Após Hogwarts escrita por karoliveira


Capítulo 8
R.A.B


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem desse capítulo, rs, bj.



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– R.A.B.

Sirius piscou duas vezes, absorvendo a pergunta de Harry.

– Perdão?

– Eu perguntei quem é você. – Repetiu Harry firme, olhando fixo nos olhos de Sirius.

– Sou seu padrinho Harry, Sirius Black.

– Não parece, está tão diferente daquele Sirius que eu conheci há anos atrás. Tanto na personalidade, quanto fisicamente. Na real, acho que não o conheço mais.

– Harry, Harry. Eu ainda sou o mesmo! Sirius, seu padrinho! Aconteceram muitas coisas, são várias as circunstâncias Harry, se acha que eu mudei, devo precisar de um motivo, certo? Olha, temos muito o que conversar...

– Não, acho que não. Se tem tantas coisas, várias circunstâncias. Porque não conta? 

– Eu não posso, – respondeu o padrinho com um olhar cansado e triste– não posso pôr em risco sua vida.

– Francamente Sirius! Acha que eu ainda tenho treze anos? Acha que eu ainda sou aquela criança que te livrou de ir para Azkaban anos atrás? Sou um auror e conheço os dias de glórias e trevas, conheço perigos mais do que imagina.

– Não seja tolo Harry, os riscos que falo não estão apenas aqui, dentro do mundo bruxo. Os trouxas estão envolvidos, e acredite, eles podem ser mais poderosos.

– Eu sei disso muito bem Sirius, vivi onze anos com os trouxas, conheço seu mundo e suas bombas nucleares capaz destruir toda a comunidade bruxa em um piscar de olhos.

– Não falo desses tipos de riscos Harry, você não entenderia. Não adianta explicar porque impedi Gui de pegar Russel.

– Então você o conhece?

– Sim. 

– Porque você o impediu?

– Porque Harry? Não percebeu nenhuma semelhança entre ele e... Mim?

– Como assim? Semelhança?

– Dylan Russel, é meu irmão Harry, Régulo Black, que há muito achei que estivesse morto. Mas não, ele está vivo e eu preciso ajudá-lo. – Sirius sentara no chão, desconsolado – Vocês querem pegar meu irmão, matá-lo, trancafiá-lo em Azkaban, mas ele é um menino bom, eu sei que é! 

– Régulo Black? Vivo?

– Sim Harry! Sim! – Lágrimas escorriam entre os dedos de Sirius, sem ação, Harry sentou-se do lado do padrinho e ficou observando o sol se pôr.

Não sabia o que falar, nunca conhecera o irmão de Sirius, mas por tudo o que o padrinho havia lhe falado, Régulo era um menino bastante inteligente e voraz, com vontade de crescer na vida.

– Sirius, Régulo não é mais velho que você?

– É sim.

– E como ele parece ser bem mais novo?

Sirius deu uma pequena risada, com o pensamento longe.

– Aquilo é uma poção que ele tem tomado, na verdade, ele está bem velho, mas totalmente cheio de energia e com os ossos no lugar. 

– Sirius, porque exatamente ele roubou a varinha que pertencera a Voldemort?

O homem ficou calado, observando o sol sumir no horizonte, arrancou algumas pétalas de uma rosa ao lado, respirou fundo e encarou Harry fundo nos olhos.

– Ele voltou Harry, Voldemort voltou. Está usando Régulo para recuperar seus poderes e seus antigos aliados. Mas a maioria ou está morta, ou está do nosso lado. Estou tentando salvar a vida de Régulo, Harry. Saber que meu irmão está vivo, tem me deixado transtornado, não posso deixar que nada lhe aconteça.

Harry ficou em silêncio, observando o pânico do padrinho. Os dois ficaram ali sentados durante uns vinte minutos em silêncio, quando Harry decidiu conversar com a Ordem sobre o que tinha acabado de descobrir. Caminhando lentamente em direção a casa dos Weasley's. Era engraçado como as coisas mudavam de rumo tão depressa, iam seguindo para um caminho mais torto e estreito, quase deixando eles sem saída. Voldemort voltara, não sabe-se como, mas voltara e ele precisava destruí-lo de uma vez por todas e precisava salvar Régulo.

Harry entrou com uma cara enjoada na sala dos Weasley's e sentou-se passando as mãos na nuca. Todos estavam em silêncio, esperando alguma resposta ao realmente convincente, que desse sentido a tudo aquilo.

– Voldemort voltou e o cara que estamos querendo pegar é o irmã de Sirius, Régulo Aturo Black. 

Todos ficaram imóveis, sem ar, tentando absorver o impacto das palavras de Harry. Molly colocara a mão no peito e se apoiara no ombro do marido, Arthur, que abraçava, tentando consolá-la; Hermione apertava delicadamente o ventre enquanto lágrimas silenciosas escorriam e Rony a abraçava beijando-a; Draco e Gina estavam de cabeças juntas e baixas, sussurrando juras de amor. Harry odiava toda aquele clima de fim do mundo e coisas afim. Ele levantou a cabeça e encontrou os olhos lagrimejantes de Lola e correu para abraçá-la.

– Eu prometo que tudo isso vai acabar querida, eu prometo – Harry sussurrava, ao mesmo tempo tentando colocar isso em sua cabeça – ele não vai nos vencer outra vez, não vai.

Kingsley levantou-se e Harry também.

– Preciso avisar a comunidade bruxa.

– Quê? Não! Vamos acabar com ele, mas da forma mais silenciosa possível, não vamos por mais em risco ainda vida dos bruxos e criaturas mágicas, Voldemort ainda está na moita, podemos pegá-lo enquanto ainda se esconde.

– Harry tem razão Ministro. Se pegarmos Voldemort antes que ele se revele, não vamos precisar dar o alerta aos bruxos, não vamos assustá-los sem precisão. Podemos vencer Voldemort agora e vamos vencê-lo. – Falou Draco determinado.

Kingsley ficou em silêncio, pensativo. Nisso, Sirius bateu à janela, pedindo licença. Molly fez subjeção, mas Harry pediu que deixassem-o entrar.

– Por favor Molly, dê-lhe uma chance de explicar o que houve.

– Tudo bem, Harry, tudo bem. – Respondeu aborrecida. 

Harry fez sinal com a cabeça e o padrinho entrou acanhado e com um ar cansado, agora mancava já que o sangue em sua perna estancaram e o sangue ficou frio. Ele puxou uma cadeira e sentou na porta da cozinha enquanto fazia uma careta de dor.

– Perdão Gui, eu realmente não sabia que Max era um lobo, desculpe. Mas eu precisava proteger Régulo, é meu único irmão e sei que ele não roubou a varinha para Voldemort porque quis, no meu íntimo sei que ele tem um bom coração e é um homem de honra, ele tem nojo dos caminhos de Voldemort, por isso foi dado como morto, porque os comensais achavam que havia matado um traidor de Voldemort. – Sirius abaixou a cabeça e começou a chorar – Eu imploro, suplico a vocês que não persigam Régulo, ele não fez por mal!

Todos ficaram em silêncio, constrangidos, sem saber o que falar. Gui, no entanto, levantou-se e ajoelhou-se do lado de Sirius Black e sorriu.

– Estamos juntos nessa Sirius, vamos derrubar Voldemort e vamos salvar Régulo.

Sirius deu um sorriso amarelo.

– Bem-vindo à famíla dos quadrúpedes.


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