Olhos Verdes escrita por Scarecrow


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Heey Guys.Desculpe a demora,eu ando muito ocupada,mas aqui ta o segundo capítulo,e já vou postar todos que tenho prontos aqui. XOXO



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Não sabia o que dizer, não sei mais de nada. Está tudo preto, sem nada ou ninguém ali, uma cena catastrófica. Qualquer um temeria nessas situações, eu inclusive, já que sou uma medrosa ao extremo mas, por incrível que pareça, não estou com nem um pingo de medo. Um arrepio assombroso, gelado, rápido, percorre por alguns pequenos instantes as minhas costas, sinto algo parecendo uma bomba na minha perna direita, não consigo distinguir o que é.  Tudo para. Não sinto mais nada, nenhuma parte do meu corpo, nem arrepios ou bombas em qualquer uma das pernas, nem nada! Quando acho que tudo está acabado vejo uma luz, distante mas consigo vê-la perfeitamente. Sinto um choquinho no meu peito, tento me mexer para passar a mão lá, mas não consigo, estou paralisada, olhando somente para a luz. De repente, vejo um vulto passando correndo, ouço vozes, gargalhadas da Bettany mais especificamente, ela e sua gangue, sinto elas olhando para mim, de um jeito medonho, aterrorizador. Começo a ouvir gritos, choros, conversas nada interessantes sobre Stephany Har Drew e seu novo namorado, alguém que nunca ouvi falar.

Do nada tudo vai ficando mais claro, e quando abro meus olhos, me vejo espatifada na quadra de esportes da escola, Bettany e sua ganguezinha de nada me olham horrorizadas com a cena que estão vendo, umas meninas fofocando sobre Stephany Har Drew, e a professora de educação física me olhando assustada, consigo me mexer, e todos começam a me perguntar coisas estranhas, pelo que ouvi parece que levei uma bolada e fiquei cinco segundos apagada no chão.

—Você está bem?—a professora de educação física me pergunta de um jeito educado.        

Consigo responder só um resmungo:

— Sim, está... Está tudo bem.

Ela me ajudou a levantar e me deu um papel que dizia:

    “Annabeth Risen, aluna do 8º ano, foi dispensada pela professora Margharett Daimond, da aula de educação física, pois sofreu um acidente, nada grave. Obrigada!

E me mandou entregar para o diretor. Ele não me deixou ir embora pois meus pais estavam fora da cidade por enquanto, então passei o resto da manhã no refeitório escutando música no meu novo Ipad, que ganhei da minha tia quando ela veio nos visitar semana passada, e também fiz umas lições atrasadas.

Na hora do almoço, eu e minha amiga fomos até a lanchonete da esquina e pedimos uma pizza. Não sei por que, mas ela perguntou:

— Ann... —Como não dei muita bola para o que ela ia dizer, ela resolveu continuar insistindo.                —Annie, o que foi aquilo lá na quadra? —disse Sam. —Porque você fez aquilo?

—Aquilo o quê? — minha cara é de to- nem- aí- para- essa- conversa, o que era um pouco de verdade, mas não estava entendendo nada do que ela estava falando.

—Você sabe aquilo! — Nessa hora eu a olhei com cara de desentendida, ela me olhou brava mas logo falou—A gente tinha um trato. Eu jogava a bola na Bettany, ela ia jogar de volta em mim, e daí eu apagava e o Luke me socorria, mais o plano foi por água a baixo quando você foi jogar a bola pra mim e acabou acertando ela. Então a Bettany te acertou e você caiu dura. —Ela terminou de contar e estava quase chorando. Não sei por que alguém choraria por não ter desmaiado! — Agora me diga, por que você acertou ela?

—O quê? Não foi culpa minha, e sinceramente, eu não lembro de nada que aconteceu lá na quadra. Muito menos antes disso. A única coisa de que me lembro é você me chacoalhando feito uma louca. Que por sinal não só parece, você é uma louca completamente.

