PDV FREDDIE.

Eu havia acabado de me declarar, eu sabia bem que ela era uma amiga, mas sentia que não poderia deixar de falar meus sentimentos para ela, tinha que fazer isso já que hoje é a primeira vez que a vi depois de sua longa viaje, eu teria que tentar de alguma forma, e acho que consegui. Seus lábios foram além do que eu esperava tão macios, tão doce, por mim ficaria por ali um bom tempo, deixá-la ali em meus braços, e pensar como é bom estar com ela naquele momento. Nossas línguas continuavam em trabalho, se movimentando saciando a sede um do outro, e novamente foi se cessando com um selinho mais feroz, então pude ver seus lábios úmidos e um pouco inchados, era maravilhoso.

─ E agora Freddie? Perguntava Sam me fitando.

─ Bom, depois disso tudo, eu acho que não somos apenas amigos. Sorri a fitando.

─ É isso é verdade. Ela sorriu de volta jogando seus cachos de lado.

─ E acho que nós dois merecemos ficar com quem gostamos não é? Senti minhas bochechas queimarem, mesmo assim continuei a olhando.

─ Isso seria ótimo, mas é melhor irmos com calma Freddie. Sam tinha razão, não poderíamos nos iludir com nossas próprias palavras e depois não ser do jeito que falamos.

─ Sim, concordo o que você sugeri? Perguntava impaciente pela sua resposta.

─ Que podemos ficar juntos, mas sem ninguém saber, pelo menos por enquanto, ok? Sam me olhava séria, e quem seria eu para discordar? Precisava de alguma forma estar com ela não importava como, e só amizade não teria o mesmo efeito.

─ Claro isso parece uma boa idéia. Sorri e lhe dei um selinho, tinha que aproveitar aquele tempo com ela, daqui por diante teríamos que ser cautelosos.

Ficamos a tarde inteira juntos, Sam parecia mais madura, isso me chamava muita atenção, eu teria muita sorte por ficar com ela. Nossos beijos eram freqüentes e quem nos olhava diria que éramos o casal mais feliz do mundo, parecia irreal, um sonho ou coisa assim, eu pela primeira vez fui correspondido à mesma altura e isso é essencial para qualquer pessoa, conversávamos sobre sua viagem, sobre minha vida sem vê-la, e eu perguntava como foi no internato, mas sem respostas, Sam mudava sempre de assunto, imaginei que ela continuasse a odiar escolas para não querer me responder. Já se passavam dás 18h46min Sam e eu nos despedimos na esquina da Rua do Bushwell, novamente tocando nossos lábios, isso era ótima, uma sensação muito boa, seu cheiro me fascinava a todo instante, sua boca na minha fazendo movimentos de tirar o fôlego, e era tão ruim quando cessava, mas ela precisava ir embora e eu também, minha mãe provavelmente estaria louca me procurando.

─ Até mais princesa Puckett. Disse dando um leve sorriso.

─ Até Freddie Benson. Ela disse dando alguns passos para trás.

          Sam foi embora e eu não acreditava no que havia acontecido Sam e eu? Sim, minutos atrás isso tinha sido comprovado, sorri sozinho, na verdade, entrei no Bushwell sorrindo, subi as escadas sorrindo, abrir a porta sorrindo, fechei a porta e acabou meu sorriso, minha mãe me olhando da cabeça aos pés, provavelmente procurando algum vestígio de algo “ruim” em mim.

─ Oi mãe, o que foi? Fiquei parado a olhando.

─ Onde você estava Fredward Benson? Ela me olhava brava e preocupada ao mesmo tempo.

─ Eu, eu, fui ver se meu colega, quando estudávamos, ele, ele era da minha classe de matemática e ele estava muito doente, mas agora ele
está melhor, eu o encontrei na rua e... Fui interrompido.

─ Freddie querido, você poderia pegar a doença dele, vem tomar banho agora... Eu a interrompi dessa vez.

─ Mãe, eu estou bem, estou ótimo, não precisa se preocupar. Tentei convencê-la achando estranho ela não dizer nada da volta da Sam.

─ Tudo bem, mas aposto que você está com fome, fiz seu prato e esperei você chegar, você se quer me avisou que não voltaria mais cedo. Ela fez bico de tristeza.

─ Mãe, não fica assim, olha, eu como o que a senhora quiser. Disse tentando animá-la.

─ Ótimo Freddie, sabe, eu queria ter uma conversa séria com você. Enquanto terminava de falar, ela pegava no meu pulso me levando até a
cozinha, fazendo-me sentar na cadeira.

─ Hum, tudo bem, pode falar. Falei sem me preocupar.

Ela ficou em silêncio, pegando o prato limpo do armário de cima, colocando variedades de legumes, arroz e bifes e eu só a observava. Venho até a mim, colocou o prato a minha frente encima da mesa e os talheres junto, logo sentou ao meu lado e me fitou por alguns segundos e comecei a achar estranha a atitude dela, foi o que me levou a preocupação.

─ Pois bem Freddie, você está crescendo, eu sei disso, sei que um dia você irá encontrar alguém que te faça feliz. Ela dizia parecendo não querer dizer nada daquilo. ─ Eu entendo que um dia você irá gostar de alguém, e então estava vendo minha lista telefônica e sabe minha amiga de trabalho Dianna Bonheur? Ela parou de falar e eu apenas assenti. ─ Então, resolvi ligar pra ela e a convidei para jantar aqui amanhã. Terminou de falar mas ainda continuava me olhando estranhamente.

─ Hum, que bom mãe, mas não entendi onde a senhora quer chegar com essa conversa. Disse cerrando o cenho, começando a comer.

─ É que ela irá vir com sua filha, da sua idade chamada Demetria, e acho ela uma menina muito boa, seria bom você conhecer ela. Ela parou de falar e eu engasguei.

─ Como assim mãe? Eu, eu não preciso que a minha mãe me ajude com algum tipo de relacionamento. Disse pasmo.

─ Freddie querido, garanto que faço isso para o seu bem, lembra quando você gostava daquela Carlota, mas ela nunca te deu uma chance, deixa eu te ajudar? Ela insistiu.

Eu sinceramente achava aquilo o fim da picada, minha mãe querendo me ajudar a namorar alguém, era isso mesmo? Ela não esperou minha resposta, apenas tocou no meu braço mostrando “ajuda” e saiu da minha vista. Fiquei um tempo pensando naquilo, pois eu tinha acabado de ter uma tarde maravilhosa e depois minha mãe vem com essa, o pior é que eu nem posso falar nada, a única coisa que posso fazer é agir como um idiota na frente dessa tal de Demetria amanhã no jantar para que ela nunca mais volte, não ligo se minha mãe vai achar ruim, por que mesmo que eu não tivesse gostando de Sam, eu não iria querer que minha mãe escolhesse minha “namorada” espero mesmo que minha mãe não esteja levando essa história a sério. Terminei meu jantar e resolvi ir para o meu quarto, passei por minha mãe que estava concentrada lendo um livro de receita se eu não me engano, fui para o meu quarto, abrir a porta e sem ao menos tirar os sapatos deitei na cama, logo tirei meu celular do bolso da minha calça e fui para a lista de telefones e lá estava Samantha Puckett, sorri altomaticamente.