Para alguém acostumada a chegar sempre adiantada ao
trabalho, chegar em cima do horaria era a mesma coisa que estar atrasada. Pelo menos na logica de Sara.

Claro. O transito de Vegas nunca esteve tão caótico e não
seria hoje que ele lhe ajudaria, mas dirigir por ele com os pensamentos em outro lugar contribuiu muito para dobrar o tempo da viagem de seu apartamento até o laboratório, ela sabia disso.

Apesar de ter tentado deixar de pensar em seu irmão e naquele pesadelo, isso foi tudo que se passou em sua cabeça durante todo o caminho.

Por duas vezes outros carros tiveram que buzinar para que ela percebesse o sinal verde a sua frente.

Bom, ao menos não havia batido em nada, era só isso que
estava faltando.

Ao chegar em frente ao prédio do laboratório, Sara saiu do
carro com um suspiro profundo, limpando todos os seus pensamentos e seguindo para a sala de descanso.

Quando chegasse lá, tomaria um grande copo de café, sentaria em uma cadeira com alguma revista forense em suas mãos e esperaria pelo caso da noite pedindo para que ele fosse o mais cansativo possível, assim ela não teria tempo para sua vida pessoal.

Esse é um ótimo plano. Nada como um crime para tirar da minha cabeça meus próprios pesadelos. E nessa cidade isso nunca vai faltar...

Ela jurava que aquilo iria funcionar, mas não teve tempo de
por em pratica. Assim que entrou na recepção do laboratório viu toda a equipe correndo em sua direção.

–- Ei, aonde é o incêndio? ela perguntou assim que eles
se aproximaram mais.

–- Bom, hoje nós não temos um incêndio. Mas a cena de crime
fica na Avenida Carrion, numero 103, las Vegas, Nevada. Disse Catherine que ia a frente de todos.

–- Avenida Carrion? Acho que já ouvi esse endereço em algum
lugar...

–- Isso é bom Sara, talvez assim você dirija mais rápido
até lá.

–- É isso ai Greg. Talvez ela finalmente consiga acelerar o
carro de verdade. disse Warrick enquanto piscava para ela.

–- É. Talvez eu acelere o bastante para passar por cima de
vocês dois com ele. Sara respondeu um pouco mais alto já que nenhum dos dois parou para esperar por sua resposta, Mas ela ainda foi capaz de ouvir as gargalhadas que os dois deram do lado de fora.

–- Ei, calma ai senhora Dominic Toretto. Vamos lá, vá pegar suas coisas que eu vou ti dar uma carona, não quero que você caía na tentação de atropela-los, Grissom quer todo mundo lá com urgência,
parece que uma família inteira foi assassinada. Não é uma boa hora para ficar com dois investigadores a menos. -  disse Nick sem parar de andar.

–- Tudo bem então, mas quem é Dominic Toretto?

Nick não respondeu, ele já estava longe demais para ouvi-la.
Ela então resolveu deixar aquilo para depois. Outra hora ela arrancaria a
resposta dele, agora tinha que pegar suas coisas e seguir para uma cena de crime.

Avenida Carrion, numero 103...

Ela tinha certeza que já havia ouvido aquele endereço em algum lugar.

Bom... Isso também terá que ficar para depois. Uma família inteira assassinada é igual a um turno longo e cansativo... Tudo que eu estava precisando. Vai me ajudar a esquecer de algumas coisas...

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Se alguém perguntasse ao Capitão Jim Brass se ele gostava do seu trabalho e se sentia feliz em realiza-lo, ele provavelmente diria que era tudo que sabia fazer na sua vida. Mas que em certas ocasiões ele não se sentia feliz com o que via por causa dele. E essa com toda certeza era uma dessas situações.

Feliz... Felicidade era a única coisa que ele não sentia naquele momento.

Parado enfrente a casa onde havia entrado alguns minutos antes, Jim ainda repassava tudo que viu em sua cabeça.

Seria mesmo possível? Mas é claro que sim Jim! Não seja idiota, você viu a foto!

A maldita foto que agora estava guardada em seu bolço. Ele não sabia se o fato dele tê-la encontrado foi uma coisa boa ou extremante ruim. Afinal de contas, ela acabou com suas duvidas, mas infelizmente ela lhe havia tirado também a esperança de tudo aquilo ser apenas uma coincidência.

Está seria uma noite de cão. Ele sabia disso. Os corpos dentro da casa lhes disseram isso.

Jim ainda podia ver e sentir o cheiro de todo aquele sangue, o corpo na sala principal e a lembrança do momento que encontrou a foto quando notou o carro da criminalística parar próximo a casa. Viu Grissom descer dele e aproximar-se.

–- Então Jim, o que aconteceu aqui? A ligação estava péssima, a família inteira foi morta? Eu chamei a equipe inteira para esse caso.

Ao ouvir aquilo Brass não pode deixar de sentir-se mal.

A equipe inteira nesse caso? Mas droga. Seu rosto se fechou completamente com aquele pensamento e Grissom não deixou aquilo
passar.

–- O que houve Jim?

–- Você chamou toda a equipe? Até a Sara? - ele sabia que era uma pergunta idiota, mas não pode deixar de fazê-la, não poderia acontecer tudo de ruim de uma vez, poderia?

Talvez ela estivesse de folga, ou de licença ou... Ou qualquer outra coisa, menos vindo para aquela cena de crime.

--- É claro que sim. A equipe inteira!

–- Grissom, não sei como lhe dizer isso Brass deu um longo suspiro. Eu não sei mesmo como lhe dizer isso! - Nós temos um problema.

Grissom apenas esperou que ele continuasse.

–- As vitimas... Nós temos três. Uma mulher de trinta e dois anos e seus dois filhos, o marido esta no trabalho. Deve chegar em breve...

–- E o que Sara tem haver com isso? Grissom quis saber.

–- A casa está no nome do marido Grissom. James, James Sidle. ele esperou que o amigo dissesse algo, mas Grissom apenas o encarou -O nome das vitimas são Vanessa, Jéssica e Michael Sidle.