— Fala sério Ann, não brinca com essas coisas. Eu aqui quase me desaguando e você aí brincando com meus sentimentos, que por sinal são muito frágeis!

— E por acaso eu estou fazendo alguma piadinha aqui? —Ela parece uma retardada desse jeito, mais é só minha retardada e de mais ninguém! — Por que você acha que eu brincaria com seus sentimentos que são tão frágeis?É algo sem sentido.

—Sim várias piadinhas.

—Então me diga uma.

—Hum, não sei mas...você está sim!

—Sam.

— O que foi?

— Pare de ser tão infantil. Até parece que é algo superimportante ser resgatada por um menino, e... Não existe só uma chance, aposto que você vai ter várias outras, além do mais você está mais preocupada porque seu plano não deu certo do que comigo, que “cai dura” e não me lembro de nada que aconteceu antes disso, e mal me lembro de ontem ou até mesmo semana passada. Mal me lembro quem sou eu. Minha família, não me lembro muita coisa, só me lembro que tenho um pai e uma mãe, e uma irmã muito pivete. Então me diga, qual é a piada nisso tudo? Por que não me lembro de nenhuma piada em nada do que disse!

—Annie, tudo isso que você falou é sério?Você não se lembra da Nada? — Balanço a cabeça fazendo sinal que não. —Nada mesmo? Ou é só... Hum, quem sabe... Talvez seja, Hum...  A batida na cabeça, de quando você caiu ou quando levou a bolada.

 —Não sei, mas isso é estranho. 

—Menina, você precisa de um médico urgente!

—É acho que é bom mesmo né?

—Aham.

Logo que terminamos de comer, Sam pagou nossos pedaços e fomos embora. Como a aula havia acabado e não tínhamos nada para fazer, resolvemos ir dar uma volta na praia e comer sorvete. Por mais que pareça uma pessoa chata, Sam é legal. Ela só é meio pirada da cabeça de vez em quando, ainda mais quando se trata do Luke, ou como prefiro para irritar ela: Lucas. Eu não inventei aquele nome só para irritar a Sam, é o nome dele, mas ela não gosta que o chamem assim. Paramos numa lojinha de bugigangas e ficamos olhando por algum tempo, o tempo do sorvete acabar. Até que tinha algumas coisas bem legais lá, por exemplo, uma fonte de elefante, um pingüim com roupa de praia, etc. Mas o que mais gostei foi um anel, não era chique nem nada, era até bem simples, dourado ou até mesmo ouro, não sei direito, com desenhos de linhas que formavam uma adaga antiga feitos em prata, e bem no meio uma pedra azul escuro em formato de uma cabeça de pomba com olhos verdes marcantes, que pareciam olhar intensamente para mim, só para mim, o que achei meio estranho, mas mesmo assim lindo. Sam gostou de um ratinho que cantava músicas de rock em ópera, a coisa mais estranha que já vi mais era engraçado, ela apertava o botão de play e começa a rir feito uma louca. Eu me divertia de verdade com ela.

Quando ela pagou o ratinho e saímos de lá, estava chovendo então resolvi ir para casa por que não queria pegar um resfriado. Sam também foi para sua casa. Logo que viro a esquina de minha rua, percebo uma coisa, não lembro qual era a minha casa. Será a de cor verde, ou a de portões amarelos? Ou até mesmo quem sabe, a que tinha florzinhas azuis, ou a com uma arvore de cerejeira na frente? Era uma imensidão de cores, até que quando tiro a mão do bolso me vejo segurando um desenho de uma casa, com paredes azuis claros e portões de madeira nova, bem simples mas parecia aconchegante. Resolvo continuar andando e, quando chego no fim da rua, me deparo com uma casa igualzinha ao desenho, fico analisando a casa e o desenho por alguns segundos, e percebo que bem no cantinho do desenho tem as iniciais A.R.1997, e quando olho para a casa novamente vejo que o número dela é 1997 e o nome da rua é Alfred Rolk ,quando percebo então A.R1997, significa o número da casa e o nome da rua, de onde eu moro. Ou pensando melhor, A.R1997 Annabeth Risen 15-08-97, minha data de nascimento, isso soou estranho para mim mas, mesmo assim abri os portões e entrei. Lá dentro estava com cheiro de biscoitos de blueberry recém saídos do forno, a casa estava bagunçada mais de um jeito organizado, ouvi latidos de cachorro e barulho de TV. Quando cheguei à sala vi um homem sentado assistindo ao programa de esportes, ele nem me viu passando, na cozinha estava uma mulher fazendo biscoitos, que pareciam um pouco tostados, nos fundos havia uma cachorrinha da raça pastor alemão e ela estava tentando pegar um gato que estava fugindo para o vizinho. Quando a mulher me viu foi logo me abraçar e veio dizendo:

