Today, My Life Begins escrita por Like a Stranger


Capítulo 33
Capítulo 33


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo tá abalando tudo, surpresas o aguardam... Ultimas semanas da fic. Espero que gostem e aproveitem ao máximo *-*
Leiam as notas finais



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O produtor entra no camarim para avisar que era hora de entrar, me despedi da Cléo e me dirigi ao palco. Era tudo muito simples, tinha um piano, uma bateria menor e um violão. Quatro bancos, um para mim, Brendon, Spencer e Ryan. Iríamos tocar as faixas do novo CD, alguns covers que eu gosto e algumas musicas que o Brendon e o Ryan escolheram.

Entramos no palco, como essa apresentação era para 300 convidados, a casa ficou cheia. Quando entrei, dei de cara com o Bruno e, com certeza, Brendon deu de cara com a Sarah. Ele se sentou no piano, Ryan ocupou o violão e Spencer se posicionou na bateria. Começamos com Do You Know What I’m Seeing?, Musica que estava engavetada na casa de Ryan e fizemos uma adaptação, mesmo tendo sido gravada há muito tempo atrás. Cléo estava bem emotiva e chorava quando eu começava a cantar cada musica. Eu via que Sarah não tirava os olhos de Brendon e Bruno tentava desviar o olhar de mim, mas não conseguia. No término da musica, Brendon resolve dar seus agradecimentos.

– Muito obrigado pela presença de todos. Essa apresentação é só para mostrar para vocês o repertório da Laura em acústico. Agradeço por acreditarem nela e em nós, que estamos a produzindo.

– Bem... – Ryan fala. – Vamos cantar uma musica em especial, que se tornou nossa preferida. Laura chegou com ela para nós e disse que ela é importante.

– Ela é bem especial para mim, porque fala sobre acontecimentos da minha vida que eu nunca esqueci. Eu a fiz no piano, a partir da minha chegada aqui em Los Angeles. O nome dela é... Sea Fog.

Bruno ficou atento enquanto falava sobre a história dessa musica. E passou a olhar fixamente quando comecei a tocá-la ao piano.


The sun bleeds in hear the magpies sing

(O Sol sangra ao ouvir os pombos cantar)

For summer, it makes things better

(Para o verão, ele faz as coisas melhores).

Maybe we get spread our wings tomorrow

(Talvez nós comecemos a abrir nossas asas amanhã)

If luck will let us

(Se a sorte permitir)


Can anyone fly into these gray skies

(Alguém pode voar nestes céus cinzentos?)

Is there somewhere I’m meant to be

(Existe algum lugar que eu estou destinado a ser)


Sea fog comes like a river rolls a stone

(A névoa do mar vem como um rio faz rolar uma pedra)

It's rolling in

(Ela está rodopiando)


I miss my turn in the dark I hear your voice

(Sinto falta do meu retorno, no escuro eu ouço sua voz)

It's makes things easy

(Isso torna as coisas mais fáceis)

I stray to far from the road wish you

(Eu desvio para longe da estrada que você queria)

Could always make things easy

(Pode sempre tornar as coisas fáceis)

Enquanto eu cantava, Bruno fixava seus olhos em mim. Continuei a cantar, mas trocava olhares fervorosos com o Bruno, parecidos com o que nós trocávamos quando nos conhecemos. Sentia que ele não me esqueceu, e sei que ele não irá me esquecer.


I won’t fight through the rising tide

(Eu não vou lutar durante a maré alta)

If that’s the way it has to be

(Se aquela é a maneira que tem que ser)


Sea fog comes like a river rolls a stone

(A névoa do mar vem como um rio faz rolar uma pedra)

It's rolling in

(Ela está rodopiando)

Sea fog comes like a river rolls a stone

(A névoa do mar vem como um rio faz rolar uma pedra)

It's rolling in

(Ela está rodopiando)


Sea fog rolling

(Névoa do mar rodopiando)

Ohhhh


Bruno sai do pub e Sarah vai atrás dele. Meus olhos o acompanham pelo pub. Sua expressão não era boa, ele tinha ficado chateado ou impressionado com alguma coisa. Só não sabia o que era...


