The True And Love escrita por Luana Lee
Notas iniciais do capítulo
Oi ! *u*
Boa Leitura.
Aline’s P.O.V.
Depois de cerca de dez minutos, a porta da lanchonete se abriu novamente, revelando Ray que saía com quatro refrigerantes médios nas mãos, até aí tudo bem, se ele não estivesse sendo acompanhado por Luana e Amanda, que carregavam pacotes com algo que provavelmente era comida.
- Mas o que elas estão fazendo? – rosnei, ligando novamente o radio com Ana.
- Aproximação estratégica? – ela tentou amenizar as coisas.
- Duvido muito – respondi. – Provavelmente Amanda aprontou alguma coisa, olhe a cara de Luana.
Amanda parecia animada, conversava com Ray, já Luana estava emburrada, provavelmente estava sendo arrastada por Amanda e sua preocupação com ela.
- Só nos resta esperar aqui – Ana lembrou-me.
- Infelizmente – respondi.
***
Luana’s P.O.V.
- Aqui está seu pedido, Ray – a moça do balcão o chamou.
- Ah, obrigado Rose – ele sorriu para ela, pegando com dificuldade os refrigerantes sobre o balcão e tentando pegar os saquinhos com as esfirras.
- Quer ajuda? – Amanda perguntou a ele, espantando-me.
Arregalei meus olhos para ela, tentando espancá-la mentalmente. Sem contato com as vítimas, esqueceu?, pensei.
- Oh, claro – Ray sorriu para ela.
Amanda pegou animadamente quatro dos oito pacotes com esfirras sobre o balcão, gesticulando com a cabeça para que eu pegasse os outros quatro.
Peguei os pacotes e seguimos até a saída da lanchonete, Ray abriu a porta com dificuldade e a manteve aberta para que saíssemos. Amanda e ele seguiram na frente, conversando – lembrem-me de bater nela até a morte quando chegarmos em casa – enquanto eu seguia atrás, emburrada e em silêncio.
Subimos as escadas que ligavam a entrada do estúdio com a calçada, Ray abriu a porta para nós, entramos no hall principal, havia uma recepção ali.
- Quanta comida, Ray – uma moça atrás de um balcão alto e branco riu para ele.
- Alimento necessário – ele riu para ela, que provavelmente era a recepcionista.
O seguimos pelos corredores, ele nos explicava onde era cada coisa, para que serviam certos objetos, enfim... Até que estava sendo divertido, e talvez usássemos isso para alguma coisa.
Enfim chegamos à sala principal de audição e gravação, onde o resto da banda se encontrava.
- Podem entrar – Ray disse, abrindo a porta e indo na frente. O seguimos.
Era mais escuro ali, cheio de equipamentos e luzes coloridas, botões para todos os lados, microfones, etc.
Pude ver então mais três caras sentados em cadeiras acolchoadas mais ao canto.
- Comida! – um deles gritou, era Mikey.
- Acalme-se – outro deles disse, rindo, este era Frank.
Mikey correu até Ray, só então percebendo nossa presença ali.
- Quem são? – Mikey perguntou a Ray.
- Amanda e Luana, ajudaram-me a trazer as coisas – Ray respondeu.
Eu perguntaria-me como ele sabia meu nome, mas provavelmente Amanda o dissera.
- Ah, prazer em conhecê-las – Mikey sorriu, parecia gentil.
- O prazer é todo nosso – Amanda disse, cortando-me quando eu ia falar algo.
- Olhem, Ray fez novas amigas! – Mikey chamou os outros.
Que maravilha, pensei, irônica. Nosso plano era não chamar atenção e agora estávamos sendo “novas amigas” deles.
- Este é Frank – Ray disse, gesticulando para o baixinho de cabelos negros curtos, que nós já sabíamos o nome, mas não vinha ao caso.
- Olá – Frank sorriu para nós.
- Olá – respondemos em uníssono.
- Ah, e aquele mal-humorado lá no canto é Gerard, ele não está muito bem hoje – Ray disse, mas a última parte fora baixinho, apenas para nós escutarmos.
- Venha cumprimentar as garotas, Gerard! – Frank chamou.
