As 4 Gerações. escrita por ManuGayoso


Capítulo 4
Normal até demais.




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- Tudo bem, agora me conte exatamente o que aconteceu.- Agora era a hora da vergonha, mas eu tinha que contar, me sinto como se devesse isso a ele. 

- Eu estava puta com você, então eu só queria ficar em paz em algum canto, mas quando eu procurava um local Matheus se apresentou e eu só...- Olhei pra Daniel como se ele fosse dizer alguma coisa, com esperança de que ele me interrompesse para eu não precisar falar, mas isso não aconteceu e eu tive que falar.

- Eu só o beijei, e quando fui ver ele tinha rasgado minhas roupas..- Engoli em seco.- E foi quando eu lembrei do... que era errado, que o que eu estava fazendo não era certo, eu estava descontando minha raiva em uma pessoa que não tinha nada haver com ela e de um modo mais errado ainda. Então eu o afastei, mas ele não deixou, ele queria continuar, e eu só corri depois disso, queria te encontrar, você deveria estar perto e não ia demorar para te encontrar, mas ele pulou em cima de mim com aquela faca e eu sabia que ia morrer, fechei os olhos para que não fosse tão doloroso, mas não aconteceu nada e... e foi quando eu te vi. O que exatamente você fez? 

- Eu só tirei a faca da mão dele e bati com o cabo em sua cabeça e ele desmaiou.

 - Ah sim. Obigada por isso. 

- Não foi nada Demi. Mas você tem que me prometer que não vai mais fazer essas besteiras.Agir por impulso. 

- Tudo bem.- Eu disse suspirando.- Eu prometo. 

- É melhor você ir dormir. Vou deixar você descançar.- Disse caminhando pra fora, só quando ele estava abrindo a porta que o que ele falou bateu no meu cérebro. 

- Não. Daniel... fica.- Vendo a cara dele acrescentei.- Porfavor, não sei se consigo ficar sozinha agora e muito menos dormir.- Daniel deve ter visto que eu estava sendo sincera porque ele entrou de novo e se entou novamente ao meu lado. 

- Vamos, eu fico aqui com você.- Daniel deitou  e me puxou com ele. Botei minha cabeça em seu peito e senti que suas mãos mexiam em meu cabelo e ele sussurrava uma canção lenta que me dava sono, minhas palpebras foram se fechando, mas antes que eu caisse no sono disse mais um vez:

- Obrigada Daniel.- Não sei se foi minha imaginação mas o ouvi dizendo algo, algo que talvez fosse mudar nossas vidas. 

- De nada, meu amor.- E cai no sono. Acordei com alguém me cutucando no braço, quando abri os olhos dei de cara com Anabeth que me olhava como eu fosse quebrar. 

- Que foi? - Perguntei desconfiada. 

- Me diz você. Passou o dia todo dormindo e todo mundo viu Daniel saindo daqui de manhã.- Assim que ela falou todos os acontecimentos de ontem vieram pra cima de mim. Pulei da cama como se ela estivessem pegando fogo e corri porta afora até o banheiro, precisava de um ducha. Nem sequer prestei atenção nas pessoas que passavam por mim e chamavam meu nome. Tirei minhas roupas, liguei o chuveiro no verão e entrei dentro. Sentir a água gelada correndo pelo meu corpo, a sensação, não tem como explicar. Até que eu ouvi um barulho. Eu sei, você provavelmente está pensando que eu estou paranóica, mas eu preciso tomar cuidado, depois do que aconteceu ontem... enfim, não quero nem pensar nisso mais. Desliguei o chuveiro e peguei a toalha, seja lá o que foi acho que já foi embora, provavelmente era apenas uma garota que esqueceu a escova ou o gloss. Voltei pro meu qarto e encontrei Anabeth sentada na minha cama me olhando. 

- Então agora você vai me contar? Sério Demi eu estou preocupada, Daniel disse que não ia contar nada, que se você quisesse que conta-se.- Tenho que lembrar de agradecer a Daniel por isso mais tarde. Mas quanto a Anabeth era impossível enconder dela, mais cedo ou mais tarde ela iria descobrir e eu prefiro que seja por mim. 

- Tudo bem, eu conto- Digo suspirando.- Mas você tem que prometer que não vai falar nada até eu terminar.

 - Ok. 

- Não, você tem que prometer, prometa Anabeth. 

- Tudo bem, eu prometo não me meter até que você tenmha terminado de contar a história.- Disse levantando sua mão direita como se estivesse jurando na frente de um parlamento. E então eu contei, a história toda. E quando acabei Anabeth só olhava para mim, sem reação. 

