Ei, Quer Ser Meu Amigo? escrita por LuMartins


Capítulo 85
Capítulo 85




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Depois de tantos meses com o meu pai e com o Josh fora, passei a maior parte do meu tempo na casa do Daniel, conhecendo um pouco mais sobre a minha mãe, e logo mais aproveitando bastante com o meu coelhinho. Sim, eu comecei a chamar o Daniel de coelhinho.

Jane tinha focado bastante na faculdade, esqueceu-se um pouco de mim, mas nem liguei muito era bom ela manter a cabeça longe de problemas, sempre recebia informações do Josh no exterior, e eu nunca mais soube da Dona Clarice, a que se dizia minha mãe.

Gustavo começou a namorar com a Raquel, mas era evidente que eles não estavam se curtindo por que ela sempre aparecia em casa chorando.

Lucas e Fabiana sempre se irritavam e continuavam juntos, assim como Elliot e Nataly.

Teve uma vez que me lembro bem, que a Na tinha pedido um tempo para o Elli e ele apareceu chorando, mas tipo ele chorava muito.

Enfim, eu estava bastante feliz, sempre conversava com o meu pai pelo Skype, mas acho que após tudo isso eu estava feliz.

Nesse momento eu estava sentada na ponta da minha cama esperando a hora passar, já que eu ia sair com o Daniel. Escutei a campainha lá embaixo e sai correndo, quando abri a porta, tomei o maior susto de minha vida;

[...]

Eu estava engasgada, eu queria chorar tudo o que eu precisava, eu não estava aguentado de ódio, não tinha ninguém que pudesse me segurar e dizer que estava tudo bem, mas não tinha, eu queria gritar para todo mundo ouvir o quando eu odiava a Raquel e o Gustavo, o quando eu estava morrendo por dentro, e eu estava sozinha de novo. Tudo de novo aconteceu.

[...]

Flashback On:        

Nesse momento eu estava sentada na ponta da minha cama esperando a hora passar, já que eu ia sair com o Daniel. Escutei a campainha lá embaixo e sai correndo, quando abri a porta, tomei o maior susto de minha vida;

- Como você pode fazer isso comigo? – Daniel segurava uma foto antiga minha e do Gustavo em que ele me dava um selinho, era bem antiga mesmo, e logo atrás estavam Raquel em que ria e o Gustavo sério.

- O que foi? Eu não estou entendendo nada. – falei baixo segurando a sua mão em que estava a  foto, mas ele puxou tão forte que me machucou.

Daniel chorava desconsolado.

- Para de se fazer de idiota Sophie, então eu sou um burro, você foi descoberta sua falsa. – Daniel gritava atraindo atenção de várias pessoas que passavam por ali.

- Para Daniel, eu estou com você agora... – sussurrei apenas para que ele ouvisse.

- Para Daniel – começou irônico enquanto as lágrimas escorriam pelo seu rosto, e eu estava em choque. – Como você pode fazer isso comigo? Eu te amo tanto, Sophie. – disse ele chegando perto de mim, segurando meu rosto com as duas mãos. – Tanto, tanto, tanto – sussurrava.

- Eu não fiz nada Daniel, acredite em mim. – disse.

- Seria melhor se me contasse a verdade sua vadia – gritava novamente.

E assim eu comecei chorar desconsoladamente.

- Acredite em mim Daniel, por favor. – sussurrei.

- Eu estou com a prova em minha mão, vai continuar mentindo, sua vaca.

- Ela é antiga Daniel. – disse.

- Eu não acredito. – disse se virando para ir embora.

- EU TE AMO. – gritei, eu nunca tinha dito isso, mas acho que não faria diferença agora.

Flashback Off.

Eu estava com vontade de matar aquela nojenta, que vinha esse tempo todo se fazendo de puritana, mas eu lutaria por aquilo que é meu.

P.O.V - Daniel

Eu não conseguia acreditar, não podia, eu estava devastado por dentro, estava morto.

Eu sei que peguei pesado com  Sophie, mas ela me traiu, hoje estávamos fazendo cinco meses que estávamos juntos, e eu a amava sim, deveria ser por isso que eu estava destruído.

A Raquel tentava me consolar, mas eu estava com tanta raiva naquele momento que nem passou pela minha cabeça que poderia ser alguma armação, até agora eu não tinha acreditado na mudança da pureza dela, mas ela tinha uma prova, e estava em minhas mãos.

Já estava de noite quando escutei a campainha e a Dona Maria foi atender.

- Vó não posso falar agora, eu quero conversar com o Daniel, e eu não vou sair daqui até falar. – disse ela.

A Raquel começou a rir descontroladamente:

- Espera, a empregada é avó da Sophie.

- Some Raquel. Some da minha casa agora. – gritei com ela.

- Ai desculpa Dadazinho. – disse se fazendo de coitada.

- Some agora.

E assim ela saiu, ainda rindo.

- Sophie, para, você é mais que isso. – gritou Maria. – SOPHIE.