Gerard girou na cadeira, estava aparentemente abatido e sério, tinha olheiras sob os olhos e a pele extremamente branca.
- Olá – ele disse, sem emoção.
Estúpido!, pensei. Merece morrer!
- Olá – respondi, tentando parecer simpática.
Amanda não respondeu.
Gerard encarou-me sério, ou apenas sem emoção, tanto faz. Ele pareceu ler cada milímetro de meu rosto por diversos instantes, até que finalmente esboçou um leve sorriso no canto dos lábios.
- Oh, Gerard sorriu! – Frank riu, animado.
- Há quanto tempo ele não faz isso! – Mikey brincou.
O sorriso de Gerard desapareceu, ele levantou da cadeira e veio até nós.
- Comprou o que? – ele perguntou a Ray.
- Esfirras – Ray respondeu, soltando os refrigerantes sobre uma mesa pequena e pegando os pacotes de nossas mãos. – De carne – ele completou.
- Eu sou vegetariano, seu burro – Frank choramingou.
- Azar o seu – Ray deu de ombros.
- Okay – Frank suspirou. – Vou comprar um sanduíche natural. Guardem um refrigerante para mim, por favor!
- Bem, acho que devemos ir agora – falei, já pegando Amanda pelo braço.
- Ah, nada disso! – Frank disse, pegando o outro braço de Amanda. – Vocês ficam mais um pouco, pelo menos até eu voltar.
- Não, é sério, precisamos ir – falei, puxando Amanda.
- Não, vocês ficam – ele insistiu, puxando ela pelo outro braço.
- Hey, se vocês vão ficar discutindo assim, larguem a menina de cabelos vermelhos pelo menos – Gerard interrompeu-nos.
Só então percebemos que estávamos quase rasgando Amanda ao meio.
- Desculpe – Frank riu. – Mas vocês ficam.
- Okay – Amanda disse, animada, antes que eu pudesse responder.
- Está bem – suspirei. – Amanda fica e eu vou.
- Não, fique conosco – Ray pediu.
- Eu posso me meter em encrencas – Amanda completou.
Mais do que já se meteu?, pensei.
- Não, é sério, eu preciso ir ao mercado agora – inventei a primeira coisa que veio-me à cabeça.
- Parem de insistir, ela quer ir embora – Gerard interrompeu Frank que iria falar algo.
Todos o encararam perplexos e depois olharam para mim.
- Não é bem assim – o corrigi. – Eu preciso ir, mas adoraria continuar aqui.
- Okay – ele respondeu um pouco irônico.
Sim, ele merece morrer, pensei.
- Bem, vou indo – suspirei.
- Eu acompanho você até a saída, vou ir comprar meu sanduíche – Frank sorriu.
- Tchauzinho – acenei rapidamente para todos, e esse todos excluía Gerard.
Amanda iria ficar ali, contra minha vontade, mas eu bateria nela de cinta quando chegássemos em casa.
- Qual o seu nome mesmo? – Frank perguntou, envergonhado. – Desculpe, não sou muito bom para guardar essas coisas.
- Ah, tudo bem – dei de ombros. – Meu nome é Luana.
- Luana... – ele falou aleatoriamente. – Trabalha?
- Não – sorri tortamente, claro que isso era mentira, mas eu não falaria meu real emprego para ele.
Ah, trabalho sim! Meu trabalho agora é matar vocês., pensei.
- Desculpe pela grosseria de Gerard, okay? – ele sorriu enquanto saíamos do estúdio e chegávamos à calçada. – Ele não está muito bem.
- Tudo bem – sorri.
Mas eu queria mesmo é voltar e dar um tiro no meio da testa de Gerard Way.
- Bem, nos vemos por aí – ele sorriu.
- Com certeza – sorri novamente.
Frank foi para um lado, fiquei olhando-o se afastar, ele parecia ser legal.
Espere, o que eu estou pensando? Nenhuma vítima é legal! São apenas vítimas!
Olhei para o outro lado da calçada, onde pude ver Aline com o vidro do carro abaixado até a metade, ela me fuzilava com os olhos, eu ouviria muito dela esta noite.
Suspirei pesadamente e voltei ao meu carro, jogando-me no banco e pensando em como castigaria Amanda.
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Beijos seus nindos'