The True Lives Of The Fabulous Killjoys escrita por Adrenaline Earthquake


Capítulo 54
Make a wish when your childhood dies


Notas iniciais do capítulo

Um minuto pra meia noite, estou no dia certo, 2bj. Desculpe a demora, tive um dia cheio.
Enjoy!



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–C-como... – gaguejou Akira, olhando de Poison para Pony.

–Não se mete com ela. – rosnou Pony para a irmã – Ela não é pra você.

–Pony, não! – gritou Poison.

–Poison, por favor, não me diga que está defendendo ela! – retorquiu ele, com uma cara surpresa.

–Eu... Eu estou...

–Por quê?!

–Você precisa acreditar em mim, mas... Eu entendo ela.

Todos na sala ficaram em silêncio. Os únicos barulhos que ainda eram ouvidos eram os tiros vindos do prédio inteiro, da luta dos Exterminators contra os Draculoids. Até mesmo Akira estava surpresa.

–Poison... Você não sabe o que está dizendo... – murmurou Show Pony, ainda segurando a irmã fortemente, evitando um possível escape – Você não sabe do que ela fez no passado...

–Sei sim. – interrompeu ela – E ela teve motivos para isso.

–Ouça a sua amiguinha ali... – implorou Akira, desesperada. Pony apertou-a ainda mais, quase a asfixiando.

–A conversa ainda não chegou no puteiro.

A outra fez cara de indignada, mas nada disse.

–Pony, por mim, deixe ela ir...

–Poison, não posso! Ela... Ela vai matar você!

A Killjoy lançou a Akira um olhar de dor. A japonesa simplesmente virou a cara, visivelmente estressada e com dor. Poison fitou o chão tristemente e balançou a cabeça negativamente.

–Faça o que tiver que fazer...

Show Pony lançou um olhar triste à amiga.

–Sinto muito, Poison...

–Anda, faz isso logo. – disse ela, olhando para trás, evitando ver aquela cena horrível. Show Pony suspirou profundamente e tirou a raygun da cintura mais uma vez. Akira mordeu o lábio inferior e gritou:

–Megan, espera!

Ela virou o rosto um pouco e encarou as orbes negras da outra.

–Venha cá.

Poison obedeceu e se aproximou dela, recebendo um beijo calmo e, acredite ou não, apaixonado de Akira. A Killjoy arregalou os olhos em meio ao beijo, mas logo os fechou, simplesmente aproveitando seu terceiro beijo, mas esse foi, de longe, o mais especial e sincero, na opinião de Poison.

–Eu... Eu te amo... – murmurou Akira, com a voz rouca. Poison sorriu tristemente e esticou o braço, passando a ponta dos dedos levemente no rosto machucado de Akira.

–Já é tarde demais para dizer isso... Eu... Preciso deixar você ir...

–Eu sei. – disse ela, fitando o chão, desconfortável – Não a culpo. Adeus, Megan, meu primeiro e único amor...

–Adeus. – disse Poison, mordendo o lábio inferior e virando-se novamente, para não ver o espetáculo. Porém, na hora H, ela acabou virando o rosto um pouco, vendo um feixe de luz aparentemente inocente trespassar o peito da outra. Poison mordeu o lábio com mais força, até sentir o gosto de sangue em sua boca, só para evitar as lágrimas que teimavam em descer. Show Pony fitou o chão, envergonhado, e deixou o corpo sem vida da meia irmã escorregar por entre seus braços, de encontro ao chão. O Killjoy se aproximou lentamente de Poison Heart, que ainda encarava o corredor vazio, totalmente desolada, e pôs uma mão no ombro dela.

–Poison, eu... Sinto muito...

–Não é culpa sua. – disse ela, com a voz rouca, afastando alguns fios azuis já desbotados do rosto suado – Vamos... Vamos embora daqui.

Show Pony assentiu, sério. Foi até um canto e pegou o capacete, colocando-o de volta. Poison correu até ele e pôs a mão na borda dele, o impedindo de colocar o objeto e sorrindo levemente, mesmo que fosse um sorriso carregado de tristeza.

–Você foi a coisa mais corajosa do mundo, Pony. Obrigada. – disse ela, beijando o rosto de Show Pony. Ele sorriu e abraçou Poison, segurando o capacete ao lado do corpo.

