzando as pernas – vou ficar tomando coca aqui, obrigada.

Ela riu, e subiu. Demorou um pouco, mas voltou falando no telefone.

– Hn, Kate, por que a Sarina vai pegar a gente se voce mora a duas quadras daqui? – riu ela com uma cara de alguém pronto pra aprontar.

– Eu não sei – falei rindo – é impressão minha, ou voce ta me dando a idéia de...

– É isso mesmo – riu ela me interrompendo e pegando a bolsa dela – ir tomando banho de chuva.

– Ok – ri eu – pega uma roupa, e vamos tomar banho de piscina lá em casa.

Ela riu e subiu correndo, e eu coloquei as coisas dela na minha bolsa.

Saímos correndo, feito retardadas, pisando nas poças, e sem a mínima pressa. A chuva estava realmente forte, e o céu muito escuro, parecia noite, na metade da tarde.

Passamos pela frente da casa dos Jonas, e Kevin estava descendo do carro

– Você é louca? – riu Kevin berrando pra mim, debaixo de um guarda chuva.

– Não, feliz – ri eu

– Sei – riu Kevin.

Seguimos correndo, quando Sarina apareceu buzinando atrás.

– Suas retardadas – riu ela – o que vocês pensam que tão fazendo?

– Tomando banho de chuva – respondi rindo.

Fomos pra piscina, e ficamos lá até umas 17h00min, quando começou a ficar frio, por causa da tempestade. Saímos da piscina, e fomos tomar um banho. Quando estávamos comendo, Brandon chegou para buscar Zoe.

– Hey mestre – ri eu – como foi de tempestade?

Ele deu uma risadinha, e desandou a falar

– Eu tinha ido na igreja perto do rochedo da praia, vocês tinham que ter visto o mar – falou ele ainda perplexo – a coisa mais linda que eu já vi.

– Minha colega falou isso – ri eu – aqui fora tá quente...

– Ai dentro tá frio? – perguntou ele arqueando a sobrancelha.

– Sim – ri eu – entra, toma um chá.

– Não, obrigada – riu ele – preciso ir tocar na igreja e vim buscar a Zoe, pra irmos mais cedo.

– Ahn – ri eu – Zoe, Brandon chegou – berrei eu.

– Oi pai – riu ela saindo da cozinha – eu já to indo, me deixa pegar o biquíni.

– Ok – riu ele – vocês ensaiaram?

– Sim – falei me escorando na porta – tá ficando bom, por incrível que pareça.

Ele deu uma risadinha

– Se voce quizer, pode ir todo o dia lá em casa, depois da aula – falou ele rindo – é só me avisar. Eu tenho outros alunos, mas pode ficar treinando com a Zoe.

– Ok – sorri eu – obrigada. Vou pensar na oferta, verdade.

Ele deu um sorriso legal, e logo Zoe chegou

– Apple – riu ela – vou indo. Obrigada por tudo.

– Eu que devia dizer isso – ri - sério.

– Ok – riu ela – estamos empatadas. Beijo,e até mais.

– Hm, vocês vão pro golf esse fim de semana? – ri – estamos esperando vocês!

– Não sei – falou Brandon entrando no carro, lutando para me escutar- eu passo aqui pra marcar, amanha, ok?!

– Ok – ri eu – se preparem, eu ando treinando.

– Ok, golfgirl – riu Zoe – até a próxima.

– Tchau – ri eu entrando em casa.

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– Aqui – falou Sarina me alcançando um chá Vick – só pra prevenir.

– Obrigada – ri eu – vou assistir TV – liga o climatizador?

– Não – riu Sarina – levanta essa bunda branca do sofá, e liga.

– Nossa – ri eu – obrigada.

– De nada – riu ela – vou pra cozinha, não esquece dos temas.

– Ahn – falei eu colocando em um canal de football – já faço.

– Não esquece – falou ela.

Ela deu uma piscadinha, e foi pra cozinha. Peguei minha mochila, e comecei a ler Lolita, e acabei pegando no sono.

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– Kate – falava Sarina me chacoalhando – Kathryn, acorda, teu celular tá tocando há meia hora quase.

– Quem? – perguntei me erguendo

– Não sei – falou Sarina me atirando o iphone – veja.

Olhei, 7 chamadas do Joe, nossa.

Resolvi ligar pra ele.

– Hey – ri – desculpa, eu tava lendo e acabei dormindo.

– Sem desculpas – riu Joe .

– Nem um pouquinho? – ri.

– Só se você for no Starbucks com a gente – riu Joe.

– Ok – ri eu – por?

– Eu e o Nick queremos ir no Starbucks, mas não temos companhia, tirando nós e o Kevin. Só assim eu te desculpo.

– Ahn, ok – ri eu – mas antes eu quero meu wii.

– Chega de papo furado – reclamou Nick tirando o telefone da mão do Joe – eu to com fome. Oi Kate.

Precisei rir, ao lembrar dele. Senti minhas bochechas corarem.

– Olá, Sir Nicholas – ri eu- que horas?

– Ás 18h30min? – perguntou ele, provavelmente tentando obter um aval do Joe.

– Bom – ouvi Joe falar ao fundo.

– Então, pra mim ok – falei rindo – mas eu preciso estar em casa, ás 20h.

