Um pouco mais tarde,a alguma distância dali, o Príncipe caminha pela estranha cidade na qual acordara após ter sido engolido pelas areias do tempo. Ele acaba por chegar em um grande galpão de uma fábrica abandonada. Ele adentra para explorar, o telhado parcialmente desabado tornava o ambiente bem iluminado, e logo ele percebe que não estava sozinho naquele local. Pouco a sua frente, separado dele por uma pilha de escombros, ele percebe um vulto de capuz branco. Ele logo reconhece e murmura consigo mesmo:

— ¨Um hashishi... Zurvan deve tê-lo contratado para me eliminar, o covarde manda outros fazerem o trabalho sujo por ele...¨

O príncipe leva a mão à empunhadura da espada que levava na cintura e prepara-se para desembainhá-la e atacar. Ele salta, tentando um ataque aéreo, porém o assassino percebe, desembainha sua espada rapidamente e em um reflexo bloqueia o ataque. Os dois passam a trocar uma sequência de ataques, bloqueios e esquivas. Após um desvio, o príncipe corre até uma parede próxima, corre por ela e se lança em um hábil ataque, porém Altair consegue se esquivar e parte ele para um ataque, tentando surpreender seu adversário com sua lâmina oculta. O príncipe porém, como que antecipando tal movimento, agarra o braço de Altair, desvia da lâmina, gira para trás do assassino, torcendo seu braço e acerta um golpe nas costas dele com a coronha da espada. Altair é empurrado um passos para a frente enquanto o príncipe lhe diz imponentemente:

— ¨Sua lâmina oculta, e nem qualquer outro de seus truques poderão me surpreender, assassino!¨

— ¨Você fala no dialeto dos persas... Como sabe de minha lâmina?¨ - o assassino observa e questiona.

— ¨Foi com uma destas que Dario foi assassinado, entregando meu povo ao domínio de estrangeiros! Foi por isso que quando meu pai reconquistou o trono da Pérsia para os persas, vocês Assassinos foram expulsos de nosso território!¨

Diante de tais fatos Altair questiona seu adversário: ¨Quem é você?¨, ao que o príncipe lhe responde: ¨Você não precisa saber meu nome, apenas deve saber que sou o Príncipe da Pérsia!¨ enquanto investe em um novo e feroz ataque contra ele. Altair passa a apenas se defender, como se tentasse falar algo para o príncipe, porém o ritmo incessante dos ataques não lhe permitia terminar qualquer palavra que tentasse pronunciar. Por fim, o príncipe acerta um chute na perna de Altair, fazendo-o se curvar, outros dois golpes são desferidos em sequencia, um chute giratório e um terceiro chute muito forte, que lança o assassino alguns metros a frente.

Vendo Altair caído ao chão, o príncipe antecipa um ataque com a espada e avança gritando: ¨Você pagará por todo o mal que seu clã fez a Pérsia!¨ Porém, enquanto se aproximava, o assassino lhe chama a atenção: ¨Espere! Você é um dos filhos de Shahraman, não é?!¨ O príncipe para, o encara lhe apontando a espada e lhe questiona: ¨Zurvan não lhe contratou para me matar? E o que sabe de meu pai? Responda-me!¨ Ao que Altair começa a lhe dizer:

— ¨Não faço ideia de quem seja este Zurzan... E só o que sei sobre Shahraman, o Sábio e Justo, é o que você disse, ele reconquistou o trono da Pérsia e expulsou os Assassinos de seus domínios. Porém sei que a história não termina nisso, ela conta que os Assassinos foram aceitos novamente pelos persas por um dos filhos dele, o qual os livros não lhe preservaram o nome... E de fato, os Assassinos foram tão bem aceitos na Pérsia, que, quanto O Velho da Montanha decidiu revelar ao mundo nossa existência, escolheu a região de Alamut para sua primeira fortaleza.¨

— ¨Hum...¨ - o príncipe considera - ¨não sei se devo acreditar em sua história, mas se não és meu inimigo, poderás me ajudar a derrotar o Vizier.¨