Minha Melhor Amiga É Uma Assassina escrita por B Volturi


Capítulo 24
Capítulo 24 - Inicio do Fim.




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Logo que Matt saiu pela porta dos fundos eu puxei o gatilho fazendo mira na cabeça dela, Lisa fez o mesmo. Ambas erramos.

–Ora veja só, não é que a mocinha aprendeu a atirar. – Ela riu.

–Cala boca. Vamos ver o que você sabe fazer. – Nos minutos seguintes não pensei em nada que fosse me fazer voltar atrás da minha decisão, atiramos uma contra a outra até que nossas armas descarregassem por completo.

–Peggy, você realmente acha que pode me vencer?

–Claro que acho, alias eu já venci.

–Esqueceu que eu estou com aquela sua irmã catarrenta estúpida?

–Ah é, então vai lá em cima e veja você mesmo. Ela está a salvo. Você não tem mais trunfo Lisa.- Por um momento a mascara impecável de dela se transformou em um rosto consumido pelo medo. Os olhos de Lisa queimavam em brasa, mas por mais entranho que pareça não senti medo algum.

O rosnado dela quebrou o silêncio, ela voou em cima de mim, me fazendo bater fortemente a cabeça na quina de algum móvel, o impacto me fez perder a visão por alguns segundos. Levei vários socos na cara, estava apanhando feio, mesmo tendo arrancando um tufo enorme dos cabelos dela. Por mais que eu tentasse alcançar o canivete que Matt me dera, eu simplesmente estava presa, com o corpo daquela vadia em cima de mim.

–Vai desistir Kate? – Ela perguntou com tom de vitória.

–NUNCA. – gritei em resposta.

Consegui ficar por cima dela enquanto lutávamos, meu nariz estava parecendo mais um rio de sangue, e com certeza meu corpo iria se encher de hematomas.

– Lisa, não precisa ser assim, você pode se entregar, ser como todo mundo. – Eu disse mesmo sabendo que seria inútil.

–Pra quê? Pra você continuar sendo a boazinha? A queridinha? A preferida de todos? Não dessa vez amiga. – Ela cuspiu as palavras com tanto ódio, que nem eu mesma soube o por que.

–Como assim?

–Não se falsa de sonsa Kate. –Ela me acusou como se eu fosse a psicopata aqui, não ela. –Você sempre teve tudo que eu quis. Olha pra você, nojenta de tão feliz. – Um gancho forte me derrubou de novo. – Você nunca teve alguém lhe dizendo o quanto você era estranha, te batendo, gritando com você...Você sempre teve um bando de seguidores. Coisa que eu nuca tive, mas você sempre tão esperta descobriu sobre mim. Era tudo perfeito, eu ia me vingar de todo mundo que me humilhou na minha antiga escola, você era um disfarce perfeito para os meus treinos com a gentinha daqui. Calma, educada, bonita, se eu fosse sua amiga ninguém ia suspeitar de mim... Porém, eu não contava com sua inteligência. – Ela riu, tentando me dar outro soco, com sorte eu desviei e ela desferiu o golpe contra o chão da casa.

–VOCÊ É UM MONSTRO COVARDE! – Gritei puxando outra mecha grossa do cabelo dela.

–Seu namorado e a pirralhenta serão os próximos.

–Vai ter que me matar antes.

–Com prazer.

Balancei a cabeça negativamente, pegando o canivete de Matt e cravando profundamente na barriga dela, Lisa urrou de dor, saindo de cima de mim.

–Muito inteligente Kate, mas tem certeza que essa foi sua melhor escolha? – Ela rastejou pela sala na direção de sua arma, pela razão mais estúpida do mundo eu não fiz nada, ela engatilhou a arma e disparou. Não senti nada além de uma forte pressão no tórax, seguida de uma dor muito forte, toquei no meu peito e um líquido quente escorria de uma feria aberta, encharcando toda minha blusa, eu estava sangrando, Lisa tinha conseguido me matar. Era assim que acabava.

–Matt... Eu te amo... –E de repente tudo fica escuro.

Ponto de vista: Matt.

Estava voltando para o esconderijo após deixar Sophie com Cris, ela havia me contando a história de como Lisa foi parar em um orfanato e de como soube que a mãe adotiva dela, não dava a mínima para a filha.

