POV Renesmee.

—Nessie! – Chamou Jake.

Abri os olhos e me levantei, ainda estávamos na praia.

—Que horas são? – Perguntei pulando.

—Seis.

—Meu Deus.

Eu pulei e me vesti rápido meu moletom, levei a calça na mão, em meu cabelo havia areia e o meu biquíni ainda estava um pouco molhado, eu não estava com nem um pouco de frio dormir abraçada em Jake é a melhor coisa que tem.

—tchau. – Falei e dei um selinho nele. – Te vejo mais tarde.

—Até.

Eu sai correndo na minha maior velocidade até em casa desacelerei ao chegar mais perto.

Tentei entrar de fininho, mas adivinha se meu pai e minha mãe não estavam me esperando.

—Oiii. – Falei inocentemente.

—Renesmee Carlie Cullen Swan! – Ralhou meu pai.

—Onde você estava? – Perguntou minha mãe.

—Na praia. – Respondi.

—Com quem?- pressionou meu pai.

—Sozinha. – Menti.

—RENESMEE! – Gritou minha mãe.

—Ta bom, talvez nem tão sozinha.

—Estava com algum garoto? – Perguntou meu pai.

—Talvez... Jake.

—O que vocês foram fazer? – Perguntou minha mãe.

—Ei! E a privacidade? – Falei ao ver que meu pai tentava entrar em minha mente.

—Fale Renesmee. – Disse meu pai.

—Nadar, só fomos nadar, obrigada pela confiança. – Falei parecendo ofendida.

—Até essa hora? – Perguntou minha mãe.

—É, nadar e ver o sol nascendo... Lindo. – Tentei ir de fininho para as escadas.

—Não terminamos. – Falou meu pai.

—Terminaram sim, eu tenho que tomar banho.

—Renesmee! – Falou mamãe. – Da para escutar?

—Mais tarde.

Subi correndo e me tranquei no banheiro para tomar banho.

Eu sai do banho com os cabelos lavados e cheirando a frutas cítricas, eu os prendi em um coque em quanto me secava e me vestia, depois o soltei e ele já estava um pouco seco caindo em cachos.

Depois desci e Lindy estava tomando café, me juntei a ela.

—Onde você estava ontem a noite? – Perguntou.

—Na praia. – Dei de ombros.

Nós nos levantamos e corremos até a casa de vovô já que todos já estavam lá.

—Ótimo! Vocês chegaram! – Comemorou Tia Alice.

—Bom dia Tia! – Falei.

Ela pulou e nos abraçou.

—Nós vamos a Seattle! Vamos comprar alguma coisa.

—Mais? – Perguntou Lindy.

—Acostume-se. –Falei.

Jake e Seth chegaram casualmente.

—Jake! – Falei feliz em vê-lo o abracei, e quando percebi que ele ia me da um selinho virei o rosto.

—Seth! – Falou Lindy abraçando ele, ele beijou a bochecha dela.

—Oi, gata! – Falou Seth feliz.

Tia Rose grunhiu eu olhei feio pra ela.

—Tudo bem! Chega disso! – Falou Tia Alice. – Compras! – Ela lembrou.

—Deixe-me trocar de roupa. – Falou Lindy ela subiu em uma velocidade extrema e voltou com outra roupa. 

—Linda! – Disse Tia Alice.

Nahuel entrou com uma péssima cara ele lançou um olhar a Jake e um olhar a mim.

—Oi, Nahuel! – Falei.

—Renesmee, eu quero conversar com você. – Respondeu sem demonstrar emoção;

—Fala.

—A sós.

—Ok.

Ele se virou e nós saímos em direção a floresta até chegar a um lugar fora do campo de vista deles.

—Me explique isso!– Ele jogou no chão fotos minhas e do Jake nos beijando.

—Nahuel...

—Recebi essas fotos pela noite.

—Quem?

—Não vem ao caso. Você deveria ter a decência de terminar comigo.

—Eu não sabia como...

—VOCÊ ME USOU ISSO SIM! NÃO SABIA COMO ME POUPE!

—Nahuel eu juro...

—CHEGA DE JURAS, RENESMEE! ME TROCAR POR UM CACHORRO...

O sangue começou a ferver em meu rosto.

—NÃO CHAME JACOB DE CACHORRO! NÃO SE REFIRA ELE!

—Você ATÉ JÁ O DEFENDE!