Bruno’s POV

– Bruno... – Sarah vem atrás de mim e puxa meu braço. – O que você tem, hein? Queria me deixar sozinha?

– Não, Sarah. Me deixe respirar, me deixe sozinho. Por favor.

– Não vou te deixar sem antes me contar o que você tem.

– Eu estou com mal estar, posso ficar sozinho?

– Sei qual é seu mal estar. É a Laura... – Sarah sai do corredor.

Dirijo-me até a varanda do pub, a noite estava bonita, o céu estava cheio de estrelas e a lua estava cheia. Olho para a praia e me recordo de tudo o que vivi com a Laura. Será que ela está me provocando, tentando me fazer lembrar (ou me impedir de esquecer) tudo o que nós vivemos?. Tudo o que me vinha à cabeça era a musica que ela estava cantando, eu sentia que era para mim. Vinha do fundo da minha alma, aquela musica estava ligada a mim de alguma forma, mas que eu não conseguia explicar. Sem perceber, Phil estava na varanda, me observando.

– Sei o que você está sentindo, Bruno. – Phil entra. – Você foi tocado quando ela cantou Sea Fog. E sabe qual a minha humilde opinião? Acho que ela foi feita em memória do amor de vocês dois, que eu acho que ainda não acabou.

– Phil, não querendo me mostrar uma pessoa fraca, ingênua e chorona. Mas a Laura ainda me toca, mesmo sem estar perto dela. Fico sabendo dessa gravidez dela, do namoro dela com Brendon. Vem-me aquela lembrança dela saindo do quarto, enfurecida, lá em Glasgow. As fotos que ela tirou com o Brendon depois da nossa separação. A partir dessas fotos eu já sabia que a vida dela não seria mais a mesma. Brendon preencheu o buraco que eu deixei quando aconteceu aquela confusão. E posso até ficar feliz, pois ela está sendo feliz. Mas não fico, porque de qualquer forma, fizemos uma promessa um para o outro. E eu queria cumprir, mas nem eu e nem ela conseguimos cumprir.

– Bruno, se você ainda ama a Laura, por que você não tenta voltar com ela de novo?

– Ela não quer! Tantas vezes fiz isso, e ela nem sequer me escutou. Mas eu sei que ela ainda me ama, posso ser o mais completo idiota da história do mundo. Mas disso eu sei muito bem.

– Vou te falar uma sinceridade, nem sei o porquê que você está com a Sarah. Você fez uma burrada tão grande em ter engravidado-a...

– Eu sei, eu sei. Desde quando ela fez aquele exame, eu não a procurei mais. Não sinto desejo por ela. Acho que aquilo foi só atração. Só estou com ela até agora foi por causa dessa criança. Eu sou o pai, então vou criá-lo.

– Olha, não erre mais nas suas decisões. Sou seu amigo, estou aqui para te ajudar. A Sarah não é boa coisa, eu quero que você seja feliz e quero que você e a Laura voltem. Todo mundo quer isso. Se há amor ainda, irá ter uma reconciliação. Tenha fé e paciência.

– Obrigado Phil, por estar comigo nisso.

– Vou ser pai também, eu sei como é o sistema. Fique bem. – Phil volta ao pub.

Pensei comigo

Vou esperá-la, se for pra gente ficar juntos, que esse dia chegue. Espero o tempo que for preciso!”

Fim do Bruno’s POV

Sarah’s POV

– Aff, essa barriga que vive me atrapalhando. Odeio ela! – Retiro a barriga falsa.

