O Livro Sagrado Dos Deuses escrita por Nat Rodrigues


Capítulo 9
Dou vida a um boneco, e me decepciono com Tommy


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem :) E obrigada aos novos leitores, mesmos que sejam fantasmas por que não deixam reviews.. ~le sendo chata~ Bom, boa leitura!



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Eu ainda não estava acreditando no tinha acabado de ouvir, isso é muito irreal para mim. Fiquei por mais um tempo na praia tentando me concentrar em qualquer coisa, menos em minhas complicações amorosas.

Depois fui ao pavilhão, jantei, e quando estava indo para meu chalé , a imagem do meu pai apareceu bem na minha frente, me fazendo gritar.

–AAAHHH! Pai que susto! Como você chegou aqui? -Perguntei.

–Hum, oi, eu estou conversando com você por mensagens de Íris. Não estou ai de verdade, mas como eu estava com saudade, e você não deu sinal de vida, eu resolvi ver se você estava bem... -Disse ele.

–Ah, sim eu estou bem, quer dizer... Mais ou menos... -Eu disse.

–Como assim mais ou menos? -Perguntou meu pai assustado. Ai que tonta eu sou já assustei o coitado...

–Não é nada não pai, esquece... -Eu disse mentindo, eu não queria deixa-lo preocupado comigo.

–Manuela Bolton, eu te conheço, não adianta tentar mentir para mim. -Disse ele ficando mais preocupado. Ai que raiva... Vai Manuela pensa... O que você pode falar para não o deixar preocupado...

–É que antes de chegar aqui, eu quase morri, porque eu ainda não superei aquele lance de água sabe... Mas, eu já estou melhor, e além do mais eu já fui até reclamada por Hecáte! -Eu disse, isso pelo menos não o preocuparia tanto.

–Hum... Sei, não tem mais nada que você deveria me contar? -Perguntou ele.

–Hum...quase todos os meus irmãos não foram com a minha cara... E eu fiz amizade com a Luna, que é sua irmã... E minha tia. -Eu não estava querendo falar com ele sobre a profecia, isso o faria vir no acampamento me buscar... E imagina se ele soubesse que talvez eu possa morrer ele provavelmente iria morrer primeiro, só que de preocupação, por isso eu vou fazer o máximo possível para não ter que mencionar a profecia... Só que o máximo não é melhor...

–Hum, que legal... Mas não minta para mim, eu conversei com a sua mãe, e ela disse que você recebeu uma missão, e falou que você iria me contar detalhadamente a profecia... -Disse ele ficando mais sério possível, e me fitando com aqueles ameaçadores olhos cinzas... Quer saber eu vou contar, é melhor ele saber do que eu ficar mentindo para ele, e além do mais minha querida mamãe já abriu seu bocão...

–Ok, mas pai você promete que não vai ficar preocupado? -Perguntei. Ai caramba, eu sou muito indecisa.

–Preocupado eu já estou, mas é melhor você me contar do que mentir. -Respondeu ele.

–Ta, eu conto. A profecia diz uma coisa mais ou menos assim:

Quatro deverão ir, e Os oceanos, a ovelha negra e a coruja”, depois é... assim: “Um se rebelará e Para o outro lado se guiará” , e depois “O poder do Amor prevalecerá” e... e...-Eu travei. Respirei fundo e continuei com a voz tremula. -E por último “Ao anoitecer um irá adormecer”. –Para a minha surpresa meu pai não pareceu mais preocupado do que estava.

–Olha querida, escute, treine o máximo que puder, e tente não morrer, viu? E Não fique tão preocupada com a última frase da profecia, ela pode tanto se referir a você ou a qualquer outra pessoa. -Disse ele.

–Mas, pai... Eu não quero que a Luna ou o Tommy, ou o Enzo morram por minha culpa! -Eu disse a beira de lágrimas, como assim não me preocupar?

–Filha, você se precipitou, a profecia fala que alguém vai morrer, não necessariamente você ou seus amigos. Não se preocupe minha pequena, e não se esqueça que sempre que quiser falar comigo é só mandar uma Mensagem de Íris, se cuida, eu te amo. Tchau. -E antes de esperar eu responder ele passou a mão na imagem, e ela sumiu. Eu não estava acreditando, ele mal ficou preocupado... Eu pensei que ele se importasse mais comigo... Poxa ele só falou para mim treinar, e me cuidar, e isso é meio obviou que eu tenho que fazer. É eu estava enganada, hoje foi pior que ontem...

