– Para onde você pensa que vai? – perguntei autoritária.

– Sophie, eu preciso falar sério com você, e espero que você tenha uma atitude madura, certo? – perguntou ele.

Assenti, deixei minhas coisas no sofá, e sentei uma poltrona muito confortável ali ao lado do meu pai.

– Claro pai, farei de tudo para não ter uma atitude precipitada. – disse com um ar superior.

– Tudo bem, eu queria te contar que eu vou passar no mínimo um mês no exterior. – disse ele sem mais delongas. – Quero que saiba que esse tempo pode se estender conforme for pedido, estou indo há trabalho, e também levarei o Josh em um ótimo médico para fazer o tratamento, e antes que você me pergunte sim, foi diagnosticado leucemia. – o terror correu em minhas veias, era doloroso, agora sim eu entendo porque a Jane estava tão transtornada no horário que eu tinha ligado.

– Claro pai, entendo perfeitamente, fique o tempo que for preciso. – disse e suspirei alto. – Acho que vou ver como a Jane esta.

– Não vá, o Josh está com ela no quarto, estão se despedindo. – disse meu pai.

Recostei-me melhor naquela poltrona e fiquei esperando, enquanto isso peguei meu celular e resolvi responder o Daniel.

“Desculpa responder só agora, tem como você vir em casa agora?”

Enviei e logo fui respondida:

“Tudo bem, já estou indo ai, me espera ai fora.”

Levantei e fui espera-lo lá frente, em menos de dez minutos ele já estava lá, lindo, parado em minha frente.

– Me beija? – perguntei temerosa.

Não demorou muito sua mão passou pela minha cintura e a outra acariciava meu rosto, sentir os lábios dele sobre os meus dava um frio em minha barriga tão gostoso de sentir, era um beijo carinhoso não havia luxúria, era somente nossos sentimentos, logo senti a língua dele pedindo entrada e logo cedi, e entramos em uma batalha que logo foi substituída por selinhos.

Ele me abraçava, fiquei na ponta dos pés, encaixando meu rosto na volta de seu pescoço.

– Aconteceu algo Sô? – perguntou.

– Seu irmão vai embora... – sussurrei e senti seu pelos eriçarem.

– Fiquei sabendo...

E continuamos abraçados até que a porta se abriu e saiu o Josh, Jane e o meu pai juntos.

Josh se despediu de nós, e deu um beijo na testa da Jane, e logo se foi. Um aperto no coração me deu ao vê-los e uma lágrima escorreu por minha bochecha.

[...]

A semana se passava e Jane vivia com uma zumbi, ela ia para faculdade e cumpria com seus deveres, havia emagrecido bastante também. Às vezes eu a pegava chorando e eu sempre a consolava.

Era domingo e todo mundo combinou de se encontrarem na casa do Lucas para almoçarmos e ficarmos um pouco na piscina, eu não queria deixar a Jane, mas ela disse que me mataria se eu não fosse quanto amor né.

Ao chegar lá encontrei todo mundo relaxado em volta da piscina rindo e brincando, até mesmo a Raquel estava lá, linda como sempre.

Eu acho que rolou um pouquinho de ciúme do meu lado, mas o que aquela piranha estava fazendo do lado do Daniel, e perto, perto de mais para o meu gosto.

(N/A: Tá, se eu fosse você mostrava para essa vagaba que diz que mudou quem manda na área).

Bom, ela mudou sim, e parece que só eu não acredito muito, tenho que fazer algo, autora, me ajuda ai.

(N/A: Seja o mais Sophie possível).

Obrigada autora, me ajudou muito, e agora eu estou parecendo psicopata com esse sorriso besta na cara.

Corri e pulei na piscina molhando todo mundo.

– Ai meu cabelo Sophie, que coisa. – gritou a Raquel com aquela voz enjoada.

A Nathaly aproveitou e se jogou também, e logo após o Elliot a abraçando dentro da água. Eles estavam tão lindo juntos.

– Oi para você amor. – disse o Daniel entrando na piscina também e me dando um selinho.

Um ponto para mim, gata, eu consegui tirar ele de você, dancinha.

(N/A: Eu disse, ainda bem que dessa vez você me escutou).

Não tinha mais o que fazer né, tinha que escutar uma vez na vida.

(N/A: Vou fazer greve de escrita hein)

Ah de novo não, crise existencial de novo.

Enfim né, a Raquel ficou lá com uma cara nada boa. Mas logo decidiu entrar na piscina também.

– Ai meu cabelo vai ressecar. – choramingou.

– Não tem problema, a gente vai fazer uma hidratação no salão. – falei séria, e todo mundo me olhou estranho.

– Sério? – quase que a patricinha gritou.

– Não. – e dei uma risadinha falsa.

Enquanto o Lucas estava lá no maior love com a Fabiana, a coitada da mãe dele que tinha que fazer a comida para a cambada.

Do nada, quem aparece lá com a maior cara de pau.

Juro quem acertar vou dar de presente um HB20.

Eu só queria saber quem convidou.

– Oi, ainda bem que você veio, não aguento mais segurar velas para esses melosos. – disse a Raquel rindo, e bom tinha que ser.

Todos estranharam, mas não falaram nada e continuaram se divertindo.

– Vem para piscina também. – gritou a Raquel. Logo ele estava lá dentro.

– Desculpa vir sem avisar Lucas. – o Gustavo disse.

Quem apostou no Gustavo, parabéns!

– De boa parceiro.

[...]

Estávamos sentados todos em um quiosque que tinha ali perto da piscina.

– Lucas eu quero água. – gritei.

– Vai pegar folgada. – ele retrucou.

– Lucas eu quero água. – falei de novo.

– Já disse vai pegar. – Lucas gritou.

Todo mundo ria da gente.

– Lucaaas eu quero água.

Eu acho que dessa vez eu consegui, ele se levantou pegou um copo de água, e quando ele ia me entregar, derrubou tudo em minha cabeça.

– Ops. – ele apenas disse se fingindo.

Levantei brava e rosnei:

– Cinco segundos. Um... – ele ia se afastando e o povo ria. – Dois...

O garoto começou correr, e corria atrás dela, havíamos acabado de almoçar e bom não seria uma boa ideia correr já que eu acabei comendo umas duas vezes só.

Do nada aquele garoto desapareceu e me deixou com cara de tacho perto da piscina. Quando sinto um brutamonte me empurrando com tudo dentro da piscina, e bom eu queria fazer uma gracinha, fiquei um tempo embaixo da água, e pouco escutava os gritos daquele garoto.

– Ai meu Deus, eu matei a Sophie, galera. Eu matei aquela anã, eu matei.

– Para de se lamentar e pula ai dentro e tira ela. – gritou alguém.

– Eu estou com medo não consigo me mexer...

Já estava perdendo o folego, e teria que voltar logo a superfície.

– Eu matei a Sophie...

Senti que alguém pulou na piscina, só não esperava que fosse ele. Gustavo me segurou pela cintura e levou a superfície. Eu tinha que parar de fingir e abri os meus olhos.

– Você estava fingindo? – sussurrou o Gustavo no meu ouvido.

– Não, estava procurando meu brinco que caiu no fundo. – respondi cinicamente.

– Mas você não veio de brincos.

Merda.