Love In Sickness And Health escrita por Daniela


Capítulo 10
Capítulo 8 - Parte I


Notas iniciais do capítulo

GENTEEEE, SEI QUE DEMOREI E PEÇO MUITA DESCULPAA! Mas finalmente está aqui o cap. Espero que gostem, boa leitura! (:



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Me sentia mole e sem forças. Já estava ligada a soro há mais de uma hora. Minha mãe e Alice encostaram-se à minha cama do hospital, chorando o tempo todo, o que me estava afligindo. Minha mãe quebrou o juizo a Alice por não ter contado para ela a história dos exames, e Alice acatou de cabeça baixa, o que é mesmo raro nela. Mesmo estando com graves problemas de saúde, o meu orgulho não baixou guarda, já que em nenhum momento desde que tinha chegado na Clinica dirigi a palavra ao Dr. Edward Cullen, falando apenas com Carlisle. Estava danada com ele, com a sua brincadeirinha de moleque. E, ao mesmo tempo, me senti estúpida por ter pena de ele não o ter feito mais cedo, antes disto.

- As hipóteses são boas, para ela, Snhra. - Despersei dos meus pensamentos, ouvindo o Dr. Edward Cullen falando com a minha mãe. - O cancro está no seu estado mais inicial. Mas aparte disso, o cancro pode e vai ser removido pelo processo de quimioterapia, e, mais tarde, por uma pequena e simples operação. 


Quimioterapia? Ouvi a minha própria voz revelando um soluço preso na minha garganta, segundos antes de sentir as lágrimas descendo pelo meu rosto. Não me mexi. No meu perfeito juízo teria pensado que era obvio que passaria por tal processo, mas a realidade me bater desse jeito, do jeito ''é o que vou fazer, para não morrer'' esmagou o meu coração, em pedacinhos ainda mais pequeninos, comparados com os que Edward me provocou. 

Alice, minha mãe e o Doutor Edward me olharam, sem saber o que fazer ou dizer. Colei o meu olhar nele, vendo preocupação nos seus olhos. Talvez tanta preocupação não era por ser sua paciente, talvez era por ser eu mesma. O que só me irritava e magoava mais. Não era justo sentir-me apanhadinha por um médico mais velho do que eu, que provavelmente só queria fazer troça da minha cara. 

- É algo necessário, meu amor. - Minha mãe passou as mãos por todo o meu rosto, pescoço, braços, completamente aflita. As lágrimas desciam copiosamente pelo seu rosto. - Não tenhas medo, vou estar do teu lado o tempo todo. Te amo, muito, meu amor. 

- E eu também cá estou! - Esganiçou Alice, numa voz chorosa. Agarrou na minha mão, o unico lugar livre dos mimos preocupados da minha mãe. 

- Ela vai ficar bem, Snhra. Tenho a certeza. - Edward não largou o meu olhar. Mas eu larguei o dele, olhando para a aflita Alice, sorrindo ao de leve.

- Vou ficar bem, Alice. - Ouvi a minha voz pela primeira vez naquela sala. Fraca, chorosa, e ridicula. Tal como eu estava. 

- É bom que sim, não consigo fazer nada sem ti, inútil! - Falou a baixinha, rápido e ansiosamente, me olhando com os olhos muito abertos. 

- Eu sei. - Ri baixinho, por poucos segundos, parando mal o meu peito começou doendo ao de leve.

- Quando ela deve começar o tratamento? - Minha mãe se sentou finalmente, numa cadeira ao lado da minha cama, agarrando forte a outra mão que Alice não segurava. 

- Hoje já saberei responder a isso, Snhra. Mas ela fará o tratamento aqui, em forma de consultas, para tomar os diversos medicamentos que destruirão as células cancerosas do seu organismo. O tratamento é composto por três fases. A terceira terá de ser feita aqui na Clinica, sendo a mais pesada para o organismo da Bella, e...

- Isabella. - Corrigi rápido, olhando dura para ele. Não estava ouvindo nada que ele estava falando, ao contrário de Alice e de minha mãe, estava so esperando ele dizer algo em falso para o atacar como um lobo faminto. Achei que me ia sentir melhor depois disso, mas não senti. Baixei o olhar, encostando o rosto no ombro da minha mãe, que me apertou contra si.

- Bem... - O Dr. Edward escrevinhou algo nos seus papéis, ligeiramente embaraçado, erguendo segundos depois o rosto, com um sorriso educado. - Venho mais tarde checar como você está, Isabella, e trarei novas informações e mais esclarecedoras. Com licença. 