Flash Back On:

–Há pouco tempo descobri que Lisa vive em péssimas condições, o abandono da minha parte e o da mãe adotiva devem ter causado feridas psicológicas nela.

–Não se culpe professora. –Disse tentando consola lá. - Lisa tem sérios problemas, e você nem ninguém tem culpa de ela ser o monstro que ela é hoje.

Flash Back Off.

Enquanto dirigia pela estrada que levava a cabana na floresta, Anne, que tinha implorado muito pra ir, se agitava constantemente.

–Anne, calma, esse carro é roubado.

–É que eu estou com medo do que pode acontecer. – Ela confessou, olhando para os pés.

–Tá, você vai ficar do lado de fora, escondida, se eu precisar de você eu grito.

Depois de algum tempo, chegamos a casa, o silêncio fazia meu coração querer explodir e meu estômago se contorcer. Entrei calmamente, mas a cena que eu vi acabou comigo. Peggy, deitada no chão com um ferimento horrível no peito.

–PEGGY! – gritei e logo Anne apareceu. – Volta, por favor, meu anjo. – eu chorava desesperado.

–Calma Matt, eu vou chamar um ambulância.

–Anne, ela tá viva. –Senti a fraca respiração fraca dela sobre o meu pescoço. – Anne vai rápido, a Peggy tá viva! Fique forte, minha linda.

A ambulância chegou rápido, apesar do fato dos paramédicos andarem na mata fechada por meia hora. E é claro que a equipe, fez o favor de chamar a policia, uma hora depois, eu, Anne acompanhados pela Senhorita Morello e por Sophie, prestamos depoimento sobre como fomos parar no meio do nada, com duas garotas baleadas. E pra melhorar de vez a situação meus pais voltaram de viajem e acabaram por me achar na delegacia.

–Matthew Davidson Junior, posso saber o que você está fazendo aqui? – Minha mãe gritou comigo surtando.

–Mãe, olha eu mereço um sermão de três dias e ficar de castigo até os sessenta anos, mas, por favor, me leva pra ver a Peggy. - Pedi com lagrimas nos olhos.

–Como assim filho? –Meu pai se pronunciou pela primeira vez

–Ela tá no hospital baleada, no carro eu te conto.


–Oi, eu queria visitar Kate Elizabeth Robbins, ela deu entrada hoje.

–Você é da família? –a Recepcionista me perguntou como se eu fosse um criminoso.

–Não, sou namorado dela.

–Receio que o senhor não poderá vê lá

–Ok, eu volto outro dia. – Ela pareceu se convencer com a minha história, mas eu tinha um plano em mente, esperei até que ela saísse do balcão para almoçar, depois me esgueirei até a mesa dela e joguei o nome de Peggy no computador, 14º andar na UTI.

O elevador subia lentamente os andares, enquanto eu me preparava para tudo, desde o melhor e encontrar Peggy sorrindo, até hipótese de perder o amor da minha vida.

Infelizmente isso não ajudou, ela estava cheia de tubos e inconsciente, aquela imagem corroeu meu coração, por um momento pensei que fosse desmaiar, porém eu tinha que ser forte. Sentei na cama e chamei

–Hey linda. – Ela pareceu me ouvir e respondeu numa voz completamente rouca.

–Hum... Amor?

–Shhhh! Graças a Deus, você está melhor. – Tirei o cabelo de seu rosto.

–O que aconteceu?... Eu me lembro da Lisa e de...

–Hey, tá tudo bem, Lisa se foi, você conseguiu.

–E a Soph?

–Ela tá bem, ela e Anne devem estar meio preocupadas, já que eu fugi da delegacia.

–Delegacia? – Ela quase gritou.

–Pshhhh! Longa história, depois eu te conto, agora descanse meu anjo.

–Hey Matt, ela perguntou quase dormindo, promete que isso não é um sonho, que você vai me amar pra sempre?

–Claro, eu nunca vou te deixar. – E assim, ela adormeceu nos meus braços.



(Continua) 



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Notas finais do capítulo

Gente, tá acabando, mas semana quem vem tem um capitulo bônus, especialmente para os meu lindos leitores. Espero que tenham gostado do final, e me perdoem, mas como eu disse, nos últimos dias eu andei muito triste mesmo. Obrigada a todos que leram. Beijos.



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