– Ela fala como se eu quisesse ficar com ela todo esse tempo – riu Nick.

– Cala a boca Nicholas – vociferei tentando me defender, engolindo a seco. Como ele podia me tratar assim, duma hora pra outra? E por que aquilo tinha me machucado tanto?

– Cala a boca Nicholas – falou Joe me imitando, precisei rir – me passa esse telefone. Kate, ta ai?

– Sim – falei meio braba – fala.

– A gente já sobe ai, então – falou ele num tom totalmente normal.

– Ok – falei eu – mas eu não falo com o Nick.

– Amigos há dois dias,e já se matam – riu ele – Parabéns Nicholas.

– Ok Joe, me trás o wii? – ri – por favorzinho...

– Ok, vamos mais cedo então – falou ele rindo. Ouvi Nicholas reclamar algo ao fundo, e Joe mandar ficar quieto – até logo.

– Até – ri eu.


Fui na cozinha, deixei a xícara do chá na pia, e avisei Sarina que iria sair. Subi, e coloquei um pijama de vaquinha, de verão, e estava escolhendo a roupa, quando a campainha tocou.

– Olá – ri eu – entrem.

– Sua vaca – falou Nick aparentemente sério, tentando não rir.

– É impressão minha ou o Nick tá tentando me ameaçar? – perguntei com as mãos na cintura – se é isso, desiste. Essa cara de fome, pra mim não funciona.

Como ele podia tar assim? Tão idiota, de uma noite pra outra?

– Eu to falando do pijama – riu Nick – é sério. Kate, voce não vai ficar braba,certo? Era só uma brincadeira. Volta aqui!

– Oi Kevin – falei dando um abraço nele, tentando ignorar o Nick – oi Joe.

– Olá – riu ele – eu to doando um wii ,voce quer?

– Muito gentil – falei rindo e pegando o wii – obrigada, cara.

– De nada – falou ele colocando as mãos no bolso – e voce tem 10 minutos.

– Hn? – ri eu- o que?

– Pra ficar pronta – falou Nick – Seu nome é Kate, e voce tem 14 anos, mora aqui...sabe?

Dei uma cotovelada nele, e guiei os meninos até a sala de TV

– Fiquem a vontade – falei rindo – e voce, só respira – falei fuzilando Nick com os olhos. Joe e Kevin começaram a rir.

Subi correndo, e resolvi colocar alguma coisa leve, mas bem sofisticada. Os meninos estavam muito bem arrumados, e eu não ia deixar por menos. Acabei escolhendo uma coisa simples

por causa da pressa. Coloquei um rímel, uma base, um delineador, sombra e gloss. Desci as escadas correndo.

– Pronta em 7 – falei fazendo tipo um comprimento real.

Os garotos começaram a rir, e eu ainda completei.

– É a primeira vez que eu saio com vocês, não quero causar má impressão – ri.

– Não conseguiu – riu Kevin – voce tá uma graçinha.

– Me senti uma criança – ri.

– Mas voce é uma – riu Sarina aparecendo pela sala – e tá uma graçinha sim, não parece vadia.

– Obrigada – ri eu.

– Isso é um elogio? – riu Joe – ele te chama de gracinha, e ela de não – vadia, e voce agradece ela?

– Desculpa cara – ri apertando as bochechas do Kevin – obrigada pelo elogio.

Ele deu um sorriso, e pegou a chave.

– Eu trago ela antes das 20h – sorriu Kevin.

– Sem problemas – riu Sarina – bom passeio.

Abanei pra ela, e entramos no carro.

– Voce não vai falar comigo, não é? – perguntou Nick com uma voz tremula.

– Não – falei me fingindo de esnobe – Onde é o Star?

– Dá uma meia hora – falou Kevin – o que voce fez hoje, além de tomar banho de chuva? – perguntou ele rindo.

– Eu fui pra aula, fui na UCLA, na casa do meu professor e depois pra casa – falei pausadamente cada uma das coisas – e vocês?

– Estudamos, estudamos, e estudamos – riu Joe.

– Não perdeu tempo – ri.

– Não – riu ele – não fiquei tomando banho de chuva.

– Uau, obrigada, pela parte que me toca – ri.

– De nada – riu Joe passando as mãos nas minhas costas e piscando.

– E você Nick, fez muita coisa com a Miley? – perguntou Kevin arqueando uma das sobrancelhas.

– Nada – falou Nick – ela sempre tem alguma coisa mais importante que eu pra fazer.

– Bom, você quis, certo? – ri eu – você que escolheu ela.

– Sério, Kate, eu não to a fim de ir pra cadeia por bater em mulher – vociferou Nick – fica quieta se quiser sobreviver por hoje.

– Agora eu to com medo – ri debochadamente.

Nick virou pro lado, e ficou quieto o resto do caminho. Ele parecia ter uma expressão triste no rosto, misturado com raiva. Precisava admitir, o Starbucks onde os meninos tinham escolhido, era muito legal. Tinha cantos alemães, e umas mega janelas, onde podíamos ver todo o rush.

Fiquei olhando a paisagem, logo quando chegamos, sentei quieta. Eu precisava pedir desculpas pro Nick. Ele parecia não estar bem, por algum motivo, e eu não podia ver a carinha dele daquele jeito. Não depois de ter sentindo o que senti na noite anterior,e não depois de ele ter me tratado do jeito que tratou na noite anterior. Nick sentou na minha frente, e ficou olhando a paisagem.

