Ela Voltou - O Passado Está De Volta escrita por Juliana Black Malfoy Riddle


Capítulo 32
Capítulo 32 - Klaus e... Julie?!


Notas iniciais do capítulo

Sobe, sobe, a escadinha... Chega na torre da Igrejinha!
Abre a porta, quanta gente! Hoje é domingo, estou contente!
Bãlálábãbálálãbálábã... Quem toca o sino é o Sacristão, que se chama Sebastião!
(vocês devem estar pensando: "WTF???" vou explicar...)
TEM GENTE QUE NUNCA OUVIU FALAR NESSA MUSIQUINHA!!!
Digo... Uau. E cresci escutando os professores do jardim cantando para mim e pros meus colegas... Estou surpresa que ninguém saiba da minha sala... :S
Mas o que isso tem a ver com o cap, né? Deixa eu calar a boca... (kk')
Boa leitura, amorrecos! (siim, amorrecos, e não discutam! kk')



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  POV. Bella


  - CALEM A BOCA! - o rompante da voz de Damon me assustou. - Vocês não estão vendo que Bella não está bem?! Ela precisa de descanso!


  Eu realmente não estava escutando nada do que os outros diziam, eu nem sabia quem estava ao meu redor, tudo o que eu enxergava era... Nada.


  Eu não via nada. Eu não ouvia nada. Eu não estava lá.


  Meu corpo podia estar ali, mas eu... Não.


  Eu ainda não podia acreditar que fiz... Que fiz...


  Que fiz Tânia sangrar. Literalmente sangrar...


  MAS ELES NÃO PODIAM SANGRAR!!!


  Como eu tinha conseguido fazer aquilo?! E por que não me pararam?!


  Estava tão confusa! MInha cabeça estava dolorida, minhas têmporas latejavam, eu sentia frio... E queria minha mãe, agora.


  Não, não Renné dessa vez... Eu queria Sulpcia, minha mãe biológica.


  Ou pelo menos minha irmã! Que pudesse explicar o que estava acontecendo!


  - Bells, fala comigo... Por favor, Bella... - a voz de Damon me chamava, suplicante, mas eu não conseguia responder... Era como se eu não soubesse falar!


  Ele continuou:


  - Bella... Por favor... Fala comigo...


  - Ela não vai conseguir falar com você agora, Damon. Ela ficou sobrecarregada com tanto poder, você tem que deixá - la descansar - uma voz falou... Brian?!


  - Sobrecarregada?! Sobrecarregada?! - a voz de Damon estava carregada de indgnação e sarcasmo. - Você viu o que ela fez com Tânia! Você viu como Tânia ficou! E ainda me diz que ela ficou só sobrecarregada? - Damon rosnou a última parte. Me encolhi na onde estava.


  - Pouco me importa o que Bella fez com Tânia e como ela ficou, e se Bella fez tudo aquilo é porque ela merecia, o que me importa agora é Bella. Ela não vai ficar bem até se recuperar, e você devia se preocupar com isso, e não como a outra lá ficará - de repente, me senti erguida em braços firmes e fortes. - Vou levá - la para casa dela. Até lá... Você pensa uma forma de se desculpar, porque se Bella está catatônica assim, é por sua causa. Vamos, Caroline.


  Senti meu corpo balançando, e via o tecido de uma camiseta, mas não enxergava nada além disso. Eu queria dormir e esquecer tudo o que se passou...


  E como se lesse meus pensamentos, Brian sussurrou para mim:


  - Pode dormir agora, Bells. Estou aqui.


  E assim, caí num sono profundo sem sonhos.


-


  POV. Stefan


  - DROGA! - e Damon lançou um copo na parede. Ele iria tacar outro.


  - Hey hey hey! Vamos parar porque eu não quero limpar bagunça depois - falei.


  - Você viu, Stefan?! Aquele... Aquele sujeitinho idiota acha que pode falar o que eu devo e não...


  - Eu acho que ele tem razão - cortei - o, vendo ele me fuzilar.


  - Perdeu o amor a vida, Stefan? Quer morrer agora já?


