Um sonho é um desejo que o nosso coração tem. É uma expectativa inalcançável, uma vontade incurável. É um ponto de vista incompreendido pela racionalidade que se guia pelo sentimento. É a idealização de um momento, de uma meta, de um objectivo. É algo porque se vive e se luta. É algo que queremos com todas as nossas forças. É um buraco profundo que armazena esperança. É o impossível convertido em pensamento. É o topo dos desejos mais caros, das vontades mais fúteis. É o “Eu quero!” dominante que nos transforma em escravos da própria vontade e emoção. Porque um sonho de verdade nos faz cometer as maiores loucuras, nos arranca os mais sinceros sorrisos, nos liberta as mais ácidas lágrimas. Um sonho de verdade rompe o nosso inconsciente e nos faz esperar uma eternidade incontrolavelmente eterna por aquilo. Pelo nosso momento. Pelo momento em que o mundo se afastará. Por um momento em que tudo irá parecer certo. Tudo estará no seu devido lugar. Seremos aprisionados pelos mais diversos e mais fortes sentimentos. Um sonho, comanda toda a nossa vida, desde acções a memórias e nos persegue com desafios. Um sonho é o porquê de a nossa alma ser transparente. Porque só quando ele se tornar realidade, quando nós nos entregarmos a ele de alma nos olhos e coração na boca, é que descobrimos que, afinal, existe uma razão para não ter acontecido antes. Existe uma razão por não ter sido mais cedo. Porque, caso assim fosse, a emoção seria dez vezes mais frágil, cinquenta vezes menos emotiva e milhões de vezes menos especial. Um sonho é uma ilusão que nos faz esquecer que nada é imortal.