– Então,pré – escola, o que vai ser de lanche? – riu Joe.

– O que? – riu Nick.

–Pré-escola, sabe? Crianças idiotas que brigam por qualquer coisa... O que vocês querem? – perguntou Joe rindo e revirando os olhos.

– Um namorado – ri eu – sabe... Dinheiro, e tudo mais.

Nick e Joe riram...

– Pra comer – riu Joe fazendo uma poker face e Nick se engasgou rindo.

– Pra isso mesmo – riu Nick e Joe deu uma cotovelada nele.

– Cadê o respeito? – falou Joe tentando segurar o riso.

– Eu tava falando do dinheiro – riu Nick com uma cara debochada muito fofa.

– Ahn, sei – falou Joe rindo – o que vocês querem, pra comer?

– Batata frita e coca diet – falei eu.

– E você, Nick? – perguntou ele anotando no celular.

– Uma coca diet, e um burrito, senhor garçom – riu ele fazendo uma cara de like a sir.

– O professor da pré-escola já vem, ok crianças? – riu ele – não se matem.

– Hm – falou Nick virando pra janela, assim como eu.

Não deu muito tempo, Kevin e Joe já estavam de volta na mesa.

– Aqui está – riu Joe – certinho.

– Obrigada – sorri pegando minhas coisas, e pegando minha câmera na bolsa.

– Que engenharia é essa? – riu Joe – parece profissional.

– Mas é amadora – ri eu- é só pra ter mesmo.

– Posso ver? – riu Kevin.

– Pode – ri eu – mas as fotos, são terríveis.

– Quem é essa mulher com o olho verde, e cabelo marrom? – perguntou Nick.

Eu fiquei quieta, ele precisava ver que me devia desculpas.

– Quem é? – perguntou Kevin.

– É a minha mãe – ri.

– Não, não é ela – falou Joe – pode parecer, mas não é.

– Sim, é – falei rindo – a outra mãe, a Mary.

– Outra? – riu Joe.

– A mãe da minha melhor amiga, a Lola. Tem mais foto dela do que de mim ai – falei pegando uma batata frita.

– E essa é a Lola, a ruiva – riu Kevin – fotos engraçadas, as de vocês.

– Eu tenho mania de foto, sabe? – ri – é vício.

– Eu também – riu Kevin – mas essas de vocês com pijamas...

Eu precisei rir. Nós tínhamos ido jogar vídeo game, e eu fiquei de cabeça pra baixo, e Lola apoiada nas pernas dela, ambas com uma cara engraçada.

– Eu adoro essa foto – ri colocando o dedo no visor da câmera.

– Vocês devem se dar muito bem – riu Joe.

– Sim- ri eu.

Ficamos conversando sobre mais algumas coisas, quando eu notei que o Nick havia saído.

– Cadê o Nick?- perguntei procurando ele.

– Não sei – falou Joe – ele falou que já voltava...

– Estranho – falou Kevin- eu procuro ele.

Eu e Joe começamos a conversar, quando meu celular tocou.

– Hey, Abby – falei atendendo e vendo o nome dela.

– Hey Kate – sorriu ela – eu vou me atrasar um pouco, ok?!

– Ok – ri eu – o que aconteceu?

– Voce ta sozinha ai?- perguntou ela.

– Não, mas eu já acho um lugar bom aqui – falei fazendo sinal pro Joe que eu já vinha.

Sai lá fora.

– Deu, pode falar – falei olhando pros lados.

– Ok, eu não quero mais ir – falou ela com uma voz embargada.

– Por que? – perguntei arqueando as sobrancelhas.

– Por que eu não to bem – falou ela – só isso.

– Ninguém fica ruim do nada – reclamei eu.

– É que... sabe o golf de pais e filhas? – perguntou ela.

– Sei – falei pausadamente – eu vou.

– Então, meu pai falou que ele não vai perder o tempo dele com essas coisas inúteis – falou ela desanimada.

– Que idiota – falei eu – por acaso voce é inútil?

– Não, mas eu to me sentindo – falou ela.

– Mas não é – falei meio que braba – fala que é importante pra voce, que ele precisa estar lá.

– Só isso?- perguntou ela.

– Sim – ri eu – acho que se voce falar que quer ir, ele muda de opinião. Homens são tão insensíveis às vezes – falei pensando no Nick.

Abby riu

– Ok, era isso. Eu vou ligar pra ele, e vou ir ai – falou ela.

– Ok, te espero...

– Feito – riu ela – obrigada Kate.

– De nada Abby, de nada – sorri desligando o telefone.

Mal tinha desligado o telefone,e avistei Nick sentando numa cadeira, sozinho. Pensei em sentar do lado dele, e perguntar o que ele tinha, mas fiquei quieta. Voltei lá pra dentro, peguei minha câmera e voltei lá fora. Fiquei tirando algumas fotos, até que Nick começou a falar.

– Eu sabia que voce ia vir aqui – riu Nick- quer dizer... Você é viciada em fotografia, e aqui é uma boa paisagem....

Ao invés de responder, eu fiquei quieta, mexendo na câmera. Tirei uma ou duas fotos, da espécie de sacada onde estávamos.