  - Não, Damon... Você não está pensando com clareza, você está pensando com ciúmes. Pensa... Brian tem razão. Bella está sobrecarregada com os poderes que ela usou hoje, e ela os usou em Tânia. Desde o dia que a mesma chegou está importunando ela, Damon... E por sua causa - aos poucos, seu rosto foi de raivoso para desolado, e ele se jogou no sofá, sentando.


  - Eu sei, Stefan... E é isso o que está me corroendo: a culpa é minha, toda a minha... E eu não sei o que fazer para ajudar a Bella - ele colocou sua cabeça entre as mãos. Sua voz saiu abafada: - E quando Bella acordar, quem estará lá é ele, e não eu...


  - Hey, Damon - Elena, que até agora, como os outros, estava quieta, se pronunciou, se sentando ao seu lado. - A culpa não é só sua. É de Tânia. Ela... Pensou coisas que não devia. Bella ainda está aprendendo a controlar seus poderes e acabou resultando nisso hoje. E não se preocupe: Bella te ama, e ela vai entender o por quê de você não estar lá - e o abraçou.


  - Será mesmo, Elena? - ele murmurou.


  - Vocês se ama, Damon. Eu tenho certeza - e ela sorriu, me fazendo sorrir também.


  Elena ás vezes tinha o poder de mostrar o lado bom de uma situação ruim.


  Um celular fez barulho. Rosalie se manifestou.


  - Stefan... Damon... Temos que ir. Alice está nos chamando, e pela mensagem... Ela está brava, e não se pode contrariar a baixinha - ela foi até Damon. - Qualquer coisa, Damon... Só chamar, tá?


  Ele só balançou a cabeça, mas não se levantou. Rosalie suspirou.


  - Tchau, gente. Até - Emmett disse, acenando.


  - Tchau - um coro se foi ouvido, e eles partiram, rapidamente.


  - Hey, eu também vou indo, a chuva está ficando forte... - Jeremy se pronunciou. - Bonnie, Elena, Isy... Vocês vêm?


  - Vamos - Elena e Bonnie disseram.


  - Ahh, Jer... Eu vou para a casa de Julie. Mais tarde eu ligo para vocês - ela beijou a bochecha de Jeremy e de Elena. - Tchau, pessoal.


  Todos murmuraram de volta. A porta da frente se abriu, e logo não havia mais barulho.


  - Amor... Eu vou indo. Me liga mais tarde? - Elena disse, pegando sua blusa que estava na cadeira ao meu lado.


  - Ligo - beijei seus lábios.


  - Tchau - se separou de mim sorrindo.


  - Tchau - respondi. Ela se virou e saiu com Bonnie e Jeremy em seu alcance.


  Restaram Tyler e Matt, que acho eu pegariam carona com Jeremy. Logo todos saíram e só ficaram eu e Damon. Suspirei. Peguei um copo com whisky e sentei ao seu lado no sofá, lhe entregando o copo. Ele de pronto pegou e tomou um gole.


  - Sabe o que é o mais estranho de tudo? - Damon falou, cortando o silêncio de repente. O fogo na lareira crepitava.


  - O quê? - perguntei, me virando para encará - lo.


  - Aquela garota... A humana nova que chegou junto com Isabelly...


  - Julie - disse.


  - Essa mesmo - ele tomou um gole do copo. - Ela... Conseguiu fazer Bella parar. Mas foi só ela! E... Tem alguma coisa nela que é muito, mas muito familiar... Você não sente isso?


  Sim, eu sentia. E era todas as vezes que ela e ou a Isy, ou a Elena estavam perto.


  - Sim - apenas disse.


  - É estranho... É como se eu a conhecesse ela de muitos anos, mas... Ela não é alguém difícil de se esquecer. Ela me lembra alguém... - ele divagava. - Eu ainda vou me lembrar - prometeu para si mesmo.


  - Damon... - chamei. Ele olhou para mim.


  - O quê?


  - O que faremos? Digo... Está tudo se embolando: os Cullens, Bella, Elena, Klaus... Estou preocupado. Klaus anda muito quieto ultimamente... - eu realmente estava preocupado.


