Pov. Sophie

Acordei com som alto do meu despertador. Mais um novo dia em Londres, uma das maiores cidades do mundo. Olhei na janela e a cidade estava agitada demais para uma terça-feira de manhã, mas não dei muita importância pra isso.

Lavei o meu rosto com água fria e encontrei uma roupa para vestir (http://www.polyvore.com/sophie/set?id=44193122). Prendi meus cabelos loiros em um coque bagunçado e destaquei meus olhos castanhos com rímel e lápis marrom. Guardei meus livros na mochila, peguei a minha câmera, meu skate e meu violão e saí em direção a faculdade.

Eu faço um curso de fotografia em uma grande universidade no centro de Londres, que fica a poucos minutos do meu apartamento. Daqui a alguns meses vou ter o meu diploma.

Coloquei o meu fone de ouvido e entrei em meu próprio mundo, não prestando atenção em nada que estava a minha volta.

– Hey Sophie! - me chamou Sam enquanto eu guardava meu skate - Pensei que nunca iria chegar...

– É, eu me atrasei um pouco – olhei para os lados, e não havia praticamente ninguém na sala de aula. Sam estava sentada na sua carteira, com 3 livros de literatura encima da mesa ao lado de sua câmera. Sam tem cabelos pretos e olhos azuis, e usava uma roupa bem no seu estilo (http://www.polyvore.com/sam/set?id=44192400). Ela é a minha melhor amiga desde... desde sempre! - Oi pra você também Sam.

– Oi sua chata.

– Cadê todo mundo? Vai ter aula hoje? - perguntei sentando na cadeira a sua frente.

– Eu acho que não, toda a sala faltou. - ela pensou – Vamos dar uma volta pela cidade? A gente pode encontrar um lugar pra você terminar a sua música.

– Pode ser.

– Então anda sua preguiçosa – me puxou para fora da sala e logo já estávamos matando aula em Londres, caminhando pela cidade sem nenhum lugar em mente. Paramos em uma Starbuck que estava completamente vazia. Só as atendentes jogando conversa fora e contando as fofocas do dia. É aqui que vou terminar de escrever a minha música.

Na verdade eu escrevo só para mim mesma. Quando os sentimentos ficam presos dentro de mim eu tenho a impressão de vou explodir, então é bom colocar tudo pra fora, em forma de melodia. Isso me acalma, e muito.

Sentamos na mesa mais afastada da cafeteria e fizemos nossos pedidos: 2 capuccinos. Os funcionários pareciam não ligar de ter duas garotas cantando e tocando violão no meio da lanchonete. Olhavam para nós entediados e voltavam a conversar entre si.

Enquanto eu me concentrava em encontrar os acordes perfeitos no violão, a Sam me ajudava a terminar de escrever a letra da música. Os versos saiam com bastante facilidade. Ficamos assim por um tempo, escrevendo, tocando, rindo e comendo. Como era bom matar aula. Nossa mesa estava forrada de papeis alheios, nossas câmeras, partituras, e o meu caderno, que tinha todas as músicas criadas por mim, e os nossos skates no pé da mesa.

– Que música profunda, nem parece que fomos nós que escrevemos... - comentei olhando a partitura.

– É verdade – concordou Sam tirando o papel da minha mão. - Ficou muito boa.

Assenti com a cabeça e eu comecei a tocar outras músicas no violão, enquanto a Sam dava risada e cantava junto comigo. Eu estava tocando Long Live da Taylor Swift quando algumas pessoas entraram na Starbuck, e nós tivemos que parar. Algumas pessoas não, alguns garotos. Muito bonitos por sinal.

Sam olhava para eles atentamente e eu somente desviei o olhar, que pareciam recuar com a nossa presença. Garotos metidos de Londres, eu pensei. Continuamos a conversar como se eles não estivessem ali. Voltei a tocar violão e sem perceber estava tocando a minha música recém-criada, Chasing Cars.

