Giovanna's POV

Semanas se passaram, perturbei tanto o Gerard que ele falou com o Jeff e eu entrei na equipe de produção da banda. Eu ajudava o Jeff com agendamento de shows e essas coisas, o que me deixava muito ocupada, e eu adorava aquilo. Estava com uma pequena folga já que eles tinham começado a produzir o CD, fui ao shopping, precisava comprar roupas novas e ver pessoas porque ficar 24 horas por dia em casa não tava me fazendo bem. Estava saindo de uma loja quando ouço alguém falando atrás de mim

“não acredito que eu te encontrei aqui” - olhei para trás e vi aqueles olhos e aquele sorriso nojento no rosto, Ashley - “como o mundo é pequeno”

“e como você parece mais biscate como antes” - Ashley desfez o sorriso, agora era minha vez de sorrir - “veio dar um golpe em alguém ou talvez... destruir a vida de mais algum integrante de alguma banda”

“então o Gerard já te falou a história?” - concordei com a cabeça - “mas ele te falou a versão dele da história”

“não me interessa” - fui começar a andar

“ele não te falou que depois daquela humilhação ele ficou comigo?” - olhei para trás de novo - “vamos para outro lugar para conversar melhor, ai eu te conto tudo e com o maior prazer”

“eu não vou a lugar nenhum” - respirei fundo - “me deixa em paz” - comecei a andar na direção da saída do shopping, antes de eu entrar no carro meu celular tocou, pelo toque eu nem precisei ver quem era - “fala”

“você parece nervosa, aconteceu alguma coisa?”

“não... eu já estou voltando para casa” - entrei no carro - “eu vou ter que desligar”

“tudo bem, quando você chegar aqui eu falo contigo” - desliguei o celular e sai dali em direção a casa. Enquanto eu prestava atenção na pista, as coisas que a Ashley tinha falado ficava se repetindo em minha cabeça, eu aumentei mais o rádio para ver se a música fazia eu esquecer daquilo mas não deu muito certo, abaixei o volume de novo. Não demorou muito para eu chegar em casa, cheguei e ele não estava na sala, procurei ele pela casa e não estava em lugar nenhum. Até que eu ouvi um barulho de alguma coisa caindo na biblioteca e uma voz conhecida xingando alguma coisa, consegui sorri com aquilo e fui em direção de onde tinha vindo o barulho. Bati na porta e ele me olhou - “olá”

“oi” - entrei e fui até ele - “eu me sinto uma droga quando vejo seus desenhos, sei desenhar nem um boneco de palitinho direito” - ele riu - “não ria da desgraça alheia, é feio”

“eu sei” - sorri

“então, o que você queria comigo?”

“na verdade eu iria encontrar com você na rua, mas como você já estava vindo para casa eu fiquei com preguiça de sair e deixei você vir”

“quando que a preguiça deixará esse corpo hm?”

“nunca, ela já gamou aqui já” - ele piscou e voltou a atenção ao desenho que estava fazendo antes de eu chegar, olhei para o chão e vi um pote vazio no chão

“além de preguiçoso é desastrado”

“você escolheu se apaixonar por isso, não reclama” - ele largou o lápis e passou a me olhar de novo - “você parecia nervosa no telefone”

“é... eu só... encontrei alguém que não esperava” - o sorriso dele foi desaparecendo aos poucos

“o que aquele filho da puta fez contigo?”

“não, não foi o Andrew... se fosse ele eu não estaria aqui, pode ter certeza” - me sentei na ponta da mesa - “Ashley me encontrou e me falou algumas coisas que me deixaram... encucada”

“é tudo mentira” - olhei para ele - “eu sei muito bem o que ela disse... é bem típico dela colocar toda a culpa em mim como se eu tivesse a procurado todo...”