–Eu que agradeço. Desculpa por ter que fazer aquilo, mas... Era o certo a fazer...

–Eu sei. Eu sei disso, Pony... Eu só... Queria que tivesse outro jeito...

Ele sorriu tristemente.

–Sinto muito...

–Não, não... Tudo bem. Eu vou ficar bem.

Sinceramente, ela não estava certa disso.

–X-

Enquanto Poison e Pony discutiam com Akira; Fun, Party e Kobra estavam na parte de trás do prédio, cuidando da parte deles, ou seja: matando qualquer Draculoid que aparecesse na frente. Porém, Party e Kobra tinham outros planos, e Fun sabia muito bem do plano deles.

–Vocês têm certeza de que querem fazer isso? É meio arriscado... – comentou Fun, meio sem graça. Os dois irmãos o encararam, meio incrédulos.

–Fun, é o nosso pai. Acha mesmo que não queremos salvá-lo?

–Ele pode não estar vivo, sabe?

–Prefiro acreditar que ele está. – resmungou Kobra. Party revirou os olhos e murmurou algo sobre “ser paciente”. O mais novo sacudiu a cabeça e não respondeu, simplesmente continuou atirando e tentando se lembrar de qual era o caminho até o destino que procuravam.

–Funny? – chamou Party.

–Hm?

–O que aconteceu?

–Nada, por quê?

–Está com uma cara pensativa.

–Só estou imaginando o que Poison e Pony podem estar fazendo agora. – ele deu de ombros. Kobra deu um gemidinho.

–Nem me lembre disso, por favor.

–Okay, desculpe.

Party diminuiu o passo até andar ao lado de Fun Ghoul.

–Está preocupado com eles, não é?

O baixinho deu de ombros.

–Estamos convivendo com eles já faz um tempo, principalmente com Poison. Acabei me apegando a ela.

–Engraçado. Isso parecia tão impossível no começo. – ele sorriu.

–Isso o quê?

–Se apegar à Poison.

Fun riu baixinho.

–É mesmo. Engraçado como as coisas mudaram desde que nós saímos da Base...

–Verdade. – comentou Party Poison, assentindo – Primeiro que eu descobri que te amo. – ele sorriu docemente. Fun sorriu de volta e beijou-lhe a face.

–Desculpa interromper o casalzinho aí... – disse Kobra, desconfortável – Mas nos já chegamos.

E realmente, os três estavam parados na frente de um corredor fechado por uma grade de metal que possuía uma fechadura.

–O, estamos sem a chave. Como entraremos ali? – indagou Party. Kobra mordeu o lábio inferior e começou a analisar as barras de ferro. Fun Ghoul soltou um suspiro exasperado antes de dizer:

–Todo esse caminho por nada! – o baixinho deixou as mãos caírem ao lado do corpo, em um gesto de frustração.

–Por nada o caramba. – disse Kobra, sorrindo internamente e pegando a raygun. O mais novo apontou a arma para uma das barras, derretendo o ferro e fazendo com que a barra se soltasse, para a surpresa de Fun e Party.

–Rayguns não servem só para matar. – disse ele, divertidamente.

O grupo entrou no corredor estreito que era ladeado por celas. Todas elas estavam vazias, e a cada cela vazia que eles passavam, o coração de Party e Kobra ficavam cada vez mais apertados. Será que o pai deles estava realmente ali? Afinal, aquilo tinha sido um tiro no escuro, não tinham como saber se ele realmente estava ali.

Os três estavam quase desistindo quando, finalmente, Fun puxou a manga de Party Poison e disse:

–Party, olha lá! Tem alguém naquela cela!

Party e Kobra se entreolharam e sorriram abertamente. O ruivo tomou a frente e se aproximou lenta e cautelosamente da cela.

–P-pai... ?


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Notas finais do capítulo

... -q
É -q
Eu ia dizer alguma coisa, esqueci.
Ninguém se importa, mas eu ganhei o Warning. E fechei (gabaritei, whatever, chamem do que quiser) a prova de espanhol e de filosofia. E isso é bom, porque significa que posso escrever agora que as provas acabaram e que eu me dei bem nelas.
Enfim.
Au revoir.