– Ahn, me deixa adivinhar – falou ele arqueando as sobrancelhas – voce acha que eu te devo desculpas?

Cerrei meus dentes de raiva, Eu não achava, tinha certeza! Tudo bem que era uma brincadeira sem graça, mas vinda dele. Não era o que tinha sido falado, mas de quem havia saído. Suspirei.

– Escuta, Nicholas – falei olhando fixamente pra ele – voce não tinha que estar lá dentro, brincando de estrelinha do rock, com seus irmãos?

– Essa foi engraçada – riu Nick – não vou me esquecer.

Passei a mão no cabelo, suspirei. Contei até 1000, pra não virar e ir embora. Senti meus olhos começarem a marejar.

– Eu não to brincando – falei respirando fundo – isso não foi legal, ok?!

– Mas nós brincamos muito bem, certo?! – riu ele.

Minha resposta foi revirar os olhos, e continuar mexendo na câmera, mesmo que ele percebesse que eu não estava prestando a mínima atenção nela. Ele sentou do meu lado.

– Se você fosse inteligente, iria tirar o flash – falou ele erguendo o dedo – ia ficar uma foto mais bonita.

– Ele sabe ensinar a tirar fotos – ri eu.

– Sei mesmo – riu ele – até sei ser fotogênico.

– Isso foi antes, ou depois de você se formar em fotografia? – perguntei eu irônica, tirando os óculos para limpar na blusa.

– Olha só – riu ele – ela tá me ouvindo. Só queria ter certeza. Gostou daqui? A paisagem é tão linda.

– Cara – falei indignada – por que tanta insistência?

– Por que eu me arrependi de ter feito aquela brincadeira- riu ele – e eu gostei muito de você. E você virou minha amiga.

Precisei rir.

– Falou bonito, Jonas – ri prestando atenção na lua que surgia – mas você me magoou, sério.

– Foi uma brincadeira, Kate – falou ele me olhando nos olhos – Eu não quero magoar ninguém, desculpa. Eu não to bem, cara.

Olhei pra ele, e um sorriso bobo apareceu em meu rosto.

– Sim, Nicholas – ri – te desculpo.

– Me perdoa? – perguntou ele me abraçando.

– Sim – falei ainda abraçada nele – agora você pode me contar o que tem.

– Não é nada – falou ele sério.

– Viu? – ri eu – a primeira coisa que eu pensei sobre você, você nunca ia confiar em mim.

– Você pensou isso? – perguntou Nick arqueando as sobrancelhas – e eu achei que você era durona. Ok, falei.

– Parece aqueles programas de casamento, que colocam as pessoas pra falarem o que sentem – ri eu fazendo uma careta, e ele começou a rir concordando. - Eu, durona? – falei percebendo o que ele tinha falado – acho que eu sou o ser mais sentimental daqui, só não deixo... parecer.

– Sei – riu ele com um sorriso fraco.

– Me conta – falei sorrindo e revirando os olhos – o que você tem?

– Eu não vou gastar nosso tempo, logo precisamos ir embora – falou ele olhando no relógio, cortando meus naipes. Certamente pra não chorar ali na minha frente.

– Não – falei eu – isso é desculpa pra não me contar. Eu não ligo se você chorar. EU NÃO VOU TE CHAMAR DE GAY, TONTO – falei rindo de um jeito engraçado, extremamente diferente.

Vi uma lágrima sair do olho dele, e me esforcei pra não beija – lo ali. Ele parecia tão indefeso, tão pequeno, que eu só pude abraçar ele de um jeito forte, conforme o choro crescia e esperar o choro passar. Ele olhou pra frente, com o rosto molhado, e sequei as lágrimas dele. Peguei meus dedos indicadores, e ergui as bochechas dele de um jeito que parecesse que ele estava sorrindo.

– Assim é melhor – ri eu – me conta.

– Nem sei por que eu to falando isso com voce – falou ele meio rindo – eu fui fazer uns exames, pra entrar na equipe de atletismo, sabe?!

– Sim – falei eu- e?

– E eles falaram que por que eu era diabético, não podia entrar – falou ele indignado – e todos os meus colegas, me olhavam com pena, entende? Eu odeio isso. Por que eu?- falou ele retomando o choro – por que eu tenho que ter isso? Odeio que tenham pena de mim...

– Nick – falei tremula, quase chorando também – eu não sei por que coisas terríveis acontecem com a gente ás vezes, mas enfim – falei desistindo de pensar em qualquer coisa – eu odeio não saber o que falar pra te ajudar.

– Eu sei – falou ele mexendo as mãos – só você estar do meu lado já ajuda, mas eu to demorando demais pra saber o propósito disso...

– Eu acho que você tem medo da resposta – falei rindo e dando um soquinho de leve nele – só acho – ele me olhou cético – eu to brincando, mas a parte de que a gente recebe a resposta quando não espera, é verdade.

– Concordo – riu Nick – nunca tinha pensado nisso.

Dei uma risadinha, e abracei – o.

– Sabe a primeira coisa que eu pensei sobre voce? – ri – que voce era legal, e que a gente ia ser amigos. Por isso me magoei tanto quando você falou aquilo. Eu nunca imaginava ouvir aquilo de você.