Corri até a porta, e vi Sophie na ponta dos pés, agarrada ao pescoço de Raquel, e a Maria tentando soltá-la. Mesmo com todo esse acontecimento eu sentia que a Sophie era minha ainda.

- Solta ela Sophie, e você vá embora. – disse contento minhas lágrimas.

Ao soltá-la, Sophie me encarou, seus olhos e lábios inchados, e seu rosto estava todo vermelhinho, minha vontade era abraça-la e nunca mais solta-la.

- Eu posso falar com você? – ela perguntou mantendo seus olhos grudados aos meus. Assenti.

Enquanto nós entramos, pedi que Maria nos desse licença para podermos conversar, mesmo não querendo ela nos deu.

Lembrei-me quando ela gritou que me amava, era a primeira vez que dizia aquilo. Ela continuou em silêncio e com  cabeça baixa.

- Pensei que você tinha vindo conversar, pode começar. – disse rude, ela se encolheu mais ainda.

Mas aos poucos foi levantando a cabeça me olhando firme.

- Quando eu disse que te amava era verdade, você escolhe se acredita a mudança repentina da nossa grande amiga, com a presença de um cara que ficou comigo e que faria de tudo para estragar nosso namoro, um cara que eu fui pedida em namoro e cinco minutos depois eu fui traída, acha mesmo que eu te trocaria por ele, e você como pode dizer tudo aquilo para mim? – ela disse com a voz embragada, e assim se levantou. – Você é um grande idiota sabia? – perguntou e logo após lágrimas escorreram.

- Eu fiquei possesso pelo ciúme. – disse apenas, me sentindo envergonhado por tudo o que eu havia tido para ela. – Por que veio mesmo assim?

- Por que eu tinha que lutar pelo o que eu amo. – disse ela forte.

- Precisamos de um tempo sozinhos, para pensarmos se o melhor será continuar. – disse a olhando, mas meus olhos me traíram e mais e mais lágrimas vinham sem esforço. Ela chegou perto de mim e se aconchegou em meus braços.

- Tudo bem coelhinho. – logo depois de dizer isso ela depositou um selinho delicado em meus lábios e seguiu em direção à porta. Escutei muitos pingos no telhado, começaria a chover forte.

 Assim fez, saiu em direção a rua. E eu fiquei olhando a porta, eu estava a perdendo, eu sentia que estava perdendo.

- Você vai perdê-la? – olhei para o lado assustado e vi meu velho pai com um sorriso sábio no rosto.

Corri o máximo que pude, e a vi um pouco longe, e chovia muito, estava bastante frio também.

-Sophie. – gritei. – Sophie. – a chamei de novo e ela virou.

Corri até ela e a segurei em meus braços.

- Esquece essa porcaria toda de tempo, não precisamos de tempo. – disse a beijando. Como pude pensar tudo aquilo dela, eu deveria ser um grande idiota mesmo, parecia que estávamos mais conectados do que nunca. – Eu te amo minha pequena.

Mesmo escuro consegui ver seu sorriso, era o mais lindo e perfeito.

- Me perdoa por tudo aquilo que eu disse, eu fui um otário, e... – e assim ela me calou com outro beijo, e eu a rodei.

Eu sei tudo era muito clichê, mas era tudo o que precisávamos;

- Vamos para a minha casa? – perguntei, ela apenas assentiu.

[...]

Eu tinha preparado o quarto de hospedes para que a Sophie pudesse dormir confortavelmente, mas já era duas e meia da manhã e eu não conseguia pregar meus olhos com todo aquele acontecimento, e toda aquela proximidade em que Sophie estava me deixava louco. Muito vezes em que ela pegava no sono enquanto assistíamos um o filme, eu sempre a deixava longe, não queria que ela acordasse achando que eu tinha me aproveitado dela.

Fiquei pensando em tudo, quando a porta do meu quarto se abre e vem uma pequena figura se deitando ao meu lado e se aconchegando em meu peito.

- Eu te acordei amor? – sussurrou ela.

- Não, eu não consigo pregar meus olhos, estava pensando em tudo. – disse baixo.

Ela resmungou um pouco e depois deu um longo suspiro.

- Posso dormir aqui com você? – perguntou frágil.

- Claro, mas n...

- Eu sei que não. – retrucou antes de eu completar a frase.

Ajeitei-me na cama para que nós dois ficássemos confortáveis. E assim eu consegui dormir.

Logo a manhã chegou e eu acordei tão bem, com aquela coisinha encolhida no meu peito, e como era linda, parecia um anjo. Fazia muito tempo que eu não dormia tão bem.

Ela segurava minha camiseta com aquelas mãos pequenina, o cabelo negro todo espelhado pelo colchão branco, e a pele branca feita porcelana.

Como pude cogitar deixa-la?

Ela suspirou forte e foi abrindo aqueles olhos gigantes azuis.

- Bom dia. – disse há vendo um pouco perdida.

