The True Lives Of The Fabulous Killjoys escrita por Adrenaline Earthquake


Capítulo 10
We could live forever if you've got the time


Notas iniciais do capítulo

Aee nem demorei dessa vez! Mereço um prêmio? Não? Ok.
Enfim, eu acabei tendo ideias no meio da aula e tive que escrevê-las... Acabou saindo esse capítulo. Na minha opinião, ficou bom. Ele é o começo de várias explicações que vão vir mais pra frente.
Enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/202097/chapter/10

-Dr. Death Defying? – repetiu Party, intrigado. Poison parecia se divertir com toda a situação de embaraço e confusão. Claramente, ela não fazia nada para explicar aos Killjoys quem era seu “velho amigo”.

-Suponho que não tenha falado de mim... ? – disse Dr. D, virando-se para Poison. A menina deu de ombros e falou:

-Acho que não. Devo ter deixado escapar... – ela abriu um sorrisinho sarcástico direcionado aos quatro. Eles reviraram os olhos, mas deixaram essa passar.

O homem estranho lançou um olhar significante à amiga. Esta última pareceu irritada (como sempre).

-Ah, ok, ok! Eu explico! Galera, esse aqui é o meu amigo Dr. D.

-Como se conheceram? – Jet franziu a testa.

-Não é da sua conta. – cortou a chefe – De qualquer forma, ele apareceu aqui hoje porque... – ela gaguejou e sua voz morreu. Poison se virou para Dr. D – Por que apareceu aqui?

-Temos... Coisas... A conversar.

Poison arqueou as sobrancelhas e direcionou os grandes olhos azuis em direção aos Killjoys.

-Já entenderam o recado: vazem daqui! – disse ela, em seu tom “doce” de sempre.

-Não, não. Eles têm que ficar. Assim como a jovem Sunshine ali atrás. – ele fez um gesto em direção a uma pilastra.

-Sunshine? Mas como... – ele fez um gesto para que Poison esperasse. Dois segundos depois, a criança apareceu detrás da pilastra – Sunshine! O que está fazendo aqui?

-Deixa isso para lá. Ela teria que ouvir isso tudo de qualquer forma. – comentou Dr. D. Poison não pareceu totalmente convencida, mas resolveu deixar para lá – Precisamos de um lugar um pouco mais... Afastado para podermos conversar. E vocês... – ele apontou para os quatro Killjoys – Virão conosco. Assim como a Sunshine.

Poison assentiu e os levou até o quartel-general da Base, trancando a porta logo em seguida. Encarou todos os presentes e, por fim, virou-se em direção ao Dr. D.

-Então... ?

-Primeiro... – disse ele, se sentando em uma das cadeiras e direcionando o olhar a Sunshine – Você deve estar se perguntando como eu sei o seu nome. É bem simples: eu sei da sua história. Sei do que ocorreu.

Ela arregalou os olhos cor de chocolate, mas nada disse, como sempre.

-Você sabe? E o que aconteceu? Como aconteceu? – perguntou Party.

-Isso é uma coisa que vocês terão que descobrir sozinhos.

O ruivo bufou, mas nada disse.

-De qualquer forma, eu tenho a solução para o seu problema. – disse ele, ainda falando com Sunshine – Porém, não sou eu que posso ajudá-la. Não diretamente, pelo menos. Os únicos que podem ajudar você... São eles. – Dr. D fez um gesto abrangendo os quatro Killjoys e Poison.

-Nós?! – disseram eles na mesma hora.

-Sim, vocês. E só se trabalharem juntos. Ao contrário... Um de vocês pode acabar morto.

O silêncio reinou na sala por vários minutos, até que Poison se pronunciou:

-Mas nós não sabemos nem por onde começar...

-Sabe sim.

Poison bufou.

-Não, Dr. D! Eu não vou fazer isso! Já discutimos isso antes!

-Você não entende que esse é o único jeito, Poison Heart?

-Eu não me importo! Eu não vou fazer isso e ponto final!

-Não vai fazer o que? – indagou Kobra, se metendo na conversa. Quando a chefe já ia responder de uma forma agressiva, Dr. D a cortou:

-A única maneira de vocês ajudarem Sunshine seria saindo em uma missão.

-Death, eles acabaram de se tornar Killjoys! Eu não posso mandar quatro Killjoys que acabaram de sair da categoria de Impairers para a morte certa! A sua ideia não é uma resposta, é um suicídio!

-Talvez. Mas Green Carbon também se sacrificou para a Base.

-Não apele pra Green Carbon. Ele não tem nada a ver com isso. Green sabia do risco que corria e, mesmo assim, quis ir. Mas eles não sabem nem do risco que correm!

Dessa vez, Dr. Death se virou para os quatro Killjoys.

-Party, você sabe do risco que irão correr se entrarem em uma missão, qualquer que seja a missão?

