Sendo Aline escrita por Bruna Carreira


Capítulo 32
Capítulo 32




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- Posso interromper o romance? - Débora chegou fazendo um mínimo escândalo.

- Que romance? Isso aqui é só um lance. Eu pego sem dar satisfação depois. - Marcelo comentou e riu.

- Eu sabia que a Aline era meio atirada depois que ficou encalhada tanto tempo, mas assim também não vale a pena. É melhor ficar sério mesmo, vai por mim! - Débora me aconselhou.

- Vem cá, todos nesse quarto acham que sou encalhada? - Perguntei, aborrecida.

- Pelo contrário. - Débora começou, largando a bolsa que trouxe em cima da minha cama - Acho que você está pegando demais antes de se decidir!

- Eu não estou pegando demais!

- Está sim! - Débora comentou.

- Claro que não! Eu só fiquei com o André!

- E o Gabriel? - Ela perguntou, como se eu ter pego ele, já fosse algo natural.

- Não ficamos nem nada assim.

- Mas você teve vontade. - Marcelo comentou.

- Mais ou menos. - Menti.

- Dá um tempo! - Eles dois falaram, praticamente ao mesmo tempo. Eu ri.

- Quando é que você vai ficar com ele? - Marcelo finalmente me perguntou.

- Eu acho... - Eu parei pra pensar e cheguei a uma conclusão que não tinha vindo à minha cabeça antes - Eu acho que ele não quer, na verdade.

- Por que ele não iria querer? - Débora me olhou, levantando uma das sobrancelhas.

- Eu não sei, ué. - Dei de ombros - Talvez ele goste de outra pessoa.

- Ele não te chamaria pra fazer coisas com ele, ou mesmo te chamaria pra uma reunião com os amigos dele, se não quisesse. - Marcelo sugeriu.

- Eu não sei...

- Eu acho que ele não sabe se deve fazer isso, ou mesmo não sabe se você ficaria com ele. - Marcelo continuou.

- Joga umas indiretas! - Débora ficou empolgada - Joga o cabelo, faz um charme!

- Está maluca!? - Perguntei, meio surpresa - Eu não sei fazer isso!

- Ah, claro que sabe!

De repente, ela e Marcelo começaram a fazer pequenos teatrinhos de como eu poderia fazer charme, ou melhor dizendo, me atirar pra cima do garoto. Fiquei incrédula com a capacidade de atuação dos dois, mas era bem engraçado quando eles dois faziam caretas um para o outro.

- Gente, eu não vou fazer isso... - Falei, por fim.

- Por que não? - Ela me perguntou.

- Eu não sei se de fato quero algo com ele, e da mesma forma, não quero tomar a iniciativa.

- Sabe que, se você não tentar, pode descobrir que gosta dele e ser tarde demais. - Marcelo me avisou.

- Pode ser que sim... - Falei - Mas é um risco que acho que vou correr.

Entramos no computador e mostrei algumas fotos do Gabriel, para os dois, e do André para a Débora. Eu achava meio óbvio que o Marcelo iria gostar que eu ficasse com o primo dele, já que aí, teríamos uma relação direta. Fiquei surpresa quando ele comentou que Gabriel era mais bonito, na opinião dele.

- Por que está me olhando assim? - Ele perguntou.

- Não achei que você fosse gostar mais do Gabriel. - Comentei.

- Por que não? Só porque o André é meu primo, não quer dizer que eu o ache o par perfeito pra você. Naquela oportunidade, ele era a perfeita companhia pra você.

- E agora? - Perguntei.

- Nos diga você. Como o Gabriel é.

- Ah, gente... - Fiquei sem saber o que dizer, apesar de não saber o porque - Eu não sei bem.

- Para com isso! - Débora me deu um tapinha - Fala logo!

- O Gabriel é muito legal e a gente se dá muito bem. Gostamos das mesma coisas e os dias que nos encontramos são perfeitos praticamente, mas ele nunca tentou nada e acho que sou só uma amiga pra ele.

- Você falou isso como se visse esse nunca tentar como um problema. - Marcelo apontou e deu um sorrisinho.

- Eu quero beijar ele! - Eu disse.

- E o André? - Débora perguntou, os olhos arregalados como se fosse me matar em busca de informação - Como é com ele?

- Ele é mais o tipo que já está querendo falar de algo sério e joga indiretas o tempo todo. Ele faz mais o tipo fofo, vamos dizer assim. - Falei - Aquilo é... Bom, fofo.

- Você quer algo sério? - Ela perguntou.

- Eu não sei.

- E não sabe porque o Gabriel te conquista. - Marcelo afirmou, jogando o cabelo para trás.

- Eu nunca disse isso.

- Não precisava. - Ele sorriu, mostrando os dentes, como se fosse o dono da razão. Só pra variar.

- Você é sempre o dono da verdade! - Reclamei.

- Você sabe que isso é verdade. Dá pra ver.

- Eu gostei dele, sabia? - Débora o abraçou.

- Engraçadinha. - Fiz uma careta para os dois - Tira a mão dele.

- Agora você além de encalhada, é ciumenta? - Débora comentou. Marcelo riu.

- Não - Comentei -, só que agora eu quero um abraço dos dois.


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Notas finais do capítulo

Demorou mais saiu! Espero que vocês gostem e continuem comentando. Essa história está acabando e fico feliz a cada comentário que recebo por e-mail quando vocês lembram de mim. Isso me impulsiona a continuar escrevendo.

Abraços!



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