Believe escrita por emeci


Capítulo 13
10 - Agora você não quer esquecer


Notas iniciais do capítulo

Que saudades de vocês suas fofas? Então, tudo bem? Está aí em baixo okay? Só para vocês.
Sempre foi só para vocês. E sempre será :)



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10º Capítulo

(…) Now you don't wanna let go (…)

Pisquei os olhos diversas vezes, até me sentir desperta. Depois, sorri automaticamente. Aquele lerdo tinha se lembrado de desligar a tv. Sentia a mão dele encaixada na minha e a minha vontade era ficar ali, para sempre, juntinha a ele, onde a sua respiração calma batia no meu pescoço. Me virei devagar para ele e sorri quando reparei que estava dormindo. Parecia um anjo. E eu queria enchê-lo de beijos porque ele estava super fofo. Ao invés, lhe dei um beijo no nariz, sem o querer acordar. Devagar, arrastei a coberta de cima de mim, assim como o braço dele que me rodeava para me sentar. No entanto, quando o ia fazer, Justin agarrou na minha mão.

--Onde você vai? – ele falou com voz de sono.

Olhei para ele. Estava esfregando os olhos. Fui incapaz de conter um sorriso.

-- Vou preparar qualquer coisa para comer. – me levantei e ele rebolou para o lado, bocejando. Eu ri. Que garoto idiota. – Onde você encontrou essa coberta? – perguntei. Era do meu pai. Costumava estar no quarto dele.

Ele olhou para mim e depois se sentou, lentamente. O cabelo dele estava engraçado. Estava despenteado. Ri.

--Não fui eu que peguei essa coberta – ele falou, pegando no objecto.

Ergui o sobrolho. Como não tinha sido ele? Estava alguém em casa? Foi aí que vi um bilhete em cima da pequena mesa em frente ao sofá. Peguei nele e o li.

“Carol,

Como você e Justin estavam dormindo quando cheguei decidi ir às compras para não vos acordar. Trago o lanche para vocês.

P.S – Chego por volta das cinco e meia.”

--O que diz? – Justin perguntou, atrás de mim.

--Meu pai foi buscar o lanche o para nós. Chega daqui a – olhei para o relógio que estava pendurado na parede – meia hora.

Justin olhou para mim com o sobrolho erguido.

--Que horas são?

-- Cinco – respondi.

Justin arregalou os olhos e depois levou a mão à testa como se tivesse esquecido de algo.

--Merda! – ele falou.

--Que foi? – perguntei, o encarando.

--Tenho que ligar para a instrutora de canto ou ela me mata. – ele levou as mãos aos bolsos mas não tirou nada de nenhum deles – C, acho que deixei meu celular em seu quarto. Posso ir lá buscar?

--Claro. – eu falei.

Ele se aproximou mais de mim e sussurrou:

--Posso mesmo pequena?

Eu olhei para ele e me juntei mais, colocando minhas mãos à volta de seu pescoço. Acenei com a cabeça. Ele aproveitou a deixa e colocou as mãos na minha cintura.

--Só não rouba minha roupa interior não, tá?

Ele riu alto e me puxou mais para ele.

--Agora que você deu a ideia… - ele falou com um sorriso malicioso.

--Safado.

--Boba.

--Idiota.

Ele me deu um selinho e eu fechei os olhos.

--Linda.

Eu ri.

--Não era você que tinha que ligar para não sei quem ou morria hoje?

Ele acenou com a cabeça, num sorriso. Depois, me largou e caminhou até meu quarto. Ia-me sentar no sofá quando a campainha tocou. É, meu pai chegara antes que o previsto. Me dirigi à porta e abri.

Qual não foi a minha surpresa quando vi do outro lado Maffy e Táh com sorrisos gigantes no rosto.

Antes que pudesse dizer ou fazer alguma coisa, as duas me abraçaram.

--Carol! – abracei-as de volta, sorrindo.

--Estávamos subindo para seu apartamento quando vimos seu pai e ele nos disse que você estava dormindo – Táh disse.

--Por isso decidimos voltar agora esperando que você já estivesse acordada. – Maffy completou.

Eu não parava de sorrir. Ah, essas duas eram fofas mesmo. E depois me lembrei. Justin estava lá dentro. Justin Bieber. E as minhas duas amigas eram Beliebers. Oh, droga!

Eu levei uma das mãos a meus cachos, demosntrando meu desconforto.