Ele fez que sim com a cabeça.

-E você, Fun?

O baixinho assentiu.

-Kobra?

-Claro.

-Jet?

-Aham.

-Qual é a sua desculpa, Poison?

A menina bufou.

-Eu não sei não, Death... Não sinto coisa boa vindo disso...

-Poison, qual é a pior coisa que pode acontecer? – indagou Fun.

-Oh, não sei, talvez a sua MORTE.

Fun Ghoul ficou quieto novamente. Apesar de saber o quanto ela podia ser cabeça dura, Fun era o único que decidia confrontá-la, mesmo que esporadicamente. Porém, desta vez, ele estava decidido a não irritar mais a própria chefe. Não só por causa da arma na sua mão (que também era um ótimo motivo para não irritá-la, considerando sua mira perfeita), mas também porque ele sentia que, com um pouco de paciência, ela acabaria cedendo e os mandaria na tal missão importante.

-Poison, acalme-se! Desse jeito, nunca vai conseguir terminar a missão!

-Eu... Espera aí, eu?!

-Sim. Você não ouviu nada do que eu disse no comunicador?! Você tem que ir na missão junto com eles!

-Ah não! Não! Não! Você sabe muito bem que eu não os suporto! – Poison se virou para os quatro Killjoys – Sem ofensas, ok? Eu não suporto quase ninguém.

-Não estamos ofendidos. – comentou Kobra.

-Ótimo. – ela se virou novamente para Dr. D – Então, como eu ia dizendo, eu não vou a uma missão com eles! Provavelmente, nós nos mataríamos no meio do caminho!

-Sinto dizer, mas ela tem razão. – comentou Jet.

-A conversa ainda não chegou à praia, palmeira ambulante. – cortou Poison, com acidez – Sinto muito, Dr. D, mas eu não vou em uma missão com eles. Nem com eles, nem com ninguém.

A única coisa que seu amigo fez foi sorrir.

-Você não muda nunca, não é? Continua a mesma Poison Heart que era há dezesseis anos.

A fachada durona de Poison desmoronou naquela hora e ela desabou na cadeira, com uma expressão de dor.

-V-você me conhece, Dr. D... Você sabe que eu não posso...

-Você precisa tentar, Poison. Não há outro jeito.

Até mesmo Party, que detestava Poison Heart, teve que admitir que ficou com um pouco de pena da chefe. Sua expressão era dolorosa de se ver. Era como se ela tivesse perdido um amigo ou parente que foi muito importante para a vida dela.

Dr. D parecia estar na mesma situação que Party, pois suspirou e disse:

-Não vou te forçar a fazer uma escolha, Poison. Se decidir não mandá-los em uma missão... Provavelmente os Killjoys serão caçados até o último minuto de suas vidas... E as Bases vão cair. A escolha é toda sua, Poison. Até mais ver. – Dr. D se levantou da cadeira e foi em direção a porta, deixando Fun, Party, Jet, Kobra e Sunshine no mesmo cômodo que Poison, que ainda mantinha a expressão abatida. Sunshine tocou no braço da menina de cabelos azuis e abriu um sorriso reconfortante. Poison retribuiu o sorriso fracamente. Logo, seu sorriso foi trocado por uma expressão curiosa.

-Por que você só falou seu nome até agora? Por que não fala mais nada?

Sunshine não respondeu. Poison suspirou e levantou o olhar aos quatro Killjoys, sua compostura irritada voltando em questão de segundos.

-Se vocês vão ou não na missão, será resolvido até quarta-feira. Enquanto isso, continuaremos treinando normalmente e não quero ouvir uma palavra sobre isso. Estamos entendidos?

-Mas... – começou Fun.

-Nem. Uma. Palavrinha. Sobre. Isso. – disse ela, pausadamente. Fun franziu levemente a testa.

-Mas por que você não quer mandar a gente? – disse ele, elevando um pouco o tom da voz ao ver Poison abrir a boca para cortá-lo.

-Porque vocês acabaram de passar de Impairers para Killjoys, pelo amor de deus! Vocês acham o que? Que são homens-bomba? Além do mais, vocês não sabem como é a tal missão. É um pedido de morte, acreditem em mim. Eu não mandaria nem meu pior inimigo para essa missão. E eu não vou mandar vocês.

-Espera aí, você está tentando proteger a gente? – interpôs Party.

-O quê? Não! – disse ela, rápido demais para o gosto de Party – Simplesmente não quero que vocês engatem nessa missão logo agora que acabaram de começar seu treinamento! E já chega de falar sobre isso.

-V...

-Não, Kobra Kid. Eu não vou falar mais nada sobre isso. Estão dispensados. – disse ela, com acidez, saindo pela porta automática.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Cara, como eu amo a Poison -q
Enfim... Beijos '-'