– Eu também - riu ele – mas eu sei atuar muito bem, lembre – riu ele.

– Não – falei rindo e arqueando a sobrancelha – voce falou que eu parecia durona. Então, eu venci.

– Mas é a impressão de fora – riu ele – quando eu te conheci, de conversar, as coisas mudaram. Não consegue fingir demais. Eu ganhei.

– Huh, ok – ri eu – amigos, então?

– Amigos – falou ele rindo e prometendo de mindinho.

– Já que voce é a minha única amiga que eu posso confiar aqui – riu ele – eu preciso te pedir um conselho – falou ele levantando da cadeira onde estava.

– Qual? – perguntei rindo.

– Mas você precisa me contar um segredo seu – riu ele – por que o meu é um segredo, e essa vai ser a garantia que você não vai contar nada de mim.

– Ahn – ri eu – não vou cair nessa.

– Vai sim- riu ele – me conta.

– Ok – ri eu revirando os olhos – o que voce quer?

– É que tipo, eu gosto da Miley – riu ele – mas tem uma pessoa que eu comecei a gostar também. Não que eu quisesse, mas aconteceu.

– E qual é a sua duvida? – perguntei rindo.

– O que eu faço? – perguntou ele coçando a cabeça e me olhando nos olhos.

– Sei lá – ri – mas, você é confuso. Ok... vamos por partes. O que fez você gostar da Miley?

– Não conta pra ela, esse é o segredo – falou ele sentando do meu lado – eu te mato se você contar, mas eu só achava ela bonita quando nós começamos a namorar. Pra mim ela é uma amiga, entende? Só que eu namoro a minha amiga. Ela é legal, uma parceira pra mim, mas é só isso...

– E a outra garota? – perguntei eu arqueando as sobrancelhas.

– Ela é diferente das outras – riu ele olhando nos meus olhos – não é chata, ela tem um sorriso muito legal, e cara... os olhos dela...

– Quando ela te olha você sente um frio na barriga – ri meio que completando a frase dele, e olhando nos olhos dele.

– É – falou ele sorrindo – é inevitável não sorrir perto dela.

Eu precisei sorrir.

– E tem algo mais? – ri.

– Ela tem alguma coisa, que me faz gostar dela, diferente da Miley – riu.

– O que? – perguntei.

Ele não demorou pra responder

– Ela é esperta, e é linda. Ela é muito inteligente...Não só por fora, mas por dentro – riu ele com um sorriso bobo e fazendo gestos – a Miley parece ter alguma coisa ruim dentro dela, prestes a explodir.

– Eu sei como é – ri pensando nele e em Alex. Alex chegou já me ganhando, já Nick, me conquistando aos poucos. Eu adorava coisas assim, em câmera lenta. Poder viver cada segundo, e aproveitar cada frio na barriga. Sempre dizem que sentimentos rápidos que tem começo e fim violentos, são como a pólvora e o fogo. Num segundo, se terminam.

– Essa é a hora que você diz o que eu faço – riu Nick

– Ahn, ok – ri revirando os olhos

– Sério – riu ele – eu não sei por que, mas você parece ser de confiança.

– Ahn, então, eu tava pensando, e pensa comigo, Nicholas – ri – se você realmente gostasse da primeira, não teria escolhido a segunda. Eu escolheria a segunda, sem piscar.

Ele me olhou como se eu tivesse dito a coisa mais profunda que ele já havia ouvido.

– Kate – riu ele levantando, pondo uma mão dele em cada bochecha minha e me dando um beijo na testa – você é um gênio.

– Obrigada – ri.

– Mas você não me contou nada sobre você – riu ele.

– Ahn – ri eu – esquece.

– Fala – riu ele.

– Ok – ri eu – eu estou na mesma situação que você, mas infelizmente, não posso escolher a segunda opção – falei lembrando como me senti ao vê – lo pela primeira vez.

– Por que? – perguntou ele.

– Um segredo – falei eu rindo e estendendo a mão pra ele. Eu era esperta, vamos combinar. Ele nunca ia descobrir que eu tava com essa apaixinonite, pra tirar proveito de mim – vem cá, vamos lá dentro, tá na hora.

Eu não entendi o que fez Nick sentir confiança em mim, mas eu senti uma coisa que vinha dele, que eu não podia explicar. Em segundos nós tínhamos brigado, e ambos havíamos nos sentido mal. Um sinal de que a nossa amizade era boa e forte o suficiente pra vencermos o orgulho, apesar de ser recente. Eu precisava entende – lo, e essa era uma ótima oportunidade.

Entramos e os garotos estavam tomando um sorvete. A noite tinha voltado a ficar quente, insuportavelmente.

– Hey – riu Kevin – vocês voltaram!

– É – ri eu – eu quero um desses – falei apontando pro sorvete.

– Pede pro Joe – riu ele – ele tá lá pegando.

– Ok – ri eu – já venho.

Ele fez sinal de positivo com a mão, e eu fui pegar o sorvete. Nick sentou do lado dele. Fui com Joe, e Joe não perdeu tempo.

– O que ele tinha? – perguntou ele fingindo olhar pro outro lado, pra observar Nick.

– Nada – ri eu – por que?

– Vocês ficaram meio século lá –riu ele – qual é.

– Longa história – ri.