We'll do it all,

Everything,

On our own.

We don't need

Anything

Or anyone.

If I lay here,

If I just lay here,

Would you lie with me and just forget the world?

I don't quite know

How to say

How I feel.

Those three words

Are said too much.

They're not enough.

If I lay here,

If I just lay here,

Would you lie with me and just forget the world?

Forget what we're told

Before we get too old.

Show me a garden that's bursting into life.

Let's waste time

Chasing cars

Around our heads.

I need your grace

To remind me

To find my own.

If I lay here,

If I just lay here,

Would you lie with me and just forget the world?

Eu parei de cantar na metade da música e os meninos estavam todos concentrados na gente, como se esperassem que nós tocássemos mais músicas. Eu e a Sam nos encaramos.

– Sophie, porque aqueles garotos ainda estão olhando pra gente? - sussurrou.

– Eu não sei, para de seduzir eles – nós rimos.

– Bem eu né sua loira. - revirei os olhos.

– Pra onde nós vamos agora? - perguntei com minha voz voltando ao tom normal.

– Não sei, vamos pra pista. A gente se encontra com a Thalita lá daí. Ela deve ter matado aula também.

– Ok. - me levantei e fui até o caixa pagar os nossos pedidos. Encontro um dos garotos lá e me obrigo a ser educada.

– Oi – eu o cumprimentei. Ele se virou rapidamente, um pouco assustado, e eu soltei uma risada abafada.

– Oi – ele sorriu para mim. Ele tinha cabelos loiros e olhos bem azuis. Um rosto lindo e um sorriso encantador. Eu lancei um sorriso tímido. Cara, como ele é lindo. Olhei para Sam e ela estava ocupada demais mexendo na sua câmera; ela perdeu essa. - Sou Niall – o garoto loiro estendeu a mão e eu a apertei.

– Sophie.

– Você toca violão muito bem – disse enquanto saia do caixa.

– Obrigada... Você toca? - perguntei.

– Aham. Desde que tinha onze anos. Foi você que compôs essa última música, não foi? - perguntou curioso. Então ele estava prestando atenção no que eu e a Sam estávamos cantando.

– Er, foi sim... - olhei para baixo.

– Ficou linda... Podemos combinar de tocar juntos algum dia. - coçou a nuca, levemente corado.

– É uma ótima ideia – ele sorriu e nós trocamos telefones. Niall parecia ser muito simpático, e muito fofo. Não é preciso conhecê-lo muito para saber disso.

– Sabe, eu não tenho nenhum compromisso agora... podemos tocar aqui mesmo. O que acha?

Eu hesitei por um segundo, mas logo já havia aceitado o convite.

– Por mim tudo bem.

Niall me acompanhou até a mesa que eu e a Sam estávamos sentadas, e eu puxei uma cadeira.

– Sam – sentei, a chamando – SAMANTHA! - gritei.

– O que é? - falou irritada, desviando o olhar da sua câmera e encarando o Niall, que estava ao meu lado.

– Sam, esse é o Niall – ela sorriu maliciosa para mim.

– Oi... sou Sam.

– Prazer. - ele sorriu e Sam quase que babou. Ele fez fez um sinal para os outros garotos e eles já estavam vindo em direção a nossa mesa.

– Sophie e Sam, esses são Zayn, Harry, Louis e Liam. - apresentou, apontando respectivamente para eles.

– Oi – eu e Sam falamos ao mesmo tempo.

Zayn tinha cabelos pretos, raspados do lado e uma tatuagem no braço. Harry tinha olhos verdes e cabelos encaracolados, enquanto Louis tinha cabelos castanhos e olhos azuis. E Liam tinha olhos e cabelos castanhos, um pouco ondulados. Pareciam todos muito simpáticos. E lindos, é claro.

Eles puxaram umas cadeiras para se sentar e eu peguei o meu violão; quando os 5 começaram a cantar, eu os reconheci. Eles eram o One Direction.