  - Eu percebi - ele se levantou. - E eu tenho um plano.


  - Que plano? - me levantei rapidamente, o olhando.


  - O de construir um plano - ele respondeu, me fazendo o fuzilar.


  - Não tem graça. Lembre - se que Klaus também está atrás de Bella - ele intantâneamente ficou sério.


  - Eu sei. E eu vou pensar em algo - ele disse, indo no corredor e pude ouvi - lo subindo as escadas.


  Suspirei.


  - Ahhh! Até lá, santo Stevão... Certifique - se de Elena não morrer - ele disse, zombeteiro.


  Idiota.


  Humpf... Só espero que as coisas não deêm errado outra vez.


-


  POV. Bella(Dia Seguinte)


  - Hum... - gemi, abrindo os olhos lentamente.


  Eu estava em uma cama.


  Era a minha cama.


  Era o teto da minha casa.


  Concluindo: eu não estava na Pensão.


  Por que eu não estava? Eu lembro de ter ido para lá e... E...


  Brian me trouxe para cá. Para minha casa. Qual a palavra que ele havia usado?


  Catatônica. Isso, eu havia ficado catatônica. Eu... Quase matei Tânia.


  Como eu havia feito aquilo?! Eu... Eu só usei o poder de Jane. Eu queria que ela aprendesse uma lição de uma vez por todas, mas...


  Eu fiz ela sangrar.


  Caramba... Sangrar.


  O que eu fiz?!


  - Ô droga - resmunguei. Uma movimentação no canto do quarto me fez pular na cama.


  - Veja quem acordou - Brian falou, me encarando. Ele não estava sorrindo.


  - Hum... Quanto tempo eu dormi?


  - O dia inteiro de ontem e mais a madrugada de hoje - ele respondeu, dando de ombros.


  - O QUÊ?! Eu dormi tanto assim? Que horas são? - pulei da cama, olhand para o despertador. 06h15. Dava tempo de ir para a escola ainda.


  - Calma... É normal que você estivesse cansada depois de usar tanto poder daquele jeito em Tânia. Sente - se - ele me empurrou delicadamente para a cama.


  - Eu fiz mesmo aquilo com ela? - murmurei, colocando minha cabeça entre minhas mãos.


  - Sim - o colchão ao meu lado se afundou. Seus braços rodopiaram meus ombros. - Mas isso é normal, Bells. Ainda mais se tratando de quem você é filha.


  - Eu sei, eu sei, mas... Pera aí, o quê?! Como assim "se tratando de quem você é filha"?! Eu não lhe contei quem são meus pais biológicos - levantei da cama, o olhando desconfiada. Seu rosto estava impassível. E seus pensamentos...


  Eu não conseguia ler seus pensamentos!


  - Percebi pelos seus poderes, Bells. A nunca vampira que conheço nesse mundo que tem como dom machucar internamente alguém só com o poder da mente, é Jane Volturi. Agora ligue ao fato de você dizer que tinhas pais "poderosos"... Ninguém é tão burro assim - ele disse, convicto.


  Mas por que eu sentia fragmentos faltando?


  - Então... Você sabe o que fiz e sabe de quem sou filha - disse, por fim.


  - Sim - ele se levantou e pôs as mãos nos meus ombros. - E tenho que lhe avisar.


  - Sobre o quê? - sua expressão era séria, sem nenhum requisicio de brincadeira.


  - Sobre os seus poderes. Bella... Você é filha de Aro e Sulpcia Volturi! Você é poderosa, e como contou, tem uma irmã hiper poderosa! Você não acha que já tem inimigos formados, querendo seus poderes?


  Eu não havia pensando nisso.


  - Não.


  - A sua demonstração de poder mental ontem realmente me surpreendeu, mas me deixou receoso. Seus poderes são fortes, e aparentemente, ilimitados, mas você tem que tomar cuidado: qualquer um que esteje familiarizado com esse tipo de poder irá reconhecer num raio de quinze quilômetros, e por causa disso, você precisa aprender a controlá - los.


  - Controlá - los?! Brian, aquela vadia estava merecendo faz algum tempo! - por que ele estava dando razão á Tânia?