– Ele te pediu pra não contar? – riu ele.

– Uma das coisas, mas o resto não – ri.

– Ele te contou do teste na escola hoje? – perguntou ele arqueando as sobrancelhas.

– Sim – falei eu – como você sabe?

– Ele precisava falar com alguém que não fosse eu – riu ele – alguém sincero demais.

– Por quê? – ri eu.

– Eu tenho mania de bajular ele e vice versa – riu Joe – somos irmãos, vamos sempre falar coisas fofas um pro outro – falou ele fazendo uma cara engraçada. - Ele tava muito mal – riu ele – mas ele tá rindo. O que você fez?

– Nada – ri – só falei que as coisas têm propósitos que a gente não conhece, às vezes.

– Huh – falou ele – verdade.

Sorri, e ele deve ter pensado algo.

– Você sabe sobre a Miley? – riu ele.

– O que? – perguntei fingindo.

– Você é tão boazinha, que eu sei que você vai mentir, antes de começar a falar – riu ele – é, voce sabe.

– Que ele só considera ela – falei vendo se ele completava

– A melhor amiga dele? – perguntou ele chegando bem perto de mim.

Eu ri e concordei.

– Eu sempre soube – riu ele – gosto dela, mas ele parece estar gostando de outra pessoa. E a Miley logo pega ele de jeito, você vai ver. Com o tempo se apega.

– Não sei – ri eu – tomara. Eles formam um casal fofo.

– Ahn – falou ele revirando os olhos – sabe sim, toda a mulher tem um tipo de charme bem convincente– riu ele.

– Eu sou amiga dele, não sou dedo – duro – ri – eu não vou contar.

– Beleza – riu Joe – mas é minha amiga também. Pena que a Miley não pode vir.

– Verdade – falei – ela ia ajudar o Nick.

– Sim – falou Joe concordando.

Voltamos para a mesa e Nick estava sorrindo, assim como na noite que eu havia conhecido ele.

– Então, qual a novidade? – riu Joe.

– Nenhuma- falou Nick sorrindo – ta bom isso?

– Sim – ri eu – vou morrer de tédio.

– Eu também – riu Nick – vamos naquela praçinha?

– Onde? – ri.

– Ali na frente – riu ele.

– Eu não posso... OMG – falei apavorada, vendo a hora – eu preciso ir embora, minha amiga vai chegar lá em casa daqui a pouco. Vamos lá em casa?

– Sim – riu Nick – eu topo.

– Então eu também – riu Joe- fazer o que?

– Lá nós vemos – ri.

– Não vai, Kevin? – perguntou Joe.

– Não, desculpa – sorriu ele – eu preciso ensaiar um pouco.

– Ok – falei – marcamos uma festa de vizinhança com a Miley essa sexta.

– Ok – falou Nick – assim a gente pode fazer um som.

– E tomar banho de piscina, e jogar alguma coisa na quadra lá de casa – ri.

– Ok- riu Kevin – mas vamos marcar isso amanha. Vamos?

– Ok –ri – vou lá pagar.

– Não – falou Nick – nós convidamos, nós pagamos. Simples.

– Quem tirar o dinheiro mais rápido no caixa – ri.

Fomos correndo pro caixa, e fizemos a aposta. Como eu estava com um cartão de crédito, fui mais rápida e paguei.

– Não é justo, sabia? – riu Joe – isso foi golpe baixo.

– Huh – ri – a próxima vez eu deixo vocês pagarem – ri – mas eu escolho o lugar.

– Onde, quando? – riu Joe

– Deixa pra resolver no carro – falou Kevin nos empurrando – vamos, vamos.

Entramos no carro, e conversamos bastante sobre a escola. Percebi que os garotos sofriam com amizades falsas, principalmente vindo de meninas. Que deviam ser umas vadias, na minha não humilde opinião. Mesmo eles não sendo tão conhecidos assim, eles possuíam muito talento. Qualquer um podia gostar deles, mesmo não sabendo da banda.

– Sabe – riu Nick saindo do carro em direção á minha casa – eu iria gostar de poder ter uma amiga, que não ficasse dando em cima de mim o tempo todo.

– Eu entendo – ri – não, não entendo. Nunca ninguém foi meu amigo por interesse.

– Mesmo?– riu Joe – sério?

– Sim – ri eu – eu sempre fui muito simpática, eu acho... – falei fazendo uma careta engraçada.

– Huh – riu Nick – em pouco tempo, nós não vamos nem poder ir pra escola mais. Pelo menos é o que pretendemos, se conseguirmos ser famosos de verdade.

– Vocês vão ser sim – ri – eu queria estudar em casa, mas eu quase não saio de casa.

– Sem escola, sem amigos – riu Kevin – te entendo.

– Obrigada – falei fazendo uma referencia – eu vou avisar que nós chegamos.

– Ok – riu Nick – o que é isso? – perguntou ele olhando pra uma tela, que Lola havia pintado.

– É uma tela da Lola – ri – eu tenho dúzias dela. Mas elas tão todas guardadas.

– Ela tem cara de artista – riu Joe – sério.

Concordei e fui avisar Sarina.

– Será que a Miley não tá em casa? – perguntei pro Nick.

– Não sei – falou Nick – vamos lá?

– Liga pra ela. Ahn Kate, quer que eu instale? – perguntou Kevin apontando pro wii.