- Bom dia. – respondeu esfregando os olhos e bocejando. – Faz tempo que eu não durmo tão bem. – disse ela sorrindo.

- Eu também. Vem cá me dá um beijo. – disse a puxando e ela fez que não com a cabeça; - Por quê?

- Por que eu estou com bafo amanhecido. – e uma vontade de rir me tomou, a puxei de novo e dei um selinho.

[...]

P.O. V – Sophie.

Tudo foi resolvido e amanhã seria o dia que eu tiraria a limpo com a Raquel e com o Gustavo da forma mais Sophie possível.

Dormir com o Daniel foi maravilhoso, me senti protegida, e única.

Logo após que eu acordei, o Dan me deu uma escova, e algumas roupas de sua priminha de 11 anos, que eu jurava que não iria servir, mas caiu como luva.

Fui embora, mas fui direto para a casa do Gustavo, e iria ainda com o Daniel ao meu lado.

Estávamos cara a cara, eu estava pronta para a batalha.

- Eu sabia que viria, e ainda sabia que isso tudo daria errado. – disse o Gustavo.

- E porque ainda tentou? – perguntei.

- Você não vê Sophie? – perguntou e eu apenas fiz que não com a cabeça. – Por que eu te amo. Por que eu fui tremendo idiota quando fiz aquilo com você, naquele mesmo dia eu percebi isso, eu percebi o quanto eu te amo, o quanto eu perdi, e como fui um trouxa quando perdi você, eu  tentei, por que achei que pudesse ter você de volta. – disse ele olhando para baixo. Daniel assistia tudo de longe sem que escutasse.

Gustavo segurou minha mão, e olhou para a minha aliança.

- Eu te perdi para sempre né? – disse ele se perguntou. – Como eu fiz isso? Me perdoa por tudo, agora é sério, eu vou sair da sua vida, eu não queria, me perdoa por tudo. – disse com algumas lágrimas querendo escapar.

- Não quero que saia da minha vida, quero que pare de estragar o que eu tenho com o Daniel, antes de brigarmos éramos amigos aceite isso e poderemos nos manter perto, eu te perdoo por tudo. – disse sorrindo.

- Eu prometo que nunca mais me meterei no seu namoro, eu só queria te pedir uma coisa, me abraça, só um? – perguntou.

Eu o abracei, e logo após eu fui para a casa da Raquel, dessa vez com o os dois ao meu lado.

- Vamos resolver isso aqui e agora Raquel? – disse cara a cara, sem medo, sem qualquer pudor.

- Vamos então otária.

- Eu achei que tinha mudado. – disse baixo. E ela apenas riu secamente. – É realmente, pessoas que nascem mal caráter sempre vai ser mal caráter.

- Você não sabe Sophie, você veio para aquela escola e roubou tudo o que era meu, tudo.. – disse ela alto.

- Então vos deixo tudo, e faz bom proveito. – disse apenas.

- Por que você ainda está com ela depois de tudo Daniel? – perguntou a Raquel.

- Por que eu sei de toda a verdade, como você é tão sínica. – disse com nojo.

- Você é um fraco Gustavo. – gritou na frente do Gustavo.

- Fraca é você, invejosa, aprenda a conquistar as pessoas, até onde você acha que iria? Muito longe que não era, sua mascara caiu.

[...]

Chamei todo o pessoal para almoçar em casa, já que era domingo, e todo foram.

Quando cheguei tive uma bela surpresa, Josh e meu pai tinham voltado do exterior, então aproveitamos para fazer um enorme almoço com um churrasco, meu pai estava namorando uma inglesa muito bonita, e muito simpática, não gostei muito da ideia, mas se ela fizer meu pai feliz era o que importava.

Josh tinha se curado de seu tumor, porém continuaria com o seu tratamento aqui no Brasil.

- Sophie, essa aqui é a Alyssa, filha da Lindsey minha namorada. – disse meu pai me apresentava em inglês uma garota um pouco mais alta que eu, de cabelos castanhos claro, e pele branca, os olhos grandes e negros, ela era linda, e me parecia bem legal.

- Prazer em conhecer Alyssa. – continuei o dialogo ainda em inglês.

- Prazer Sophie, seu pai disse muito sobre você. – disse ela em português carregado de sotaque britânico.

Levei-a para conhecer a turma e ainda dei uma piscada para o Gustavo, e entendeu na hora, mas abaixou a cabeça.

[...]

- Como se sente filha? – perguntou meu pai apertando minha mão, ao perceber que eu estava observando todo mundo ao meu redor.

- Feliz tão feliz. – sussurrei e uma lágrima escapou do canto do meu olho.


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Notas finais do capítulo

Eu juro que não vou chorar!! Mas bom, é isso mesmo gente, it's over!!
Rapadura é doce mas não é mole não!! Quero agradecer a todo mundo que leu, comentou, recomendou, ou que foi fantasma!!
Foi por vocês que me dediquei ao final dela e quem sabe uma segunda temporada venha!! ~dancinha~.
Obrigada por tudo ;*