“calma, ela não me disse nada” - menti - “eu só fiquei nervosa porque era a última pessoa que eu queria encontrar por ai” - abaixei meu olhar, eu sabia que tinha muito mais coisa naquela história toda que ele me contou, mas eu deixei aquilo de lado por enquanto, vi que Gerard tinha se levantado e agora estava na minha frente, segurando meu queixo para passar a olhar nos olhos dele, aquilo era golpe baixo

“seja lá o que ela queira com essa volta, eu nunca vou deixar você... e nem deixar que alguém te machuque outra vez” - ia falar mas ele me calou antes com um beijo, eu segurei sua nuca com força, como se ele fosse escapar de mim a qualquer momento. Suas mãos em minha cintura me puxava para mais perto dele, como se fosse possível já que estávamos praticamente colados um no outro. Parei o beijo ofegante com alguns selinhos demorados - “acho melhor você ir para outro lugar agora e me deixar trabalhar”

“eu também acho” - sorri, ele se afastou e eu desci da mesa - “eu te amo”

“eu também... ah, mais tarde vamos sair... parece que o Frank quer nos apresentar a namorada dele” - me virei e olhei para ele assustada - “é, foi a mesma reação que eu tive ao telefone” - ri

“ok, só me avisa para eu começar a me arrumar ok?”

“pode indo começando então, que até lá você ainda descobre 87465345763465 coisas para fazer antes de sair” - fingi uma risada animada, ele sorriu. Antes de eu sair, ele me mandou um beijo, sorri e fechei a porta.

Frank's POV

Estava nervoso, minhas mãos estavam suando, mas que merda eu parecia um garoto de 15 anos, em casa sozinho com a namorada e virgem. Parei em frente aquela porta e fiquei encarando ela por minutos, eu ameaçava em tocar a campanhia mas a coragem não deixava eu realmente fazer aquilo. Respirei fundo e toquei ela, demorou alguns segundos até eu ouvir um barulho vindo de dentro da casa. Respirei fundo outra vez, ela abriu a porta e quando me viu abriu um sorriso

“demorou”

“um pouco” - sorri nervoso - “pronta?”

“aham, só um minuto” - ela entrou de novo, pegou uma bolsa pequena e a chave, saiu, fechou a porta a trancando e guardou a chave dentro da bolsa - “pretendendo me levar aonde dessa vez? Acho que estou muito arrumada... tá exagerado?” - ela me perguntava enquanto andava comigo até o carro, eu não respondia nada só ria.

“relaxa” - olhei para ela - “você está linda”

“obrigada... por me deixar sem graça” - abri a porta para ela e ela entrou me agradecendo. Fechei a porta, dei a volta e entre no carro logo dando partida - “vai me fala, para onde vamos? você disse que era surpresa mas sou curiosa demais para aguentar surpresas”

“Lembra quando eu disse que eu queria que algumas pessoas te conhecessem? Então, hoje vou te apresentar a essas pessoas” - eu falei enquanto dirigia, ela me olhou apavorada

“e você... afe Frank te odeio” - ela emburrou e ficou de braços cruzados, eu olhei rápido para ela e ela estava com uma cara digamos fofa demais para eu ficar preocupado com aquela frase que ela tinha dito

“eu sei que é mentira, você me ama, já disse isso” - sorri - “claro, depois de ter me deixado completamente desesperado quando falou que preferia cookies e que amava eles mais do que a mim”

“drama hoje, drama amanhã, drama sempre... essa é sua filosofia de vida” - rimos, quem via de fora achava que nós dois eramos grandes amigos, e eramos de verdade, mas algo aconteceu nessa grande amizade que nem eu sei explicar direito. Chegando no lugar aonde eu tinha marcado com os caras ela começou a arrumar o cabelo e perguntando de 5 em 5 segundos se estava bem, mulheres. Sai do carro com ela e de mãos dadas entrei no pub que estava relativamente cheio - “você acha mesmo que vão te ver no meio dessa gente toda?”

