Sonhos Obscuros escrita por Gabrielle


Capítulo 9
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Oi! Demorei bastante. Eu já estava com esse capítulo pronto a muito tempo. Só que não conseguia postar por vários motivos.
Então hoje consegui esse tempinho para presenteá-los com o oitavo capítulo. Esse foi um dos que eu mais gostei de escrever.
Espero que gostem. :D



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-Filha! Acorde, está esfriando. Vamos ou você quer pegar um resfriado?

Acordei com a voz da minha mãe. Ela estava morta, então como era possível?Olhei ao redor e estávamos em um campo florido, esse lugar era aonde nós íamos nas férias quando eu era pequena. Mas já faz muito tempo que meu pai vendeu a casa. Olhei-me, eu estava com 5 anos. Lembrei que nessa época eu saia de casa e ia deitar no campo para observar o céu e muitas vezes eu acabava dormindo por lá.

                Minha mãe pegou a minha mão e fomos para dentro de casa. Eu nunca soube se a casa era mesmo grande ou por eu ser pequena achava isso. Meu pai veio nos buscar na porta e me pegou no colo. Entramos na cozinha e ele preparou um lanche para comermos. Meus pais costumavam dar um final de semana por mês de folga aos empregados e esse era o fim de semana, por isso que eles não estavam na casa. Acabamos de comer e fomos para a sala. Estava ainda cansada e dormi lá assistindo a televisão.

                Tive um pesadelo, acordei suada e assustada. Saí da cama e fui em direção ao quarto dos meus pais, girei a maçaneta e empurrei a porta. O quarto estava escuro, eles não ligavam o abajú porque atrapalhava o sono, os chamei e nada. Liguei a luz e não tinha ninguém na cama. Entrei em desespero, eles me deixaram sozinha. Comecei a chorar, desci a escada, os procurei pela casa e nada.

 Olhei pela janela e estavam lá fora. Abri a porta e corri até eles, puxei a barra da camisola da minha mãe e da blusa do meu pai, se virara para me olhar. Seus rostos sem nenhuma expressão me assustaram. Chamei-os e começaram a andar. Fiquei no mesmo lugar já que não conseguia me mover, comecei a grita-los. Eles se viraram e me chamaram, convidando a me juntar a eles, tentei me mover novamente, conseguindo andei receosa até eles.

 Dois homens se aproximavam, tentei avisar, mas só a minha boca se movimentava, não saia nenhum som dela. Os dois pararam atrás dos meus pais. A roupa deles começou a ficar manchada com o sangue, uma faca tinha os perfurado. A retiraram de seus corpos deram meia-volta e andaram normalmente para onde vieram deixando os corpos no chão. Corri, mas cada passo que eu dava mais longe eu ficava deles, eles ainda estavam vivos aquilo não foi nada. Queria acreditar nisso mais não era tão fácil. Tropecei em nos meus próprios pés e cai no chão.

Eles estavam mortos!

Eu não consegui protegê-los e nem ajuda-los de novo. Escutei uma voz não dava para entender o que falava, tentei concentrar-me nela. Pedia para acordar. Mas quem era para acordar? Minha perna começou a doer, olhei-a e estava rocha. Gritei, a dor estava ficando mais forte. Senti meus cabelos serem puxados.

-Ora, ora. Veja quem acordou, a nossa Bela Adormecida. Pensei que ia dormir pelo resto da eternidade, só que não posso esperar tanto tempo assim. Espero que não tenha se aborrecido pela forma que te acordei.

                O homem dizia com um tanto de sarcasmo e ironia. Olhei ao redor, apesar da minha visão estar meio embaçada consegui ver a forma de dois homens na porta, um na janela, dois ao meu lado e ele na minha frente. Queria saber onde estávamos, em uma casa, apartamento ou em um barraco. Avaliei-me, estava com a perna machucada, pelo provável chute que me dera, estomago dolorido pelo chute que havia recebido antes de desmaiar,  a cabeça doía  e latejava pela pancada e puxão de cabelo e o braço estava um pouco roxo. É, eu poderia estar pior.

-Seu pai tinha lhe contado sobre o quanto ele nos devia? Deixa-me adivinhar, não. Já era de se esperar dele. – Tentei perguntar o que ele estava falando, mas minha boca estava com um pano. Ele percebeu que não sabia do que falava.

-Vou explicar. Você acha que suas férias, carros, roupas e joias. Tudo aquilo era resultado do trabalho dos seus pais? Ah, minha cara. Aquilo tudo é resultado do contrato que seu pai fez comigo, já que foi despedido do seu emprego.

Despedido? Meu pai sempre ia para o trabalho. Mas se ele tivesse sido mesmo despedido ele tinha contado, não é?

– Não se surpreenda criança. Ele não podia contar. A mulher provavelmente ficaria chateada, ele precisava ajudar com as despesas já que tinha uma criança. O salário de sua preciosa mãe não ia pagar tudo. Então ele me procurou e pediu o dinheiro emprestado até arranjar um emprego e ia me pagar mais tarde. Mas como era de se esperar ele não conseguiu um emprego. Pedi o dinheiro e disse que era para adiar o pagamento, então o ameacei. Caso não me entregasse o que eu queria naquela semana algo aconteceria. Bom, você já deve saber o que aconteceu.

Ele matou a minha mãe por causa de uma dívida! A raiva apoderou-se de mim, me debati na cadeira, quero socar a cara dele. Mas eu estava amarrada na cadeira.

-Calma. Ele estaria vivo se não tivesse nos denunciado e você não estaria aqui presa. Pena que não vai poder voltar mais para sua casa.

Disse a última frase com um tom macabro na voz. Então era por isso que meu pai saiu estranho da delegacia. Espera um momento, ele disse que eu não podia voltar mais para casa? Ele vai me matar! Entrei em desespero, eu não poderia morrer. Não nesse lugar, nesse estado e por causa de uma droga de empréstimo. Comecei a chorar.

Por favor, que alguém me ache!


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Notas finais do capítulo

E ai? Por favor comentem sobre o que acharam.
E sobre o próximo capítulo, não comecei a escrever. Estou esperando minha linda e adorada imaginação voltar.
Então é isso. Beijoos e não me matem. ;D



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