Deitei infeliz na cama e adormeci, sem sonho algum (Pelo menos isso).

Quando acordei era ainda 7:00 h. Eu ainda me sentia cansada, mas tinha que treinar, então me vesti, penteei meu cabelo, e fui tomar café.

Quando cheguei no pavilhão não tinha ninguém lá, mas na mesma hora em que me sentei na mesa, uma ninfa apareceu com um bauru, e um copo de leite com café ( Eu sei que o acampamento é nos E.U.A , mas o café dela era que nem o nosso u.u).

Terminei o café e fui à arena. Cheguei lá e fiquei treinando golpes que eu mesma inventei, entendam, eu ainda não tive aula aqui, e então não tinha muita noção do que fazer. Coloquei o boneco em uma posição que eu dificilmente conseguiria me defender se fosse uma pessoa normal. E então depois de ficar treinando por meia hora, tive uma idéia que acabaria com a minha solidão da arena, e me faria treinar de verdade.

“Deve ser fácil, eu fiz isso no barco.’ Pensei. Então me concentrei, e imaginei como seria bom se o boneco pudesse se movimentar, e me ensinar a lutar. Então toquei o boneco, e para a minha surpresa funcionou. O boneco ganhou vida. Só que infelizmente eu ainda não tinha aprendido em como não perder tanta energia, então comecei a sentir uma forte dor em meu abdômen. Acabei caindo no chão, e quando eu achei que ia desmaiar, ouvi uma voz forte, e mandona falar:

–Levante menina fraca! Está na hora de lutar, não de se fazer de doente. Vamos se mecha! Levante do chão, eu vou ensina-la a lutar como uma verdadeira guerreira!

Quando me virei vi que o boneco estava falando comigo, e me cutucando com a espada, tentando ver se eu estava morta. Com muito esforço eu me levantei.

–Eu sou Manuela, Filha de Hecáte e neta de Atena.Te dei vida para que você me ensine a lutar, e aperfeiçoe minhas técnicas. -Tentei disser com firmeza, e ignorar minha dor.

–Ok, vamos ver o que você sabe fazer. -Disse ele me atacando, o que me deu um grande corte no braço.

–Ai! Espera, eu ainda não lutei com ninguém antes e... –Tentei dizer enquanto ele fazia um outro corte no meu braço. -EI! Espera, será que você é surdo, eu nunca lutei antes, não sei atacar, nem me defender. -Disse eu tentando desviar de seus ataques.

–Você é uma semi-deusa, você tem potencial para batalha, e o único jeito de aprender a como usa-lo é na prática. -Disse ele cortando o meu outro braço- Larga de ser molenga e me ataque! Vamos sua Mestiça nojenta! -Quem ele pensa que é para me chamar de nojenta? Isso me enfureceu, e então a forte dor do abdômen sumiu e eu me senti mais forte do que nunca, e quando vi com um movimento rápido em que eu no mesmo tempo que o dava uma rasteira, o acertava com a ponta da minha espada em seu peito no lugar que seria o seu coração (se tivesse um, claro). Ele bem que tentou se defender me atacando, mas agora eu conseguia ver os ataques que ele usaria, então simplesmente eu os impedia, e contra-atacava. Quando eu vi, ele já estava no chão com a areia do seu corpo vazando para todo lado, devido aos cortes que eu tinha feito.

Parei por um momento, para respirar, e quando vi ele já havia se levantado, seus cortes estavam se curando sozinho, e ele já estava me atacando novamente. Tenho que admitir que o feitiço que eu fiz para que ele pudesse se mover foi bom.

Então como da última vez, eu visualizei os movimentos que ele usaria, e os contra-ataquei. Em menos de dois minutos ele já estava no chão novamente, só que desta vez em vez de esperar ele se recuperar, eu segurava Anoitecer fortemente, precionando seu pescoço.

