Daniel Martinelli: Já não sei o que sinto, com a Raquel tudo é cor de rosa e isso foi gay, bem gay, mas o que tem um rapaz gostar de uma garota, mas com a Sophie é tudo tão colorido, eu fingi que esse sentimento era apenas amizade, mas eu tenho minhas dúvidas, fiquei tão puto quando o Gustavo fez aquele escândalo com aquela nojenta da Larissa, mas eu sei que ele gosta dela e ela gosta dele, eu sobro, sempre sobro.

Eu sinto um nó em minha garganta quando lembro o que a Raquel fez comigo, mas ao mesmo tempo me sinto livre dela e tenho saudade da época que ela fazia valer a pena.

Mas a Sophie, minha Sophie, ela é simplesmente incrível, é linda, meiga, idiota, nojenta, estranha e desastrada, mas faz meu coração bater mais forte.

Eu tenho medo de perder ela com minha ficante ou pior ainda minha melhor amiga.

Estava perdido em meus devaneios quando vejo meu celular vibrando, era uma mensagem, peguei e li e um sorriso brotou em meus lábios quase instantemente:

Meu Idiota ♥

Sô.

Era da minha linda, to parecendo um bobo apaixonado, só que eu não posso me apaixonar por ela, eu não quero arriscar o coração dela com os jogos da paixão.

Respondi:

Minha Brutinha ♥

Dan.

E assim pude dormir, estava cansado e amanhã teria aula, daqui um mês entraríamos em recesso de junho, até que enfim.

Dormir com um sorriso idiota na cara.

Sophie Charlotte: Gente, eu tenho que saber que tipo de macumba é que esse povo faz para mim, por que acordar todo dia debaixo da cama praticamente é coisa de doido, de muito doido, tipo de maconheiro, só que não.

Enfim né, quem quer saber sobre eu cair de cara no chão todo dia.

(N/A: EUUUU.)

Você já não vale nada autora.

(N/A: Greve de escrita.)

... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...

(N/A: Tá sofrendo sem mim né?)

TA DESCULPA AUTORA.

(N/A: Ta desculpada.)

Mas enfim né, agora em diante o que será que vai acontecer, sabe eu não quero que meu pai nunca case de novo, mas acho que ele deve encontrar uma mulher boa e não como a Clarice, e será que a minha avó vai querer ficar comigo, e o Gustavo, o Dan? Ah eu já nem sei nada.

Levantei do chão, mesmo nem fazendo ideia por que eu ainda estava no chão, mas não falo nada, já estou me acostumando com a ideia de ser lezada.

Chega dessa vida, levantei e fui para o banheiro, e a puta que o pariu daquele banheiro tem um filho da puta de um tapete e esse tapete estava enrolado e eu vi esse tapete enrolado e eu tropecei nele, EU TROPECEI NAQUELA BOSTA DE TAPETE, e eu cai por causa daquela merda de tapete e eu to triste por que eu to com um puta galo na testa, olha que maravilha.

Me arrumei e fui tomar café, na cozinha estava meu pai e a Jane tomando café.

– Bom Dia pai, Bom Dia seu cu. – falei.

– Sophie o que é isso? – meu pai falou assustado.

– Fala meu cu. – disse Jane rindo, dai meu pai entendeu.

E pela primeira vez desde que o meu pai e a Clarice chegou que eu tomo café em casa.

Peguei ônibus e fui para escola.

Cheguei ao inferno escolar e dei de cara com o casal cut cut, Fabiana e Lucas, estavam lá de boa conversando e bom, não seria eu a interromper.

Estava passando por eles quando escuto:

– Esqueceu-se dos amigos? – perguntou Lucas, e fui virando, logo o encarando. Pior que o garoto estava com um sorriso endiabrado no rosto, certeza que iria aprontar algo.

O garoto veio em minha direção correndo me pegando e me virando no ar, e eu apenas gritava por causa do susto.

– Me põe no chão Lucas. – pedi. Mas acho que ele nem fez questão de me escutar.

– Me coloca no chão Lucas. – pedi de novo, mas ele nem me ouvia.

Quando do nada o garoto me solta, e fica me encarando que nem retardado e a Fabiana assistindo a cena.

– O que foi garoto? – já estava cansada de falar com ele e não me responder.

Ele começou apontar para a minha testa e fazia cara de nojo.

– O que foi Lucas? – perguntei de novo, e a Fabiana começou a rir de nossas caras. – Moleque você é retardado?

– Sophie, tem um bicho na sua testa. – disse ele e eu comecei a passar a mão para ver se tinha algo.

– Sophie não tem nada ai, é só um galo. – alertou a Fabiana.

– Ah é, meu galo. – disse.

– Idiota. – resmungou Lucas.

– Você é o que? – perguntei.

– Idiota. – respondeu de volta e eu e a Fabbe caímos na gargalhada, e o tonto sem saber do por que.

– Por que estão rindo? – perguntou tonto revoltadinho.

– Por que você se chamou de idiota. – diz rindo.

– Imbecil. – disse ele segurando o riso.

– Bom, vou entrar, pode voltar para o love. – disse e vi a Fabbe ficar toda vermelhinha, owwn que gracinha e o Lucas deu um baita sorrisão.

– Vai lá, que você está me atrapalhando. – Lucas grunhiu.

– Já to indo inferno. – disse brava.

– Não foi ainda? – perguntou ele me irritando, e eu sai de lá pisando forte.

Estava um pouco mais a frente, quase entrando na escola, me viro e olho o casalzinho que estavam os beijos. E a vergonha na cara!!

Fiquei tão feliz por eles.

Continuei e entrei na escola, dei justamente de cara com quem? Quem? Quem?

Meu Jesus, o que eu fiz? Me diga, eu juro que não arrotei na sua face!! Mas mesmo assim me perdoa.

Sim, era a Raquel, e eu ainda não entendo o que fiz de tão errado pra merecer esse capeta na minha vida.