“zoa mais não esculacha minha altura” - cheguei perto do ouvido dela - “você não reclamou disso uns dias atrás”

“estamos num espaço público, parou” - rimos, procurei eles com o olhar e vi Giovanna acenando igual uma louca - “acho que eles estão ali”

“liga não, a Giovanna tem problemas” - ela sorriu e foi me seguindo até aonde eles estavam - “oi gente”

“eu vou te respeitar hoje porque você está acompanhado” - Giovanna disse sorrindo - “oi, meu nome é Giovanna”

“Sophia” - Sophia estendeu a mão para a Giovanna, mas a maluca a abraçou como se fosse amiga dela a anos. Ok, ela já estava alterada ou aconteceu algo com ela e o Gerard antes dela vir para cá, vou ficar com as duas opções.

Giovanna's POV

Sophia parecia ser tímida demais para ser namorada do Frank, mas parecia ser uma pessoa legal. Frank depois apresentou ela ao resto do povo, ela ficou sem graça quando Ray disse que era muita areia para o caminhão de plástico de criança do Frank (o que fez todos rirem, até Sophia e Frank começar a bater em Ray, parecia duas crianças) ela ficou muito vermelha e eu tirei ela de perto daqueles malucos, começamos a conversar sobre tudo, ela foi se soltando comigo falando algumas coisas sobre ela e de como tinha conhecido o Frank

“eu fico impressionada porque ele te escondeu por meses”

“ele é um ninja, já disse isso para ele” - ela riu - “e você?”

“conheço esses doidos há muito tempo” - sorri - “mas não resisti aos encantos do Gerard”

“desculpe por falar isso mas... ele é lindo” - sorri - “se o Frank ouve eu falando isso, ele fica todo cheio de drama”

“Frank Iero drama queen, aquele ali será o próximo ator de algum musical dramático da Brodway” - rimos, eu tinha uma visão de frente deles, percebi que o Mikey estava um pouco deslocado dos outros, entretido em alguma coisa no celular - “eu to preocupada com ele”

“oi?”

“o Mikey, o irmão do Gerard... eu to preocupada com ele”

“porque?”

“ele tá assim, triste, há dias” - continuei olhando para ele - “eu sou muito ligada a ele, sempre fui, e sei quando ele não está bem”

“já tentou conversar com ele?”

“não, não tive coragem” - mordo meu lábio de leve - “talvez depois eu tente conversar com ele, mas continuando...” - passamos a conversar sobre coisas aleatórias, tinha razão Sophia era legal e tinha algumas coisas em comum ao Frank, isso era difícil de se encontrar por ai, esse meu pensamento não foi feliz, eu sei. As vezes ainda olhava para eles e meu olhar uma vez se encontrou com o do Mikey, sorri para ele e não recebi o mesmo sorriso de volta, o chamei para vir até a mim e ele veio - “olá meu amor” - beijei o rosto dele

“oi” - ele sorriu fraco - “não vou atrapalhar vocês não né?”

“não, ainda não estamos falando mal de vocês” - Sophia sorriu

“aconteceu alguma coisa?” - perguntei olhando para ele, ele negou com a cabeça. Eu sabia que ele não ia falar, era difícil ele se abrir assim, mas perto de outra pessoa que ele não conhecia direito

“vocês querem que eu saia para conversarem?”

“você se importaria?”

“claro que não, vou ficar um pouco com aquele baixinho... olha quem fala” - ela se levantou e deixou nós dois sozinhos

“agora pode falar” - cheguei mais perto dele

“eu to me sentindo mal pela Brittany, não... não esperava que ela fosse ficar assim, me ignorando”

“dá um tempo para ela” - comecei a mexer no cabelo dele, fazendo carinho para ver se ele liberava um pouco aquela angustia que dava para ver no olhar dele - “eu também estava me sentindo mal por isso, mas vou aceitar o tempo que ela precisa para digerir essa história que aconteceu, é normal” - ele me olhou - “não gosto de te ver assim”

“eu vou tentar ficar melhor, por você” - ele sorriu, pegou minha mão e a beijou. Eu percebi que estava próxima demais, quando fui me afastar um pouco ouvi aquela voz

“estou atrapalhando alguma coisa?” - nós dois olhamos para aquela figura séria, olhando de um para o outro e tentando controlar a respiração pelo jeito que estava respirando, eu ainda vou entender esse ciumes dele com o Mikey.