  - Merecendo ou não, Bella, você precisa se manter protegida. Por você mesma, pelos seus pais, pelos seus amigos, pela sua irmã, e o mais importante agora para você, pelo Damon. Mantenha - se segura, Bells. Nos preocupamos com você - ele me abraçou apertado antes de me soltar. - Vejo você na escola - e saiu do quarto, fechando a porta.


  Meu Deus... Que bagunça era essa?


  {...}


  - Você tem certeza que vai para a aula hoje, Bella? - Carol me perguntou pela trilhonésima vez, enquanto comia meu cereal.


  - Vou, Carol. Não foi só porque me desequilibrei um pouquinho na hora de dar uma lição em Tânia que vou ficar evitando os Cullens para sempre! - disse, colocando a tigela na pia com uma certa brutalidade. - Sem contar que faltei ontem, e se continuar faltando sem parar, vou acabar repetindo.


  - Tudo bem - ela levantou as mãos na altura da cabeça. - Eu só não quero que você se estresse mais.


  Suspirei. Caroline só estava se preocupando comigo... Nada mais do que isso.


  - Tudo bem, Carol. Entendo. E obrigada por ser importar, Prima - a abracei apertado.


  - Sempre - murmurou. - Vamos.


  {...}


  - Você está melhor? Tem algum machucado? Não precisa de nada? - Lena já chegou perguntando, mechendo no meu corpo, levantando minha camiseta azul, e tateando minhas pernas no jeans. Ri.


  - Está tudo bem, Lena. Não se preocupe.


  - Ahh... Então tá - ela suspirou.


  - Bellinha! Tú ta melhor? - Jer chegou, junto com Ty e Matt. Ambos mantinham expressões preocupadas em seu rosto.


  - Estou bem, gente, relaxa. Até parece que vocês não me conhecem - resmunguei.


  - Argh... Lá vem ela e seu mau-humor matinal... Fui! Vou procurar Bonnie que ganho mais. Beijos, Bells - e Jer saiu vazado. Medroso.


  Bufei.


  - Quem vem lá? Se identifique - Ty começou, junto com Matt, bloqueando minha visão.


  Mas eu não precisava olhar. Eu já sabia que ele estava ali.


  - Parem de ser bobos, meninos - disse, passando pela barreira deles e chegando nos braços do meu amado, que me envolveu em seu caloroso abraço quente.


  - Você está bem, Bella? - ele perguntou, buscando meus olhos.


  - Melhor agora - respondi, colocando meu rosto na curvatura de seu pescoço.


  - Hum... Isso me faz ter idéias muito agradáveis... - ele sussurra, de um jeito sexy, me arrepiando.


  Porém, eis que surge o capeta encarnado para atrapalhar meu momento com Damon.


  - Bella, precisamos conversar.


  Eu já não disse para eles me chamarem de Isabella?!


  - O que quer, Cullen? - Damon rosnou, passando um braço possessivamente em volta da minha cintura.


  - Preciso conversar com Bella, Damon. É impotante - Edward disse, me olhando.


  - O que você tiver que dizer pode dizer na frente do Damon, Edward - disse, fria, distante. Ele me olhava ressentido, mas assentiu.


  - Eu sei, mas é particular, Bella. Tenho certeza que é de seu interesse - e como se alguém nos ouvisse, ele sussurrou: - Os Volturis estão em Mystic Falls.


  - O QUÊ?! - me espanto, o encarando. - Como assim eles estão aqui? E como não sei disso? - essa parte sussurrei mais para mim mesma.


  "Ora, Bells... Não sei qual é a preocupação. Eles são, tipo, seus parentes, não é? Que problema há nisso?" - o pensamento de Damon me ocorreu, e eu enviei, mesmo sem saber como, um pensamento de volta.


  "É, eu sei disso, Damon, mas se você não se lembra, Klaus invadiu o Castelo da minha família e minha mãe disse que eu não podia ir lá até tudo estar resolvido, e que assim que estivesse tudo certo, ela iria vir me avisar. E se algum Volturi está aqui, por que eu não sei?"


  Vi que ele realmente ficou confuso, e não soube o que responder. Suspirei...