--É… na verdade…

Ia para dizer que não era uma boa altura para uma visita da parte delas – não que eu não quisesse, afinal tinha-as visto ontem, mas já estava cheia de saudades daquelas duas lindegas – quando sinto algo empurrar minha perna e passar pela porta. Olho para dentro do apartamento e fico espantada quando vejo um garotinho de mais ou menos quatro anos sentado no meu sofá preto e dizendo:

--Leite! Eu quelo leite!

Olhei para minhas duas amigas pedindo explicação. Maffy encolhe os ombros. Olho para Táh e ela diz com um ar culpado:

--Ah desculpa, Carol. Mas o Mateus ‘tá com sede e nós tivemos que o trazer, porque, como você sabe, estou cuidando dele hoje. – ela fez um sorriso constrangido e eu fiz sinal para ela entrar e pegar no garoto super fofo. Que poderia mais fazer? Maffy entrou também, e quando dou conta, estão três Beliebers – eu uma delas – no exato apartamento que o seu ídolo.

Que ele demore mais um pouco. Só até eu lhes explicar a situação e elas se irem embora após termos marcado encontro para amanhã.

Táh, já dava bronca no garotinho de cabelo escuro e sorriso meigo, agachada diante do sofá.

--Mateus, você não pode entrar assim na casa das pessoas.

Mas tudo o que o garoto dizia era:

--Leite! Mateus quer leite!

Passei as mãos pelo cabelo, frustrada. Se nãos as avissasse logo elas teria um treco. E tudo o que eu queria era minhas melhores amigas no hospital por minha causa. Me aproximei mais de Táh, dizendo:

-- Gente, eu não quero ser mal-educada nem nada… mas é que agora não é uma altura ideal para…

--C, meu celular ficou sem bateria. Você tem um carregador que me empreste? – Biebs falou, olhando para o celular. Depois olhou para mim e percebeu que não eramos os únicos na sala. – Oh, oi. – ele falou com aquele sorriso encantador.

Silêncio.

Merda, merda. Oh, droga! Que elas não gritem nem se atirem para cima dele. Continuem respirando, meninas. Por favor não desmaiem. Oh céus! Carol, faz alguma coisa!

Eu estava delirando.

Que porra eu devia fazer?

Tentei acalmar meus pensamentos loucos, e, falando mais calma do que aquilo que realemte estava, retorqui:

--Então… meninas – olhei para Maffy e Táh que estavam completamente estáticas, mas sorriam feitas doidas – esse é o Justin.

Puff, graaaaaande novidade Carol. Como se elas já não soubessem.

--E Justin, essas são minhas amigas, Táh – apontei para a minhas amigas mais doida e simpática de cabelos pretos – e Maffy – apontei para a minha amiga mais amorosa e faladora, de cabelos castanhos claros.

Quando dou conta, o garotinho de cabelos escuros está em frente a Biebs sorrindo e dizendo em português:

--Leite! Leite!

--E esse é o Mateus – eu disse, concluindo as apresentações.

Para minha surpresa, Justin se abaixa, ficando do tamanho do garoto, sorrindo de orelha a orelha.

--Hey, big boy. – Biebs falou como se Mateus o entendesse. Esticou a mão e o garotinho fofo deu “mais cinco” na mão dele, rindo. Sorri que nem uma boba.

Achei aquela cena tão linda que quase me esquecia das minhas amigas e que elas precisavam de um momento para respirar.

--Biebs, o Mateus quer leite. Será que você podia ir à cozinha com ele e lhe dar um pouco? – perguntei, com voz doce – Está na geladeira.

--Claro. – ele sorriu para mim e eu quase me derreti. Biebs se levantou e disse:

--Vamos big boy. Vamos lanchar.

Mateus agarrou a mão de Justin, como se os dois fossem irmãos, e o segui até a cozinha, feliz da vida.

Esperei os dois se afastarem para me virar para as minhas melhores amigas. Ainda bem que eu não era a única com um sorriso gigante no rosto.

Não disse nada. Aquele momento era delas. O momento em que viram o seu ídolo sem barreiras, sem obstáculos e este lhes sorriu. Quando o foi o meu, também ninguém o interrompeu.

Taís suspirou e se jogou no sofá, continuando a sorrir.

--Fui a única que pensei que ia morrer?

Maffy se aproximou dela, se sentando no móvel preto, também sorrindo.

--Não. Eu também.

--Eu também. – admiti.