 Ele não voltou mais naquele dia. Quem voltou foi Carlisle, com um sorriso aberto, me abraçando e beijando rápido o meu rosto mal entrou na sala. Elogiou-me forte e feio uns bons minutos, dizendo a minha mãe quão sortuda ela era por ter uma filha como eu. Estive corada o tempo todo em que essa conversa se manteve. Mas não fiquei chateada nem embaraçada, já que a minha mãe ficou visivelmente mais animada e menos arreliada. Quando ele começou explicando direitinho os processos do meu tratamento, fiquei atenta, ele não era Edward logo não precisava me fingir de desinteressada. Mas não mantive o foco muito tempo, me lembrando daquela megera loira no Restaurante no dia do meu aniversário, agarrada a Edward. Provavelmente tinha sido ela me amaldiçoando com algum dos seus feitiços de bruxa. Megera.


***

Abri a custo os olhos, face à intensa luz que os cortava como lâminas afiadas. Olhei em redor para o quarto todo branco e iluminado, me relembrando que estava na Clinica. Ao acabar de olhar em volta pela divisão, vi Alice bem no meu lado, sorrindo triste. 

- Que cara é essa? - Repreendi-a, tentanto soar como eu. Tentando me sentir eu. Odeio hospitais, clinicas, farmácias, o diabo a sete, e tinha passado a noite num desses edificios, porque estava a morrer. É, sem dúvida, suficiente para eu já não me sentir eu. 

- O teu pai chegou esta manhã... Está lá fora, com a Mel... Ela está tão linda, Bella! - Alice sorriu um pouco, agora genuinamente, ao me ver sorrir também com aquela informação. - Olhinhos iguais aos teus, lindos! Os cabelos já saltam para o ruivo da mãe dela... - Fez uma careta, botando a lingua de fora. Ri alto e com vontade, sem sequer me esforçar para isso, e me deliciando por ter sabido tão bem.


A porta do quarto abriu-se devagarinho.

- Olha quem já acordou, Mel.. - O meu pai entrou de surra, com a minha irmãzinha no colo. Ela sorriu muito mal me viu, esticando os braços para mim. 

- Bel, Bel! - Ouvir a voz encantadora da minha pequenina me chamando era o suficiente para me fazer sorrir feita uma idiota.

- Oii, meu amoor! - A minha voz saiu extremamente aguda e melosa, mas era mesmo assim quando estava com a Mel. Sou uma irmã babada.

O meu pai pousou-a no meu colo, e ela não perdeu tempo a apertar-me num abraço pelo pescoço. Envolvi o braço que não estava ligado a soro na pequenina cintura dela. O meu pai sentou-se junto a nos, do lado oposto de Alice, beijando a minha bochecha, rápido e com força. Do jeito dele. 

- Que fazem vocês aqui, papai? - Olhei para ele, com um sorriso derretido. Efeito causado pela pequenina Mel, que mexia agora tranquilamente no meu cabelo, falando animada com Alice.

- Viemos estar contigo, Bella. Não te deixariamos sozinha, filha. - Podia ver uma ruga de preocupação entre as suas sobrancelhas enquanto falou aquilo. Passou a mão nos meus cabelos, de uma forma bastante calma para ser ele. 

- A Tatiana veio? Não imagino ela aguentando ter a Mel tão longe, por tanto tempo. - Dei um beijo na pequena testa da minha irmãzinha.

- Eu e ela não estamos muito bem... - Charlie baixou o olhar, sorrindo visivelmente envergonhado. - Ela só quer trabalhar, trabalhar, e eu e a Mel ficamos pra segundo plano. Cansei disso.

- Eu vou ter com a tua mãe, Belinha. - Alice se levantou, dando uma pequena festinha no rosto da Mel. - Para falarem mais a vontade. Até já. - Sorriu grande, e fechou a porta atrás de si.

- E então... esse cansar, é muito sério? - Olhei para o meu pai, tentando não parecer esperançosa como estava por dentro. Sempre sonhei vê-lo de novo com a minha mãe. Sentia tantas saudades de ter um pai sempre por perto. 

- As coisas são complicadas, Bells. - Ele afagou os cabelos da filha mais nova, que quase dormia encostada ao meu peito. - A Mel aconteceu. Não posso ignorar isso.

- Ela continuaria a ter o pai. - Falei rápido, e mais séria do que queria. - Eu continuei te tendo, e não fui razão pra não te separares da mamãe. 

- Estás a ser injusta, Bella.. Tu já eras uma mocinha. A Mel é so uma criança.

- Pois, tá bem. - Emburrei ligeiramente, apertando a pequenina contra mim. 

- Não vou a lado nenhum até que fiques bem outra vez, Bells. - Charlie apertou forte a minha mão, beijando o topo da minha testa. - O Doutor Carlisle está lá fora, esperando para falar com a gente. 

Suspirei, assentindo. Ia ser um longo dia. 


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Notas finais do capítulo

Oláá gente, peço muita desculpa, sei que demorei imenso!
Bem.. agora é que começam as verdadeiras dificuldades da Bella, e espero que estejam torcendo por ela, como eu estou!
Para quem quiser saber (quem seguir a minha outra fic, ''Nem contigo... Nem contra ti''), eu vou atualizar essa fic tambem, brevemente, prometo!
Bem, espero reviews! Muitos beijos, Daniela ♥



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