  CARALHO!!! Edward leu os pensamentos de Damon! Agora ele sabe a verdadeira relação deles comigo.


  Mas... Vasculhando os pensamentos de Edward, não encontrei nada.


  Como isso era possível?


  - Você têm cinco minutos, Edward, cinco minutos! Não faça - me arrepender disto - disse, o encarando.


  - É tudo o que preciso. Vamos - e começou a andar para o outro lado da rua, aonde dava o caminho para a trilha da floresta.


  Suspirei... Dessa vez era ao contrário.


  - Eu vou lá, Damon. Já volto - o beijei, que correspondeu com fervor.


  - Volta pra mim - ele sussurrou, nos separando.


  - Sempre.


  Andei até parte da entrada da trilha e esperei. Logo vi ele, sentando num tronco de árvore, olhando para o nada.


  Antes que eu dissesse algo, ele falou:


  - Antes que você fale que eu estou mentindo, deixe - me explicar o que eu ouvi, e o que vi - ele não esperou eu responder: - Estava andando a noite, depois do aguaceiro que caiu... Naquele dia - ele evitou falar daquele assunto. - E comecei a ouvir pensamentos diferentes, e os segui... E vi Jane Volturi com Alec num Casarão no lado oeste da cidade, sozinhos.


  - Como assim? Como isso é possível? - perguntei, mais para mim do que para ele. Eles sabiam que eu estava aqui, e por que não vieram me procurar?


  - Eu também me pergunto isso. Mas não foi por isso que te chamei, especificamente falando - ele se levantou e parou na minha frente, me encarando. Suspirou. - Acho que lhe devo um pedido de desculpas.


  Essa sim me surpreendeu.


  - Por quê?


  - Por causa de Tânia. Eu sei o que ela fez, e se fosse para acontecer de novo para ela aprender uma lição, eu não me importaria. Mas acho que não foi apropriado aquele comportamento com você. E por isso... Estou pedindo desculpas. Por tudo.


  Estanquei no lugar, pensando...


  Edward Cullen, me pedindo desculpas por causa de algo que PuTânia disse?


  - Isso é um sonho... É uma pegadinha, na verdade - pensei em voz alta.


  - O que disse? - ele perguntou, confuso.


  - Esqueça - disse. Suspirei. - Edward, por mais que tudo aquilo tenha acontecido ontem, eu não vou, e ninguém vai conseguir mudar minha opinião sobre Tânia. Nem tente. E por mais que ache nobre da sua parte vir pedir desculpas pelos atos dela... Eu não vou aceitar. Mesmo porque ela envolveu minha família, Edward, e isso eu não perdôo.


  Fui firme em minha decisão. Eu não queria as desculpas de Edward por me achar, e sim pois era uma questão de princípios. Eu não jogaria o nome de minha mãe na lama.


  Mesmo sabendo que Renné não era minha mãe biológica.


  Edward assentiu, para minha surpresa. Pensei que ele estava ali para "proteger sua amada"!


  - Sei que está surpresa - percebendo minha cara de espanto e curiosidade, ele ri. - Você ainda é muito fácil de se ler, Bella. Nisso você não mudou.


  - Queria que eu continuasse a ser aquela pessoa zumbi? Sem vida, sem amigos... Sem amor? - perguntei, sentindo minha garganta se fechar.


  Sua expressão de divertido passou para uma máscara de tristeza e dor.


  E sim, máscara. Edward era um ótimo ator.


  - Bella, eu juro, eu não lhe abandonei! Eu te deixei para que pudesse ter uma vida humana feliz, longe de mim e de todos os problemas. VOCÊ VIU O QUE ACONTECEU NO SEU ANIVERSÁRIO! Jasper se descontrolou só um pouquinho, e acabou acontecendo aquilo. Se eu me descontrolasse, poderia lhe machucar, e eu nunca, jamais me perdoaria por isso. Por favor, você tem que me entender! - ele se ajoelhou na minha frente. Seus olhos, brilhando pelas lágrimas não derramadas. - Por favor, Bella, acredite! Eu te amo com toda a minha existência. Ninguém nunca conseguiu fazer isso comigo. Por favor, volta pra mim, eu estou te implorando!