- Anabeth fale  algo, grite, sei lá, comente, me bata.Qualquer coisa. 

- Hmm, tudo bem, eu também não sei sobre o que ele estava falando mas...- E me olhou, como se tivesse acabado de perceber que eu estava no quarto.

- Eu, eu tenho que falar com Daniel, e você, volte a dormir.

Os dias se passaram tranquilos, sem nenhum acidente, mas os comentários de que Daniel passou a noite no meu quarto ainda existem. Mas a gente mal converssava, só quando estávamso em grupo, ou quando nos sentávamos juntos na aula. Hoje seria minha primeira aula de atividade física, a sr. Perkins iria me dizer em qual time que ela acha que eu me encaixo melhor. 

- Vamos, vamos. Se aproximen alunos, os alunos que já estudavam aqui e já tem sua atividade física escolhida se posicionem a direita e os novos a esquerda.- Fui para a esquerda com mais uns 5 alunos enquanto todos os outros iam para a direita. Mas ao contrário do que seria na minha antiga escolha nenhum dos alunos á direita está rindo ou conversando e nem apontando, eles estavam todos prestando atenção na sr. Perkins. Eu em, que povo estranho. Agora sr. Perkins estava chamando cada um por nome e dando seu veredicto, até que ela chamou meu nome, não podia ouvir nem um mosquito voando.  Fui até ela e esperei.

- Então Demetria, como está se adaptando ao internato? - Digamos que eu tenho amigos que me ajudam com isso. 

- Muito bem.- Disse animada.

- Então Demetria você costumava praticar alguma atividade física na sua antiga escola? 

- Não, não sou boa em muita coisa.- Digo meio tímida, é verdade, não sou boa em quase nada.

- Então, vamos te colocar na equipe de natação então, algum problema com isso?- Na realidade tinha sim, na verdade  eu não me sentia bem na água, era como se ela fosse muito quente para mim, até mesmo no mar, mas não podia falar isso pra sr. Perkins, não com a cara que ela estava me dando. 

- Não, tudo bem. 

- Ótimo, Lucy, leve ela até a equipe e faça as apresentações e todo o resto.-Lucy me pegou pela mão e começou a me levar para fora do ginástico. Quando perguntei para onde ela estava me levando, ela disse que era para onde ficava a piscina. óbvio que era para onde ficava a piscina, onde eu estava com a cabeça? 

- Chegamos.- Paramos na frente de uma piscina gigante, que era ao ar livre, e com umas 20 pessoas dentro, reconheci algumas das minhas aulas e Daniel e Caio.

- Então Demi, as coisas aqui funcionam assim, ninguém se importa com o que a gente faz na piscina, nunca. Mas a cada 1 horas vem alguém aqui para ver se estamos ''nos comportando'', ou seja, temos que sempre estar dentro da piscina.- E vendo minha cara acrescentou- Sim, todos nós.  

- Mas, eu não tenho o que vestir. Não tenho  nenhum bikini aqui.  

- Ah, não se preocupe, estávamos torcendo para que você entrasse pra nossa equipe,e ntão compramos um bikini que achávamos que iria servir. Está lá dentro.- Disse apontando para uma cabana. Tudo bem então, fui em direção a cabana recebendo alguns olás no caminho. Entrei na cabana e encontrei um bikini vermelho a minha espera. O coloquei e me virei para o espelho. O bikini era de um vermelho vivo que ficava lindi contra minha pele branca e meu cabelo vermelho. Fazia xcom que minhas curvas se tornassem mais claras, minha cintura fina, ficou mais fina, meus seios pareciam que ficava em perfeita harmonia com o bikini, ual, eu tenho que admitir, como esse bikini parecia que meu corpo todos tinha se resaltado. Tirei meu óculos e o botei em um canto que achei e sai para a piscina. Lucy me esperava do lado de fora da cabana e ficou de boca aberta quando me viu. 

- Garota, você precisa parar de esconder seu corpo em calças jeans e regatas, você definitivamente tem um corpo de dar inveja. 

- Ah, não exagera vai.. 

- Não estou exagerando, é a mais pura verdade.- Andamos ao encontro da piscina onde estavam todos rindo e se divertindo.  

- Lucy, eu realmente preciso entrar? - Se quiser ter boa nota em ed. física, tem sim. E a gente precisa dessa nota se quisermos passar de ano.- Então, acho que é isso, eu tenho que entrar na água contra minha vontade, obrigada ''papais''. 

- Ei, garotas.- Caio vinha na nossa direção com Daniel do seu lado. 

- Hey.- Respondemos juntas. 

- Ual Demi, que corpo é esse garota!-  Começei a rir porque era impossível não rir, olhei pra Daniel e vi que ele também estava rindo e me olhava de um jeito que eu só poderia classificar como intenso. 

