The True And Love escrita por Luana Lee


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oi ! *u*
Boa Leitura.



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Aline’s P.O.V.

 Depois de cerca de dez minutos, a porta da lanchonete se abriu novamente, revelando Ray que saía com quatro refrigerantes médios nas mãos, até aí tudo bem, se ele não estivesse sendo acompanhado por Luana e Amanda, que carregavam pacotes com algo que provavelmente era comida.

 - Mas o que elas estão fazendo? – rosnei, ligando novamente o radio com Ana.

 - Aproximação estratégica? – ela tentou amenizar as coisas.

 - Duvido muito – respondi. – Provavelmente Amanda aprontou alguma coisa, olhe a cara de Luana.

 Amanda parecia animada, conversava com Ray, já Luana estava emburrada, provavelmente estava sendo arrastada por Amanda e sua preocupação com ela.

 - Só nos resta esperar aqui – Ana lembrou-me.

 - Infelizmente – respondi.

***

Luana’s P.O.V.

 - Aqui está seu pedido, Ray – a moça do balcão o chamou.

 - Ah, obrigado Rose – ele sorriu para ela, pegando com dificuldade os refrigerantes sobre o balcão e tentando pegar os saquinhos com as esfirras.

 - Quer ajuda? – Amanda perguntou a ele, espantando-me.

 Arregalei meus olhos para ela, tentando espancá-la mentalmente. Sem contato com as vítimas, esqueceu?, pensei.

 - Oh, claro – Ray sorriu para ela.

 Amanda pegou animadamente quatro dos oito pacotes com esfirras sobre o balcão, gesticulando com a cabeça para que eu pegasse os outros quatro.

 Peguei os pacotes e seguimos até a saída da lanchonete, Ray abriu a porta com dificuldade e a manteve aberta para que saíssemos. Amanda e ele seguiram na frente, conversando – lembrem-me de bater nela até a morte quando chegarmos em casa – enquanto eu seguia atrás, emburrada e em silêncio.

 Subimos as escadas que ligavam a entrada do estúdio com a calçada, Ray abriu a porta para nós, entramos no hall principal, havia uma recepção ali.

 - Quanta comida, Ray – uma moça atrás de um balcão alto e branco riu para ele.

 - Alimento necessário – ele riu para ela, que provavelmente era a recepcionista.

 O seguimos pelos corredores, ele nos explicava onde era cada coisa, para que serviam certos objetos, enfim... Até que estava sendo divertido, e talvez usássemos isso para alguma coisa.

 Enfim chegamos à sala principal de audição e gravação, onde o resto da banda se encontrava.

 - Podem entrar – Ray disse, abrindo a porta e indo na frente. O seguimos.

 Era mais escuro ali, cheio de equipamentos e luzes coloridas, botões para todos os lados, microfones, etc.

 Pude ver então mais três caras sentados em cadeiras acolchoadas mais ao canto.

 - Comida! – um deles gritou, era Mikey.

 - Acalme-se – outro deles disse, rindo, este era Frank.

 Mikey correu até Ray, só então percebendo nossa presença ali.

 - Quem são? – Mikey perguntou a Ray.

 - Amanda e Luana, ajudaram-me a trazer as coisas – Ray respondeu.

 Eu perguntaria-me como ele sabia meu nome, mas provavelmente Amanda o dissera.

 - Ah, prazer em conhecê-las – Mikey sorriu, parecia gentil.

 - O prazer é todo nosso – Amanda disse, cortando-me quando eu ia falar algo.

 - Olhem, Ray fez novas amigas! – Mikey chamou os outros.

Que maravilha, pensei, irônica. Nosso plano era não chamar atenção e agora estávamos sendo “novas amigas” deles.

 - Este é Frank – Ray disse, gesticulando para o baixinho de cabelos negros curtos, que nós já sabíamos o nome, mas não vinha ao caso.

 - Olá – Frank sorriu para nós.

 - Olá – respondemos em uníssono.

 - Ah, e aquele mal-humorado lá no canto é Gerard, ele não está muito bem hoje – Ray disse, mas a última parte fora baixinho, apenas para nós escutarmos.

 - Venha cumprimentar as garotas, Gerard! – Frank chamou.

 Gerard girou na cadeira, estava aparentemente abatido e sério, tinha olheiras sob os olhos e a pele extremamente branca.