 —Annie... Que bom, chegou bem na hora do lanche, fiz uns biscoitinhos do jeito que gosta, azuis feito o céu. A Sam não quis vir hoje? — Ela era bonita, tinha os cabelos vermelhos presos em um coque estilo bailarina, acho que era porque estava cozinhando, olhos acinzentados iguais aos meus e bochechas vermelhas de ficar perto do forno, pele bronzeada, uma típica praiana. — Fiz o suco que ela gosta pensando que ia vir.

— Ela foi para casa por causa da chuva, não queria que se molhasse por que estava de roupa nova, sabe como ela é. — Falei isso mas fiquei com a impressão de que a mulher não sabia como ela é, então fiquei quieta.

— Coloque a mesa para mim, e vá dar comida á Furfly. —Enquanto eu fazia o que mandou, ela foi logo gritando com o cara sentado na sala— Ande Frederick venha comer. Os biscoitos já estão prontos e Annie já chegou.

—Já estou indo querida só vou esperar o comercial, e diga a Ann, que deixei uma surpresa no seu quarto espero que goste. — Disse o cara chamado Frederick.

—O.K. —Olhando para mim a mulher disse—Ann ouviu seu pai, vai lá ver o que é. Nem eu sei.      

—A sim estou indo agora mesmo! —Quando chego no “meu quarto” me deparo com um pacote em cima da cama, deixo a minha bolsa da escola em uma cadeira e me troco, quando termino resolvo abrir e, para minha surpresa, era um colar em formato de coração que quando aberto dizia: “Nós te amamos!” bem grande e pequenininho em baixo escrito: “de seu pai e sua irmã”.

Achei bem bonito, e fofo da parte deles se lembrarem de mim, acho que foi o que pedi de natal... Quando tinha 13 anos, ano passado. Coloquei no pescoço e fui comer.Quando cheguei na mesa, notei que havia uma cadeira vazia.Alguém não estava lá!

— E ai Ann, o que achou? —Disse o cara chamado Frederick, que pelo que parece é meu pai! —A Meggy que escolheu.

—Ah. O colar. Gostei. —Falei segurando e olhando para ele no mesmo instante em que falava—Achei... Fofinho. Foi o que pedi de natal ano passado. —Era a mais pura verdade, mesmo não parecendo.

—Que bom.

—Bom... Vamos comer antes que esfrie. —A mulher falou olhando para mim e para o papai—Ah e, deixem alguns biscoitos para Meggy, vocês sabem que são seus preferidos.

Logo depois do jantar fui tomar um banho e me deitei para escutar um pouco de música. Enquanto escutava, fiquei pensando em como é bom ter uma família mesmo não se lembrando dela, mas seria melhor ainda se lembrasse.

Quando me dei conta já estava dormindo. 


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Notas finais do capítulo

eu sei,ta retardado masok,eu escrevi esse capítulo a muuuuito tempo atrás,quando eu tava na 7ª série,8º ano,da pra perceber kkk eu ainda não tinha dado um rumo pra ele,então ajeitei e deixei guardado,e agora estou usando ele...mas então,espero que gostem do capítulo de dois anos atrás kkkk XOXO



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