Sim, era a Raquel, e eu ainda não entendo o que fiz de tão errado pra merecer esse capeta na minha vida.

– Oi Sophie. – disse o dragão vindo em minha direção.

– Olá Raquelzinha. – disse com desdém.

– Então eu queria levar um papo reto com você. – disse séria, e as cadelinhas do cramunhão apareceram atrás dela, e o povo que estavam no corredor começou a prestar atenção na nossa conversa, o povo curioso hein.

– Então diga queridinha. – disse com deboche.

(N/A: Ui, ela usou o “queridinha”.)

Realmente autora, eu estou prestes a pular no pescoço dessa cria de serpente.

– Quero você longe do Daniel, ele é MEU NAMORADO E SÓ MEU. – disse ela chegando pertinho de mim.

– Ela vai fazer o que Raquel? – disse o Daniel atrás dela. E ela foi se virando bem devagar com o rosto pálido pelo susto. Eu estava rindo muito, internamente lógico.

– Ficar longe você, meu amorzinho. – disse ela na maior cara de pau, que eu não aguentei e dei um tapa na minha própria testa e escorreguei pelo meu rosto.

Eu atirei o pau no gato, só pode.

– Amorzinho? Você tem noção do ridículo? – perguntou o Dan, e o povo começou a filmar, e minha cara estava explodindo de vergonha.

– Como assim Danizinho? Nós estamos juntos faz tempo, não por causa dessas biscatizinha...

– Olha como fala Raquel – ele a interrompeu – não é por causa dela, é por sua causa. – e apontou pra ela.

O povo começou a vaiar, e a minha vontade era de abrir um buraco, me jogar lá dentro e fica com a bunda pra fora.

(N/A: Não foi uma boa ideia Sophie, se joga e eu enterro você inteira.)
Agradeço autora.

– Você sempre estragou tudo Raquel, olha para o que você se tornou...

E daí eu não quis ficar mais ali, sai, e fui pra o fundão do colégio, faltava quase 15 minutos pra o início das aulas.

Sentei no banco que havia ali bem abaixo do carvalho gigante e velho.

Será que era eu mesma que estava estragando o relacionamento do Dan e da Fuckquel?

Mas quem dera eu tivesse noção disso, eu estava extremamente em êxtase com a aproximação do Dan e saber que eu podia ter os lábios deles mesmo podendo estragar o que ele sentia pela Fuckquel.

– Sabia que encontraria você aqui. – disse o Dan olhando divertido pra mim, ele se aproximou e eu fui acertada em cheio pelo seu cheiro, e logo senti seus lábios aos meus em um selinho.

– Bom dia Dan. – disse e ele se sentou do meu lado me abraçando.

– O que somos hein? Estou ficando confuso. – disse ele sorrindo e olhando em direção ao prédio principal.

– Não sei Danzinho, mas eu gosto. – sorri tímida.

– Eu também gosto e muito. – ele disse e se virou para mim, enchendo meu rosto de beijos.

– Ai para... – implorava enquanto ele resolveu fazer cócegas em mim. – aah para Dadazinho. – pedia rindo, estava ficando com falta de ar já.

– Com uma condição. – disse ele.

– Qua-al? – perguntei ainda rindo.

– Quero um beijo seu, o melhor. – disse ele sério e tinha para de fazer as cócegas.

– Com toda a certeza. – disse olhando em seus olhos.

Aos poucos fui chegando mais perto de seu rosto, pude sentir seu hálito e sua respiração, e eu continuava olhando em seus olhos, aos pouco fui fechando meus olhos e encostando meus lábios aos deles, meu estômago gelou, e eu senti a melhor sensação do meu mundo.

Aos poucos fui sentindo o gosto do Dani, enquanto nossas línguas travavam uma batalha por território, eu acariciava sua nuca e os seus cabelos. Aos poucos o ar ia faltando, e eu fui parando com várias mordidinhas, e selinhos.

Eu abri meus olhos e encontrei um par de olhos castanhos profundos me analisando.

– Como prometido Dan. – disse sorrindo.