– Ok – ri eu – aceito – vamos jogar uma partida de golf.

– Você sabe? – riu ele.

– Sim – ri – eu ando fazendo aulas. Domingo tenho campeonato.

– Onde? – riu Joe

– No clube dos Grimmie – ri.

– Eu não sei qual é – riu ele fazendo uma careta.

– Aquele camping, perto do shopping?! Que tem uma placa bem grande?! – falei meio que perguntando.

– Ahn – riu ele – o Wisconsin.

– Isso – ri eu – isso mesmo.

– Bom – falou Nick rindo – eu vou buscar a Miley, e já venho.

– Vão sair? – perguntou Joe – vai chover ainda.

– Não – falou Nick – trazer ela aqui...

– Ok – ri – tenho uma visita pra chegar, mas ela vai demorar, eu acho.

Ele sorriu e foi saindo.

– Então – riu Kevin – pronta?

– Vamos jogar football? – perguntei rindo.

– Football ou soccer? – riu Joe – caso você não saiba, tem diferença, brazila.

– Eu sei – ri eu – posso ser loira, mas é só por fora...

– Ok – riu ele – eu jogo.

– Eu também – riu Kevin – onde?

– Na quadra aqui de casa – ri – se não tiver molhada.

– Achei que era no wii – riu Kevin

– Eu não me importo – riu Joe enquanto íamos pra lá – quero ver você ganhar de mim.

– Esquece – ri eu – eu sou competitiva demais pra perder de você.

Jogamos um pouco, gol a gol (quem não sabe o que é isso, se mate. Mas me deixe algo no testamento UAHUA \Z) e eu estava perdendo por um gol pro Joe, e por dois pro Kevin. Nick e Miley chegaram abraçados. Só eu tinha notado que eles haviam chegado, e o quanto eles realmente eram fofos juntos. Se voce quisesse, podia ver o amor de Miley por Nick nos olhos dela.

–Tempo – ri fazendo o sinal típico – olá Miles.

– Olá – riu ela – então, perdendo demais? – perguntou ela rindo e prestando atenção nos garotos.

– Não muito – ri – por um gol do Joe, e dois do Kevin.

– Nada mal – riu Nick- quero ver é vocês duas ganharem de mim.

– Duvido – ri pulando nas costas dele, e dando um tapinha na cabeça - voce é um molenga, Jonas.

– Vamos ver quem é o molenga que ganha de você – riu ele dando uma risada irônica.

Fiz um sinal de olho no olho, e começamos uma nova rodada, dessa vez com Miley e Nick. Era umas 20h47min quando precisamos dar um tempo.

– Miles – ri – você tá bem?

– Sim – falou ela ofegante – muito trabalho. Recém tinha chegado quando o Nick me ligou.

– Comeu alguma coisa? – perguntei arqueando a sobrancelha.

– Não – falou ela – não to com fome.

– Sim - ri – voce tá com fome. Vou pegar alguma coisa pra eu tomar, e pra você comer. Alérgica a alguma coisa?

– Não – riu ela.

Fui lá dentro, liguei pra Abby, e ela falou que iria demorar um pouco ainda. Precisava passar na locadora e arrumar a mochila. Peguei e coloquei uma mini pizza no microondas e um copo de coca pra Miley. Peguei uma garrafa de água mineral e mais uns copos, e fui lá pra fora.

– Aqui – ri eu – é de bacon.

– Eu amo – riu Miley – obrigada.

– De nada – ri – dia cheio?

– Sim – riu ela- muito cheio.

– Pausa? – riu Nick.

– Sim – ri – eu ia perder mesmo.

– Há – ri ele – eu ganhei.

– Nossa Nicholas – ri – quer um pônei de recompensa?

Ele riu e me deu um cascudo.

– Eu tenho idéia de onde a gente pode ir amanha – riu Kevin – no parque do cais.

– Hm – falei pensando – boa idéia.

– Adorei – riu Miley – amanha eu vou com vocês.

– Ok – falou Nick – finalmente, Destiny Hope.

– O que? – ri – Destiny...?

– Destiny Hope – riu ela – é o meu nome no cartório.

– Ahn – ri eu – e Miley, vem de?

– De smile – riu ela – eu era muito sorridente quando era criança pequena.

– Que fofo – ri – então, esse é o melhor dos dois mundos. Sai do trabalho pra jogar bola com os amigos.

– É bem assim – riu ela – The Best of both worlds.

Nick riu, e deu um cutucão nela.

– Da próxima vez que eu te ligar, pelo menos me avisa que não pode falar – riu Nick.

– Desculpa – riu Miley – eu tava com pressa.

– Ok – riu ele – acho que eu tenho que voltar pra casa.

– Ahn, nós temos casa – riu Joe fazendo bico – vamos mesmo.

– Já? – perguntei fazendo bico – eu vou ganhar visita, eu sei, mas ela não morde.

– Não é por isso – riu Kevin – nós precisamos mesmo ir.

– Miley, quer ir lá pra casa? – perguntou Nick – nós podemos fazer alguma coisa.

– Não – riu ela – obrigada honey, mas eu vou ficar na Kate, ok?! – falou ela fazendo bico e abraçando ele no pescoço.