Eu sei que são só dois meses de gravidez, mas eu precisava engordar e arranjar uma barriga para dizer que esta engordando. Estava comendo mais do que consigo, comendo muita besteira e tentando, sem sucesso, fazer uma barriga que eu não conseguia. Já que eu sou magérrima. Precisava fazer com que Bruno se casasse comigo, para que eu consiga tirar minha família do buraco. Estávamos falindo e precisávamos de alguém que invista em nossas ações. E o Bruno era o pretendente ideal para isso. Brendon não tem tanto dinheiro como o Bruno, ele só tem uma casa aqui em Los Angeles e uma em Vegas, por causa dos pais. Já Bruno tem casa na Europa, a mansão que nós moramos e um apartamento de luxo em Beverly Hills. Tinha seis vezes mais dinheiro que o Brendon na conta bancária. Precisava casar com ele o mais rápido possível, além disso, tinha que tirar a Laura e o Brendon do meu caminho. Ela está sempre atrapalhando meus planos e precisava me livrar dela.

Escuto cochichos no corredor e percebo que era o Bruno e a amiguinha sem sal da Laura.

“Cléo, você viu a Sarah?”

“Está no banheiro”

“Pode chamá-la para mim, por favor?”

“Tá bom”

Escuto passos no corredor, entro em um dos banheiros e tento ajeitar a barriga falsa.

– Sarah. Está aí?

– Sim, estou. Só um minuto. – Ajeito a barriga e saio do banheiro. – Pronto.

– O Bruno está te chamando, acho que é pra ir embora.

– Ah sim. Ele falou que a gente ia voltar cedo, porque estou muito sonolenta. Obrigado Cléo.

Cléo sai do banheiro e acabo soltando um cochicho “insuportável”. Volto para o pub e encontro Bruno no bar, tomando seu uísque.

– Vamos. Sarah?

–Estou pronta, vamos.

Saímos do pub nos dirigíamos até o carro para irmos embora. Eu só estava pensando em como me livrar da Laura sem o Bruno desconfiar. Eu acabo achando um ponto fraco nela, em que eu devia ter pensado antes...


Fim do Sarah’s POV

Laura’s POV


Acabamos a apresentação em meio de aplausos e gritos, todos da Cléo. Os meninos da banda do Bruno vieram falar comigo, matei a saudade de todos. Nos sentamos no bar e ficamos até cinco da manha, em meio a tequilas, uísques e vodka. Eu os via tomando bebidas, já que eu só tinha que ficar no suco, por causa da criança; Em certo momento acabei colocando a mão na minha barriga, soltei um sorriso do nada. Eu estava feliz, e sentia que aquele ser que estava dentro de mim também estava feliz.

Brendon se junta a mim, colocando a mão na minha barriga e me beijando, os meninos resolveram fazer perguntas a mim, para voltar a se enturmar.

– Laura minha linda – Phil fala. – Quando vamos saber se vai ser menino ou menina?

– Quero saber em breve. Estou louca por uma menina e o Brendon também. Se for um menino também irei adorar.

– Quero ser o padrinho, viu? – Phred fala, todo engraçadinho.

– Sim, sim, será um dos padrinhos sim. Só não desvirtue a criança, por favor. – caímos na gargalhada.

– Essa criança será lindíssima, se sair como você, então... Vai ser um deus ou uma deusa. – Kenji comenta.

– Awn, seu fofo. Obrigado. Vai ser linda essa criança.

– Vamos entupi-lo ou entupi-la de amor e carinho. – Eric fala. Todo sorridente.

– Todos nós vamos amá-la demais. – Brendon comenta. Pega na minha barriga e balbucia baixinho. – Tá vendo, criança. Você já é amada antes de nascer, quando nascer, será mais amada ainda.

Veio-me uma vontade de chorar enorme, derramo lágrimas, que caem nos cabelos de Brendon.

– O que foi, Laura? Por que está assim? – Cléo pergunta.

– Gente... – Limpando as lágrimas. – Acho que meu príncipe entendeu o recado.



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Notas finais do capítulo

Sea Fog é uma canção da banda Keane, que eu gosto muito. Ela é do álbum Strangeland, lançado no começo desse mes e já está a venda aqui no Brasil. Canção composta por Tim Rice-Oxley.
Para escutá-la, acesse esse link: http://www.kboing.com.br/keane/1-1120434/



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