  Eu estava chocada com suas palavras. Não, surpresa seria melhor dizendo. Edward... Estava pedindo o meu perdão? Por tudo o que aconteceu?


  Ele me ama?


  "Pensa, Bella. Ele lhe deixou na floresta, você acha que ele voltaria tão fácil em sua palavra?"


  Pela primeira vez, eu escutei minha consciência.


  "Mas ele está me pedindo perdão! Isso não é um gesto de se admirar?"


  "Vai, caia nessa novamente. É você quem vai se machucar depois!"


  E como sempre vêm, ela se foi rapidamente.


  Vendo meu contínuo silêncio, Edward pegou minha mãe e olhou em meus olhos. Eles eram brilhantes, e... e...


  Estavam verdes!


  - Por favor, Bella, me dê mais uma chance. Me deixe lhe fazer feliz!


  E ele começou a chorar.


  Choque. Confusão. Surpresa.


  Era tudo o que eu sentia naquele momento.


  - Você... Você está chorando, Edward? - me ajoelhei em sua frente, pegando seu rosto entre minhas mãos e o fitando. Lágrimas contínuas escapavam sem parar pelo seu rosto, e suas orbes verdes brilhantes me encaravam.


  - Eu... Eu estou? Como isso é possível? - se desse, ele estava mais supreso do que eu.


  - Eu não se... - quando iria terminar, eis que surge sons de passos na onde estávamos. E o cheiro chegou me paralisando.


  E sua voz... Carregada de uma raiva excessiva e magoada.


  - Vejo que a "conversa" está sendo boa... Não queria atrapalhar. Querem que traga champagne também? - Damon disse, aplaudindo, como se visse algo hilariante.


  - Damon, por favor, deixa eu explicar - disse, me levantando e indo em seu direção. Ele recuou.


  - Não, Bella... Pode deixar. Eu já entendi. Não queria atrapalhar o momento de vocês - ele riu. Sua risada era seca e sem humor: - Bella Bella Bella... Achando que você era diferente... Ha! Se demonstrou pior do que Katherine - disse, amargo.


  Suas palavras feriram meu coração.


  - É assim que você enxerga a situação, né? Pois bem, pode continuar pensando assim, Damon. Eu não me importo. E sabe por quê? - como ele não respondeu, continuei dizendo: - Porque eu já estou cansada de pessoas como você me tratando como lixo, e isso não pode acontecer mais! - lágrimas minhas rolaram livremente pelo meu rosto.


  - MAS EU TE AMO! E sabe o que é pegar sua namorada com seu ex, te traindo? - ele pergunta, sarcástico.


  - Ela não estava comigo, Salvatore - a voz de Edward saiu firme e forte atrás de mim. - Eu estava pedindo seu perdão, e pedindo uma outra chance. Mas ao que parece, ela lhe ama tanto que iria me despachar sem mais nem menos, até você chegar e tirar conclusões precipitadas.


  - Fica quieto você, Lantejoula. A conversa aqui é entre mim e Bella - Damon rosnou, andando dois passos para frente.


  - É? Mais parece que é entre um namorado ciumento que não confia na namorada - Edward retrucou, fazendo Damon soltar um outro rosnado, de novo.


  - Você não sabe de nada, Cullen.


  - E você sabe? Olha, eu até concordo com a Bella: ela não precisa de gente a tratando como um brinquedo. Nós - ele enfatizou bem o "nós" - não a merecemos. E sabe o que é melhor? Bella é uma mulher maravilhosa! E saiba disso, Salvatore, pois você vai perdê - la - Edward falou, com uma voz debochada. Me virei e olhei para ele, que fuzilava Damon, que não tinha uma cara nada boa.


  - Você está merecendo apanhar, Glitterzinho. E é agora - quando Damon ia avançar, eu me pus entre os dois, com as mãos estendidas.


  - PAREM! Vocês estão parecendo bebezões brigando desse jeito! - me enfureci, já vendo tudo vermelho.


  - Vai defender ele?! - Damon se indgnou.