As duas me olharam e começaram a rir. Me aproximei de minhas melhores amigas e também me sentei no sofá.

-- Era isso que eu estava tentando falar para vocês – disse.

Táh encolheu os ombros.

--Vei, na boa, ele é muito lindo. [Minha Táh, sempre com suas gírias xD Chauck!]

--Cala a boca Táh. Ele é perfeito. – Maffy disse.

--E vocês viram ele com o Mateus? – Táh perguntou e eu jurei que seus olhos estavam brilhando.

--Foi muito fofo gente. – eu falei também, já completamente nas nuvens. Tinha saudades daquelas conversas. Beliebers com Beliebers. Era tão bom…

Táh se sentou e me encarou com um sorriso gigante.

--C, ele beija bem? – ele perguntou.

Eu ri.

--Acho que até você consegue responder a essa pergunta, Táh.

--Ah, se eu pudesse… - Maffy falou, com ar sonhador.

--Se você pudesse você fazia muito mais que o beijar, Maffy. – eu falei, com naturalidade. [N/A: Era ou não era menina Mafalda? Eheh.]

As três gargalhámos, feitas malucas. A verdade é que, juntas, nós eramos malucas.

--Não, vá… - Maffy tentou manter a ordem – C, me diz, de que cor é a boxer dele?

Eu olhei para ela assustada e depois ri.

--Eu sei lá sua safada!

--Eu acho que é preta. – Maffy disse, com um sorriso malicioso. Eu não digo?

--De que cor são as sapatilhas dele? – Táh perguntou.

--Não lembro. Pra que interessa isso? Não estávamos falando de boxers? – eu perguntei, indignada. Essas aí mudam de assunto que é uma coisa impressionante.

--É… mas não é ele que combina a roupa interior com as sapatilhas? – Táh, perguntou.

As três gargalhamos de novo. Muito bestas essas minhas amigas. Adoro elas.

Ainda estávamos rindo quando Justin e Mateus entraram na sala.

--Do que as meninas estavam falando? – Biebs perguntou.

--Da cor da sua roupa interior. – Táh disse em português e nós rimos de novo.

Coitado do Biebs. Ainda bem que ele não percebia do que estava falando…

--Eu falo português. – ele disse.

Fiquei sem respirar durante alguns segundos. Comoéquié? Olhei as meninas, com os olhos esbugalhados. Fudeu tudo.

--‘Tô brincando. – ele disse e eu suspirei de alívio.

Antes que o silêncio se instalasse entre nós, eu perguntei:

--E então? O que querem fazer?

*****

Táh estava sentada ao lado de Maffy numa loja de roupa espanhola. Se encontravam na zona dos provadores, sentadas num sofá roxo, grande, que contrastava com as paredes brancas. Esperavam que Carol saísse do provador para mostrar um dos vestidos que tinha escolhido. A brasileira sorriu. Estava tão feliz pela amiga.

E parecia que tudo estava passando tão rápido. Tinham passado três dias desde que ela conhecera Justin. Esse dia tinha sido incrível. Não só conhecera o seu ídolo barra ficante de uma das suas melhores amigas barra garoto mais lindo do mundo como também se divertiu imenso. Tinham jogado ao “eu nunca”. E ideia tinha sido de C. No entanto, como não tinham nenhuma bebida alcoólica – e ninguém daquele grupo se atrevia a beber uma vez que o pai da C poderia chegar a qualquer momento – jogaram com leite. [N/A: Vocês conhecem o jogo? É aquele em que todos se sentam numa rodinha e à vez, alguém dis qualquer coisa que nunca tinha feito. Exemplo: eu nunca comi macarrão. E quem já tiver comido macarrão tem que beber.]

O jogo esta super animado. Até o pai da Carol tinha jogado.

Táh riu, lembrando da cena.

--Tá rindo de quê? – Maffy perguntou, olhando para a amiga.

--Lembra quando o pai da Carol jogou?

Maffy riu também.

--Ah nem me fale. Eu fiquei tão envergonhada… - as duas riram – você viu a C? Ela estava totalmente corada.

--Eu nem sei como é que ela não matou o pai depois disso. – Táh falou, sorrindo.

--Falando de mim?

As duas garotas se viraram para encarar a terceira que estava em frente ao espelho, tentando decidir se gostava ou não daquele vestido.

--Estávamos comentando do jogo há três dias atrás. – Maffy disse. – Eu gosto desse vestido C.

C se virou para a melhor amiga.