- Então, vocês vão entrar ou o quê? 

- Bomba?- Lucy perguntou. 

- Hm, não, eu prefiro entrar cuidadosamente. 

- Por mim tá ótimo, vamos?- Caio e Lucy sairam correndo e pularam na água estilo bomba espalahando água pra tudo quanto é lugar. Olhei pra Daniel de novo e vi que ele estava me observando, e cara, eu disse que ele tinha um tanquinho guardado. 

- Vamos entrar?- Pergntou. 

- Vamos. - Disse preocupada. 

- Não gosta muito de água né? 

- Não. Mas eu tenho que fazer isso né? 

- Vamos, eu eu te ajudo.- Me pegou pela mão e me levou até a beirada da piscina.

- Sabe nadar? - Na verdade não.

- Nunca gostei muito da água então não me preocupei em fazer aula de natação nem nada disso.

 - Tudo bem.- Daniel caiu na água e logo apareceu.- Sente-se.- Me sentei. 

- Você vai se impulsionar para frente e eu vou te pegar ok? 

- Tem certeza? E se eu me afogar? 

- Você não vai. Confie em mim, eu vou te segurar. Você confia em mim Demi?- O olhei e lembrei de tudo o que ele tinha feito por mim, e descobri que sim eu confiava nele, sabia que ele não iria me deixar afogar. Então eu pulei, esperei que a água entrasse em minha boca, tampasse meus ouvidos e em meu nariz, mas isso não aconteceu. Senti braços fortes apertando minha cintura e abri os olhos. Daniel me olhava como um sorriso nos lábios. 

- Foi tão ruim assim? 

- Não, eu tô viva.- Disse rindo, Daniel riu também e me puxou para mais perto dele. 

- Olha só quem está na mesma equipe que eu...- Disse uma voz cheia de arrogância  nas nossas costas. Olhamos para trás e Matheus estava sorrindo aquele sorriso que eu agora acho repugnante. Pulando na piscina Matheus chegou perto da gente. 

- Matheus, porque você não vai dar uma volta?- Disse Daniel. Ele havia me explicado nessas semanas que tínhamos que agir como se nada tivesse acontecido entre eu e Matheus e que eu não precisava ter medo dele, mas eu já tinha me decidido a não ter medo dele, porque se eu fosse morrer pelas mãos dele eu queria pelo mostrar para ele que eu não sentia medo dele, mas pena. 

- E porque eu iria? Eu tenho aqui bem em frente a mim uma mina de ouro, sabe, isso não se encontra muito facilmente.- Disse sarcasticamente. 

-  Matheus, sai daqui, sério.- Eu digo, quero resolver isso por mim mesma. 

- Ora, ora, e o que é que você vai fazer para que eu saia? 

- Olha, eu realmente não quero discutir com você agora, ainda mais por causa disso, então dá para que você porfavor saia da nossa frente?- Eu estava ficando com raiva, confesso, mas vamos lá, é meio impossível não ficar, olha pro cara.  

- Então quer dizer que você acha que eu vou receber ordem de você? Só porque você é filha dos diretores? As coisas não funcionam assim querida.- Ok, agora eu estava ficando com muita raiva, mesmo.

 - Primeiro eu não te dei uma ordem- Sério, esse cara é surdo? Será que ele não ouviu a palavra porfavor na frase?- Segundo, eu não sou filha de Anita e Carlos. E terceiro, acho melhor você sair daqui antes que eu faço algo da qual me arrependa, mais uma.- Não sei de onde veio essa valentia toda,  mas era bem-vinda. Daniel estava com sua mão em meu ombro para me dar apoio e outra em minha cintura para que eu não me afogasse ou algo assim. 

- Dando uma de valente Demi, adoro isso, você não sabe como isso me deixa exitado.- Daniel começou a ir em direção á ele com a mão preparada para dar um soco, quando algo aconteceu. A piscina começou a ficar quente, quente demais, minha visão ficou meio turva, e as pessoas começaram a gritar e a saírem da piscina, ouvi alguém dizer meu nome ao longe, senti a mão de alguém em meu ombro para logo depois ser retirada. Olhei para baixo e fiquei espantada com o que vi, meu corpo estava em chamas, mas era impossível eu não sentia como se estivesse em chamas, minha vista estava melhorando, já conseguia distinguir os sons, e não sentia minha pelem queimar como deveria, na verdade, só sentia um leve formigamento. Olhei em volta procurando Daniel em meio de rostos espantados olhando para mim, o encontrei olhando para mim em surpresa,e em seguida já não conseguia respirar.


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