  - Eu não estou defendendo ninguém! Vocês estão agindo como duas crianças, e isso tem que parar, JÁ! - berrei, ainda vendo eles se encararem.


  Eu fuzilava os dois, mas ele nem pareciam ligar. Tinham punhos e mandíbulas cerradas, e seus olhos brilhavam de puro fogo raivoso.


  Mas antes que eu pudesse falar algo, um pensamento chegou até mim:


  "BELLA!!! VOLTE AGORA PARA O ESTACIONAMENTO E TRAGA DAMON JUNTO!!!" - o pensamento de Carol gritava. "É URGENTE, AGORA!"


  - Carol nos chama - disse, em ninguém á específico. - Algo está acontecendo no estacionamento. Precisamos ir.


  - O que... - Edward começou, mas seus olhos se arregalaram rapidamente, olhando para mim, e depois saiu em disparada, sem olhar para atrás.


  Bufei e comecei a andar também, quando a voz de Damon me parou no lugar:


  - Então é assim? Eu te pego com outro e você simplesmente vai embora, atrás dele? - como não respondi, ele continuou, dessa vez, a tristeza eminente em sua voz: - E como a gente fica?


  Me virei lentamente, encarando seus olhos, que antes escuros, agora claros, marejados. Lágrimas rolavam pela minha face novamente.


  - Eu não sei, Damon. Me diga você: como ficamos? - não esperei ele responder e sai em disparada também, indo em direção á escola.


  Por que Damon não confiava em mim?


  Isso rodava na minha cabeça até quando atravessei a rua em velocidade humana, indo para onde Carol estava. Olhei de verdade em volta.


  O que todas aquelas pessoa estavam fazendo ali, paradas?


  - O que aconteceu? - perguntei, chegando perto dela, vendo todos recuados. Ty e Carol na frente, sérios. Matt, Jer, Lena e Stef atrás, com cara de medo e receosos.


  O que havia acontecido?!


  - Olhe - Stefan rosnou, indicando com o queixo o lado leste do estacionamento. Observei melhor.


  Um sedã preto, luxuoso, estava parado ali, com todos babando nele, até que a porta se abre, e o cheiro me invade com tudo, mesmo estando longe.


  Era um vampiro.


  E, pelo cheiro, era muito velho.


  - Quem é? - perguntei, mais alerta.


  - Nosso pior pesadelo: Klaus - a voz de Damon me alcançou, me estancando no lugar.


  Eu não acreditava... Klaus? Como ele descobriu onde eu estava?


  - Bella, Elena... Acho melhor irmos para outro lugar - Stefan disse. Neguei com a cabeça.


  - Ele já sabe aonde estou, Stefan. Fugir só iria piorar - balancei a cabeça.


  - Onde está a bruxa quando a gente precisa? - Damon ralhou, procurando.


  - Gente... Cadê os Cullens também? - Jeremy perguntou de repente, me tirando a atenção.


  Mas era verdade... Onde eles estão?


  - Pessoal... Olhem - escutei a voz de Elena, me trazendo de volta de minha divagação. Olhei para onde ela apontava e fiquei confusa:


  - O que raios eles estão fazendo ali? - perguntei, indgnada.


  - O que Bonnie está fazendo ali?! - Jer exclama.


  - O que minha irmã está fazendo ali? - Elena diz.


  - O que aquela humana faz ali? - escutei Damon dizer.


  Todas eram ótimas perguntas, mas ninguém tinha respostas para aquilo:


  Os Cullens estavam ali, meio que "barrando" a passagem e fazendo segurança na área em que Klaus estava. Bonnie também estava ali, olhando para a cena, de costas para nós. Isabelly estava ao seu lado.


  Mas o surpreendente, foi encontrar Julie ali, frente e frente com Klaus.


  Eles se conheciam?!


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Notas finais do capítulo

Heey... Gostaram? Eu não queria parar aqui, mas essa Fic está com Drama em falta. (rsrs')
Depois dessa... É pra mim me matar, né? (kk')
FUUUUUUUUUUUUI!!!
(*correndodepressadopovocomraivademimporterparadocomamelhorpartedocap*)