– Ok. Amanha, nós não vamos no parque, vamos ir num restaurante ali pertinho. Te ligo depois – falou ele dando um selinho nela e indo embora.

– Eu te amo – falou Miley, alto o suficiente pra que ele ouvisse.

– Eu também - falou Nick já de costas.

– Então, Kate – falou Joe indo e me dando um abraço – nos vemos amanha, certo?!

– Sim – sorri eu – eu te ligo?

– Não – riu ele – nós vamos estar ocupados. Quando der aparecemos, ok?!

– Ok – ri – amanhã é sexta feira mesmo – falei dando de ombros.

– Tchau linda – falou Kevin me dando um beijo e um abraço – obrigada pela companhia.

– De nada – falei piscando – amanha nos vemos.

– Bem – riu Nick me dando um abraço forte e segurando minha mão – obrigada por tudo, Kate – sorriu ele me dando um beijo – tudo mesmo, sério. E desculpa qualquer...

– Shh – falei colocando dois dedos nos lábios dele – não precisa agradecer nem se desculpar nada – ri – é o que amigos fazem – sorri.

– Certo – sorriu ele – cuida da Miley, ok?!

– Sim – sorri – acha que eu vendo maconha ou algo assim aqui em casa?

– Não – riu ele – ela é meio...

– Ok –ri – eu sei. Vai lá.

– Ok – riu ele me atirando um beijo.

Fechei a porta, e fiquei relembrando a sensação do rosto do Nick perto do meu, e do sorriso dele. Percebi que ver o sorriso dele, era realmente importante pra mim.

– Então – ri chegando na quadra e vendo Miley mexendo no celular – vamos fazer o que?

– Não sei – riu ela com um sorriso bobo – olha isso – falou ela me mostrando uma mensagem.

“Adivinha com quem eu sonhei essa noite? Com você, Miley Cyrus. Eu te amo, minha pequena. XO Nick”

– Quando isso? – ri olhando a mensagem.

– Hoje, ás 05h da manha – riu ela – ele me ligou pra ir me ver.

– Que fofo – ri eu – muito fofo.

– Sim – riu ela – vamos fazer o que?

– Eu acabei de fazer essa pergunta, Miley – ri.

– Eu não ouvi – riu ela – mas, o que você pensou?

– Karaokê? – perguntei rindo.

– Ok – sorriu ela – vamos nessa.

Pegamos alguns CDs de karaokê, e escolhemos várias musicas. Girls just wanna have fun, e I love rock and roll, entre elas, claro. Logo Abby chegou, e como eu havia pedido, assim que abri a porta, que ela não tivesse um ataque quando visse a Miley.

Conversamos um pouco, e logo Miley precisou ir.

– Amanha, que horas nós vamos? – perguntou ela mexendo no celular, já na porta.

– Não sei – falei pensando – os meninos iam ligar.

– Acho que a Isahell vai junto – riu ela.

– Quem? – ri.

– A vizinha ali – riu ela apontando – o Joe gosta dela, eu acho.

– O Nick falou que ela parece uma vampira – ri – é verdade?

– Ela só usa delineador – riu Miley me dando um abraço e um beijo – tchau Kate, até amanha.Obrigada pela pizza, e pelo refri.

– Tchau – falei abanando e esperando ela desaparecer da minha vista

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– Então – riu Abby – vamos fazer o que?Tinha pensado em banho de piscina, mas tá ficando frio.

Concordei.

– Vamos ver um filme? – ri – depois comemos.

– E depois jogamos algum jogo, de baralho – sorriu ela.

– Ok – falei rindo – vamos comer o que?

– Depois a gente vê – riu ela – vamos escolher o filme.

Acabamos escolhendo um que tinha recém começado na TV, e jantamos uma macarronada. Depois jogamos carta, e fomos jogar bola na quadra. Fomos dormir bem tarde.


Nick’s POV :

Aquele dia tinha sido desgastante pra mim. Eu não podia entrar no time, por causa de uma doença besta. Não sei por que, mas eu estava estourando, e só precisava alguém me cutucar pra 3º guerra mundial começar. Joe e Kevin resolveram ir pro Starbucks,e convidar a Kate. Era uma boa idéia, mas eu andava tão brabo, que acabei fazendo uma brincadeira nada legal com Kate. Eu só percebi depois o que eu tinha feito, e sem querer brinquei de novo com ela. Sinceramente, ela parecia muito estúpida quando ela me ignorou, mas depois eu comecei a entender ela. Eu não tinha com quem conversar, não com quem eu quisesse, e parecia ter algo me sufocando. Depois de um tempo, resolvi pedir desculpas pra Kate. Achei que ela ia ficar se fazendo, mas não. Era engraçado, eu nunca tinha me sentido tão mal por brigar com alguém, e eu me senti mal por ter feito aquilo com ela. Acabamos conversando um monte no Starbucks, o que foi bom. Percebi que o meu nervosismo perto dela, tinha parado. Vi que eu podia ser sincero com ela, e resolvi desabafar com ela, e preciso admitir, naquela hora, me senti muito bem. Era como se os meus problemas virassem piada perto dela, eu me esqueci de tudo, depois que conversamos. Claro que naquele tempo, eu era idiota demais, pra perceber que por nós dois, nos poderíamos ter nos beijado naquela hora.







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