--Maffy, minha linda, você disse isso de todos os vestidos. – a garota sorriu. – E nem me fale do jogo. Papai foi mau para nós.

 A verdade, é que o Sr. Sousa de todas as vezes que chegou sua vez decidiu dizer ou que não tinha posters do ídolo no quarto – o que fez as três garotas beberem – e coisas dessas, que se relacionavam com Justin.

--Não esqueça que ele também deixou o Justin sem graça. – Táh comentando recordando a cena.

As meninas riram.

--Eu nunca tive um travesseiro com o nome Beyoncé. – Carol falou, imitando a voz do pai.

Todas gargalharam se lembrando o quanto Justin ficara sem graça e mesmo assim, com um sorriso brincalhão no rosto.

--Eu achei super divertido. – Maffy comentou e as amigas concordaram.

--Táh, o que você acha? – C pergutou, dando uma voltinha, para que a miga pudesse ver melhor o vestido.

-- É, C, eu gosto. Mas não é, sabe,… Aquele vestido.

Táh viu Carol suspirar. Calculou que a amiga estivesse desistindo de procurar o vestido perfeito para aquela noite. Tinham vagueado por uma centena de lojas procurando algo que elas realmente gostassem mas não tinham encontrado nada. Ou porque ficava ligeiramente grande, ou porque a cor era feia, ou por qualquer outro motivo.

--Se calhar o melhor mesmo era eu levar aquele cinza que eu vesti há pouco. Acho que foi o que eu mais gostei de todos os que experimentámos. – a garota falou, desanimada.

--Ah, não Carol… - Maffy disse – Nos vamos encontrar o vestido perfeito. Nem que tenhamos que percorrer todas as lojas de Espanha.

--Eu concordo com a Maffy. – a brasileira falou – nós vamos mesmo encontrar o vestido perfeito. Portanto se veste e pega nas suas roupas para sairmos dessa loja e entrar-mos noutra.

*****

As meninas passeavam pelas calçadas de Espanha, rindo e falando besteira. Não que ela se importassem, afinal, ninguém as entendia. Elas gostavam da companhia umas das outras. Os pés já nem doíam mais e elas não estavam mais cansadas. Tinham parado numa sorveteria e se encontravam sentadas na esplanada, rindo de alguma coisa que a louca da Táh tinha dito. Carol comia um sorvete de chocolate, o seu favorito, enquanto sua mente viajava para aquela noite. Só de pensar as já conhecidas borboletas brincavam na sua barriga e ela se viu obrigada a sorrir, sem razão. No entanto, não era a única distraída. Táh também se encontrava num local longe, presa numa memória. Levou à boca o sorvete de baunilha que tinha escolhido.

-Que sabor os jovens vão querer? – o homem que estava por detrás do balcão perguntou.

-Um de baunilha e… - Táh falou, mas se interrompeu. Olhou para o garoto de cabelos claros que estava do lado dela, ao mesmo tempo que ele a olhou e os dois começaram a gargalhar. Não era a primeira vez que só naquele dia os dois falavam em coro, como se já conhecessem há muito tempo.

A brasileira abanou a cabeça. Tinha que deixar de pensar aquelas coisas. Ele nem se devia lembrar mais dela. Era tão … ridículo.

Respirou fundo, sentindo uma brisa fresca lhe embater no rosto. Aquele era um local agradável de se estar. O céu coberto de diversas cores anunciava o pôr-do-sol. Voltou a olhar as amigas que agora falavam sobre qual o melhor filme que tinham visto.

-Vamos naquele ali? – o garoto perguntou, sua voz transbordando de entusiasmo.

Táh mirou o brinquedo do qual o menino estava falando. Rapidamente descartou aquela hipótese.

--Não. Nem pense. – ela falou séria – não ando em montanhas-russas. – os olhos escuros do garoto se fixaram nela – Tenho medo de altura – ela admitiu, um pouco sem graça.

Viu o garoto sorrir.

-Anda, me segue – ele falou, pegando na mão dela e a conduzindo por entre a multidão. Ela fingiu não reparar nesse pequeno detalhe e se deixar levar.

-Onde estamos indo? – ela perguntou, curiosa. Tentava se orientar pelo mapa do parque de diversões mas era impossível. Sempre fora horrível em leituras de mapas.

-Você vai perder seu medo de altura – o menino de cabelos claros falou, com naturalidade.