—NÃO É SOBRE ISSO A DISCUSSÃO!

—É EXATAMENTE SOBRE ISSO! SOBRE TRAIÇÃO.

—NÃO SOMOS CASADOS!

—SOMOS UM CASAL.

—FODA-SE! NÃO É A MESMA COISA.

—É EXATAMENTE A MESMA COISA, TRAIÇÃO É TRAIÇÃO E PIOR AINDA COM UM CACHORRO PULGUENTO.

—CALE A BOCA PARA FALAR DE JACOB!

Ele bateu na minha cara e acabou com um corte na bochecha que se eu ficasse longe por pelo menos três horas ninguém perceberia.

Eu o encarei e bati na sua cara também, mas não havia sido um tapa como o dele.

—EU FALO COMO EU QUERO DELE. – Falou ele ainda com raiva.

—NÃO. NÃO NA MINHA PRESENÇA;

—POR QUE TANTA DEFESA?

—POR QUE EU O AMO! – Deixei escapar.

Ele me olhou com um olhar assassino e em fim falou.

—Isso não acaba assim Renesmee Cullen.

—Longe de mim. – Falei

Ele virou as costas e saiu correndo em direção a cidade.

Eu cai no chão e comecei a chorar. Não sei se pela surpresa de ele ter me batido, não sei se pelo término do namoro por mais que para mim não valesse nada, ou por sua ameaça no final... O que ele iria fazer?

As lágrimas escorriam rápido pelo meu rosto, e eram muitas elas lavavam minha face e por mais que eu as limpasse elas persistiam em vir mais forte.

Me levantei e corri, corri sem exatamente ter um rumo, para longe de casa posso dizer.

Acabei no meu lugar favorito de todo o mundo, o penhasco de La Push me encolhi ao lado duma rocha onde eu estava escorada e olhei para o mar, que estava a pelo menos 20 metros de altura de mim.

Eu limpei as lágrimas com as costas da mão e respirei fundo.

Eu encarei o mar tão limpo e puro, me deu uma vontade de me jogar, como minha mãe fizera, mas isso só seriam irresponsabilidade e imaturidade de minha parte então passei a apenas encara-lo.

Meu celular tocou, era minha mãe que devia estar desesperada já que eu não voltei.

Eu não atendi, mandei uma mensagem dizendo ‘to bem’ e só.

Escorei minha cabeça na pedra.

—Achei que te encontraria aqui. – Disse uma voz rouca quando já havia se passado pelo menos uma hora.

Não me virei para olhar, eu reconheceria a voz em qualquer lugar.

—Você me encontraria em qualquer lugar, Jake. – Falei.

—Isso é verdade.

Ele se sentou ao meu lado me puxando para seu colo.

—O que houve?

—Nós terminamos.

—Achei que isso fosse bom.

Toquei minha bochecha onde Nahuel havia batido.

—Foi, mas eu estou assustada.

—Com o que?

—Ele me... – Mudei o rumo do que ia dizer. – Ele falou que isso não acabava assim, foi uma ameaça.

—Por que acha isso?

—Ele estava com raiva, muita raiva, eu nunca o vi daquele jeito... Violento.

—Violento?

Não respondi apenas passei mais uma vez a mão no rosto e a abaixei.

Jacob virou meu rosto para ele e passou a mão onde agora provavelmente havia um pequeno corte, nada comparado ao de antes.

—O que isso? – Ele perguntou.

Tirei a mão dele dali.

—Nada. – Respondi.

—Alguém bateu em você?

Não respondi, apenas enterrei minha cabeça em seu peito nu e quente, ele levou como um sim.

—Foi Nahuel não foi? – Havia raiva em sua voz.

—Eu falei que nós discutimos, eu dei um tapa nele também.

—Não duvido, mas você não é de violência, não bateu com a força que devia.

—Sou contra machucar alguém que me machucou do mesmo jeito, fogo não se combate com fogo a não ser que queira criar um incêndio.

—Boa frase. – Ele me apertou mais sobre seu corpo. – Onde ele está?

—Não sei.

—Vou bater nele como deveria, quem sabe o ensinar que não se bate em mulher, respeito... Por que exatamente ele te bateu?

Corei.

—O mandei calar a boca quando ele te chamou de cachorro.

—Nessie...

—Isso me irrita.

—Eu sei.

Ele ergueu de novo meu rosto e me beijou eu passei minhas mãos em seus cabelos curtos.