PDV SAM.

Eu não conseguia parar de pensar naquela tarde, eu percebia que me distanciar dele não adiantou em nada, voltei e aconteceu isso no meu primeiro dia em Seattle, Freddie e eu, rapidamente resumi que não adiantava nada fugir, se é pra ser será. Cheguei na minha casa calmamente, ainda pensando no meu dia como fora, fiquei de frente para a porta e estava trancada, * fala sério * Comecei a procurar a chave de baixo do tapete, atrás das plantas, até na calha.

─ Que droga, será que minha mãe esqueceu que eu não estou mais em Nova York? Perguntava para mim mesma colocando minhas mãos em todos os bolsos da minha calça e acabei achando um grampo que prendera meu cabelo, mas que outrora havia guardado.

─ Faz tanto tempo que não faço isso. Olhei para o grampo e entortei-o.

Agachei até a altura da fechadura e enfiei o grampo no mesmo, retorcendo de um lado para o outro tentando empurrar o trinco da porta, logo parei de forçar um pouco, respirei fundo e comecei de novo, e dessa vez consegui. Sorri ao abrir a porta, minha casa continuava a mesma, porém havia alguns móveis novos, fechei a porta sem olhá-la e atravessei a sala indo direto para a cozinha, abrir o armário e achei uma pequena balde de frango frito * suspirei * peguei e coloquei no microondas, marquei para 00:30seg.  Daqui a pouco “PI PI PI” Tirei o frango lá de dentro fui para a sala e liguei a TV começando a comer. Sem passar muito tempo, meu celular ((vibra))

─ Cadê você, cadê você celular? Joguei o balde de lado, pegando rapidamente meu celular.

─ Só pode ser o Benson. Disse com toda a certeza quando vi “1 mensagem nova “

Sem esperar fui ver a mensagem, * Sam o que aconteceu? Por que você sumiu do nada? Nem se quer se despediu de mim. Ass. Carly * Por um momento minha empolgação sumiu, mas realmente, tinha me esquecido de Carly, que amiga horrível eu sou, no lugar dela já teria feito um barraco, bufei e a respondi * Desculpe Carly, eu não estava me sentindo muito bem, não queria te perturbar e resolvi ir embora, prometo que amanhã vou à sua casa e fico o dia inteiro, posso até dormir ai, se você quiser *, menti e enviei, não podia lhe contar a verdade, não agora, e voltei a olhar a TV, passou alguns segundos apenas e Carly me respondeu. * Sim eu quero, temos muito que conversar mocinha, haha * Sorri instantaneamente e olhei para o que estava passando na TV, e pelo visto estava passando Glee, não era fã, mas resolvi ficar para ver como era, porem fui interrompida, alguém estava me ligando, revirei os olhos e sorri falando.

─ Só falta ser a Carly. Quando olho para o número “restrito”.

─ Alô, quem é? Perguntei sem rodeios.

─ Oi Samantha, é o Bruce Handerson, lembra? Ele fazia uam
voz amigável.

─ Claro que lembro, é, não querendo ser grossa, mas por que está me ligando, aconteceu alguma coisa com meus tios? Tentei ser amigável.

─ Com seus tios não, não, liguei porque queria saber como você está se chegou bem...

─ Ah sim, sim, cheguei bem, obrigada por perguntar, mas e você está bem? Perguntei por educação e porque ele era um cara legal também.

─ Ótimo, melhor agora falando com você. Fiz cara de enjoada, mas ele continuou. ─ Já se encontrou com seus amigos?

─ Sim, estava morrendo de saudades deles. Falei sem evitar.

─ Ah, que bom, e eu já sinto a sua, queria te ver de novo sabe, seria muito bom. Fiquei muda.

─ Sam, você está ai? Ele pareceu preocupado.

─ Estou, é bom, claro que seria bom, mas agora tenho que desligar, eu tenho que desfazer minha mala, arrumar minhas coisas, depois conversamos. Eu não ia fazer isso, não agora, por um lado era verdade e usei-a contra ele.

─ Claro tudo bem então, até mais Samantha, beijos.

─ Tchauzinho. Disse já desligando.

Era só o que me faltava, mal sai de lá e ele já fala que está com saudades, apesar de que nem me despedi de Bruce, tinha ido embora cedo de Nova York. Mas não quis me preocupar com isso, afinal estava bem agora, estava perto que quem eu amo de verdade. Eu precisava de um banho, então fui para o meu quarto comecei a tirar minha roupa, meu tênis, prendi meu cabelo em um coque mal feito, que deixava fios de cabelos caídos para as laterais da minha cabeça. Enchi a banheira e entrei nela, coloquei meu celular ao lado da banheira encima de um criado mudo branco, fechei os olhos e relaxei, isso era bom, meu dia tinha sido perfeito para mim, meus pensamentos elevaram até o Freddie, o causador da minha alegria maior, nada naquele momento poderia me desanimar e não deixaria que isso viesse acontecer. Terminei meu banho, coloquei um roupão roxo, e fui escovar meus dentes, soltei meu cabelo, e quando estava prestes a sair do banheiro, escorreguei na molha dera no chão, mas não cheguei a cair me segurei na parede e ri de mim mesma, fui com calma saindo do banheiro indo para meu quarto nas pontas dos pés, chegando lá, subi na minha cama e liguei meu rádio que estava na instante, começou a tocar “Switchfoot – Afterlife” eu amava essa música, aumentei, não muito por causa do horário, mas o suficiente para mim, por incrível que pareça, essa música me fazia pensar muito na minha vida, ela era perfeita pra minha pessoa, em todos os aspectos.