–Muito bem Manuela, só não se esqueça que você nunca pode dar as costas para o seu oponente, se não ele poderá te atacar, e te matar facilmente. -Disse ele, quando o soltei- Hoje o treino comigo já acabou, agora você vai treinar com pessoas de verdade, e sempre que precisar da minha ajuda venha aqui na arena, e pronuncie “Rony”, que eu aparecerei. Mas não se esqueça que apenas você pode me invocar, porque você que me criou. -Falando isso ele perdeu todo e qualquer sinal de um dia ter tido a oportunidade de falar, voltando a ser só mais um boneco. Limpei o suor da testa, e fui para a minha aula de arco e flecha.

Hoje, eu não fui tão mal assim em arco e flecha, eu admito que gosto de arco e flecha, mas ainda sim prefiro uma espada em vez de um arco em uma batalha.

Depois fui a parede de escalada, e encontrei Tommy. Ele fingiu que não me viu em meio a multidão de meio-sangues para a aula, e eu me surpreendi em não ver Henrique, que era o instrutor da atividade, até que Tommy subiu na parede, parou no topo, e chamou a atenção de todos.

–Ei gente! Gente?-Ele tentava falar- PESSOAL!-Gritou ele- Agora eu sei porque o Henrique grita tanto... O Henrique está na enfermaria, por isso vou substituir ele hoje -falou ele. -Muito bem, vamos começar... Quem quer ser o primeiro a subir? -Perguntou ele. Eu vi que seria uma ótima oportunidade de conversar com ele, já que na última vez como eu tive que subir com o Henrique ao meu lado, agora eu teria de subir com ELE ao meu lado, não tinha como escapar.

–Eu, eu quero, é que na ultima vez eu não consegui subir direito, e queria tentar agora... -Disse eu levantando a mão.Ele me olhou com cara de deboche e disse:

–É Henrique me contou que você é péssima, e ele teve que subir com você, por que não aguentava mais ouvir você falando que estava com medo. -Disse ele arrancando várias risadas dos mais de 40 meio-sangues que estavam ali. Eu apenas fechei a cara, e respondi grossamente.

–Eu não estava com medo, Henrique que foi bobo e acreditou em mim... Eu só queria ter ele ao meu lado, e não se preocupe, eu posso ser melhor do que você pensa, sem a sua inútil ajuda. -Eu sei, você deve estar pensando: “Por que essa lesada ta tentando fazer ciúmes com o pobre do Henrique? Já não basta a complicação que ela tem com o Enzo... ai ai ai, o boneco deve ter batido forte de mais na cabeça dela.” Mas me entendam, desde que eu cheguei no acampamento Tommy estava estranho comigo, mesmo antes do Enzo ter falado pra ele, o que ele falou, e além do mais quem ele pensa que é para me fazer passar vergonha na frente de várias pessoas? Eu sei, eu sei você deve estar pensando: “Ué, essa menina reclama de mais, eu e meus amigos SEMPRE passamos vergonha” mas quando passamos vergonha com os nossos amigos é diferente, depois rimos da situação, mas nesse caso, ele riria, mas EU não.

Depois da minha batalha mental comigo mesma (e com você que está lendo) Eu percebi que havia me metido em uma bela de uma enrascada, por que na verdade eu tinha medo MESMO daquela parede de escalada. Mas então pensei na humilhação que eu passaria, já que ele já havia anunciado a todos que eu sou péssima e que não conseguiria sem a ajuda dele, e aquela força que eu havia sentido na arena voltou, e em menos de um minuto, eu estava quase no topo. Mas então quando faltava menos de um metro, minha mão escorregou e eu cai com tudo. Merda!

–Então, como é mesmo você não precisa da minha inútil ajuda? -Perguntou ele debochando de mim, e fazendo todos que estavam presentes rirem. Foi a gota d’água, comecei a fita-lo, enquanto lágrimas caiam sem parar de meus olhos. Por um momento ele parecia o velho Tommy, parecia que ele iria descer me ajudar a levantar, e me pedir desculpas por tudo, e que falaria que estava arrependido de ter me ignorado todo esse tempo, mas como eu disse parecia... A única coisa que ele fez foi parar de rir e virar as costas.

Me levantei e sai correndo em direção do meu chalé. Cheguei lá e fiquei parada chorando em minha cama... Logo adormeci,e infelizmente tive sonhos.



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Notas finais do capítulo

Por favor deixem reviews! se não eu vou fazer greve e postar o próximo capitulo só daqui a duas semanas! ~me ignorem se quiser~ Obrigada por ler!



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