-Quê? – ela perguntou incrédula. Depois gargalhou sarcasticamente. Desde há anos que ela vinha tentando perder esse medo. Andar no avião até ali tinha sido a pior experiência da sua vida. Ela odiava alturas.

A garota ia falar qualquer coisa, no entanto sentiu o garoto parar e ela parou também.

Á sua frente estava uma pirâmide enorme deita de cordas, tal e qual àquelas que havia nos parques infantis, só que maior. O garoto já tinha largado a sua mão – e sim, ela reparara -  e se encontrava de frente para ela, com um sorriso enorme.

-Eu não vou subir nessa coisa. – ela falou – não vou mesmo.

O garoto continuava sorrindo.

- Vai sim. – ele agarrara na mão e a puxava em direção à pirâmide.

-Não vou, não – a garota dizia, destemida, no entanto, seus pés continuavam andando – Eu tenho medo – ela falou agora mais baixo, sentindo suas mãos tremerem. Se sentia vulnerável. Ela poderia cair e morrer.

O garoto parou e se aproximou dela. Muito, muito juntinho. Por momentos, Táh ficou com o coração descompassado e não era só por causa do pânico.

-Confia em mim? – o garoto perguntou, baixinho, quase juntando suas testas.

A garota engoliu seco. Não conseguia falar. Acenou com a cabeça e viu um sorriso surgir nos lábios do menino.

-Então me segue. Você não vai cair, nem se machucar. Prometo. – ele disse, lhando no fundo de seus olhos.

A garota não hesitou quando ele a puxou dessa vez.

Afinal, ela estava ali para se deixar levar…

-Táh, você me ouviu? – Maffy perguntou, trazendo a brasileira de volta ao mundo real.

Táh encarou a amiga durante dois segundos enquanto as imagens se desvaneciam aos poucos da sua mente.

--Ham, er, não – a garota falou – Eu estava distraída – ela mexeu nervosamente no cabelo – do que vocês estavam falando?

--Estávamos te perguntando se você já tinha ido à Disney World – Carol disse com calma, levando á boca mais um pedaço do seu sorvete de chocolate.

Aquilo foi demais.

A garota brasileira prendeu a respiração durante dois segundos ainda sustentando o olhar da amiga para depois olhar para suas mãos.

Porquê?

--Hum, meninas – ela falou se levantando da cadeira – er, eu vou até ao banheiro.

Porque merda tudo o fazia lembrar dele?

Aquilo era tão ridículo.

E, véi, ele nem se devia lembrar mais dela…

As amigas observavam a garota de cabelos pretos se afastar em direção á sorveteria e trocaram um olhar preocupado.

-Ela não está bem. – C disse com uma voz triste.

-Pois não – Maffy concordou, vendo a brasileira passar pela porta da sorveteria.

-O que será que ela tem? – C perguntou, preocupada, tentando perceber em quê que ela podia ajudar a amiga que estava mal.

Maffy suspirou, encarando a mesa cinzenta.

-Saudade.

A garota de cabelos cacheados encarou a melhor amiga.

-De quem?

Maffy deixou que um sorriso singelo aflorasse em seus lábios, desta vez olhando em frente.

-De um garoto.

-Ela te contou? – C perguntou. Maffy negou com a cabeça ainda com o olhar fixo em algum ponto – Então como você sabe?

A menina fez um sorriso sofrido.

-Porque eu também tenho, C. Eu também tenho.

*****

Foi quando Táh saiu do banheiro, já mais calma e com o típico sorriso descontraído no rosto que o viu.

Na montra de uma loja em frente à sorveteria, do outro lado da rua.

De um rosa vivo, curto, com folhos.

Simples mas lindo. Elegante. Perfeito. Tudo o que C queria.

Táh correu até è mesa onde as amigas estavam conversando, já com o seu sorvete acabado e as avisou.

Mal pôs os olhos nele, C soube.

Soube que aquele era o vestido.

O vestido que ela ia levar para o encontro com Justin, naquela noite.


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Notas finais do capítulo

Então? eu já estava farta dessa capítulo. dois meses é muita coisa. Mas okay.
Agora, já que o Nyah decidiu que quer apagar a minha linda história, eu não vou ficar de braços cruzados. Estou construindo um tumblr para ela, e tenho até ao cap 5 postado aqui, caso queiram dar uma checadinha ;)
http://www.fanficobsession.com.br/fanfics/y/youjustgottabelieve.html
e é, Táh, minha lindega fofa que fez anos, espero que você tenha gostado!
Beijooooos!