Amy desceu as escadas correndo para ajudar Nellie com a bagagem. Ela, o irmão e a au pair haviam viajado para o Havaí como uma viagem de férias. Porém, ela mal esperava o que estava por vir, enquanto ela e Nellie estavam tirando as coisas do carro, seu irmão, Dan estava na praia desfrutando das águas da praia que ficava atrás da casa.

E não era só ele.

Um pouco mais a esquerda de onde estava Dan, Natalie Kabra andava desesperada nas areias, gritando ao telefone:

– COMO ASSIM NÃO TEM NENHUM VÔO DISPONÍVEL PARA A SUÍÇA?!!!- gritou ela para a pobre atendente da Kabra´s Airline.- VOCÊ SABE QUEM EU SOU?!!

–Não senhora, eu não sei.

– EU SOU NATALIE KABRA, ISSO MESMO MEU PAI PAGA O SEU SALÁRIO!

–Me desculpe, senhora- disse a atendente.- Os vôos para a Suíça estão canceladas em todo o país. A Suíça esta no meio de uma nevasca e...

–NEVASCA???- Interrompeu Natalie.- NÃO ME IMPORTA SE TEM UMA NEVASCA!! EU QUERO IR PRA LÁ HOJE MESMO!

–Me desculpe eu não posso ajuda- lá.- depois de dizer isso ela desligou.

Ela desligou na minha cara? Pensou Natalie Calma Nat, poupe sua beleza, ela não merece nem mais uma palavra sua e ...

–COMO ELA OUSOU DESLIGAR NA MINHA CARA?SE ELA ACHA QUE VAI FICAR ASSIM ESTA MUITO ENGANADA!!

Natalie já iria retornar o telefonema, porém viu seu IPhone vibrar.

Ela olhou para o visor do telefone:

Lina. K.

CHAMANDO...

Ainda bem, justamente a pessoa com quem ela queria falar, quer dizer a segunda pessoa, já que a primeira era com a agente com quem havia falado há pouco tempo. Ela atendeu:

–LARA!- disse ela.- Ainda bem que você me ligou! Precisava mesmo falar com você! Acredita que eu ainda estou no Havaí?

–Sério- disse a voz do outro lado do telefone.- Há quanto tempo você chegou?

–Sei lá uns vinte minutos, meia hora talvez.

–WOW! Já tentou ligar para a companhia aérea do seu pai?

–Já e acredita no que a atendente disse?

–O quê?

–Ela disse que eu não podia ir só por causa de uma nevasca de nada!

–Aff... É tão difícil arrumar empregados de qualidade hoje em dia.

–É, eu sei!- disse Natalie, o simples fato de falar com alguém que conseguisse de fato entende-la, ou seja sua melhor amiga, já a deixava mais a vontade- E o mala do meu irmão ainda quer tirar o meu closet.

–Menina, e eu achando que minha vida era dura só porque minha mãe não queria me deixar comprar a nova coleção da Chanel.

–Eu sei- disse ela em um tom triste- Aí, aqui é tão horrível!

–Como assim?

–Sei lá, aqui é tão quente que acho que to vendo uma miragem! Eu até estou vendo o meu primo gato vindo na minha direção!

–Nossa se eu tivesse aí eu certamen...

–AÍ NÃO!!!- disse ela desesperada.- O MEU PRIMO GATO ESTÁ REALMENTE VINDO NA MINHA DIREÇÃO!!

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– Amy, pode subir eu termino tudo aqui em baixo.- disse Nellie.

–Você se oferecendo para ajudar?

Certa de que todos os anos usando os fones de ouvido haviam dado um curto-circuito na cabeça de Nellie, ela disse:

–É o fuso horário, vai tomar seu banho e vê se não reclama!

Amy riu, porem aceitou a proposta e subiu as escadas, indo para seu quarto. A porta estava encostada, mesmo de ela se lembrando de tela deixada aberta:

Deve ter se fechado com o vento, pensou Amy.

Amy entrou no quarto e foi para a sacada. Sentiu uma brisa fresca batendo em seu rosto.

O dia estava tão bonito, como se o dia se prepara-se para a sua chegada ao Havaí.

Enquanto ela olhava para o horizonte, Saladin seu gato gordo veio ao seus pés.

–Olha Saladin,- disse ela pegando seu bichinho- Acho que essa viajem não pode ser tão ruim assim, só não conta pro Dan.

O gato miou, provavelmente querendo dizer:

“Ei, me põem no chão” ou talvez “ Ei, você tem salmão aí?”.

Amy resolveu não arriscar, colocou-o no chão e disse:

–A Nellie esta lá embaixo, aposto que ela ira lhe dar um lanchinho.

No mesmo segundo, o gato saiu do quarto.

Amy tirou a atenção do gato e tirou sua mala de baixo da cama, onde a havia deixado.

Ela começou a desfazer as malas, e guardar as coisas no armário. Porém, na frente do seu armário havia duas malas pretas.

Normalmente, depois da busca pelas pistas, Amy era mais atenta aos detalhes, porém mal tinha as notado.

Dan, pensou Amy, Era claro que aquele cabeça oca havia deixado as coisas no primeiro quarto que viu e saiu para a praia!

Porém quando olhou para a etiqueta da mala, ela gelou.

Na etiqueta estava escrita em uma caligrafia chique:

Kabra, Ian

Londres, Inglaterra

–AMY????- disse uma voz atrás de mim.

Era o dono da mala.