– Foi incrível, pequena, o melhor. – disse e ele parecia feliz.

Apenas sorri e deitei em seu peito esperando o horário da aula, não precisávamos de palavras, estávamos compartilhando do mesmo sentimento. Mesmo não sabendo se isso faria bem ou não para a gente.

Bom, deu o sino pra irmos pra a sala, e o Dan passou o braço pelo meu ombro e fomos agarradinhos pra sala.

Entrei na sala e o povo ficou me encarando, olhei pra o a carteira da Fuckquel e ela estava com o rosto inchado de chorar?

Isso mesmo produção? Chorando?

É parece que as pessoas choram né Sophie, nossa que tenso, eu juro que fiquei com pena. Parece que o Dani percebeu e fez um careta como se fosse de dor.

– Acho que peguei pesado com ela Sô. – disse ele com pesar.

– Não sei o que você falou pra ela, mas acho que a atingiu bastante, chama ela pra conversar fora daqui, e vocês se resolvem. – disse com uma coisa estranha no peito.

– O que? Você tá doida Sô? – disse ele me olhando assustado.

Percebi que a professora de inglês vinha chegando. Olhei pra ele com toda a sinceridade, mesmo que me doesse.

– Apenas conversa com ela, talvez ela vale a pena, e bom se você estiver feliz, eu vou estar feliz.

– Bom dia alunos, Daniel pro seu lugar rapaz. – disse a professora rindo. – Bom, espero que os projetos musicais estejam indo bem, lembrando que é para a próxima aula.

Pronto, a anta aqui não faz ideia do que ela esteja falando. Levantei a mão e dei a cara pra bater.

– Que projeto professora linda? – perguntei na maior cara de pau.

– Sophie! Você não toma jeito né menina. – e o povo da sala começou a rir – aquele em que vocês vão ter que cantar uma música pra sala toda, e quem se sair melhor vai fazer uma apresentação pra escola. – disse ela com naturalidade.

E pronto, eu me ferrei.

(N/A: Quando você não se ferra menina?).

Verdade né, nossa pé no saco, pior eu nem sei o que vou fazer.

(N/A: Mas tinha que ser besta o bastante né, agora vai querer virar purpurina).

Se isso me ajudar a fugir dessa escola.

(N/A: Mas é um filhote de burro né).

Não me xinga, enfim, vou ter que inventar alguma coisa.

– Você não acha Sophie? – perguntou a professora. E putz do que ela estava falando?

– Concordo plenamente professora, se você plantar cebolinha no asfalto e nascer repolho é por que o X da equação é Past Perfect. – eu estou querendo morrer.

A professora me olhou com cara de E.T, e o povo da sala não entendia nada, apenas escutei uma risada esculachada do fundo da sala, me virei e vi o Lucas se matando de rir, ele estava ficando até roxo de tanto rir.

– Desculpa professora, essa idiota se superar viu, o bichinho burro. – o Lucas se estava se matando de rir, porém era o único, olhei pra Fabi e do nada menina disse:

– Lucas cala a boca menino. – o guri parou de rir na hora.

– Ta bom patroa. – ele disse, e dessa vez quem não aguentou foi eu, até mesmo a professora estava cascando o bico.

– Bom continuando, Sophie presta mais atenção na aula, por favor.

As três primeiras aulas passaram que era uma eternidade, deu hora do intervalo, sai da sala quase correndo, qual é, eu precisava fazer xixi né.

Logo após sentei de debaixo daquele carvalho de novo e fiquei olhando o povo.

Logo chegou o casal mais fofo do mundo, sim Fabi e o Luc.

– Ai Sophie, como consegue ser anta desse jeito? – perguntou rindo da minha cara.

Mas eu vi um pacotinho de Doritos na mão da Fabi, e até esqueci o que ia falar.

– Ahhhh me dá Doritos? – pedi tentando fazer a cara do gatinho do Shrek.

– Ahhhh não. – disse a Fabi.

E o Luc começou a rir.

– Palhaço.

– Oi Sophie, posso falar com você? – aaaah não hoje era meu dia de sorte, só pode.