Após Hogwarts escrita por karoliveira


Capítulo 7
SIRIUS? É VOCÊ?


Notas iniciais do capítulo

Sirius tá bem diferente aqui, AUSHAUSH, espero que gostem >



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– SIRIUS? É VOCÊ?

Harry estava entusiasmado com a volta do padrinho. Pelo menos isso ajudaria a aliviar a tensão do momento enquanto Gui não voltava. Era um pouco assustador esperar que alguma coisa acontecesse, ele sabia que esse medo todo de acontecer alguma coisa poderia ser banal, mas ele tinha um instinto, era auror, era de seu feitio desconfiar de todas as coisas que pudessem acontecer ao seu redor. 

Enquanto esperava que Sirius e Gui chegassem, Harry sentou-se ao lado da lareira e ficou olhando enquanto o fogo crepitava baixo. Ouvia trechos desconexos da conversa de seus amigos, mas queria ficar só, pensar um pouco como estava sua vida. Sentia medo, naquele momento tudo lhe dava medo. Não conseguia voltar a ter a mesma tranquilidade que tinha antes, mesmo com Voldemort assombrando sua vida, com Dumbledore e Hogwarts do lado, ele não temia tanto assim.

Será que ele havia realmente morrido? Será que ele poderia ter paz de novo? Despertando de seus devaneios, com um cutucão de Jorge, Harry virou-se. 

– Convidei Angelina para vir jantar conosco amanhã.

– Sério cara? Que maravilha!

– Pois é, mamãe adora ela. Disse que foi a melhor coisa na minha vida depois de Fred.

– Não há nada que possa substituí-lo cara. Mas dá pra seguir em frente, respirando fundo.

– Já respirei tanto, que meu diafragma cansou. Meu rosto cansou de meios sorrisos.

– É estranho não te ouvir sorrindo ou contando piada. Anda cara, sai dessa. Sei que sente falta de Fred, é uma dor que não há bem que cure, mas a gente supera. Respira, ergue a cabeça e supera!

– Não é tão fácil assim.

– Jorge, fazem seis anos, já era pra você estar vivendo bem. Anda, levanta essa bunda mole da poltrona e...

– Harry, Harry! – Hermione entrou correndo na sala de estar, Harry ouvia Molly arfar desesperada na cozinha e muito barulho – Venha depressa!

Jorge e Harry entreolharam-se confusos e correram para a cozinha, a cena era chocante. Sirius estava sentando em uma ponta da mesa, com o rosto sujo de sangue e desfigurado, suas roupas rasgadas, seu cabelo estava bastante oleoso e longo, estava irreconhecível. Na outra ponta da mesa, Gui rosnava para Sirius, estava machucado e com o braço fora do lugar, onde saía muito sangue.

– O que deu em você Sirius? Eu estava a um passo de pegá-lo! Porque me impediu? – Rosnava Gui cada vez mais furioso, estava ficando vermelho e gemia baixo de dor no braço.

– Eu só estava impedindo você de cometer uma burrice Gui! Investigar primeiro, matar depois! – Sirius respondia calmamente, mas com grosseria. Seu olhar erra irritadiço e pouco se importava com seus ferimentos.

Lola se aproximou de Gui e começou a curar seus ferimentos e fazia algumas caretas de espanto. Todos estavam em silêncio, Harry, decepcionado. Esperaria ver Sirius caminhando calmamente pelo vasto campo verde da'Toca, sorrindo em direção aos braços para abracá-lo. Esperaria vê-lo entrar radiante, deixando todos felizes. Mas para sua decepcção, ele estava sentando em uma mesa, todo maltrapilho e machucado, com cara de poucos amigos sem dar atenção a Harry.

Lola parou abruptamente e ficou olhando incrédula para o machucado de Gui.

– Que foi? – Perguntou Gui irritado – Terminou?

– Bom... Na verdade, não. Você vai ter que ser internado no St. Mungus.

– Como? Porquê? – Perguntou Gui, intrigado. Todos prestavam atenção agora.

– Sirius... – Lola virou-se para o outro lado da mesa, ignorando Gui – Você quem fez isso?

– Infelizmente não. – Respondeu desinteressando, arrancando um pedaço de vidro da perna direita. – Foi um metamórfico que estava me acompanhando, tentando nos apartar. Mas pelo que vejo, fez mais estragos do benefícios. – Respondeu Sirius sorrindo maliciosamente.

– Ele não é um metamórfico.

– Como assim? Não é um metamórfico? – Perguntou Fleur aterrorizada, fuzilando Sirius com os olhos.

– Quando o Lobo Greyback mordeu Gui, ele foi contaminado... Mas creio agora que não há nada a ser feito...

– O que quer dizer com isso? – Pergunto Molly assustada.

– Este que Sirius diz ser um metamórfico, na verdade, era um lobo. Como Greyback. 

Todos ficaram em silêncio, obversando com olhares tristes, o braço de Gui. Molly sentou-se do lado do filho e desatou-se a chorar, abraçando Fleur. Era uma cena terrível, lembrava muito os tempos de terror. Hermione pigarreou e adiantou-se.

– Lembro que quando estava em Hogwarts no ano em que Lupin nos ensinava, Snape fazia uma poção para que ele não se transformasse, posso fazer um estoque duradouro para Gui. – Hermione forçava um sorriso amarelo, contendo as lágrimas.

– Você farria isso porr meu marrido Herrmione? – Fleur levantou-se, quase ajoelhando-se aos pés de Hermione, que levantou-a e em seguida lhe deu um abraço.

– Faria sim, não vai me dar trabalho algum.

– Humpf. – Resmungou Sirius.

Mas antes que pudesse falar alguma coisa, Molly levantou-se abruptamente da cadeira e virou-se furiosa para o homem sentado do outro lado da sala.

– Fora. Da. Minha. Casa! Já! – Esbravejou, apontando a varinha ferozmente para o peito do homem.

– Se aquiete mulher, preciso conversar com Harry. – Sirius olhava para suas roupas indiferente.

– Converse com ele em qualquer outro lugar do planeta, menos na minha casa! Quero você longe daqui agora! Ande! 

– Molly querida, tenha calma.

– Calma Arthur? Calma? Sirius acaba de estragar parte da nossa vida e você pede calma?!

– Eu não estraguei nada!

– Você mandou seu cãozinho atacar meu filho! Ele vai ser um lobisomem para sempre! – Molly gritava, Gina estava apavorada e abraçava Draco, odiando toda aquela situação.

– Não mandei ninguém se atracar com Gui, e eu não sabia que ele era um lobo! – Sirius olhava para Molly, furioso.

– Sirius, saia. – Falou Harry.

De repente, toda a casa ficou em silêncio profundo. Sirius olhava confuso para Harry.

– Eu pedi para sair, preciso conversar com você lá fora. 

Sirius olhou de Harry para Draco, de Draco para Rony e em seguida levantou-se devagar. 

Assim que Sirius saiu, Harry foi atrás. Deixou o padrinho caminhando mais a frente, para que os dois pudessem ter uma boa distância da casa e ninguém pudesse ouvir a conversa dos dois.

Harry caminhava devagar, escolhendo bem as palavras que ia falar. Olhava para a colina, distante. Naquele momento ele desejou ser uma coruja, desejou poder voar para bem longe. Onde nada daquilo o pudesse atingir.

Sirius parou a uns quinze metros da casa esperando Harry o alcançar. Ele sorria, mas Harry já não o reconhecia. Seu padrinho nunca fora tão irresponsável ou tão imbecil ao ponto de fazer o que fez.

Harry parou em frente ao padrinho, o encarou. 

– Afinal, quem é você?


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