 - Olá – ele disse, sem emoção.

Estúpido!, pensei. Merece morrer!

 - Olá – respondi, tentando parecer simpática.

 Amanda não respondeu.

 Gerard encarou-me sério, ou apenas sem emoção, tanto faz. Ele pareceu ler cada milímetro de meu rosto por diversos instantes, até que finalmente esboçou um leve sorriso no canto dos lábios.

 - Oh, Gerard sorriu! – Frank riu, animado.

 - Há quanto tempo ele não faz isso! – Mikey brincou.

 O sorriso de Gerard desapareceu, ele levantou da cadeira e veio até nós.

 - Comprou o que? – ele perguntou a Ray.

 - Esfirras – Ray respondeu, soltando os refrigerantes sobre uma mesa pequena e pegando os pacotes de nossas mãos. – De carne – ele completou.

 - Eu sou vegetariano, seu burro – Frank choramingou.

 - Azar o seu – Ray deu de ombros.

 - Okay – Frank suspirou. – Vou comprar um sanduíche natural. Guardem um refrigerante para mim, por favor!

 - Bem, acho que devemos ir agora – falei, já pegando Amanda pelo braço.

 - Ah, nada disso! – Frank disse, pegando o outro braço de Amanda. – Vocês ficam mais um pouco, pelo menos até eu voltar.

 - Não, é sério, precisamos ir – falei, puxando Amanda.

 - Não, vocês ficam – ele insistiu, puxando ela pelo outro braço.

 - Hey, se vocês vão ficar discutindo assim, larguem a menina de cabelos vermelhos pelo menos – Gerard interrompeu-nos.

 Só então percebemos que estávamos quase rasgando Amanda ao meio.

 - Desculpe – Frank riu. – Mas vocês ficam.

 - Okay – Amanda disse, animada, antes que eu pudesse responder.

 - Está bem – suspirei. – Amanda fica e eu vou.

 - Não, fique conosco – Ray pediu.

 - Eu posso me meter em encrencas – Amanda completou.

Mais do que já se meteu?, pensei.

 - Não, é sério, eu preciso ir ao mercado agora – inventei a primeira coisa que veio-me à cabeça.

 - Parem de insistir, ela quer ir embora – Gerard interrompeu Frank que iria falar algo.

 Todos o encararam perplexos e depois olharam para mim.

 - Não é bem assim – o corrigi. – Eu preciso ir, mas adoraria continuar aqui.

 - Okay – ele respondeu um pouco irônico.

Sim, ele merece morrer, pensei.

 - Bem, vou indo – suspirei.

 - Eu acompanho você até a saída, vou ir comprar meu sanduíche – Frank sorriu.

 - Tchauzinho – acenei rapidamente para todos, e esse todos excluía Gerard.

 Amanda iria ficar ali, contra minha vontade, mas eu bateria nela de cinta quando chegássemos em casa.

 - Qual o seu nome mesmo? – Frank perguntou, envergonhado. – Desculpe, não sou muito bom para guardar essas coisas.

 - Ah, tudo bem – dei de ombros. – Meu nome é Luana.

 - Luana... – ele falou aleatoriamente. – Trabalha?

 - Não – sorri tortamente, claro que isso era mentira, mas eu não falaria meu real emprego para ele.

Ah, trabalho sim! Meu trabalho agora é matar vocês., pensei.

 - Desculpe pela grosseria de Gerard, okay? – ele sorriu enquanto saíamos do estúdio e chegávamos à calçada. – Ele não está muito bem.

 - Tudo bem – sorri.

 Mas eu queria mesmo é voltar e dar um tiro no meio da testa de Gerard Way.

 - Bem, nos vemos por aí – ele sorriu.

 - Com certeza – sorri novamente.

 Frank foi para um lado, fiquei olhando-o se afastar, ele parecia ser legal.

 Espere, o que eu estou pensando? Nenhuma vítima é legal! São apenas vítimas!

 Olhei para o outro lado da calçada, onde pude ver Aline com o vidro do carro abaixado até a metade, ela me fuzilava com os olhos, eu ouviria muito dela esta noite.

 Suspirei pesadamente e voltei ao meu carro, jogando-me no banco e pensando em como castigaria Amanda.


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Notas finais do capítulo

Reviews?? *u*
Beijos seus nindos'